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Embriologia e anatomia mamária

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Letícia Soares del Rio – T6 
EMBRIOLOGIA E ANATOMIA MAMÁRIA 
 
Mastogênese: 
A mama é uma glândula exócrina do tipo tuboalveolar 
É composta pelos sistemas de ductos e alvéolos, oriundos de invaginações do ectoderma para dentro do 
mesênquima 
Por essas características os morfologistas consideram a mama um anexo cutâneo, é tida como uma 
glândula sudorípara altamente modificada, voltada para a produção de leite, cuja finalidade é de 
preservação da espécie 
Formação da mama: 
1- Linha ou crista láctea 
2- Primórdio papilar 
3- Bolsa papilar e primórdio ductal 
4- Complexo areolo papilar e primórdio lobular 
 
Embriologia: 
1- Formação da linha ou crista láctea 
É o marco inicial da mastogênese, ocorre na 6ª semana embrionária pelo espessamento bilateral 
do ectoderma, na face ventral do embrião, estendendo-se da região axilar à inguinal 
Na 7ª semana há a regressão dos dois terços caudais da crista láctea, só restando o terço torácico, 
local onde se formarão as futuras mamas 
 
2- Formação do primórdio papilar 
Durante a 8ª e 9ª semana há uma nova proliferação do ectoderma ventral para dentro do 
mesênquima subjacente, formando o primórdio papilar, que persiste até a 18ª semana 
 
3- Formação da bolsa papilar e do primórdio ductal 
A partir da 19ª semana o primórdio papilar começa a regredir e dá lugar à bolsa papilar e aos 
primórdios ductais, que são de 15 a 20 
Ao final dessa etapa, por volta da 30ª semana ocorre a canalização dos ductos 
 
4- Formação do complexo aréolo papilar e primórdio lobular 
Se inicia na 31ª semana com a proliferação das céls epiteliais da bolsa papilar, levando a sua 
completa oclusão e a formação do complexo aréolo papilar, onde desembocam os primórdios 
ductais já canalizados 
Nos ramos terminais dos primórdios ductais, dentro do mesênquima, ocorre a proliferação das céls 
epiteliais, ductais, criando os primórdios lobulares 
Na mulher, o primórdio lobular só completará seu desenvolvimento quando houver gravidez e a 
formação dos alvéolos para a lactação 
 
 Por volta da 36ª semana há uma proliferação mais acentuada do mesênquima subjacente ao complexo 
areolo papilar, levando a eversão do mamilo, que se encontrava invertido 
Na 40ª semana, a mama fetal possui: 
- complexo areolo papilar com o mamilo projetado externamente 
- primórdios lobulares na extremidade distal dos ductos 
- 15 a 20 ductos primordiais desembocando no mamilo 
 
Os ácinos praticamente inexistem e os ductos são rudimentares, permanecendo assim até a época em 
que se inicia a maturação folicular, momento em que a glândula feminina começa a se desenvolver 
(telarca) 
 
 
Anatomia: 
 
• Função 
Ultrapassa o nível da fisio 
Possuem grande valor estético que conferem beleza e harmonia ao sexo feminino 
Marco da sexualidade feminina – importante zona erógena 
 
• Sulcos mamários 
Sulco intermamário 
Sulcos infra mamários -> acesso cirúrgico aos quadrantes 
inferiores e espaços retromamários 
Sulco pectoromamário entre QSL e axila -> acesso cirúrgico para 
abordagem axilar como linfadenectomia e/ou pesquisa do 
linfonodo sentinela 
 
 
• Localização 
Na parede antero superior do tórax, sobre a fáscia peitoralis do 
músculo peitoral maior, a altura do 3º e 4º arcos costais 
São órgãos pares e superficiais, suscetíveis a estímulos neuro 
hormonais 
Formas e tamanhos variáveis 
Limites: superior (2 ou 3ª costela), inferior (6 ou 7ª costela), medial (borda do esterno), lateral (linha axilar 
anterior) 
 
• Composição 
Tecido conjuntivo e adiposo 
Tecido glandular 
Complexo areolo papilar 
Envolvidos por tegumento epitelial 
 
Complexo areolo papilar: 
➢ Aréola 
Forma circular, tamanho variado (3 a 6cm) 
Localizada na altura da 4ª costela 
 
Nuligesta = coloração rósea, 10 a 15 diminutos nódulos (tubérculos de Morgani) 
Gestante = coloração marrom ou castanho, tubérculos aumentam de volume (tubérculos de Montgomery) 
 
➢ Papila 
Localizada no centro da aréola, forma cilíndrica 
Tamanho variado (10 a 12mm de largura por 9 a 10 de altura) 
Possui 15 a 20 orifícios correspondentes a desembocadura dos ductos galactóforos 
 
➢ Músculo areolar 
Fibras circulares – m. de Sappey 
Fibras longitudinais – m. de Meyerholz 
 
