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Caderno I - Empresarial I

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Rio, 24 de julho de 2012.
DIREITO EMPRESARIAL I
Prof. Lídia Vivas
Bibliografia - procurar um livro esquematizado
Indicações: Fábio Olhôa Coelho, Manual de Dir. Comercial, Único Volume (melhor)
Curso de Dir. Comercial em 3 volumes -obra clássica
Rubens Requião em 3 volumes – 
Direito de Empresa à Luz do Novo CC, Sérgio Campinho, Ed. Renovar, Volume Único
Ricardo Negrâo, direito empresarial sistematizado. 
CONCEITO TÉCNICO DE EMPRESA
É Uma atividade econômica organizada, é um objeto com o qual se faz algo. Sempre terá finalidade econômica.
Estabelecimento Empresarial - é o complexo dos bens (corpóreos e incorpóreos pois
tem valoração econômica). O local é o ponto.
ORIGENS HISTÓRICA
No processo de troca (escambo) deu origem ao comércio.
Falta equivalência – necessidade de estabelecer parâmetro – surgimento da moeda.
Moeda mercadoria – equivalência era o sal.
Moeda cunhada
Intensificação do comércio
necessidade de normatizar a atividade humana
evolução do direito comercial
1ªfase – Séc. XII ao XVI período subjetivo- corporativista – corporações de ofício
direito civil engessado (na idade média) – foco em quem faz, comerciante, mercador. Direito dos costumes para as pessoas que praticavam atividade mercantil. Prática reiteradas criaram um corpo de decisões e a ciência mercantil tomou forma.
2ª Fase – Séc. XVI ao Séc. XVIII
Common Law na Inglaterra
Na França corporações perdem espaço para Tribunais do Estado Nacional.
3ª fase – Séc. XVIII - período objetivo dos atos do comércio.
Revolução Francesa
Marco de dá através do ressurgimento do Direto Civil com o Código Napoleônico de 1807. O foco sai do sujeito para o ato.
Inaugura a teoria dos atos de comércio.
4ª fase – Código Civil Napoleônico – teoria da empresa no Brasil
1850 – Código Comercial -maior parte revogada com o novo CC 2002 influência do Código Italiano que unifica tudo sob o mando do D. Civil.
A teoria da empresa foi positivada com o novo CC que sai dos atos de comércio.
A unificação formal no CC abandona o conceito de comerciante e inaugura conceito de empresário.
Art. 22, I – legislar sob matéria civil e comercial separadamente – autonomia da ciência
comerciante – de forma profissional praticava atos de intermediação entre produtor e consumidor.
Empresário – art. 966 que exerce atividade econômica para circulação de bens e serviços, deixa de ser intermediador para organizar a atividade econômica é o sujeito da atividade.
Empresa – organização da atividade econômica para a circulação de bens e serviços – é o objeto.
FONTES
Formais – CF, Comercial parte segunda, Civil (teoria da empresa), leis comerciais (necessidade
Imediata pela celeridade dos negócios), tratados internacionais (cosmopolita, globalização),
Convenção das partes (contratos atípicos).
Materiais - usos e costumes – praxes nacionais e internacionais – LEX MERCATORIA do comércio internacional.
jurisprudência
Analogia
Princípios gerais
		
Rio de Janeiro, 01 de agosto de 2013
Sujeito da atividade – empresário - 
art. 966 CC
Teoria da empresa
Empresa atividade econômica organizada – é a organização dos fatores de produção (capital,tecnologia e mão-de-obra), é o objeto do sujeito.
O empresário é um organizador dos meios de produção, é o sujeito.
A organização torna o sujeito empresário.
A atividade poderá ser movimentada por uma só pessoa ou uma sociedade.
art. 967 -
deverá se registrar
se não se registrar não deixa de ser empresário, é uma mera irregularidade.
O registro tem natureza declaratória e não constitutiva.
