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APG 24 – Família que chia Abertura: 26/04/2021 Fechamento: 29/04/2021 · Termos desconhecidos: Não há · Formulação do problema: · Qual a relação entre o tabagismo e os sintomas dos pacientes? · O que causa a tosse com secreção esbranquiçada? · Porque a tosse é mais frequente no período da madrugada e da manhã? · Brainstorming: · A DPOC pode ser caracterizada pela obstrução crônica e difusa das vias aéreas inferiores, com destruição progressiva do parênquima pulmonar · Inclui os pacientes com bronquite crônica e enfisema pulmonar; ambos são relacionados à exposição a fumaça do tabaco, tanto o fumante ativo e o passivo · Conclusão: Os sintomas citados no problema provavelmente define a DPOC · Objetivos: 1. Estudar a fisiopatologia e manifestações clinicas da DPOC e asma 2. Listar os tipos de diagnóstico da DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) · Obstrução crônica e recorrente do fluxo de ar nas vias respiratórias pulmonares irreversível · Engloba dois tipos de doença obstrutiva das vias respiratórias: enfisema, com alargamento dos espaços aéreos e destruição do tecido pulmonar, e bronquite crônica, com aumento da produção de muco e tosse crônica · A definição de enfisema é morfológica, enquanto a de bronquite é baseada nas características clinicas · A distribuição anatômica é parcialmente diferente; o enfisema acomete o ácino, e a bronquite inicialmente as vias aéreas maiores · A bronquite crônica pode existir sem enfisema demonstrável, e um enfisema quase puro pode ocorrer (principalmente em casos de deficiência de α1-antitripsina), porém, as duas doenças usualmente coexistem · A principal causa em ambas é o tabagismo Enfisema Patogenia · Se caracteriza pela perda da elasticidade pulmonar e aumento anormal dos alvéolos distais aos bronquíolos terminais, com destruição das paredes alveolares e dos leitos capilares · A ampliação dos alvéolos conduz à hiperinflação dos pulmões e produz um aumento da capacidade pulmonar (CPT – volume total de ar que cabe) · As principais causas reconhecidas é o tabagismo e a deficiência de AAT · Tabagismo – incita a lesão pulmonar · Deficiência herdada de α1-antitrpsina (AAT) · Deficiência herdada como uma característica autossômica recessiva · Enzima antiprotease que protege o pulmão de lesões · Mutação do gene ATT no locus genético · ATT é um inibidor de protease que ajuda a proteger o pulmão de enzimas proteases · O enfisema é resultado da degradação de elastina e outros componentes da parede dos alvéolos por enzimas, chamadas proteases, que digerem as proteínas · Normalmente, as enzimas antiprotease, incluindo a α1-antitripsina, protegem o pulmão · A fumaça do cigarro e outros poluentes inalados induz inflamação ativa com acumulo de neutrófilos, macrófagos e linfócitos no pulmão · Elastases, citocinas (incluindo IL-8) e oxidantes são liberados, causando lesão epitelial e proteólise da MEC · O ciclo infamatório e protelítico perpetuam a menos que antielastases e antioxidantes o inibam · Em casos que o fumante desenvolve DPOC, a produção e liberação antiprotease pode ser inadequada para neutralizar o excesso de produção de protease, de tal maneira que o processo de destruição do tecido elástico permanece sem controle · A maioria das pessoas com enfisema diagnosticado antes dos 40 anos de idade tem uma deficiência de AAT · O tabagismo e infecções repetidas das vias respiratórias, que também diminuem os níveis de AAT, contribuem para o risco de desenvolvimento de enfisema em pessoas com deficiência de AAT · Múltiplos fatores genéticos controlam a resposta à lesão pós-tabagismo · O gene TGFβ apresenta polimorfismos que influenciam a suscetibilidade à DPOC, regulando a resposta das células mesenquimais à lesão · Em certos polimorfismos, a resposta das células mesenquimais ao TGFβ está reduzida, resultando no reparo inadequado da lesão à elastina causada por toxinas inaladas · As metaloproteinases da matriz (MMPs), em especial a MMP-9 e a MMP-12 têm sido encontrados em pacientes com enfisema · Interações complexas entre mediadores inflamatórios, sinalização