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dano mais sério das perspectivas e da propriedade do fabricante.
Se ele” (isto é, suas “mãos”) “trabalhava 12 horas e é limitado
a 10, então cada 12 máquinas ou fusos em seu estabelecimento
são reduzidos a 10 (then every 12 machines or spindles, in his
establishment, shrink to 10), e se quisesse vender sua fábrica,
seriam avaliados apenas como 10, de modo que seria subtraída,
em todo o país, a sexta parte do valor de cada fábrica”.585
Nesse cérebro capitalista hereditariamente condicionado, da Es-
cócia ocidental, o valor dos meios de produção, fusos etc., confunde-se
tanto com sua propriedade de capital de valorizar a si mesmo ou de
tragar diariamente determinado quantum de trabalho alheio gratuito,
que o chefe da casa Carlyle & Co. presume realmente que, ao vender
sua fábrica, ser-lhe-ia pago não só o valor dos fusos, mas além disso
sua valorização, não só o trabalho contido neles e necessário para pro-
duzir fusos do mesmo tipo, mas também o mais-trabalho que eles aju-
dam a extrair diariamente dos honrados escoceses de Paisley. E, por
isso, ele pensa que, reduzindo-se a jornada de trabalho em 2 horas, o
preço de venda de cada 12 máquinas de fiar se contrairia ao de 10.
MARX
425
585 Op. cit., p. 60. O inspetor de fábrica Stuart, também escocês e, ao contrário dos inspetores
de fábrica ingleses, inteiramente imbuído da forma de pensar capitalista, observa expres-
samente que essa carta, que incorpora a seu relatório, “É a comunicação mais útil feita
por qualquer dos fabricantes que empregam o sistema de turnos e a mais bem concebida
para remover os preconceitos e escrúpulos contra aquele sistema”.

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