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Teoria Gerativa de Noham Chomsky

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Teoria Gerativa de Noam Chomsky 
 Paula Perin dos Santos 
Nos anos 50, Noam Chomsky, linguista americano, discípulo de um distribucionalista 
também americano conhecido por Z. Harris, começa a propor que a linguagem não seja 
tão presa à classificação de dados, mas que dê um lugar importante à teoria. 
Inspirado no racionalismo e da tradição lógica dos estudos da linguagem, ele apresenta 
uma teoria a que chama de gramática e seu estudo se dá especificamente na sintaxe que, 
para ele, constitui um nível autônomo e central para a explicação da linguagem. 
A função dessa gramática não é ditar regras, mas envolver todas e apenas as frases 
gramaticais, ou seja, as que pertencem à língua. É assim que surge a Gramática Gerativa 
de Noam Chomsky. Gerativa (gerar – criar frases) porque permite, a partir de um número 
limitado de regras, gerar um número infinito de sequências. 
Esse processo é dedutivo: parte do que é abstrato, isto é, um axioma (proposição evidente 
por si mesma) e um sistema de regras, e chega ao concreto, ou seja, as frases existentes 
na língua. É com essa proposta que a teoria da linguagem deixa de apenas descritiva para 
ser também explicativa. 
Para Chomsky, é tarefa do linguista descrever a competência do falante. Ele define 
competência como capacidade inata que o indivíduo tem de produzir, compreender e de 
reconhecer a estrutura de todas as frases de sua língua. Ele defende que língua é conjunto 
de infinito de frases e que se define não só pelas frases existentes, mas também pelas 
possíveis, aquelas que se podem criar a partir interiorização das regras da língua, tornando 
os falantes aptos a produzir frases que até mesmo nunca foram ouvidas por ele. Já o 
desempenho (performance ou uso), é determinado pelo contexto onde o falante está 
inserido. 
O termo gramática é usado de forma dupla: é o sistema de regras possuídos pelo falante 
e, ao mesmo tempo, é o artefato que o linguista constrói para caracterizar esse sistema, A 
gramática é, ao mesmo tempo, um modelo psicológico da atividade do falante e uma 
“máquina” de produzir frases. 
A teoria chomskiana conduz ao universalismo, segundo Orlandi, pois o que está em 
questão é o “falante ideal”, e não locutores reais do uso concreto da linguagem. A 
capacidade para desenvolver a linguagem é uma habilidade inata do ser humano: já 
nascemos com ela. E como a espécie humana é caracterizada pela racionalidade, a questão 
fundamental para essa linha de estudo é a relação entre linguagem e pensamento. Seus 
estudos se centralizam no percurso psíquico da linguagem como e, em consequência 
disso, no domínio da razão. 
Desta forma, a reflexão de Chomsky acaba por trazer para a Linguística toda uma 
contribuição de estudos nas áreas da Lógica e da Matemática e, por outro lado, apresenta 
uma nova abordagem até então inexplorada: estudos sobre os fundamentos biológicos da 
linguagem (característica da espécie humana). 
Fontes 
ORLANDI, Eni Pulcinelli. O que é Linguística. Série Princípios. São Paulo, Ática.

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