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1 1 Disciplina de Química Geral Aula 21: Eletroquímica: pilha Profa. Roberta L. Ziolli 2 O estudo de pilhas trata de reações que ocorrem com transferência espontânea de elétrons. Uma pilha gera energia elétrica. O estudo de eletrólise trata de reações que ocorrem com transferência de elétrons oriundos de um gerador. A energia elétrica provoca uma reação química Reação química Energia Elétrica PILHA ELETRÓLISE Eletricid_Eletroqui2006\simuladores\flashlight\flashlight.html Eletricid_Eletroqui2006\simuladores\electrolysis10\electrolysis10.swf http://www.mhhe.com/physsci/chemistry/essentialchemistry/flash/galvan5.swf 3 Zn(s) + Cu2+(aq) → Zn2+(aq) + Cu(s) Figura: (a) Um metal zinco é imerso em uma solução de sulfato de cobre aquosa. A reação redox ocorre na interface metal-solução e envolve transferência direta de dois elétrons dos átomos de Zn para os íons Cu+2 (b) Quando o tempo passa, um depósito de cor escura do metal cobre aparece no zinco, e a cor azul devido ao Cu+2 (aq) diminui (desbota) da solução 4 5 Célula de Daniel Figura: (a) Uma célula galvânica que usa oxidação do metal Zn para íons Zn2+ e a redução dos íons Cu2+ para cobre metálico. Note que as partículas negativas (elétrons no fio e ânions na solução) viajam ao redor do circuito na mesma direção. A corrente elétrica resultante pode ser usada para acender lâmpadas de luz. (b) Uma célula de Daniel operando. A ponte salina da parte (a) é substituída por um disco de vidro poroso que permite o fluxo iônico entre os compartimentos do anodo e catodo, mas evita a mistura das soluções de Cu2+ e Zn2+. A lâmpada da parte (a) é substituída por um voltímetro digital. 6 Códigos e linguagem em eletroquímica 2 7 Célula eletroquímica = ½ pilha de oxidação + ½ pilha de redução Me+n Me Me+n Me (fluxo de elétrons) (fluxo de íons) PILHAPILHA Ponte salina permite o fluxo de íons e equilibra as cargas 8 Me+n Me Me+n Me Me enviar elétrons pelo fio a Me+n e a seguinte reação: Meo + Me+n ���� Me+n + Meo IUPAC Meo/Me+n//Me+n/Meo Pode ocorrer: Me enviar elétrons pelo fio a Me+n e a seguinte reação: Me0 + Me+n ���� Me+n + Meo IUPAC Meo/Me+n//Me+n/Meo ou Oxidação Redução Oxidação Redução Notação da pilha: 9 Reações envolvidas: Semi-reação no anodo (oxidação): Zn(s) →Zn2+(aq) + 2e- Semi-reação no catodo (redução): Cu2+(aq) + 2e- → Cu(s) Reação global na célula: Zn(s) + Cu2+(aq) → Zn2+(aq) + Cu(s) 10 Ponte salina: A ponte salina é necessária para completar o circuito elétrico. Sem ela, a solução no compartimento no anodo seria carregada positivamente quando os íons Zn2+ são formados, e a solução no compartimento do catodo seria carregada negativamente quando os íons Cu2+ são formados. Como as cargas estão desbalanceadas, as reações nos eletrodos rapidamente cessam, e os elétrons através do fio sofrem descontinuidade. Com a ponte salina no lugar, a neutralidade elétrica é mantida em ambos os compartimentos por um fluxo de íons. Anions (neste caso o SO42-) flui através da ponte salina do compartimento do catodo para o compartimento do anodo, e os cátions migram através da ponte salina do compartimento do anodo para o compartimento do catodo. Para a célula demonstrada na figura, os íons Na+ movem-se da ponte salina para o compartimento do catodo e os íons Zn2+ movem-se para a ponte salina do compartimento do anodo. 11 Representação de uma Célula Eletroquímica: Notação da pilha: Zn(s)|Zn2+(aq)||Cu2+(aq)|Cu(s) Outro exemplo: Pt(s)|H2(g)|H+(aq)||Fe3+(aq)|Fe2+(aq)|Pt(s) Corresponde a uma célula que tem um eletrodo de hidrogênio à esquerda, e um eletrodo ferro(II)-ferro(III) à direita. 