O registro público de empresas mercantis é feito pela Junta Comercial que faz parte de um
sistema nacional. Têm natureza híbrida – estadual (junta comercial e federal (DNRC)
lei 8934/94 – trata dos registros
regulamentada pelo decreto 1800/96
esse registro têm caráter declaratório é apenas um registro
é uma pessoa física e não uma pessoa jurídica
é o empresário solo.
Art. 971
Empresário rural
pode se inscrever na junta comercial
mas é uma faculdade
passará a ter status do empresário individual.
Nesse caso o registro é declaratório e constitutivo porque com a declaração passa a ser empresário.
Art. 966
parágrafo único
não é empresário
mesmo que tenha empregados – só um fator de produção.
ex. advogado que tem secretária.
É profissional liberal (médico, advogado)
vai seguir as regras da profissão – registro da sua profissão.
Só o exercício da profissão constitui elemento da empresa.
O que é elemento de empresa - organização de fatores de produção, se organizar todos os fatores de produção.
Médico que monta uma clínica complexa e o médico para a exercer a gestão de um clínica.
Hospital tem elemento de empresa.
O ELEMENTO DE EMPRESA É A GESTÃO. Articulação do profissional dos fatores de produção.
ESTATUTO DA ORDEM ESTABELECE QUE NÃO É ATIVIDADE EMPRESÁRIA, LOGO AS
SOCIEDADES NÃO SÃO EMPRESÁRIAS.
É uma vedação legal.
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL É PESSOA FÍSICA E NATURAL – todo seu patrimônio responde
pela atividade econômica. Não tem personalidade jurídica, tem CNPJ para efeitos tributários.
RESPONSABILIDADE ILIMITADA frente a sua atividade econômica.
A responsabilidade ilimitada é objeto de crítica – sociedades fraudulentas para não exercer sozinha
a atividade e não responder de forma ilimitada. Tem a limitação da responsabilidade de acordo com
o patrimônio de afetação.
A sociedade unipessoal é uma realidade na legislação alienígena.
Lei 12.441/20122 – EIRELI para atender ao empresário individual.
é a personificação da atividade econômica, sem responsabilização ilimitada do patrimônio.
art. 44 VI do CC – empresa individual de responsabilidade limitada
dá personalidade jurídica à atividade mas não criou uma sociedade unipessoal
é a personificação da atividade.
Deveria estabelecer patrimônio de afetação – 100 vezes o salário mínimo e não capital societário.
Ferindo art. 7º CF o salário mínimo não pode ser indexador ADIN 4637) e foge a realidade
econômica R$ 62.200,00. e micro empreendedor individual R$ 60.000.00.	
Rio de Janeiro, 15 de agosto de 2012.
Continuação do “Contrato Social”
Também deverá ser observado, conforme previsto nos art. 998 e 1.151 §1º do CC, que nos 30 dias subseqüentes a celebração deverá ocorrer a inscrição do contrato social no registro competente a fim de a sociedade adquiri personalidade jurídica.
Sociedade Simples – RCPJ
Elementos específicos do contrato social:
Pluralidade de Sócios – mínimo de dois
Art. 251 da Lei de S.A. – subsidiária integral ou unipessoalidade superveniente (art. 1033, IV, CC. Prazo de 180 dias.
Ex.: Petrobás – Petroflex (é um braço da Petrobrás, é uma subsidiária).
Ex.: morre um, fica reduzida, unipessoalidade superveniente, tem 180 dias para reconstituir novamente. Caso não ocorra a sociedade desaparece.
Pode fazer um acordo com os herdeiros.
Transformação em empresário individual – EIRELI – firma ou denominação
S/A – permite 1 ano, diferente de 180 dias.
Constituição do capital social – dinheiro, bens ou crédito (cheques, notas promissórias. R$ é melhor.
Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2012.
Correção semana 4
Caso concreto 1 – A atividade desenvolvida por marcos e Sonia está sob a forma de Sociedade Limitada (é um tipo societário) que é não empresarial e o registro tem de ser feito no RCPJ pois são classificadas como “simples” e não na Junta Comercial.
