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SOCIALISMO E MATERIALISMO HISTÓRICO - alice

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KAR L M ARX E O M AT ERI A LIS MO 
HIS T ÓRICO 
O SOCIALISMO DO SÉCULO 
XIX 
 Correspondiam a diversas 
correntes de pensamento que 
possuíam um adversário comum: 
o capitalismo. Tais ideologias 
divergiam quanto aos princípios 
de organização da sociedade e, 
principalmente, quanto às 
estratégias para atingir o poder; 
SOCIALISMO UTÓPICO: SAINT-
SIMON E ROBERT OWEN 
 Assim denominado por acreditar 
que a burguesia abriria mão de 
seus poderes para dar fim às 
classes sociais – acontece a partir 
da burguesia; 
 
 Os socialistas identificavam, à luz 
do Iluminismo de Rousseau, que 
a propriedade privada era a 
principal responsável pela 
desigualdade acentuada durante 
a Revolução Industrial; 
 
 Essa visão reformista pregava a 
redução da jornada de trabalho, a 
melhoria nos alojamentos e o 
aumento dos salários como sendo 
suficientes para a existência de 
uma transição pacífica do 
capitalismo para um sistema 
socialista e igualitário; 
 
 Para Engels (socialismo 
científico), as melhorias no 
sistema não impactariam em suas 
raízes, tendo como consequência 
a perpetuação das relações de 
dominação, em vez de suas 
respectivas superações; 
SOCIALISMO LIBERTÁRIO OU 
ANARQUISMO 
 Crítica ao liberalismo político-
econômico; 
 
 Rejeição ao modo de produção 
capitalista; 
 
 Recusa de toda forma de 
autoridade canônica; 
 
 Pensadores como o francês 
Pierre-Joseph Proudhon e o russo 
Mikhail Bakunin fundamentaram 
o anarquismo no ideal socialista 
da coletivização dos meios de 
produção e na defesa de um 
sistema político baseado na 
autogestão; 
 
 Um dos pontos de discordância 
entre anarquistas e comunistas 
(marxistas) dizia respeito ao 
modo pelo qual a mudança social 
seria produzida: enquanto estes 
defendiam uma revolução para 
implementar um Estado 
socialista, aqueles argumentavam 
que um Estado socialista já seria 
uma forma de autoridade 
ilegítima e manteria a estrutura 
coercitiva entre os indivíduos; 
 
SOCIALISMO CRISTÃO: ROBERT 
LAMENNAIS E CHARLES 
KINGSLEY 
 Foi uma vertente do socialismo 
fundada na fé religiosa do 
cristianismo e crítico ao 
socialismo de base materialista; 
 
 Ao final do século XIX, os 
socialistas cristãos contaram com 
KAR L M ARX E O M AT ERI A LIS MO 
HIS T ÓRICO 
o apoio da encíclica papal Rerum 
Novarum, promulgada pelo Papa 
Leão XIII, considerado o Papa do 
Proletariado. Nesse documento, o 
Vaticano posicionava-se contra o 
socialismo de Marx e Engels por 
considerá-lo ateu. 
Concomitantemente, defendia o 
direito natural à propriedade 
privada e afirmava que tanto o 
Estado quanto a Igreja estavam 
obrigados a lutar por melhores 
condições de vidas para os 
pobres e trabalhadores; 
 
 Almejavam a conciliação entre 
capital e trabalho e defendiam o 
fortalecimento dos direitos 
trabalhistas; 
 
 Na encíclica Mater et Magistra, o 
Papa João XXIII confirmou a 
doutrina social da Igreja. No 
entanto, alguns setores do 
catolicismo incorporaram parte 
da perspectiva de Marx e Engels e 
passaram a defender uma 
postura mais proativa e crítica da 
Igreja em relação à propriedade 
privada – teologia da libertação 
(possuía mentalidade 
progressista e pregava que a 
empatia e o cuidado com os 
pobres não era suficiente); 
SOCIALISMO CIENTÍFICO E 
MATERIALISMO HISTÓRICO 
 Possuía o trabalho como palavra-
chave (meios de produção, força 
de produção e dono dos meios de 
produção); 
 
