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Adesão na odontologia Sistema adesivo: nós fazemos um corpo único entre dente e resina/porcelana/prótese através da colagem Condicionamento ácido do esmalte Antigamente a adesão das restaurações era por embricamento mecânico, o material (ex: amalgama) era travado nas paredes dos dentes com força e ali se fixava. Já a retenção era realizada por perfurações, provocando muita infiltração e recidiva de cárie. Em 1955, Buonocore, descobriu o condicionamento com ácido fosfórico; ele pensou nisso quando viu que os marinheiros passavam ácido no casco do navio antes de pintar porque o ácido realizava pequenas perfurações que facilitavam a penetração da tinta. Ele resolveu introduzir isso na odontologia e percebeu que o esmalte sofria microretenções que permitiam que o material restaurador -no caso a resina, amálgama não funciona- ficasse retido no esmalte. Entretanto a resina não penetra nas retenções porque é material grosso (massa) e o recurso foi de desenvolver uma resina mais líquida que é o adesivo. O adesivo consegue penetrar nas retenções do esmalte, sofrer polimerização (endurece) e ainda consegue interagir quimicamente com a resina, que deve ser colocada por cima do adesivo. Então o adesivo tem uma interação mecânica com o esmalte dental e uma interação química com a resina. Tudo isso proporcionou um menor indicie de infiltração e recidiva de cárie Como funciona ácido fosfórico 37%? Quanto o ácido fosfórico é aplicado em cima do esmalte ocorre a desmineralização do centro ou da periferia dos prismas do esmalte fazendo com que ocorra as microperfurações Adesivo para dentina Existe uma separação do condicionamento do esmalte e do condicionamento da dentina porque no início foi produzido somente para o esmalte. A dentina foi mais complicada pois os adesivos eram hidrofóbicos e existe uma grande porcentagem de água na dentina Adesivo hidrofílicos Adesivos que não se incomodam com a umidade da dentina servindo perfeitamente para ela. Com isso surgiu a necessidade de fazer um condicionamento ácido total, aplica no esmalte e na dentina O ácido fosfórico por 15s na dentina desmineraliza e deixa flutuar as fibras colágenas que vão ser necessárias para ajudar na retenção do adesivo, pois esse conjunto de adesivo e fibras colágenas é a famosa camada híbrida (fibras colágenas + adesivo polimerizado). Técnica O ácido fosfórico é aplicado em volta do esmalte e em volta da dentina por 30s no esmalte e 15s na dentina (enquanto passa na dentina o tempo do esmalte já deu). As bolhas que surgirão são as precipitações do fosfato de cálcio, provando que está ocorrendo a desmineralização e que a retenção vai acontecer. Depois de aplicado é necessário lavar e remover todo o excesso do gel de ácido aplicado. O tempo de lavagem deve ser igual ou maior ao tempo de aplicação (30s). Depois de lavado não podemos secar a cavidade (para não colapsar as fibras colágenas) então devemos remover o excesso de água com um papel absorvente. A secagem ou remoção do excesso de água, após o condicionamento ácido, depende do sistema adesivo que será utilizado, se na composição do sistema adesivo tiver álcool ou acetona o adesivo será hidrofílico (afinidade) Acetona: vermelho (mais umidade) Álcool: amarelo (menos umidade) a maioria dos adesivos são compostos por álcool Smear Layer A smear layer é totalmente removida com a aplicação do ácido fosfórico Smear Layer on: barro dentinários fora dos canalículos Smear layer aucht: barro dentinários dentro dos canalículos Adesivos dentinários A sua escolha está na dependência do substrato a ser aplicado e aderido; da composição da resina composta e da preferência do profissional. Classificação dos adesivos Gerações 1º,2º, 3º As primeiras gerações de sistemas adesivos (primer, adesivo e ácido) eram hidrofóbicos então não podiam ser utilizados na dentina e por isso foram deixados de lado Geração 4º,5º,6º e 7º A partir da 4 geração os sistemas adesivos já são hidrofílicos e podem ser utilizados tanto no esmalte quanto na dentina 4º Geração Os adesivos de quarta geração são compostos de 3 passos: · Aplicação do ácido · Aplicação do primer, que é hidrofílico porque contém acetona ou álcool · Aplicação do adesivo que é hidrofóbico, mas não interfere na dentina por causa do primer 5º geração Os adesivos de quinta geração são compostos de 2 passos: Resolveram fazer a união do primer e do adesivo em um só frasco · Aplicação do ácido fosfórico · Aplicado do primer e adesivo em um frasco só 6º geração Os adesivos de quarta geração são compostos de 3 passos: Tentaram colocar o ácido dentro do frasco do primer; porém o ácido não poderia ser forte por que senão iria arrebentar com todos os componentes do primer. Pelo ácido ser fraco ele não conseguia condicionar o esmalte somente a dentina (por ser menos mineralizada). Então o fabricante colocou o ácido em um frasco e o primer em outro, ficando 3 frascos separados (ácido, primer e adesivo) 7º geração Os adesivos de sétima geração são compostos de 2 passos: Foi colocado o ácido fraco, o primer e o adesivo, tudo no mesmo pote, porém devemos aplicar o ácido forte no esmalte, e depois a aplicação desse produto. · Aplicação do ácido fosfórico · Aplicação do adesivo (primer, adesivo e ácido fraco) Referência das imagens dos slides: Professor Marlúcio de Oliveira, Universidade de Itaúna
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