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Thaís Morghana - UFPE-CAA Insulinoterapia TIPOS DE INSULINA A insulina foi inventada há 100 anos por Frederick Banting. Os tipos de insulina são classificados de acordo com o tempo de ação (rápidas, intermediárias e lentas): INSULINAS ULTRA ULTRARRÁPIDAS ● Fiasp e tecnosphere (inalada). ● Usadas após as refeições ou nos serviços de emergência em pacientes com pico glicêmico - começa rápido e vai embora rápido. ● A tecnosphere tem ação ultra ultra rápida, mas tem como limitação o preço alto. INSULINAS ULTRARRÁPIDAS ● Ação a partir de 15 min. ● Lispro, asparte e glulisina. ● Usadas após as refeições ou nos serviços de emergência em pacientes com pico glicêmico. ● Duram um pouco mais que a Fiasp e tecnosphere. INSULINAS RÁPIDA ● Regular. ● Muito utilizada na prática. ● Precisa ser usada cerca de 30 min antes da refeição. INSULINA INTERMEDIÁRIA ● NPH. ● Diferente da regular devido a protamina e ao zinco. ● Tem ação por cerca de 12h. INSULINAS LENTAS ● Insulina Detemir: é uma insulina mais regular. Ela não tem pico. ● Insulina Glargina: é ainda mais estável do que a detemir. INSULINAS ULTRALENTAS ● Glargina 300: Tem uma concentração maior que a glargina. ● Degludeca: cobre cerca de 42h. Insulinas disponíveis no SUS: NPH e regular. Insulinas disponíveis na farmácia do estado: glargina, degludeca, lispro, asparte e glulisina. - Disponíveis só pra pacientes com DM 1 e com solicitação do endocrinologista. ESQUEMAS DE INSULINIZAÇÃO ● Bolus: usado em todos os pacientes com DM 1 e nos DM 2 com falência pancreática. ● Basal ● Posologia: depende de peso, tipo de diabetes, esquema, comorbidades. Thaís Morghana - UFPE-CAA ● Monitoramento: avaliar se a insulinização atingiu o objetivo. - HGT, CGM, flash. INSULINIZAÇÃO NA DM1 ● Iniciar a insulina logo após o diagnóstico. ● Iniciar 0,5 a 1 UI/kg/dia: esquema basal bolus (insulina intensiva). - Pra quem não tem experiência: melhor iniciar com 0,5. - 40-60%: insulina basal (usar uma média de 50%). - Insulina basal: lentas, ultralentas ou intermediária. - Insulina bolus: rápidas ou ultrarrápidas. - O bolus se baseia na correção de carboidratos e correção da glicemia. - O paciente sempre deve aferir o HGT antes da refeição e calcular os carboidratos de cada alimento que ele vai ingerir. ● Exemplo: paciente diabético de 60 kg. - Dose total diária: 0,5 UI/kg/dia = 0,5 x 60 = 30 U/dia. - Basal: 50% = 15 U (insulinas lenta, ultralenta ou intermediária). - Bolus conforme: contagem de carboidratos (1U = 15 g de carboidratos) + correção de glicemia (1U = 50 g glicose acima do alvo). - Glicemia capilar 250: 250-100 = 150 a corrigir. Bolus de correção = 3 U. - Refeição (contagem de carboidratos): feijão 9g + arroz 18g + carne 0g + batata frita 10g + salada verde 0g = 38g de carboidratos. Bolus = 2,5 U. Caso o paciente não consiga fazer a contagem de carboidratos, podemos adotar o seguinte esquema: ● Esquema bolus em dose fixa: plano B. ● Iniciar de 0,5 a 1 UI/kg/dia: esquema basal bolus. ● 50% insulina basal. ● 50% insulina bolus distribuídos nas 3 refeições. - Maior risco de hipo e hiperglicemia. ● Alternativa: distribuir de acordo com as refeições que o paciente come mais. ● O paciente nesse esquema tem menos liberdade na dieta. ● Sempre monitorar: jejum (equivale ao pré-prandial), 2h pós refeição. INSULINIZAÇÃO NA DM2 ● A insulina pode ser usada em qualquer momento. ● Iniciar com insulina basal de 0,1 a 0,2 UI/kg/dia + manter os antidiabéticos orais. - NPH ou lentas. - Correção pelo jejum. ● Bedtime: 10-15 UI 1x a noite. - NPH ou lentas. ● Se o paciente continuar fazendo pico após a refeição: progredir para insulina basal plus + com ou sem os antidiabéticos. - Faz um bolus prandial, na refeição que ele está tendo pico. - Basal + bolus específico.. ● Se ainda assim, há progressão do quadro do paciente: progredir para insulinização plena + preferencialmente sem os antidiabéticos orais (para diminuir o risco de hipoglicemia). ● Esquema basal bolus. ● O bolus geralmente é calculado de forma aleatória, de acordo com as características do paciente. Geralmente faz 2-5 UI e continua avaliando. ● Correção pelo pós prandial ● Monitorar sempre. MONITORAMENTO ● O libre (flash) faz a leitura do líquido intersticial, ou seja, é uma leitura mais tardia da glicemia. - Tem um atraso de cerca de 20 min em relação ao glicosímetro. - Setas de tendência: mostra se a glicose do paciente tá com tendência a subir, descer ou se manter estável. Varia de acordo com a avaliação dos últimos 15 min. - Pode ser usado por cerca de 14 dias. ● O glicosímetro tem uma leitura da glicemia imediata. BENEFÍCIOS ● Reduz o risco de hipoglicemia. ● Alerta para a resposta a alimentos, estresse, exercícios e outras atividades. ● Auxilia no ajuste terapêutico e nutricional. Thaís Morghana - UFPE-CAA METAS GLICÊMICAS QUANTAS VEZES MONITORAR ● Depende do tipo de diabetes, tratamento em uso e controle glicêmico. ● Paciente bem compensado: fazer monitoração pelo menos 2x ao dia. ● Paciente descompensado ou em contagem de carboidratos: fazer monitoração 6x ao dia.
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