celular e ativação inapropriada dos mecanismos de reparo podem resultar em diferentes doenças: destruição tecidual na ausência de fibrose (enfisema) ou fibrose intersticial · No enfisema, há perda não somente das células epiteliais e endoteliais, mas também das células mesenquimais, levando à perda da MEC, considerada o arcabouço no qual as células epiteliais deveriam crescer · Portanto, o enfisema pode ser considerado o resultado de um reparo insuficiente · No outro extremo, os pacientes com doença pulmonar fibrosante apresentam excessiva resposta miofibroblástica ou fibroblástica à lesão, levando a cicatrização não controlada Tipos de enfisema É classificado de acordo com sua distribuição anatômica lobular; o ácino é a estrutura distal ao bronquíolo terminal; um grupos de 3-5 ácinos é denominado lóbulo Enfisema Centroacinar (Centrolobular) · Acomete as porções central ou proximal dos ácinos, formadas pelos bronquíolos respiratórios, enquanto os alvéolos distais permanecem normais · Dessa forma, espaços respiratórios normais e enfisematosos existem no mesmo ácino e lóbulo · As lesões são mais comuns e severas nos lobos superiores, particularmente nos segmentos apicais · No enfisema Centroacinar severo, o ácino distal também se torna acometido, dificultando a diferenciação com o enfisema pan-acinar · Comumente é consequência do tabagismo, sendo observado em pacientes que não apresentam deficiência congênita de AAT Enfisema pan-acinar (Panlobular) · Os ácinos encontram-se uniformemente dilatados, desde os bronquíolos respiratórios até os alvéolos terminais · Ocorre mais comumente em zonas pulmonares inferiores e em pacientes com deficiência de AAT Enfisema Acinar Distal (Parasseptal) · As porções proximal e distal do ácinos estão normais e alteradas, respectivamente · É mais severo nas regiões adjacentes à pleura, ao longo dos septos de tecido conjuntivo lobular e das margens dos lóbulos · Ocorre adjacente a áreas de fibrose, cicatrização ou atelectasia, sendo mais severo nas porções pulmonares superiores · Presença de espaços aéreos dilatados, múltiplos e contínuos medindo menos de 0,5 mm até mais de 2 cm de diâmetro · Algumas vezes há a formação de estruturas císticas que, com a progressiva dilatação, são denominadas bolhas · Causas desconhecidas, mais comumente observados em casos de pneumotórax Enfisema irregular · O ácino apresenta envolvimento irregular e está invariavelmente associado à cicatrização resultante de doenças inflamatórias Morfologia · O diagnóstico e classificação dependem da aparência macroscópica do pulmão · O enfisema pan-acinar manifesta-se por pulmões pálidos e volumosos que frequentemente obscurecem o coração na ocasião da remoção da parede torácica anterior durante a necropsia · No enfisema centroacinar, os pulmões são mais róseos e menos volumosos, a menos que a doença esteja em estado avançado; os dois terços superiores do pulmão estão mais severamente acometidos em relação aos inferiores · No exame histológico · Destruição das paredes alveolares e aumento dos espaços aéreos na ausência de fibrose · Diminuição do número de capilares alveolares · Os bronquíolos terminais e respiratórios podem apresentar deformidades secundárias à perda dos septos que auxiliam na manutenção da integridade do parênquima · A perda do tecido elástico dos septos alveolares reduz a tração radial das vias aéreas menores resultando em tendência aumentada ao colapso durante a expiração, o que constitui importante causa de obstrução crônica ao fluxo de ar no enfisema severo · A inflamação bronquiolar e a fibrose da submucosa estão consistentemente presentes na doença avançada Bronquite crônica · Obstrução das pequenas e grandes vias respiratórias · Comum entre tabagistas e moradores urbanos de cidades com altos níveis de poluição · O diagnóstico é definido pela presença de tosse produtiva persistente nos últimos três meses consecutivose pelo menos dois anos consecutivos · A tosse se manifesta há muitos anos, com um aumento gradual nos períodos de exacerbação aguda, que produzem expectoração purulenta · A característica precoce é a hipersecreção de muco nas