Art. 982 do CC
Questão Objetiva – Letra B 
Existem 2 tipos societários: Limitado e S.A. (são os mais expressivos), existem outros, mas caíram em desuso. 
Tipos Societários – 
Em nome coletivo – 1039 - Firma Social Ilimitada (caiu em desuso).
Obs.: Forma Social é o mesmo que razão social
Comandita Simples – É uma sociedade em que tem sócios que respondem ilimitadamente e outros, o modelo é firma social
Comandita por Ações – Firma social, tem sócio que responde ilimitadamente
Se tem sócio ilimitado é firma social
Sociedade Limitada – Pode ser firma social e pode ser denominação social. Qualquer delas deve acrescer a expressão:Limitada ou LTDA.
 
Sociedade Anônima – é denominação (Companhia - este termo é específico para S.A.), C&A ou S.A.
Sociedade Simples – causa confusão por conta de ter classificação também com esse nome: simples.
é denominação, a responsabilidade dos sócios é ilimitada. art. 997 do CC. 
A proteção do nome na junta comercial é estadual. Se quiser proteger nacionalmente deve fazer o registro em todas as juntas estaduais do Brasil. A marca tem proteção nacional. 
O nome identifica o sujeito. 
Rio, 29 de agosto de 2012.
Correção caderno 5 
– Empresário Individual responde como pessoa física, então responde com todo o seu patrimônio. Art. 391, CC
Letra – Responde integralmente, D
Estabelecimento Comercial
Sua natureza jurídica é de uma universalidade de fato.
São os bens corpóreos e incorpóreos dos quais o empresário se utiliza para o desenvolvimento da empresa. art. 1.142. 
O Trespasse – é a operação de alienação desses bens. Não confundir com a venda da sociedade empresária. O Trespasse é a operação pela qual um empresário vende a outro o seu estabelecimento empresarial. É a mudança de titularidade. 
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.
O transpasse só ocorrerá, será legítimo se pagar a todos os credores. Uma autprização expressa ou tácita também é aceita. 
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência.
O trespasse é um meio de recuperação da empresa, pois o pode ocorrer a alienação de parte do estabelecimento.
Existe obrigação legal da não concorrência ao alienante nos cinco anos subseqüentes à transferência. – art. 1147 do CC.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Com a intenção de impedir que a personificação jurídica seja instrumento para assegurar a impunidade de atos sociais fraudulentos, a jurisprudência passou a adotar a TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA, também chamada “da superação” e da “penetração”. Esta consiste em colocar de lado, episodicamente, a autonomia patrimonial da sociedade, possibilitando a responsabilização direta e ilimitada do sócio por obrigação que, em princípio, é da sociedade. 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, (não é de ofício) ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
A TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO é utilizada sempre que houver indícios de fraudes ou abusos de direito. Não é para se desconsiderar apenas com o risco empresarial. 
Não devemos nos esquecer que a Autonomia Patrimonial (é separar a figura da empresa das pessoas dos sócios, o patrimônio dos sócios é distinto do patrimônio da sociedade) é o alicerce do Direito Societário.
O art. 50 do CC positiva a Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica quando da ocorrência de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade e a confusão patrimonial.
É o tipo societário de maior presença na economia brasileira. Foi introduzida em nosso direito pelo Decreto 3.708 de 1919.
Ler art. 46, CC
CLASSSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES QUANTO AO OBJETO
SIMPLES – Se constituídas para a prática de atos de diferentes da atividade empresa, com fins econômicos. Seu registro deverá ser efetuado no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Conceito por exclusão
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
EMPRESÁRIAS – Se constituídas para a exploração da “empresa”, com objetivos econômicos. Seus Atos Constitutivos deverão ser registrados na Junta Comercial.
CLASSIFICAÇÃO CONFORME O C.C.
NÃO PERSONIFICADAS - Sociedade em Conta de Participação, Sociedades em comum. Antigas Sociedades de Fato ou Irregulares. 