 Marx entende que uma sociedade 
somente pode ser compreendida 
por meio das condições materiais 
de sua existência; 
 
 Para Marx, o modo de produção 
deve ser entendido como a forma 
de organização socioeconômica 
vinculada a uma etapa do 
desenvolvimento das forças 
produtivas e também das 
relações de produção. Por 
exemplo, atualmente vigora o 
modo de produção capitalista; 
 
 Além disso, para Marx, as forças 
produtivas e as relações de 
produção se alteram ao longo do 
percurso histórico, afetando os 
meios de produção; 
 
 O meio de produção é entendido 
como tudo aquilo que permeia a 
relação entre trabalho humano e 
natureza. Ou seja, seria um 
conjunto entre os meios de 
trabalho (máquina, ferramenta) 
e o objeto do trabalho (recursos 
naturais); 
 
 Relações sociais de produção 
referem-se às formas como os 
indivíduos se organizam para 
produzir os bens necessários à 
sobrevivência; 
 
 Karl Marx desenvolveu um 
método de análise conhecido 
como materialismo histórico. Por 
meio deste, compreende-se que 
não é a consciência dos homens 
que determina a realidade, mas a 
realidade que determina a 
consciência humana; 
 
 Por meio do trabalho, o indivíduo 
se produz, desenvolvendo as suas 
capacidades e contribuindo para 
KAR L M ARX E O M AT ERI A LIS MO 
HIS T ÓRICO 
o desenvolvimento da própria 
humanidade; 
 
 Entre as categorias mais 
importantes na teoria de Karl 
Marx se encontra a noção de 
proletário, encarada sob uma 
perspectiva inédita dos pontos de 
vista social e político; 
 
A DIALÉTICA MATERIALISTA 
 Para Marx, em todas as 
sociedades humanas em que há 
propriedade privada, existiria 
uma oposição básica entre os 
grupos que detêm e os que não 
são detentores desta; 
 
 Marx opta por designar os grupos 
sociais sob a nomenclatura de 
“classe social”, denominando a 
parcela da coletividade que 
possua características sociais, 
econômicas e políticas similares, 
com ênfase especial na sua 
relação com a propriedade 
privada; 
 
 As classes antagônicas 
possuiriam características e 
interesses distintos, o que faria 
existir uma luta de classes entre 
elas. No capitalismo, esse 
antagonismo teria atingido o seu 
ápice devido à concentração de 
renda, à desigualdade e à 
exploração do trabalho, que, para 
os socialistas científicos, estão na 
base do sistema, marcando uma 
diferença essencial entre as 
classes dominante (buerguesia) e 
dominada (proletariado); 
 
 O ensinamento básico da 
dialética marxista tange ao fato 
de que a história das sociedades 
não é estática e linear, mas sim 
dinâmica e construída por forças 
antagônicas; 
 
MAIS-VALIA E ALIENAÇÃO 
 Na concepção de Marx, o 
capitalismo se sustenta na 
exploração da força produtiva da 
classe proletária pelo industrial 
burguês, uma vez que aquele 
vende sua força de trabalho em 
troca da remuneração; 
 
 O sistema capitalista oculta do 
operário a sua real situação: o 
seu trabalho rende mais ao 
empregador do que a ele mesmo; 
o excedente do trabalho do 
operário se torna mais-valia nas 
mãos do empregador. Essa é a 
diferença entre o valor que é 
produzido e o valor recebido; 
 
 A lógica do trabalho capitalista, 
portanto, era baseada em uma 
relação de exploração e de 
dominação sobre o proletariado 
(ideologia e alienação); 
 
INFRAESTRUTURA E 
SUPERESTRUTURA 
 A infraestrutura seria a parte da 
sociedade relacionada aos meios 
de produção da vida material, 
isto é, a economia; 
 