grandes vias respiratórias, associada à hipertrofia das glândulas submucosas na traqueia e brônquios Patogenia · Principal causa é o tabagismo, porém, outros poluentes aéreos, como o dióxido de enxofre e nitrogênio, podem também contribuir · Os poluentes ambientais induzem à hipertrofia das glândulas secretoras de muco na traqueia e brônquios principais, levando a aumento acentuado das células caliciformes secretoras de muco na superfície epitelial dos brônquios menores e bronquíolos · Tais irritantes causam inflamação com aporte de linfócitos CD8+, macrófagos e neutrófilos · A base morfológica da obstrução das vias aéreas na bronquite crônica é mais periférica e resultado da (1) doenças das vias aéreas menores induzida pela metaplasia das células caliciformes com obstrução da luz bronquiolar por plugs de muco, inflamação e fibrose das paredes bronquiolares e (2) enfisema coexistente · Acredita-se que muitos dos efeitos dos irritantes ambientais sob o epitélio respiratório (p. ex. hipersecreção de muco) são mediados pela liberação local de citocinas de linfócitos T, como a IL-13 · A transcrição do gene relacionada com a mucina, MUC5AC, no epitélio brônquico e a produção de elastase pelos neutrófilos estão aumentadas como consequência da exposição à fumaça do tabaco · As infecções microbianas frequentemente estão presentes, porém desempenham papel secundário, perpetuando a inflamação e exacerbando os sintomas Morfologia · Macroscopicamente: · A mucosa das vias aéreas maiores comumente está hiperêmica (aumento do fluxo sanguíneo para essa parte) e túrgida (‘’inchada’’) devido ao fluido de edema · Frequentemente está coberta por uma camada de secreção mucinosa ou mucopurulenta · Os brônquios menores e bronquíolos podem também estar cobertos por secreções similares · Histologicamente: · Aumento das glândulas secretoras de muco na traqueia e brônquios maiores · A magnitude do aumento no tamanho é avaliada através da razão entre a espessura da camada de glândulas submucosas e da parede brônquica (Índice de Reid – o normal é 0,4) · Predomínio de células inflamatórias mononucleares, as vezes associadas a neutrófilos, está frequentemente presente na mucosa brônquica · A bronquiolite crônica (doença das vias aéreas menores), caracterizada por metaplasia das células caliciformes, plugs de muco, inflamação e fibrose, também está presente · Nos casos mais graves, pode haver obliteração completa do lúmen como consequência de fibrose · O estreitamento da luz e a obstrução das vias aéreas são causados pela fibrose da submucosa Manifestações clínicas · Início insidioso · Paciente busca atendimento médico na quinta ou sexta década da vida com manifestações como: · Fadiga · Intolerância ao exercício · Tosse · Produção de escarro · Dificuldade respiratória · A tosse produtiva ocorre geralmente na parte da manhã e a dispneia se torna mais grave à medida que a doença progride · Os estágios tardios se caracterizam por infecção respiratórias de repetição e insuficiência respiratória crônica · Os termos ‘’pink puffer’’ soprador rosado e ‘’blue bloater’’ azul pletórico são usados para diferenciar as manifestações clínicas de enfisema e bronquite · Soprador rosado · Predominância de sintomas de enfisema · Refere-se a inexistência de cianose, ao uso de músculos acessórios e respiração com os lábios semicerrados (‘’soprador’’) · A respiração com os lábios semicerrados aumenta o fluxo de ar, porque aumenta a resistência ao fluxo de saída e ajuda a impedir o colapso das vias respiratórias por aumentar a pressão das vias · Com a perda da elasticidade e a hiperinflação dos pulmões, as vias respiratórias muitas vezes sofrem colapso durante a expiração, pois a pressão nos tecidos pulmonares circundantes excede a pressão das vias respiratórias · O ar permanece retido nos alvéolos e pulmões, produzindo um aumento nas dimensões anteroposteriores do tórax, o chamado tórax em tonel ou barril · Diminuição drástica nos sons respiratórios por todo o tórax · Com o diafragma funcionando perto da capacidade máxima, o indivíduo poderá sinalizar vulnerabilidade ao desenvolvimento de fadiga diafragmática