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Aula 6: Produção de mudas frutíferas – Métodos de propagação Docente: Bárbara Christofaro Propagação sexuada: via sementes Propagação assexuada: estaquia, enxertia, mergulhia, brotos e micropropagação Mudas produzidas possuem características tanto da planta genitora masculina como da feminina, não sendo assim idênticas aos pais. Produzem mudas assexuadas idênticas à planta-mãe e são denominadas de mudas enxertadas ou clones Propagação vegetativa sexuada: Vantagens: Maior longevidade Desenvolvimento vigoroso Plantas livres de doenças Menor custo Obtenção de variedades Desvantagens: Dissociação dos caracteres (segregação de gens) Heterogeneidade entre as plantas Frutificação mais tardia Porte elevado Irregularidade de produção Propagação vegetativa assexuada: Vantagens: Rapidez na produção de mudas; Reprodução fiel da planta-mãe; Multiplicação de plantas que não florescem por motivos de adaptação e de plantas cujas sementes são estéreis; Áreas de produção mais uniformes Precocidade das plantas produzidas. Desvantagens: Transmissão de doenças vasculares, bacterianas e viroses; Necessidade de plantas matrizes e de instalações adequadas; Grande volume de material a transportar e armazenar; Taxa de multiplicação é baixa comparada às sementes.. Fonte: SENAR, 2010 Propagação por sementes baixo custo de produção. a) Adquira sementes de empresas especializadas Geralmente, as sementes são híbridas e apresentam melhores características genéticas, maior poder germinativo e vigor. São tratadas com fungicidas, armazenadas e comercializadas em recipientes apropriados. Propagação por sementes b) Obtenha sementes da própria lavoura Escolha planta matriz: Vigor Sanidade Regularidade de produção Qualidade e quantidade de frutos Representatividade da espécie Escolha dos frutos para retirar as sementes Frutos sadios e que tenham atingido a maturação fisiológica. Evitar frutos atacados por pragas e doenças e frutos caídos ao chão. Escolha das sementes Selecionadas com critério: tamanho e sanidade Manejo da sementes e sementeiras Antes da semeadura no viveiro: tratamento das sementes com fungicida ou hipoclorito de sódio minimizar a ocorrência de doenças Métodos de propagação assexuada 1. Estaquia: Partes de ramos ou raízes da planta-mãe Estaca: qualquer segmento da planta mãe com, pelo menos, uma gema vegetativa, capaz de originar uma nova planta. Estacas lenhosas (coletadas no inverno) Estacas semi-lenhosas (coletadas no final do verão e início do outono) Estacas herbáceas (coletadas na primavera/verão) Relativamente fácil e barato Métodos de propagação assexuada 1. Estaquia: Partes de ramos ou raízes da planta-mãe Estaca: qualquer segmento da planta mãe com, pelo menos, uma gema vegetativa, capaz de originar uma nova planta. Estacas lenhosas (coletadas no inverno) Estacas semi-lenhosas (coletadas no final do verão e início do outono) Estacas herbáceas (coletadas na primavera/verão) Relativamente fácil e barato Métodos de propagação assexuada 1. Estaquia: Partes de ramos ou raízes da planta-mãe Estaca: qualquer segmento da planta mãe com, pelo menos, uma gema vegetativa, capaz de originar uma nova planta. Estacas lenhosas (coletadas no inverno) Estacas semi-lenhosas (coletadas no final do verão e início do outono) Estacas herbáceas (coletadas na primavera/verão) Relativamente fácil e barato Escolha a estaca: varia de acordo com a espécie e com a tecnologia empregada Estacas lenhosas são retiradas de ramos mais grossos e medianos e requerem manejo e tecnologia mais simples Estacas herbáceas são retiradas de ramos de ano, mais finos, flexíveis, apicais ou ponteiros e requerem manejo e tecnologia mais avançada, como a nebulização (Ex: Goiaba). Fonte: SENAR, 2010 Realize a desfolha da estaca: operação feita principalmente em estacas lenhosas quando a mesma ainda está na planta, com o objetivo de promover o intumescimento das gemas e facilitar o pegamento da estaca. Nas estacas herbáceas geralmente são mantidas as 2 folhas superiores. Fonte: SENAR, 2010 Corte a estaca: observar comprimento e espessura (de acordo com a espécie) Fonte: SENAR, 2010 Estacas lenhosas e semi lenhosas: cortadas entre 25 a 35 cm de comprimento e 1,0 a 2,0 cm de diâmetro. Há espécies cujas estacas lenhosas são maiores, com comprimento de 50 a 80 cm e diâmetro de 2,5 a 3,5 cm Estacas herbáceas (geralmente sem desfolha): cortadas com comprimento aproximado de 10,0 a 15,0 cm e diâmetro com cerca de 0,6 cm (Ex: Goiaba). Prepare a estaca para o plantio Estacas lenhosas ou semi lenhosas: deixe, em média, seis gemas. Estacas herbáceas: Em geral, são deixadas com dois nós de crescimento, mantendo-se o par de folhas intacto no nó