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AULA: HIPERTENSÃO ARTERIAL NO IDOSO

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Hipertensão 
Arterial 
no Idoso
LUKAS MARTINS
RAIMUNDO NETO
 A hipertensão arterial (HA) é uma doença altamente prevalente em indivíduos idosos,
tornando-se fator determinante na morbidade e na mortalidade elevadas dessa
população (II Diretriz Brasileira de Cardiogeriatria, 2010).
 Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o Brasil será, no ano de 2050, o sexto
país do mundo em número de idosos“. Segundo a OMS, haverá 2 bilhões de pessoas com
60 anos ou mais no mundo, daqui a 32 anos, sendo que 80% estarão nos países em
desenvolvimento.
 “Nos EUA, de acordo com os dados do National Health and Nutrition Examination Survey
(NHANES III, 1995), a prevalência de hipertensão arterial, definida como pressão arterial 
sistólica (PAS) ≥ 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica (PAD) ≥ 90 mmHg.
 Aumento da expectativa de vida da população: envelhecer com saúde e qualidade de 
vida
 o livro Brasil 2050 - Os desafios de uma nação que envelhece convida o brasileiro para 
uma reflexão séria e necessária. "Como você quer ser tratado quando o idoso for você? 
Todos queremos envelhecer de forma saudável e feliz. Isso inclui o controle da HA. 
 50 milhões de mortes/ano ocorrem no mundo.
 30% desses óbitos, são causados por doenças cardiovasculares
 Estudos epidemiológicos hipertensão arterial acidente vascular encefálico
(AVE); doença coronariana, a insuficiência cardíaca congestiva e a insuficiência
renal crônica.
 Países desenvolvidos e em desenvolvimento.
 Framingham Heart Study (Franklin et al., 1999)
 Brasil doença isquêmica do coração; doenças
cerebrovasculares
 A Diretriz Americana (JNC8) recomenda que o Tratamento farmacológico da hipertensão
arterial em indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos somente deve ser iniciado quando
os valores de PA forem ≥ 150/90 mmHg. Já a Diretriz Europeia (ESH/ESC 2013), recomenda o
início do tratamento farmacológico apenas quando a pressão arterial sistólica estiver ≥ 160
mmHg, ou seja, em hipertensos em estágios 2 e 3.E a meta terapêutica a ser alcançada nesta
população, em ambos os documentos, são valores < 150/90 mmHg
 Metanálise de estudos em idosos hipertensos, conduzida por Blacher et al. (2000), demonstrou
uma relação direta entre aumento de PP e eventos cardiovasculares fatais ou não fatais.
 Menor sobrevida foi observada em franceses, com maior pressão
de pulso, em acompanhamento de quase 20 anos, notadamente
nos indivíduos idosos.
 A maioria dos estudos epidemiológicos e consensos ou diretrizes para o 
tratamento da hipertensão arterial em idosos considera a pressão arterial 
sistólica de 140 mmHg e/ou a pressão diastólica 90 mmHg como valores 
limites para a definição de hipertensão arterial, que são os mesmos valores 
considerados para indivíduos com idade igual ou maior que 18 anos.
 Do ponto de vista clínico, a hipertensão arterial no idoso é avaliada como a 
do adulto jovem, das seguintes formas: (1) hipertensão sistodiastólica; (2) 
hipertensão sistólica isolada; (3) hipertensão diastólica isolada; (4) pressão 
de pulso.
Distensibilidade;
Elasticidade; VASOS
Velocidade da 
onda de Pulso;
Pressão Sistólica;
E se compararmos um IDOSO e um JOVEM, ambos 
com aumento de PA?
E se compararmos um IDOSO e um JOVEM, ambos 
com aumento de PA?
• Menor Débito Cardíaco;
• Menor Volume IV;
• Menor Fluxo Renal;
• Menor Capacidade de Vasod.;
E se compararmos um IDOSO e um JOVEM, ambos 
com aumento de PA?
• Menor Débito Cardíaco;
• Menor Volume IV;
• Menor Fluxo Renal;
• Menor Capacidade de Vasod.;
• Maior RESISTENCIA VASCULAR;
E se compararmos um IDOSO e um JOVEM, ambos 
com aumento de PA?