e insuficiência respiratória aguda · Azul pletórico · Predominância de sintomas de bronquite crônica · Referência à cianose e à retenção de líquido associadas à insuficiência cardíaca direita · Pessoas com DPOC são incapazes de manter a gasometria sanguínea em níveis normais pelo aumento do trabalho respiratório · Desenvolvem hipoxemia, Hipercapnia e cianose, que refletem o desequilíbrio entre ventilação e perfusão · A hipoxemia grave (PO2 arterial < 55 mmHg) provoca vasoconstrição reflexa dos vasos pulmonares e maior comprometimento das trocas gasosas no pulmão · Estimula a produção de hemácias, causando policitemia · O aumento da vasoconstrição pulmonar e subsequente elevação da pressão arterial pulmonar aumentam ainda mais o trabalho do ventrículo direito · Como consequência, pode haver desenvolvimento de insuficiência cardíaca direita com edema periférico Diagnóstico · Baseia-se na história, exame físico, testes de função pulmonar, radiografia de tórax e exames laboratoriais · Testes de função pulmonar para confirmar a limitação do fluxo aéreo (feitor por espirometria) · VEF1: volume de ar expirado vigorosamente durante o primeiro segundo depois de fazer uma inspiração completa · CVF (capacidade vital forçada): volume total de ar expirado com força máxima · VEF1 é menor e a razão VEF1/CVF é reduzida; CVF é marcadamente reduzida · Aumento acentuado no VR (volume residual) · Aumento na TLC (capacidade pulmonar total) · Elevação da relação VR/TLC · · Radiografia de tórax · Hiperinsuflação pulmonar manifestada pela retificação do diafragma · Rápida atenuação dos vasos hilares · Bolhas Asma · Desordem inflamatória crônica das vias aéreas que causa episódios recorrentes de chiado, falta de ar, aperto torácico e tosse · Obstrução intermitente e reversível das vias aéreas, inflamação crônica dos brônquios com eosinófilos, hipertrofia e hiper-reatividade das células musculares lisas brônquicas (resposta broncoconstritora exagerada) e aumento na secreção de muco · Diversas células participam da resposta inflamatória: eosinófilos, mastócitos, macrófagos, linfócitos, neutrófilos e células epiteliais Patogenia · Principais fatores etiológicos estão relacionados com a predisposição genética à hipersensibilidade do tipo I (atopia), inflamação aguda ou crônica das vias aéreas e hiper-responsividade a uma variedade de estímulos · O processo inflamatório envolve uma série de células e numerosos mediadores inflamatórios, porém o papel dos linfócitos T auxiliares tipo 2 (Th2) pode ser crítico na patogenia · A forma clássica está associada à excessiva resposta Th2 contra antígenos ambientais · Citocinas produzidas pelas células Th2 são responsáveis pela maioria das características da asma · IL-4 estimula produção de IgE · IL-5 ativa os eosinófilos · IL-3 estimula a produção de muco e promove produção de IgE pelos linfócitos B · A IgE recobre os mastócitos da submucosa que, quando expostos a alérgenos, liberam seus grânulos · Desse modo, têm-se duas ondas de reação: · Fase precoce (imediata): broncoconstrição, aumento na produção de muco e vasodilatação variável; a broncoconstrição é desencadeada por estimulo direto dos receptores vagais no epitélio · Reação tardia: inflamação com ativação de eosinófilos, neutrófilos e linfócitos T · As células epiteliais são estimuladas a produzir quimiocinas que promovem o recrutamento de mais linfócitos Th2 e eosinófilos, além de outros leucócitos, ampliando o processo inflamatório · Processos inflamatórios repetidos levam a mudanças estruturais na parede brônquica coletivamente denominadas remodelamento das vias aéreas · Hipertrofiada musculatura lisa brônquica e das glândulas produtoras de muco · Aumento da vascularização · Deposição de colágeno subepitelial · É uma desordem genética complexa, onde múltiplos genes de suscetibilidades interagem com fatores ambientais na iniciação da reação patológica · Há variação significativa na expressão desses genes e na combinação de polimorfismos que acometem a resposta imune ou remodelamento tecidual · Braço longo do cromossomo 5 (5q); os genes desse locus incluem: · IL I 3 (polimorfismos