superior, retirando- se as folhas basais. Deve-se fazer um corte basal na estaca logo abaixo do nó inferior e um corte apical 1 cm acima do par de folhas. ATENÇÃO: Recomenda-se fazer um corte em forma transversal (bisel) na base da estaca para aumentar a superfície de contato com o substrato, acelerando o pegamento da mesma. Fonte: SENAR, 2010 Faça o plantio da estaca: As estacas devem ser enterradas a uma profundidade de 2/3 de seu comprimento, inclinadas cerca de 45º, deixando-se um par de folhas e de gemas fora do solo Em algumas espécies ,o tratamento com hormônio (AIB - Ácido indolbutírico e ANA - Ácido naftalenoacético) aumenta o pegamento das estacas Fonte: SENAR, 2010 Realize a irrigação: A irrigação deve ser feita com frequência, mantendo- -se o substrato e o ambiente com umidade adequada. Nas estacas herbáceas a irrigação e manutenção da umidade alta devem ser feitas com uso da nebulização. Fonte: SENAR, 2010 Métodos de propagação assexuada 2. Enxertia: juntar 2 plantas ou partes das plantas de maneira que elas possam se unir e continuar seu crescimento, originando uma nova planta. ENXERTO (garfo ou borbulha) + PORTA ENXERTO (cavalo) Fonte: infoescola.com COMPATIBILIDADE ENTRE ENXERTO E PORTA ENXERTO Selecione a variedade para porta-enxerto: deve ser compatível com a variedade da copa e resistente a pragas e doenças, à seca, ao encharcamento, à salinidade do solo, etc. Geralmente são usadas variedades locais ou crioulas por serem mais adaptadas ao clima, ao solo da região e por apresentarem maior disponibilidade de sementes. Selecione a variedade da copa (enxerto): A variedade da copa de onde serão retirados os enxertos (garfos e borbulhas) deve ser produtiva, apresentar frutos de boa qualidade, livres de pragas e doenças e com alto valor comercial. Obtenção de enxertos (borbulhas ou garfos): Utilizar plantas livres de doenças, principalmente de vírus; Ser representante típico da cultivar; Tenha alta produtividade e frutas de boa qualidade; No caso de existirem vetores que transmitem doenças, as plantas matrizes devem estar protegidas em telados Garfos: obtidos de ramos da porção apical da planta, com idade variando de 4 a 8 meses, dependendo da espécie frutífera. Deve ser colhido com 22 a 25 cm de comprimento e diâmetro de 0,6 a 1,2 cm, dependendo da espécie frutífera, do tipo de enxertia e das condições do viveiro. Borbulhas: fazem parte do garfo obtido e, em geral, na seleção do garfo faz-se também a seleção da borbulha. Garfagem lateral ATENÇÃO: A espessura do garfo deve ser igual ou semelhante a do porta- enxerto para evitar problema de incompatibilidade e perda da muda PORTA-ENXERTO ENXERTO União Amarrio Corte do porta-enxerto Fonte: SENAR, 2010 Garfagem no topo à inglesa simples “decote” no porta-enxerto Corte em bisel no porta-enxerto Corte em bisel no enxerto União enxerto + porta enxerto Amarrio Cubra o enxerto com saco plástico Garfagem no topo em fenda cheia “decote” no porta-enxerto Corte em fenda no porta- enxerto (2,5 – 3 cm) corte em cunha no garfo União no topo da fenda Amarrio Cubra o enxerto com saco plástico Fonte: SENAR, 2010 Borbulhia em “T normal” ou “T invertido” A escolha “T” normal ou invertido, depende da espécie e habilidade do enxertador Escolha da borbulha Corte em “T” no porta enxerto Retirada da borbulha do garfo Introduza a borbulha no porta enxerto Amarrio Corte do porta enxerto Fonte: SENAR, 2010 Borbulhia em placa ou escudo Escolha da borbulha Corte no porta enxerto Retire uma placa retangular Retirada da borbulha do garfo União – Ajusta a placa no porta enxerto Amarrio Corte do porta enxerto Fonte: SENAR, 2010 Métodos de propagação assexuada 3. Mergulhia: colocação de parte do ramo da planta matriz dentro de um substrato de enraizamento. O processo estará completo quando a muda estiver enraizada e totalmente separada da planta mãe (“desmame”). Muito usada na produção de mudas de amora e framboesa e na obtenção de porta-enxertos de maçã, pêra e marmelo Mergulhia simples Mergulhia simples de ponta invertida Mergulhia chinesa contínua Mergulhia aérea (Alporquia) Selecione o ramo Coloque o substrato em saco plástico Faça o anelamento do ramo selecionado Envolva o local anelado com o substrato Amarre o saco plástico Mergulhia aérea (Alporquia) Retire a muda da planta mãe Faça a retirada das folhas Corte o ramo Métodos de propagação assexuada 4. Estruturas especializadas: Rebentos, estolões e rizomas. Rebentos Após a coleta, as mudas são expostas ao sol por 1 ou 2 semanas: Processo de CURA: Acelerar a cicatrização onde a muda foi destacada da planta mãe. Rizomas: caules modificados, de crescimento subterrâneo. OBRIGADA! barbara.silva@ifpa.edu.br
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