Glândula mamária: 
É formada por parênquima e tecido fibro adiposo -> sensação tátil 
Envolvida por uma rede de sustentação formada por 2 folhetos: 
• Anterior = fáscia superficialis 
subdermica 
• Posterior = fáscia profunda, anterior 
a aponeurose do m. peitoral maior -> 
cápsula fibrosa de Giraldes 
 
Entre essas 2 fáscias existem projeções de 
tecido fibroso = ligg. Suspensores da mama/ 
de Cooper 
Os ligg. de Cooper terminam na derme e 
delimitam espaços de tecido adiposo 
(fossetas de Duret) 
Entre a fáscia profunda e a do m. peitoral 
maior -> espaço retromamário ou Bolsa de 
Chassaignac 
 
Está inserida no subcutâneo 
Formada por 2 sistemas: ductal e lobular 
Sistemas envolvidos por tecido adiposo por 
onde passam vasos sanguíneos, linfáticos, 
nervos, tecido conjuntivo 
 
 
 
 
 
** Sistema ductal: 15 a 20 ductos, seguem em direção à papila, onde se dilatam → seio galactóforo 
** Sistema lobular formado: 10 a 20 lobos, 20 a 60 lóbulos (unidade funcional da mama), 10 a 100 alvéolos 
ou ácinos (pequenas formações saculares que se desenvolvem na gestação, com dilatação no final dos 
ductos) 
 
Axila: 
Espaço piramidal = entre a face latero superior do tórax e face medial do braço 
Delimitada por 4 paredes, um ápice e uma base: 
▪ Base 
Fáscia costocoracoide ou clavicoraco axilar de Richet ou clavipectoro axilar -> recobre o pequeno 
peitoral e segue para a axila, envolvendo nervos e linfáticos 
 
▪ Ápice 
Abertura que se estende ao triangulo posterior do pescoço através do canal cervico axilar 
Parede anterior = mm. peitoral maior e menor 
Parede posterior = m. subescapular, redondo maior e grande dorsal 
Parede medial = m. serrátil anterior 
Parede lateral = fossa bicipital do braço, entre a inserção dos mm. da parede anterior e posterior 
Contém plexo braquial, vasos axilares e linfonodos circundados por tecido areolar frouxo e gordura 
 
Músculos do tórax: 
✓ m. peitoral maior 
composto por 3 feixes: clavicular, esternocostal e abdominal 
inserção: crista do tubérculo maior do úmero 
inervação: nervo do m. peitoral maior (ramo do plexo braquial) 
função: flexão, adução e rotação medial do úmero 
 
✓ m. peitoral menor 
forma triangular, abaixo do peitoral maior e sobre a face antero superior do gradeado costal e ápice 
da axila 
origem: tendão dos ossos da 3ª, 4ª e 5ª costela 
inserção: cranialmente – processo coracoide da escápula; caudalmente – 2º, 3º e 4º arcos costais 
inervação: nervo do m. peitoral menor (ramo do plexo braquial) 
função: auxilia os movimentos de rotação do ombro 
 
✓ m. serrátil anterior 
estende-se da parede torácica à omoplata, tem 3 feixes: na 1ª costela, da 2ª a 4ª costela e da 5ª a 
9ª costela 
inserção: margens superior, medial e inferior da escápula 
inervação: nervo torácico longo ou de Bell 
função: estabilização da escápula junto ao tórax 
 
✓ m. latíssimo do dorso 
maior músculo do corpo 
origem: nos processos espinhosos das 7 ultimas vertebras dorsais e 5 lombares, no sacro, crista 
ilíaca e 4 últimas costelas 
inserção: fossa bicipital do úmero 
inervação: nervo tóraco dorsal 
 
✓ m. subescapular 
forma a parede posterior da axila 
origem: face anterior da escápula 
inserção: colo do úmero 
inervação: nervos subescapulares superior e inferior 
função: participa dos movimentos de rotação medial, flexão, extensão, abdução e adução do braço 
 
Inervação da mama: 
Superfície cutânea = 6 primeiros nervos intercostais e um ramo supra clavicular do plexo cervical 
superficial 
QSL = ramos torácicos (plexo braquial) 
Mamilo = 4º nervo intercostal 
Glândula mamária = 4º a 6º nervos intercostaisIrrigação arterial: 
Mamária externa -> a. torácica, lateral ou torácica inferior (ramo da axilar) 
Mamaria interna -> a. torácica interna (ramo da subclávia). Emite ramos que emergem junto a borda 
esternal do 1º ao 4º espaços intercostais – irrigam a metade interna da mama 
Os ramos perfurantes intercostais da mamaria interna se anastomosam com as aa. intercostais → emite 
ramos colaterais mediastínicos, pericárdicos, esternais e termina dividindo-se em 2 ramos: 
Artéria epigástrica superior e musculofrênica 
Artérias intercostais -> ramo da aorta – irriga a face profunda da mama 
 