genéticos ligados à suscetibilidade ao desenvolvimento de asma atópica) · CD I 4 (polimorfismos de nucleotídeo único associado a asma ocupacional) · Alelos HLA da classe II (tendência a produzir imunoglobulinas IgE) · Gene do receptor beta2-adrenérgico e gene do receptor de IL (atopia, nível sérico total de IgE e asma) · Outro locus importante está no 20q · ADAM-33 (regula a proliferação do músculo liso brônquico e fibroblastos, e, em última instância, o remodelamento das vias aéreas · Super-regulação de diversas enzimas da família das quitinas tem importante papel na inflamação mediada por Th2 e na severidade da asma · Altos níveis séricos de YKL-40 (membro da família das quitinases sem atividade enzimática) correlacionam-se à severidade da asma Tipos de asma · Atópica · Mais comum · Início na infância · História familiar positiva de atopia e/ou asma é comum · Exemplo clássico de reação de hipersensibilidade tipo I mediada por IgE · São precedidas por rinite alérgica, urticária ou eczema · É desencadeada por antígenos ambientais com poeira, pólen, pelos de animais e alimentos · Infecções também podem desencadeá-la · O teste cutâneo com o alérgeno resulta em reação papuloeritematosa imediata · Não atópica · Não apresentam evidencia de sensibilização a alérgenos · Infecções respiratórias associadas à etiologia viral e poluentes aéreos inalados são estímulos comuns · Os mediadores humorais e celulares da obstrução aérea (p. ex. eosinófilos) são comuns na asma atópica e não atópica, sendo assim, ambos recebem o mesmo tratamento · Asma induzida por drogas · Exemplo clássico: aspirina · Pacientes sensibilizados à aspirina apresentam sinais recorrentes de rinite e pólipos nasais, urticária e broncoespasmo · Presume-se que a aspirina iniba a via da cicloxigenase do metabolismo do ácido araquidônico, entretanto, sem afetar a via da lipoxigenase · Em última instância, há uma mudança em direção à produção de leucotrienos que causam broncoespasmo · Asma ocupacional · Estimulada por vapores (resinas de epóxi, plásticos), pós químicos e orgânicos (madeira, algodão, platina), gases (tolueno) e outros compostos químicos · Geralmente desenvolve-se após exposição repetida aos antígenos incitantes Morfologia · Pulmões estão hiperdistendidos devido à hiperinflação, podendo haver áreas de atelectasia (colapsadas) · Oclusão dos brônquios e bronquíolos por plugs de muco tenazes e espessos · Os plugs de muco contem espirais de epitélio descamado (espirais de Curschmann) · Numerosos eosinófilos e cristais de Charcot-Leyden (coleções de cristaloides compostos por proteínas de eosinófilos) também estão presentes · Remodelamento das vias aéreas · Espessamento da parede das vias aéreas · Fibrosa da membrana sub-basal · Aumento da vascularização na submucosa · Aumento no tamanho das glândulas submucosas e metaplasia caliciforme do epitélio das vias aéreas · Hipertrofia e/ou hiperplasia da musculatura brônquica Manifestações clínicas · Dispneia severa com chiado; a principal dificuldade é a expiração · O paciente esforça-se por enviar ar para dentro dos pulmões, porém não consegue expeli-lo, o que leva à hiperinflação dos pulmões e aprisionamento de ar nas regiões distais dos brônquios, ocluídos e estreitados por muco e debris · Os ataques duram de uma a diversas horas e resolvem-se espontaneamente ou com terapia de suporte com broncodilatadores e corticoesteróides · Ocasionalmente, ocorre paroxismo severo (espasmo agudo ou convulsão) que não responde a terapia e persiste por dias ou semanas · Hipercapnia, acidose e hipóxia severa associadas podem ser fatais APG 24 – Família que chia Abertura: 26 / 04 / 2021 Fechamento: 29 / 04 / 2021 v Termos desconhecidos: Não há v Formulação do problema: § Qual a relação entre o tabagismo e os sintomas dos pacientes? § O que causa a tosse com secreção esbranquiçada? § Porque a tosse é mais frequente no período da madrugada e da manhã? v Brainstorming: § A DPOC pode ser caracterizada pela obstrução crônica e difusa das vias aéreas inferiores, com destr uição progressiva do parênquima pulmonar § Inclui os pacientes com bronquite crônica e enfisema