Enquanto no jovem há um aumento do Débito Cardíaco (DC) e pouca
Resistencia Vascular Periférica (RVP), no idoso é extremamente ao
contrário;
O que causa esse aumento da RVP?
O que causa esse aumento da RVP?
A principal causa desse
aumento é o processo de
Aterosclerose!
Disfunção endotelial que culmina em diversas alterações
fisiopatológicas;
:
• Menor liberação de Óxido Nítrico;
• Maior fragmentação do colágeno;
• Maior deposição Lipídica e de Cálcio;
Medida da Pressão Arterial
• Decúbito;
• Relaxamento máximo;
• 2 medidas no mínimo com 
intervalo de 5 minutos;
MAPA ou MRPA
“Hipertensão do 
Jaleco Branco”
PSEUDO-HIPERTENSÃO
HIATO AUSCULTATÓRIO
HIPOTENSÃO POSTURAL
I m a g e m R e t i r a d a d o l i v r o : C U R R E N T - G e r i a t r i a – D i a g n ó s t i c o e 
T r a t a m e n t o
 Não analisar somente o nível pressórico, mas também na presença de outros
fatores de risco cardiovascular e/ou lesão em órgãos-alvo.
 Existem evidências consistentes de benefícios da redução da PA pelo
tratamento anti-hipertensivo em idosos, quando a PAS inicial > 160 mmHg foi
reduzida para valores < 150 mmHg, mas não < 140 mmHg.
 Portanto, à luz dos conhecimentos atuais recomenda-se reduzir a pressão
arterial para valores de PAS < 150 mmHg em indivíduos idosos com PAS > 160
mmHg.
 Em hipertensos idosos < 80 anos que se encontrarem bem fisicamente e o
tratamento for bem tolerado, pode-se objetivar metas de PAS < 140 mmHg.
 Os resultados do HYVET demonstraram que o tratamento anti-hipertensivo
dos pacientes muito idosos (> 80 anos) para valores de PAS < 150 mmHg é
seguro e eficaz na redução de mortalidade cardiovascular, devendo ser
realizado.
As principais medidas que resultam em maior eficácia anti-hipertensiva são:
1. redução do peso corporal,
2. redução na ingestão de sódio,
3. aumento na ingestão de potássio,
4. Redução do consumo de bebidas alcoólicas
e exercício físico regular
5. Identificar substâncias que possam estar
contribuindo para a elevação da PA (Poli
farmácia).
Os medicamentos anti-hipertensivos devem promover diminuição da pressão arterial, ser
individualizados, atender o princípio geral e primordialmente contribuir para redução das taxas
de eventos cardiovasculares fatais e não fatais.
1.Ser eficaz pela via oral e bem-tolerado
2.Permitir o menor número possível de tomadas diárias, com preferência para aqueles com
posologia de dose única diária
3.Iniciar com as menores doses efetivas preconizadas para cada situação clínica, podendo ser
aumentadas gradativamente e/ou associar-se a outro hipotensor de classe farmacológica
diferente (deve-se levar em conta que, quanto maior a dose, maiores são as probabilidades de
surgirem efeitos indesejáveis)
4.Respeitar um período mínimo de 4 semanas para se proceder ao aumento da dose e/ou à
associação de medicamentos, salvo em situações especiais
5.Instruir o paciente sobre a doença, os efeitos colaterais dos medicamentos, a planificação e os
objetivos terapêuticos
6.Considerar as condições socioeconômicas;
 Na atualidade, seis classes de fármacos anti-hipertensivos estão disponíveis: diuréticos, inibidores
adrenérgicos (de ação central, alfabloqueadores e betabloqueadores), inibidores da enzima conversora de
angiotensina, antagonistas dos canais de cálcio, vasodilatadores direto e antagonistas dos receptores de
angiotensina.
 a maioria dos estudos clínicos aleatorizados realizados em idosos hipertensos demonstrou de forma
inequívoca a redução da PA e da morbimortalidade cardiovascular (em especial a incidência de acidente
vascular encefálico e insuficiência cardíaca) com o uso de diuréticos (tiazídicos) e betabloqueadores
(propranolol e atenolol), tanto para a hipertensão sistodiastólica como para a hipertensão sistólica isolada
(HSI).
