Buscar

Daniele Oliveira Silva-201312863- ARQ5N MCA

Prévia do material em texto

REESTRUTURAÇÃO URBANA E AMBIENTAL 
DE ÁREAS PERIFÉRICAS JARDIM 
SAPOPEMBA
FONTE: próprio autor 
DANIELE OLIVEIRA SILVA
Quando falamos da periferia do estado de São Paulo, mais precisamente na zona Leste, temos que encarar
uma cidade que aconteceu, e que hoje é resultado da falta de planejamento e investimento urbano prévio,
assim, encaramos dilemas que são o resultado da cidade consolidada e criada pelos seus próprios usuários.
Através desse trabalho, busco entender o local, condensar os problemas e transpor barreiras
urbanas, propondo soluções em forma de projeto a partir de uma análise criada dos estudos e
compreensão desse local, partindo do projeto já existente do Parque Zilda Arns, que foi inaugurado em 2010
e abrange 7,4 quilômetros de extensão sob as tubulações da adutora Rio Claro, pertencentes a Sabesp,
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, que abastece 1,4 milhões de pessoas, segundo o
site da prefeitura do estado de São Paulo.
A proposta é viabilizar de fato o parque, através de um redesenho que o torne mais acessível
fisicamente, que traga uma variedade de usos e lazer, para uma área carente de áreas publicas, próximos do
ideal de um parque, e que se conecte a outros espaços com potencial de área de lazer, como bulevares e
praças da região, se tornando uma única rede de áreas verdes.
Além desse redesenho do Parque Zilda Arns, procuro projetar um parque, estendendo sua área
de abrangência a um terreno da Transpetro, onde outrora já foi utilizado pela população como área de lazer, e
hoje se mantem subutilizado, criando um enorme efeito barreira, nas questões físicas, esse parque nasce
também como uma proposta interessante para proteção das suas faixas de domínio privadas, de possíveis
danos e invasões a suas redes de infraestrutura, mostrando que os interesses públicos e privados podem se
relacionar de forma a favorecer ambos os lados.
Reestruturação
Urbana 
e Ambiental
EXTENSÃO 
Zilda Arns 
O meu convívio diário com as 
“adversidades” apresentadas nesse projeto, foi a 
principal aspiração para que o mesmo fosse continuado. 
A partir da analise das áreas verdes da região, o objetivo é redesenhar o parque existente e estender
para além da divisa dos distritos para uma área vazia entre edifícios com uma alta declividade que cria um efeito
barreira no bairro, teria que criar ruas de acesso a área verde, suavizar a declividade existente, e conectar com
praças e ruas da região, realocar 70 famílias que vivem sob os dutos da Transpetro, e criar soluções para que os
FONTE: Gogle earth
PERIMETRO DE
INTERVEÇÃO EM
ÁREA DO PARQUE
JÁ ESTABELECIDO,
PORÉM SEM
DESENHO DO
PARQUE LINEAR
ZILDA ARNS
PERIMETRO DE
INTERVENÇÃO
PARA
REDESENHO DA
PRAÇA NOEMIA
CAMPOS DE SICA
RUA DE LIGAÇÃO 
AO BOULEVARD 
PRÉ EXISTENTE
RUA ALBERTO 
MIOLE E RUA 
SEVERINO 
SUZANO
Problemáticas, 
objetivos e lugar
Localizado na zona Leste do estado de São Paulo, o distrito de Sapopemba é relativamente
novo, pois, se tornou distrito apenas em 1985. Com pouca verticalização, sendo 75% de sua
área construída residencial o distrito possui 21,41% do território como ZEIS, muitas delas
caracterizadas como favelas ou loteamentos irregulares, com pouquíssimas áreas destinadas a
indústrias e serviços, mantendo uma média de deslocamento alta para seus habitantes e uma
das mais baixas médias de cobertura vegetal, o que propicia a ocupação irregular, nessas áreas
de mata e encostas.
Fonte imagem 2: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sapopemba_(distrito_de_S%C3%A3o_Paulo)
dutos fiquem protegidos eliminando qualquer efeito
barreira dentro de uma áreas de lazer, facilitar o
acesso ao metro e avenida Sapopemba, garantindo
que possua um desenho favorável e uma boa
iluminação, e boa circulação de pedestres
Lugar
BARREIRAS
Além das
problemáticas que a periferia de
grandes cidades como São Paulo
possui, como a baixa
infraestrutura, falta empregos
transporte, segurança, etc, a falta
de áreas verdes, também configura
um agravante, recentemente em
2010, foi inaugurado O parque
Linear Zilda Arns, inaugurado em
um terreno da Sabesp justamente
onde estão aterradas as
tubulações da adutora Rio Claro,
que abastece mais de 1 milhão de
pessoas, com uma área de 7,5
quilômetros de extensão, o Parque
apesar de ser um bom uso da área
não possui um desenho,
planejamento ou conexão com as
praças da região.
TRANSPETRO E TOPOGRAFIA
Dutos da Transpetro
Parque Zilda Arns
Cruzando a infraestrutura da Sabesp, estão
os dois dutos da Transpetro, uma para produtos claros de
22´ de diâmetros, e outra para escuros 24´ de diâmetro os
dutos vão de São Caetano para Guarulhos, se chama, SP-
Gru e foram instaladas em 1977, tornando mais uma
barreira na região, pois, sob os dutos a inúmeras restrições
de uso, ocupação e construção, o que limita e mantem a
área desocupada, se tornando um atrativo para ocupações
irregulares em área de altíssimo risco. Com o objetivo de
dar uso para essas áreas e sanar um problema social a ONG
cidades fome, tem usado o espaço como hortas
comunitárias, além do trabalho social, isso impede que
tenha roubos ou acidentes com esses dutos.
A topografia existente, também se torna uma
problemática do local, facilitando o efeito barreira, já
ocasionado pelas faixas de domínio da infra estrutura de
todo o estado. São mais de 20 metros de diferença entre a
principal avenida, Av. Sapopemba e o ponto mais baixo da
área.
REFERÊNCIAS TEÓRICAS E 
PRÁTICAS 
PRÁTICAS 
RESERVATÓRIO
PARQUE CANGAÍBA
TEÓRICAS 
VILLAÇA, Flavio. Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo, Studio Nobel / Lincoln Institute, 2001.
LYNCH, Kevin. A Imagem da cidade. São Paulo, SP: Martins Fontes,1988
JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2003.
GEHL,jan. Cidades para pessoas.3. ed. São paulo: Perspectiva, 20015
SAKATA, Francine. Parques Urbanos no Brasil: 2000 a 2017. 2018. 348p. Dissertação de Doutorado – Universidade de 
São Paulo – USP, São Paulo, 2018. 
LAMAS, J. M. R.G. Morfologia urbana e desenho da cidade. Fundação Calouste Gulbenkian e Junta Nacional de 
Investigação Científica e Tecnológica, s/d.
SPECK, Jeff. Cidade Caminhavel. São Paulo; Perspectiva , 2017.
MASCARÓ, Juan Luis. Infraestrutura da Paisagem. Porto Alegre; Masquatro Editora, 2008
“E ainda, sistema de piso elevado 
com captação de água pluvial 
aplicado sobre o reservatório da 
Mooca e piso monolítico drenante
para aumentar índices de 
permeabilidade do solo nas três 
áreas, incluindo os passeios 
públicos.”
Fonte do site; 
https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/15
.180/5858. acessado em :26/08/2020
https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/15.180/5858

Outros materiais