pulmonar; ambos são relacionados à exposição a fumaça do tabaco, tanto o fumante ativo e o passivo v Conclusão: Os sintomas citados no problema provavelmente defi ne a DPOC v Objetivos: 1. Estudar a fisiopatologia e manifestações clinicas da DPOC e asma 2. Listar os tipos de diagnóstico da DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) · Obstrução crônica e recorrente do fluxo de ar nas vias respiratórias pulmonares irreversível · Engloba dois tipos de doença obstrutiva das vias respiratórias: enfisema , com alargamento dos espaços aéreos e destruição do tecido pulmonar, e bronquite crônica , com aumento da produção de muco e tosse crônica · A definição de enfisema é morf ológica, enquanto a de bronquite é baseada nas características clinicas · A distribuição anatômica é parcialmente diferente; o enfisema acomete o ácino , e a bronquite inicialmente as vias aéreas maiores · A bronquite crônica pode existir sem enfisema demons trável, e um enfisema quase puro pode ocorrer (principalmente em casos de deficiência de α1 - antitripsina), porιm, as duas doenηas usualmente coexistem · A principal causa em ambas ι o tabagismo Enfisema Patogenia · Se caracteriza pela perda da elasticidade pulmonar e aumento anormal dos alvιolos distais aos bronquνolos terminais, com destruiηγo das paredes alveolares e dos leitos capilares · A ampliaηγo dos alvιolos conduz ΰ hiperinflaηγo dos pulmυes e produz um aumento da capacidade pulmonar (CPT – volume to tal de ar que cabe) · As principais causas reconhecidas ι o tabagismo e a deficiκncia de AAT · Tabagismo – incita a lesγo pulmonar · Deficiκncia herdada de α1 - antitrpsina (AAT) § Deficiκncia herdada como uma caracterνstica autossτmica recessiva § Enzima antiprotease que protege o pulmγo de lesυes § Mutaηγo do gene ATT no locus genιtico APG 24 – Família que chia Abertura: 26/04/2021 Fechamento: 29/04/2021 Termos desconhecidos: Não há Formulação do problema: Qual a relação entre o tabagismo e os sintomas dos pacientes? O que causa a tosse com secreção esbranquiçada? Porque a tosse é mais frequente no período da madrugada e da manhã? Brainstorming: A DPOC pode ser caracterizada pela obstrução crônica e difusa das vias aéreas inferiores, com destruição progressiva do parênquima pulmonar Inclui os pacientes com bronquite crônica e enfisema pulmonar; ambos são relacionados à exposição a fumaça do tabaco, tanto o fumante ativo e o passivo Conclusão: Os sintomas citados no problema provavelmente define a DPOC Objetivos: 1. Estudar a fisiopatologia e manifestações clinicas da DPOC e asma 2. Listar os tipos de diagnóstico da DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) Obstrução crônica e recorrente do fluxo de ar nas vias respiratórias pulmonares irreversível Engloba dois tipos de doença obstrutiva das vias respiratórias: enfisema, com alargamento dos espaços aéreos e destruição do tecido pulmonar, e bronquite crônica, com aumento da produção de muco e tossecrônica A definição de enfisema é morfológica, enquanto a de bronquite é baseada nas características clinicas A distribuição anatômica é parcialmente diferente; o enfisema acomete o ácino, e a bronquite inicialmente as vias aéreas maiores A bronquite crônica pode existir sem enfisema demonstrável, e um enfisema quase puro pode ocorrer (principalmente em casos de deficiência de α1-antitripsina), porém, as duas doenças usualmente coexistem A principal causa em ambas é o tabagismo Enfisema Patogenia Se caracteriza pela perda da elasticidade pulmonar e aumento anormal dos alvéolos distais aos bronquíolos terminais, com destruição das paredes alveolares e dos leitos capilares A ampliação dos alvéolos conduz à hiperinflação dos pulmões e produz um aumento da capacidade pulmonar (CPT – volume total de ar que cabe) As principais causas reconhecidas é o tabagismo e a deficiência de AAT Tabagismo – incita a lesão pulmonar Deficiência herdada de α1-antitrpsina (AAT) Deficiência herdada como uma característica autossômica recessiva Enzima antiprotease que protege o pulmão de lesões Mutação do gene ATT no locus genético
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