 Os antagonistas dos canais de cálcio nitrendipino e felodipino e o inibidor da enzima de conversão enalapril
também se mostraram úteis para o tratamento da HSI, com redução das taxas de eventos cardiovasculares
 Qualquer grupo de medicamentos, com exceção dos vasodilatadores de ação direta, pode ser apropriado
para o controle da pressão arterial em monoterapia inicial, especialmente para pacientes portadores de
hipertensão arterial leve a moderada que não responderam às medidas não medicamentosas.
A crise hipertensiva é dividida em urgência e emergência hipertensivasURGÊNCIA:
• Controle da pressão arterial deve ser feito em até 24 h. Inicialmente, a pressão arterial 
deve ser monitorada por 30 min.
• Diurético de alça, betabloqueador, inibidor da ECA ou
• antagonista do canal de cálcio, caso os níveis permaneça o mesmo. 
EMERGÊNCIA:
A crise hipertensiva é acompanhada em alguns casos por encefalopatia hipertensiva, acidente vascular encefálico,
edema agudo de pulmão, infarto do miocárdio e evidências de hipertensão maligna ou de dissecção aguda da
aorta. Nesses casos, há risco iminente de vida ou de lesão orgânica irreversível, e os pacientes devem ser
hospitalizados e submetidos a tratamento com vasodilatadores de uso intravenoso, tais como nitroprussiato de
sódio ou hidralazina. Depois de obtida a redução imediata dos níveis de pressão, deve-se iniciar a terapia
antihipertensiva de manutenção e interromper a medicação parenteral
O paciente idoso frequentemente apresenta doenças associadas e que exigem a 
individualização do tratamento. Algumas situações frequentes são descritas a 
seguir.
 Doença pulmonar obstrutiva crônica ou asma brônquica
 Depressão
 Obesidade
 Diabetes melito
 Dislipidemia
 Doença vascular encefálica
 Cardiopatia isquêmica
 Insuficiência cardíaca
 Hipertrofia do ventrículo esquerdo
 Nefropatias
 Doença vascular arterial periférica
A hipertensão arterial, especialmente a elevação da PA sistólica e da pressão de pulso,
representa importante fator de risco cardiovascular para indivíduos idosos. A diminuição da pressão
arterial tem se mostrado efetiva em reduzir eventos cardiovasculares fatais e não fatais.
Modificações no estilo de vida são úteis na abordagem do idoso hipertenso; entretanto, o
tratamento medicamentoso deve ser iniciado sempre que a PA sistólica for > 160 mmHg com
objetivo de reduzir a PAS para níveis < 150 mmHg.
Existem várias classes de anti-hipertensivos que podem ser utilizadas em indivíduos idosos.
A escolha deve ser individualizada, considerando-se presença de comorbidades, condições
socioeconômicas, tolerabilidade ao medicamento, resposta individual da PA e manutenção da
qualidade de vida. Entretanto, na maioria dos idosos hipertensos, diuréticos em baixas doses devem
ser considerados fármacos de primeira escolha, pelos seus inquestionáveis benefícios sobre a
morbimortalidade cardiovascular, demonstrados em diversos estudos clínicos. Os antagonistas dos
canais de cálcio de longa ação podem ser utilizados na hipertensão sistólica isolada. Os inibidores da
enzima de conversão da angiotensina são
úteis na presença de diabetes. No entanto, o maior desafio ainda é o grande número de indivíduos
idosos hipertensos não tratados ou sem controle adequado da pressão arterial. Para o
século 21, esse desafio ganha magnitude ainda maior, já que a população mundial de idosos tende a
crescer de maneira significativa.
Tratado de Geriatria e Gerontologia. Freitas, E.V.; Py, L.; Neri, A. L.; Cançado, 
F. A. X.C.; Gorzoni, M.L.; Doll, J. 4ª. Edição. Grupo Editorial Nacional (GEN), 
2016. 
WILLIAMS, B.A. et al. Current Geriatria: Diagnóstico e Tratamento. 2. ed. 
Porto Alegre: AMGH, 2015

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