 A superestrutura corresponderia 
aos sistemas ideológicos que 
visam, sobretudo, manter a 
KAR L M ARX E O M AT ERI A LIS MO 
HIS T ÓRICO 
infraestrutura. Essa é composta 
por dois aparatos: o jurídico-
político (Estado e leis) e o 
ideológico (crenças e valores); 
 
 Desse modo, o poder político 
seria parte da superestrutura de 
uma determinada sociedade, e 
como o sistema social moderno 
capitalista, na concepção de 
Marx, é resultado do poder da 
classe burguesa sobre o restante 
da sociedade, a política seria o 
reflexo da supremacia econômica 
dessa classe; 
 
 Para Marx, as ações individuais 
somente possuem sentido se 
atentarmos para as ideologias 
que sustentam as ações das 
classes sociais às quais 
pertencem os indivíduos; 
 
REVOLUÇÃO PROLETÁRIA E 
COMUNISMO 
 Ao contrário dos socialistas 
utópicos, Marx defendia que 
somente uma revolução 
proletária poderia alterar a 
infraestrutura da sociedade. Essa 
revolução aconteceria a partir da 
mobilização da classe operária, 
que iniciaria um processo de 
deposição do poder burguês e 
instauração de um Estado 
proletário de caráter inicialmentesocialista; 
 
 O Estado formado seria voltado 
para a promoção da igualdade 
por meio da estatização dos 
meios de produção. Assim, 
quando a economia coletivizada e 
a organização democrática 
dispensassem a própria 
existência de um Estado, ele 
passaria a ser comunista; 
 
 No socialismo, a sociedade 
controlaria a produção e a 
distribuição dos bens em sistema 
de igualdade e cooperação. Esse 
processo levaria ao comunismo, 
no qual todos os trabalhadores 
seriam os proprietários de seu 
trabalho e dos bens que 
produzem; 
 
 É importante ressaltar que em 
nenhuma das duas fases se 
defende o primitivismo 
econômico, isto é, o retorno a 
estágios anteriores da 
industrialização, nem uma vida 
ascética dos trabalhadores, isto é, 
que se viva somente com o 
essencial; 
 
FETICHISMO DA MERCADORIA, 
VALOR DE USO E VALOR DE TROCA 
 Na análise da economia 
capitalista, realizada por Marx, 
destaca-se a posição privilegiada 
que é ocupada pelas mercadorias, 
isto é, o produto material do 
trabalho humano, destinado a ser 
comercializado em um mercado; 
 
 No capitalismo, a mercadoria é 
vista como provida de uma 
importância que extrapola a sua 
utilidade material, ou seja, dá-se 
mais importância ao seu valor de 
troca (monetário – o que 
diferencia) do que ao seu valor de 
uso (valor prático); 
 
 
KAR L M ARX E O M AT ERI A LIS MO 
HIS T ÓRICO 
MARXISMO APÓS MARX 
 Foram muitas as escolas de 
pensamento e os teóricos de 
diferentes áreas influenciados, 
em diferentes medidas, pela 
teoria marxista. Ao mesmo 
tempo, também é importante ter 
em mente que a teoria passou por 
inúmeras críticas, revisões, 
aprofundamentos e 
reformulações, seja por 
adversários ou por partidários, 
sem que seus princípios básicos 
perdessem sua vitalidade na 
análise da complexidade social do 
mundo atual; 
 
 No Brasil, o pensamento de base 
marxista também teve ampla 
repercussão, apesar das 
perseguições ideológicas 
realizadas em diferentes 
momentos de nossa história; 
 
 
	o socialismo do século xix
	SOCIALISMO UTÓPICO: SAINT-SIMON E ROBERT OWEN
	SOCIALISMO LIBERTÁRIO OU ANARQUISMO
	socialismo cristão: ROBERT LAMENNAIS E CHARLES KINGSLEY
	socialismo científico e materialismo histórico
	a dialética materialista
	MAIS-VALIA E ALIENAÇÃO
	infraestrutura e superestrutura
	REVOLUÇÃO PROLETÁRIA E COMUNISMO
	fetichismo da mercadoria, valor de uso e valor de troca
	MARXISMO APÓS MARX

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