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Esquissostomose e teniase

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Platelmintos parasitas do homem 
Os platelmintos se dividem em duas classes: Cestoda (tênias) e Trematoda (vermes parasitas), ambos são obrigatoriamente parasitas, sem sistema digestivo e necessitam ao menos de um hospedeiro intermediário. Características das tênias:
· Apresentam formato de fita.
· Corpo segmentado dividido em escólex (cabeça esférica – fixação através de ventosas) e estróbilo (corpo dividido em proglotes).
· Hermafroditas.
Teníase e cisticercose 
A teníase é uma alteração provocada pela presença da forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata no intestino delgado do hospedeiro definitivo, os humanos; já a cisticercose é a alteração provocada pela presença da larva (vulgarmente denominada canjiquinha) nos tecidos de hospedeiros intermediários normais, respectivamente suínos e bovinos. Hospedeiros anômalos como cães, gatos, macacos e humanos, podem abrigar a forma larvar de T.solium.
P.P.P.(Período pré patente): Vai do momento em que o hospedeiro definitivo ingere as formas infectantes até ocorrer a ovoposição, ou seja, destacamento das proglotes grávidas nas fezes.
Nutrição dos cestóides: Utilização de CO2; Carboidratos; Glicose; Lipídeos; Proteínas; Ácidos nucléico; Vitaminas; micronutrientes Ca, Fe, P
Morfologia : 
· Escólex (cabeça): é maior na saginata do que na solium. Ele serve como órgão de fixação do parasita à mucosa do intestino delgado . 
· Colo (pescoço): porção mais delgada do corpo onde as células estão em intensa atividade de multiplicação, é a zona de crescimento do parasita ou de formação das proglótides. 
· Estróbilo (corpo): cada segmento do estróbilo é uma proglótide. O estróbilo é maior na saginata. A estrobilização é progressiva e cada uma das proglótides inicia a formação de seus órgãos. Assim, quanto mais afastadas do colo, mais evoluídas estão as proglótides. Estão presentes nelas, órgãos genitais masculinos e femininos. As proglótides são divididas em jovens, maduras e grávidas e têm sua individualidade reprodutiva e alimentar. As proglótides grávidas com milhares de ovos se desprendem espontaneamente do estróbilo.
Os OVOS : são constituídos por uma casca protetora (quitina), internamente encontra-se o embrião propriamente dito que esta envolvido por uma estrutura sacular, a oncosfera. Possui tamanho pequeno de apx 4 hemácias.
O CISTICERCO: da t solium é constituído por uma vesícula (c0m três camadas) com liquido claro rico em cálcio, contendo invaginando escolex c 4 ventosas, rostrelo e colo. Da t saginata não tem rostrelo. 
1. Taenia solium
A forma adulta causa teníase. As larvas causam cisticercose.
Na teníase, a tênia adulta localiza-se no intestino humano. Isto ocorre quando humanos são infectados pela ingestão de carne de porco crua ou malcozida contendo as larvas (cisticercos). No intestino delgado, as larvas aderem-se à parede intestinal e crescem, originando vermes adultos. Os humanos são os hospedeiros definitivos, enquanto os porcos são os intermediários
Na cisticercose, o indivíduo ingere os ovos do verme em alimentos ou água contaminados por fezes humanas. Os ovos eclodem no intestino delgado, e as oncosferas penetram através da parede, atingem um vaso sanguíneo e podem disseminar-se a vários órgãos, especialmente olhos e cérebro. 
Achados clínicos: a maioria dos pacientes com tênias adultas é assintomática, podendo, contudo, ocorrer anorexia, diarreia, cólicas, náusea. 