Não possuem personalidade jurídica. 
PERSONIFICADAS - Adquirem personalidade jurídica. Titularidade Obrigacional , Processual e Autonomia Patrimonial (O patrimônio dos Sócios é distinto do da sociedade).
CLASSIFICAÇÃO QTO. À ESTRUTURA ECONÔMICA E ATO CONSTITUTIVO
DE PESSOAS – Quando a figura dos sócios é vital para a sua existência.
DE PESSOAS E CONTRATUAIS – Quando a qualidade pessoal dos Sócios é o elemento principal. Seu nascimento advém de um contrato de natureza plurilateral, isto é, os interesses são convergentes. 
Nessas sociedades a “AFFECTIO SOCIETATIS” que representa o elemento subjetivo que une os sócios é fortemente identificada. A quebra da “AFFECTIO SOCIETATIS” é motivo de dissolução da sociedade. (falta de lealdade entre os sócios).
DE CAPITAL – O que importa é o investimento, não importa quem sejam os sócios. A figura dos sócios não tem importância.
DE CAPITAIS E INSTITUCIONAIS – O foco destas sociedades é o capital investido, não a figura dos sócios. Seu nascimento advém de um ato institucional, o Estatuto.
Nosso estudo será sobre a Limitada que é personalíssima.
Rio de Janeiro, 05 de setembro de 2012.
Corrigindo caderno 6
Caso concreto:
A teoria da desconsideração não tem tamanho fundamento, somente a mudança de endereço não caracteriza, é muito. Mas a Súmula 435 do STJ justificaria. O assunto não está pacificado.
Letra D – Art. 50 CC
Corrigindo caderno 7
Deverá adotar seu nome por extenso ou de forma abreviada, podendo aditivar um termo que identifique o gênero da atividade.
Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade.
atividade
Questão objetiva - Letra B – Art. 1.164
Caderno 8 pra casa
Continuando com as classificações...
CLASSIFICAÇÃO QTO. AO NÍVEL DE RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS
ILIMITADAS – Avança no patrimônio dos sócios ( Em Nome coletivo, Simples e em Conta de Participação). Esgotado o patrimônio da empresa pode ir até o patrimônio dos sócios.
LIMITADAS – A responsabilidade dos Sócios vai até o valor de sua participação (Sociedade Limitada e Sociedade Anônima).
MISTAS – Existem duas categorias de Sócios: que respondem ilimitadamente e que respondem limitadamente (Sociedade em Comandita simples e Comandita por ações).
SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS – Classificação conforme CC a partir do 986
SOCIEDADES EM COMUM 
No sistema anterior ao CC a doutrina distinguia as sociedades de fato – aquelas que nem sequer elaboravam seus contratos sociais – das irregulares , que, que estabilizando as relações entre os sócios, não os inscreviam na Junta Comercial.
A expressão “sociedade comum” nada mais é do que as sociedades que a doutrina anterior tratava sob as rubricas de sociedades “de fato” ou “sociedade irregular”.
Não há o privilégio da autonomia patrimonial, o que ocorre é uma confusão patrimonial.
São aquelas que não têm seus atos constitutivos inscritos no órgão competente (Registro Civil de Pessoas Jurídicas para as sociedades simples e Junta Comercial para as sociedades empresárias).
Sua disciplina legal consta dos arts. 986 a 990 do CC.
A sua existência só pode ser provada pelos sócios por escrito conforme previsão do art. 987do CC. O art. 990 do CC determina a responsabilidade solidária e ilimitada do sócio que contratou pela sociedade e subsidiária dos demais, permitindo o benefício de ordem, previsto no art. 1024 do CC. “Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.” O sócio administrador que contratou em nome da empresa não será alcançado pelo “benefício de ordem”, somente os outros sócios.
O art. 1024 é regra geral para todas as sociedade.