A mama recebe suprimento da a. axilar, ramos da tóraco acromial e toraco dorsal 
 
Drenagem venosa: 
Divide-se em 2 sistemas, superficial e profundo 
• Superficial 
As veias correm por baixo do folheto anterior da fáscia superficial e por baixo do complexo areolo 
papilar = plexo venoso de Haller 
Além do trajeto peri-areolar, exitem: 
- trajeto transverso: direção ao esterno através dos vasos perfurantes, desembocam na v. mamária 
interna 
- trajeto longitudinal: direção ao manúbrio, desembocam nas vv. Superficiais do pescoço e jugular 
interna 
 
• Profundo 
As veias profundas são as mais importantes no processo de disseminação óssea e pulmonar 
Formado por 3 plexos: 
1. Ramos perfurantes da mamária interna 
Desembocam na v. mamária interna → v. inominada que faz conexão a com rede venosa 
pulmonar 
 
2. Veia axilar 
Formada pela união da braquial e basílica, também faz conexão com o plexo venoso pulmonar 
 
3. Veias intercostais 
Via mais importante de embolização neoplásica hematogênica 
A direita desembocam na veia ázigo → VCS 
Formam plexo venoso intervertebral de Batson, avalvular, permite a circulação retrógrada -> 
justifica a presença de metástases ósseas 
Esse plexo mantém conexão com os vasos meníngeos -> metástase intracraniana 
 
Drenagem linfática: 
Linfonodos da axila são divididos em 5 grupos 
a) Braquial ou da veia axilar 
São 4 ou 5 gânglios dispostos sobre a face interna da v. axilar 
Recebem linfáticos superficiais e profundos do membro superior, emitem eferentes aos grupos 
central, apical e gânglios supra claviculares 
 
b) Torácico ou mamário externo ou axilar anterior 
São 5 ou 6 dispostos sobre a parede interna da axila 
Acompanham a a. mamária externa, recebem linfa da mama, pele e parte anterior das paredes 
laterais do tórax, porção supra umbilical, abdome e pleura 
Emitem eferentes aos grupos central e apical 
 
c) Subescapular 
São 6 ou 7 dispostos sobre a parede posterior da axila 
Recebem linfa da pele, mm do dorso e região posterior do ombro, emitem eferentes ao grupo 
central 
 
d) Intermédio ou central 
São 3 ou 5 no oco axilar, corresponde ao ponto de convergência dos 3 grupos anteriores 
Recebem linfa dos outros grupos e emitem eferentes ao apical 
 
e) Subclavicular ou apical 
Localizados por baixo da clavícula, sobre a 1ª e 2ª costela 
Recebe linfa dos outros grupos e linfáticos do braço e da mama, emitem eferentes para a junção 
jugulo subclávia 
 
Linfonodos da cadeia mamária interna: 
Localizados nos espaços intercostais a 3cm da borda esternal, abaixo dos mm. intercostais internos e 
recobertos pela fáscia endotorácica 
Recebem drenagem dos quadrantes internos da mama, do diafragma, porção superior do fígado e dos 
mm. reto abdominais 
Emitem eferentes à direita para o tronco mediatínico e à esquerda para o ducto torácico, cadeia cervical ou 
diretamente para a junção jugulo subclávia 
A drenagem linfática da mama é feita através dos plexos superficiais e profundos 
• Superficial 
Plexo areolar e sub areolar ou de Sappey -> recebe os linfáticos glandulares, seus vasos 
continuam até a papila e o plexo areolar continua até a periferia da mama 
É desprovido de válvulas, drenando a linfa em qualquer direção 
 
• Profundo 
Formado por 3 grupos: 
1. Linfáticos mamários externos 
Plexo areolar em direção à axila, contornam o m. peitoral maior e terminam nos linfonodos 
mamários externos -> drenam a linfa da metade superior da mama 
 
2. Linfáticos mamários internos 
Atravessam os espaços intercostais e desembocam nos gânglios mamários internos -> drenam 
a linda da parte interna da mama 
 
3. Linfáticos inferiores ou submamários 
Seguem a aponeurose do m. peitoral maior e espaço interpeitoral (cadeia de linfonodos 
interpeitoral ou de Rotter). Desembocam nos gânglios subclaviculares -> drenam a face 
profunda da glândula mamária 
 
O sistema profundo possui válvulas que drenam a linfa da superfície para profundidade 
 
Drenagem linfática – classificação de Berg: 
Nível 1: linfonodos abaixo da borda lateral do m. peitoral menor. Representados pelos linfonodos laterais, 
subescapulares ou posteriores, peitorais ou anteriores e parte dos centrais 
 
Nível 2: entre as bordas medial e lateral do m. peitoral menor. Representado por parte dos linfonodos 
axilares centrais e de Rotter 
 
Nível 3: acima da borda medial do m. peitoral menor. Representado pelos linfonodos subclávios ou apicais

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