A cisticercose muscular ou subcutânea provoca pouca alteração e em geral é uma forma assintomática. Os cisticercos aí instalados promovem reação local, formando uma membrana adiventícia fibrosa. Com a morte do parasito há a tendência de calcificação. Quando numerosos cisticercos se instalam em músculos esqueléticos, podem provocar dor, fadiga e cãibras. No tecido subcutâneo, o cisticerco é palpável, em geral, indolor e algumas vezes confundido com cisto sebáceo. A cisticercose cardíaca pode resultar em palpitações e ruídos anormais ou dispneia quando os cisticercos se instalam nas válvulas. Na cisticercose ocular sabe-se que o cisticerco alcança o globo ocular através dos vasos da corioide, instalando-se na retina. À medida que cresce, ele provoca um descolamento desta ou sua perfuração, atingindo o humor vítreo. A cisticercose no SNC pode acometer o paciente por 3 processos: presença do cisticerco no parênquima cerebral ou nos espaços liquóricos; pelo processo inflamatório decorrente; ou pela formação de fibroses, granulomas e calcificações. Os cisticercos parenquimatosos podem ser responsáveis por processos compressivos, irritativos, vasculares e obstrutivos; os instalados nos ventrículos podem causar obstrução do fluxo cefalorraquidiano, hipertensão intracraniana e hidrocefalia e, finalmente, as calcificações, que correspondem a forma cicatricial da neurocisticercose e estão associadas à epileptogênese. As localizações mais frequentes dos cisticercos no SNC são as leptomeninges e o córtex. As manifestações clínicas mais frequentes são: crises epilépticas, síndrome de hipertensão intracraniana, cefaleias, meningites cisticercóticas, distúrbios psíquicos e síndrome medular, mais raramente.
Tratamento: Praziquantel, Niclozamida, paromicina, mabendazol, semente de abobora com agua de coco.
Para cisticercose: quimioterapia com praziquantel e neurocirurgia.
1. Taenia saginata
Causa teníase. As larvas não causam cisticercose.
Os humanos são infectados pela ingestão de carne bovina crua ou malcozida contendo larvas (cisticercos). No intestino delgado, as larvas aderem à parede intestinal e tornam-se vermes adultos. Os humanos são hospedeiros definitivos, enquanto os bovinos são intermediários.
Achados clínicos: a maioria é assintomática, mas pode ocorrer mal-estar geral e cólicas moderadas.
Tratamento: Praziquantel.
Reaçoes imunológicas na teníase: 
· Intensa produção de anticorpos por pessoas imunodeficientes
· Altos índices de infecção em crianças imunodeprimidas
· Testes com animais – Administração de imunoglobulinas em bezerros gerou proteção parcial contra a infecção
· Imunização ativa – administração de extratos solúveis e/ou suspensões de oncosferas
Esquistossomose 
Causada por Schistossoma mansoni.
Contrariamente aos demais trematódeos que são hermafroditas, eles apresentam dimorfismo sexual. A fêmea possui um corpo alongado, fino e cilíndrico, enquanto o macho, que é menor e aparenta ser cilíndrico, é na verdade achatado.
Os humanos são infectados quando as cercarias, forma infectante, penetram na pele. Estas penetram no sangue e são transportadas pelas veias até a circulação arterial, principalmente circulação porta intra hepática, nesse processo se desenvolvem, a medida que se desenvolvem se cobrem de sub substancias que o corpo reconhece como sendo própria, nisso cria resistência . Aquelas que penetram na A. mesentérica superior, atravessam a circulação porta e atingem o fígado, onde amadurecem em vermes adultos, após se desenvolverem em macho e femea, fecundao e produzem os ovos, esses parte são excretados e parte fica retido na mucosa. Os ovos são excretados nas fezes e devem atingir a água doce para eclodirem. Uma vez rompidas, as larvas ciliadas (miracídios) penetram nos caramujos (Biomphalaria) e sofrem um desenvolvimento e multiplicam-se, produzindo várias cercárias.
Os primeiros sinais e sintomas se devem à penetração da cercária na pele. A hipersensibilidade imediata e tardia aos antígenos do parasito resulta em um exantema papular cutâneo intensamente pruriginoso. O início da oviposição resulta em um complexo de sintomas denominado síndrome de Katayama, que é marcado por febre, calafrios, tosse, urticária, artralgias, linfadenopatia, esplenomegalia e dor abdominal. Esta síndrome é tipicamente encontrada 1 a 2 meses após a primeira exposição e pode persistir por 3 meses ou mais
Achados clínicos: os ovos no fígado induzem granulomas, que levam à fibrose, hepatomegalia e hipertensão porta (levando à esplenomegalia). A maioria dos pacientes é assintomática, porém podem ocorrer infecções crônicas. O estágio agudo consiste em prurido e dermatite,seguidos por febre, calafrios e diarreia. É observada eosionofilia.
Forma intestinal 
Forma hepatointestinal 
Forma hepatoesplênica 
Forma cardiopulmonar
Diagnostico: hepatoesplenomegalia, veia esplênica dilatada, varizes na bexiga urinaria, fibrose periportal, polipose intestinal, exame parasitológico, biopsia retal, ELISA
Controle: saneamento do meio, controle do caramujo ( moluscidas) 
Tratamento: Praziquantel.

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