Sociedade em comum é aquela que seus atos constitutivos não foram levados a registro. É uma sociedade sem personalidade jurídica. E portanto, responde ilimitadamente.
SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
Seu ordenamento Jurídico está previsto nos arts. 991 a 996 do CC.
Muitos doutrinadores criticam a manutenção da Sociedade em Conta de Participação no capítulo das sociedades, por entenderem tratar-se não de uma sociedade e sim de um contrato de investimento, uma parceria.
“Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes.”
O sócio que aparece é o sócio participante. Tem sócio ostensivo e sócio participante. É uma sociedade incidental. 
O exercício da atividade é feito de forma individual pelo Sócio Ostensivo que responde exclusivamente e ilimitadamente, conforme disposto no art. 991 parágrafo único.	
É o laranja.
A prova da Sociedade em Conta de Participação poderá ser feita através de todos os meios admitidos em Direito (art. 992 CC).
A eventual inscrição do contrato social em qualquer Registro não trará personalidade jurídica, porém,produzirá efeito entre os sócios (art. 993 do CC).
Caberá ao sócio Ostensivo as relações frente a terceiros, não podendo o sócio Participante ou Oculto intervir em tais relações, sob pena de o fazendo, responder solidariamente como o sócio Ostensivo.
Ela não tem personalidade jurídica. 
Prova Final – EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada
Foi introduzida pelo art. 980A e 44, VI do CC. 
Antes da EIRELI quem quisesse exercer atividade empresarial tinha 2 opções: ser empresário individual, mas apresentava um problema que era que o EI respondia com os bens pessoais pelas dívidas que contraísse e assim ficava com o patrimônio pessoal comprometido. Outro modo era constituir uma sociedade limitada (art. 1052 e segs.) que dizia que a responsabilidade dos sócios esta restrita ao valor de suas cotas. A dívida é da sociedade e não do sócio. Mas ainda assim, temos um problema porque a sociedade é plurissocial. Então precisa ter um sócio, mas nem sempre queremos ter um sócio. E isso leva as pessoas a colocarem filhos, esposas, pais, etc. para constituir essa sociedade. 
Por causa desse problema o Dir. Empresarial criou a EIRELI, uma nova estrutura, uma nova opção.
Não é uma sociedade, é uma nova pessoa jurídica de direito privado. O sócio é o titular. Os bens do sócio e da empresa não se misturam. A dívida da empresa não recai sobre os bens do sócio. 
Importante
O titular da EIRELI só pode ser pessoa natural e não pessoa jurídica;
Art. 980A declara que a pessoa natural só pode constituir uma única EIRELI, ou seja, um CPF para cada EIRELI.
O credor sabe que não pode contar com os bens do sócio da EIRELI, para proteger o credor o Art. 980A determina que o sócio no momento da constituição da EIRELI tem de ter um capital mínimo não inferior a 100 vezes o valor do salário mínimo. Pode integralilzar esse capital com dinheiro, bens e créditos. Não se admite o pagamento dessa integralização com prestação de serviços.
É possível converter o empresário individual em uma EIRELI. 
Art. 1003, IV, CC admite a unipessoalidade temporariamente pelo tempo de 180 dias. Acontece no caso de morte de sócio. Se passar 180 dias e não consegue outro sócio a atividade deverá ser encerrada. Se não quer outro sócio a sociedade limitada deverá migrar para a EIRELI.
Exploração da Atividade Empresarial
A economia precisa de pessoas empreendedoras e por isso, essas pessoas gozam de proteção do direito, para que sejam estimuladas. A economia precisa dessas pessoas que arriscam seu patrimônio. Ao explorar essas atividades o empresário movimenta a economia, gera empregos, gera tributos. Estudaremos o formalismo dessas pessoas.
A pessoa ao iniciar um determinado negócio deverá decidir se explorará diretamente ou através de pessoa jurídica.
Existem duas figuras: Empresário Individual ou Sociedade Empresarial que não se confundem, e possuem regras diferentes. 
