na variável de desfecho entre os sujeitos, maior a probabilidade de os valores nos grupos se sobrecruzarem, e maior a dificuldade de se demonstrar uma diferença entre eles. As INFERÊNCIAS ESTATÍSTICAS podem ser: · Análise bivariada: primeira analisa a relação entre uma variável dependente e uma independente. · Análise multivariada: analisa a relação entre uma variável dependente e múltiplas variáveis independentes (a influência de diversas variáveis é investigada simultaneamente) e verifica o potencial de confusão ou confundimento dessas sobre aquela. A adoção dessa estratégia de análise implica no uso de procedimentos complexos para neutralizar o efeito das variáveis que dificultam a interpretação e para testar interações. São utilizados em pesquisas clinica ou epidemiológica. TESTE ESTATÍSTICO PARAMÉTRICO (DISTRIBUIÇÃO NORMAL, GAUSSIANA, EM SINO OU SIMÉTRICA): definida por dois parâmetros: a média (μ) e a variância (σ²). Com estes dados, é possível calcular as probabilidades relacionadas a uma variável contínua com essa distribuição. TESTE ESTATÍSTICO NÃO PARAMÉTRICO (DISTRIBUIÇÃO NÃO-NORMAL OU ASSIMÉTRICA):aplicados para dados que tenham distribuição assimétrica ou provenientes de escalas ordinais e nominais, e dados de amostras com pequeno número total de participantes. A decisão de qual teste usar para cada situação em particular requer o esclarecimento de alguns pontos, como: · Escala de medida dos dados; · Número de grupos; · Relação entre os participantes, ou seja, se os grupos são independentes ou relacionados; · Intenção do pesquisador de estabelecer diferença ou relação entre os grupos. AMOSTRA: DISTRIBUIÇÃO DA AMOSTRA: AMOSTRAS DEPENDENTES (PAREADAS): ocorre quando cada observação no primeiro grupo for pareada com a mesma observação no segundo grupo; os dois grupos são compostos pelos mesmos indivíduos. AMOSTRAS INDEPENDENTES (NÃO-PAREADA): cada grupo é composto por indivíduos distintos, assim podemos comparar. Os testes estatísticos deverão obedecer às características de distribuição e pareamento. Para escolha do melhor teste a ser empregado devemos considerar a quantidade de grupos ou observações. SENSIBILIDADE: Sensibilidade é a probabilidade de um teste apresentar resultado positivo em um indivíduo acometido por uma doença, sendo calculada utilizando-se apenas os indivíduos doentes, como a razão entre os casos doentes com resultado positivo (VP – verdadeiro positivo) sobre o total de doentes que inclui também os casos falso-negativos (FN). Sensibilidade = VP (VP+FN) ESPECIFICIDADE: Especificidade é definida como a probabilidade do teste apresentar resultado negativo em paciente sem doença, sendo calculada utilizando-se apenas os indivíduos sem doença, como a razão entre os casos não doentes com resultado negativo (VN – verdadeiro negativo) sobre o total de não doentes que inclui os casos falso positivos (FP). Especificidade = VN (VN+FP) A escolha do teste estatístico depende de muitos fatores como: tipo de variável, tamanho de amostra, número de grupos, distribuição de dados etc. Testes de hipóteses mais usados: · TESTES T DE STUDENT: teste paramétrico que compara a média de duas amostras (só pode ser utilizado se ambas as amostras são paramétricas); determina se o valor médio de uma variável de desfecho contínua em um grupo difere significativamente da de outro grupo (curva em forma de sino). Geralmente é utilizado para comparar desfechos contínuos. Condições para uso do teste: · População que originou a amostra deve ter distribuição simétrica; · Variâncias das amostras devem ser iguais ou próximas; · Amostras devem ser independentes. Passo a passo para estatística desse teste: 1. Calcular as médias amostrais e os respectivos desvios padrões 2. Encontrar diferença entre as duas médias amostrais 3. Calcular o erro padrão 4. Dividir o valor da diferença entre as médias pelo valor do erro padrão. 5. Uma vez encontrado o valor de t deve-se consultar uma tabela de valores críticos da estatística t de acordo com os graus de liberdade adequados a cada caso. 6. Se o valor de t encontrado for maior ou igual ao valor de t tabelado pode-se rejeitar a hipótese de nulidade. 7. O valor da estatística t pode também ser convertido ao valor de p. 8. Se o valor de p for menor do que nível de significância adotado para a pesquisa deve-se rejeitar a hipótese de nulidade. · Test t não-pareado: variável de desfecho comparada em dois grupos · Test t pareado: o desfecho é a mudança em um par de medidas (ex: antes e depois de uma investigação) · Test t para uma única amostra pareada: compara a mudança média em um par de valores em um único grupo com uma mudança de zero. · QUI-QUADRADO (x2): teste não paramétrico usado para responder perguntas de pesquisa que envolvem taxas, proporções ou frequências, e é usado também para comparar a proporção de sujeitos que apresentam desfecho dicotômico em dois grupos. O teste não requer que os dados assumam uma distribuição simétrica. Esse teste é sempre bilateral. Existem dois testes: · Qui-quadrado de independência: é o mais usado e avalia a frequência de dados de dois ou mais grupos. · Qui-quadrado de aderência: é usado para comparar dados amostrais com dados depopulações conhecidas. Passo a passo para estatística qui-quadrado para duas amostras: 1. Calcular as proporções amostrais 2. Encontrar a diferença entre essas duas proporções 3. Calcular a proporção amostral geral que será usada no cálculo do erro padrão 4. Calcular o erro padrão e dividir o valor da diferença entre as proporções pelo valor do erro padrão. 5. A hipótese nula pode ser rejeitada se valor de p for menor do que o nível de significância adotado na pesquisa ou se o valor encontrado for maior ou igual a um valor tabelado. Estima-se a magnitude de efeito (efeito da intervenção sobre o desfecho principal) em termos do risco relativo (razão de risco). COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO (R): é uma medida da força de associação linear entre as duas variáveis. Varia de -1 a +1. Quanto mais próximo o valor de r for de 1, mais forte será a associação, quanto mais próximo de 0 mais fraca. ANOVA: usado para simultaneamente testar a igualdade entre mais de dois grupos. As diversas formas desse teste são: · Anova um fator para uma variável independente · Anova dois fatores para duas variáveis independentes Anova medidas repetidas analisa participantes que servem como controle para eles mesmos. Condições para uso: A amostra deve ter distribuição simétrica, amostras devem ser escolhidas deforma aleatória e a homocedasticidade deve ser avaliada. Avariância representa a dispersão dos dados que serão analisados. A homocedasticidade representa a homogeneidade das variâncias e é um pressuposto que deve ser observado para a execução do teste. Os mais comuns e suas indicações são: · Qui-quadrado e teste exato de Fisher proporções ou frequências; · Testes U de Mann-Whitney, Wilcoxon, Kruskal-Wallis e Friedman dados ordinais; · eKruskal-Wallis e Friedman comparações intergrupos. Guia geral para escolha dos testes: Principais testes para cada situação: 2