O empresário individual é aquela figura mais simples, em atividades pequenas, padaria, pequeno restaurante, negócios de pequena expressão econômica. É uma pessoa física, através de uma inscrição específica na Junta Comercial do estado, começa a explorar uma atividade, faz em nome próprio. Quando compra, vende, faz dívida e a própria pessoa que pratica os atos. Ainda que o comércio tenha um nome próprio. Ex. Padaria do Bairro, Restaurante Rico. Ele usa um nome atrativo, um nome que identifica o negócio. Essa palavra é o título do estabelecimento comercial. Mas não altera a figura daquele que explora o negócio. É um nome para atrair a clientela. Esse nome é registrado como marca do empresário. 
Todo o resultado dessa atividade recairá sobre ele, ou seja, os lucros e os prejuízos serão dele. Se lucro serão acrescidos ao seu patrimônio, mas se prejuízo seu patrimônio suportará essa perda. Não há diferença na massa patrimonial do empresário individual, ele responde com todos os seu patrimônio. 
Existem pessoas que não querem colocar todo o seu patrimônio no risco do negócio e para isso constituem uma sociedade e exploram o serviço e formam uma sociedade com personalidade jurídica. 
As pessoas optam pela exploração da atividade como pessoa jurídica para fazer uma separação patrimonial. Para o direito é uma pessoa assim como pessoa física. Goza dentre outras coisas de titularidade negocial (pode praticar atos mediante representação) e goza de autonomia patrimonial (a partir do momento que constitui a pessoa jurídica esta tem patrimônio próprio, os patrimônios da pessoa jurídica não se confundem com os do sócio). A pessoa física assina pela jurídica, mas figura no contrato o nome da pessoa jurídica e com ela há o negócio. A pessoa física representa a pessoa jurídica. 
Há casos em que o patrimônio da pessoa jurídica não é suficiente para pagar dívidas, e em alguns casos pode alcançar os bens dos sócios.
A responsabilidade dos sócios só se verifica quando esgotar os bens da pessoa jurídica. Se esses não forem suficientes para o pagamento da dívida. 
Há dois tipos de sociedades utilizadas com mais freqüência no Brasil. É a Sociedade Limitada e Sociedade Anônima. Por força de mudanças na legislação contamos ainda com a EIRELI.
 Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2012.
Correção semana 8
Caso 1 – Não pode, pois a cláusula é nula de acordo com art. 1008 CC é nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e perdas.
Objetiva – letra B
Próxima aula trazer jurisprudência de pelo menos 3 cadernos dentro os de 1 a 10.
Revisão
AV1
email: lidiavivas@uol.com.br
AV1 – Até as sociedades não personificadas.
SOCIEDADE SIMPLES
O CC deu forma a uma nova modalidade de contrato social originário do Código Civil Italiano de 1942: a sociedade simples.
Foi concebida com dupla finalidade, a primeira de se distinguir das sociedades empresárias, adotando objeto diverso da atividade empresarial, e a segunda de servir de modelo, standard ou fonte supletiva dos demais tipos societários.
Um dos seus objetivos é ser um padrão, um modelo. A base é a simples, as particularidades de cada empresa deve ser obedecida. Ela é regência subsidiária, supletiva de cada um dos casos das demais. 
Art. 1.023. Se os bens da sociedade não lhe cobrirem as dívidas, respondem os sócios pelo saldo, na proporçãoem que participem das perdas sociais, salvo cláusula de responsabilidade solidária.
Sócio remisso
Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora.
Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1o do art. 1.031.
Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo disposição contratual em contrário, com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado. Balanço de determinação.
§ 1o O capital social sofrerá a correspondente redução, salvo se os demais sócios suprirem o valor da quota.
Princípios do Capital Social – tem no material didático. 
Rio de Janeiro, 19 de setembro de 2012.
Visto nos trabalhos.
Correção - caderno 10
Ocorre sucessão. Depois ação de regresso.
Natur. Jurídica – Letra D – Universalidade de fato.
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

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