12 Ni/Ni+2//Cu+2/Cu Um exemplo oxidação: Ni0 ���� Ni+2 + 2e- (migram pelo fio para o Cu+2) redução: Cu+2 + 2e- ���� Cu0 (anions retornam pela ponte salina) 3 13 14 15 Me+n Me Me+n Me A capacidade que uma espécie tem de ceder ou receber espontaneamente elétrons denomina-se “POTENCIAL” Não se pode medir o “Potencial” de um elemento isoladamente; pode-se apenas medir a diferença de potencial do elemento em relação a um outro. diferença de potencial (ddp) da pilha (Volts) 16 Como não se pode medir o “Potencial” de um elemento isoladamente e sim, a diferença de potencial do elemento em relação a um outro, toma-se como padrão o eletrodo de hidrogênio. Que consiste no gás hidrogênio dissolvido em solução 1mol/L de H+. por convenção, Eo H2/H+ = 0,000 a 25ºC e 1 atm Gás hidrogênio íon hidrogênio Eletrodo padrão de hidrogênio H2 H+ 17 Ponte salina Me+ Me Eletrodo padrão Hidrogênio (fluxo de íons) (elétrons) E0Me = V ½ pilha de oxidação ou redução ½ pilha de redução ou oxidação + Como medir experimentalmente o potencial de um elemento imerso eComo medir experimentalmente o potencial de um elemento imerso em solum soluçção de seus ão de seus ííons?ons? 18 4 19 Potenciais-padrão de redução (semi-célula) • Considere Zn(s) � Zn2+(aq) + 2e-. Podemos medir o Ecell em relação ao EPH (catodo): E°cell = E°red(catodo) - E°red(anodo) 0,76 V = 0 V - E°red(anodo). • Conseqüentemente, o E°red(anodo) = -0,76 V. • Os potenciais padrão de redução devem ser escritos como as reações de redução: Zn2+(aq) + 2e- � Zn(s), E°red = -0,76 V. 20 21 22 “POTENCIAL NORMAL DE UM ELEMENTO” - Eo - É a diferença de potencial (ddp) gerada quando se une uma ½ pilha formada pelo elemento submerso em solução 1 mol/L de seus íons a uma outra ½ pilha formada pelo eletrodo normal de hidrogênio (gás H2 em solução 1mol/L de H+). Com isso, é possível construir experimentalmente uma tabela de potenciais e, através dessa tabela, pode-se prever se uma reação ocorre ou não de forma espontânea. ddp = potencial de um menos potencial do outro Eletricid_Eletroqui2006 \eletrodo padrão H.ppt 23 24 Potenciais-padrão de redução (semi-célula) • Uma vez que o E°red = -0,76 V, concluímos que a redução do Zn2+ na presença do EPH não é espontânea. • A oxidação do Zn com o EPH é espontânea. • A variação do coeficiente estequiométrico não afeta o E°red. Portanto, 2Zn2+(aq) + 4e- � 2Zn(s), E°red = -0,76 V. • As reações com E°red > 0 são reduções espontâneas em relação ao EPH 5 25 FEM de pilhas • O fluxo de elétrons do anodo para o catodo é espontâneo. • A diferença potencial: é a diferença no potencial elétrico. É medida em volts. • Um volt é a diferença potencial necessária para conceder um joule de energia para uma carga de um coulomb: Fem de pilhas: 1 V x 1 C = 1 J • A fem é a força necessária para empurrar os elétrons através do circuito externo. • Potencial de célula: Ecel é a fem de uma célula. • Para soluções 1 mol/L a 25 °C (condições padrão), a fem padrão (potencial padrão da célula) é denominada E°cel. 26 Aula prAula prááticatica Zn Zn+2 Cu+2 Cu AgAg AgAg+1+1 Cu+2 Cu Pb Pb+2 Cu+2 Cu Potenciais normais de redução: EoCu+2/Cuo = + 0,34 V EoZn+2/Zno = - 0,76 V EoAg+1/Ago = + 0,80 V EoPb+2/Pbo = - 0,13 V Eletricid_Eletroqui2006\simuladores\voltaicC ellEMF\voltaicCellEMF.swf 27 Exercício: Calcular a fem padrão da pilha abaixo, a 25 0C, e escrever as semi-reações que ocorrem no anodo e no catodo e a reação global da pilha. Al(s)|Al3+(aq)||Fe2+(aq)|Fe(s) 28 Espontaneidade de reações redox Fem e variação de energia livre: �G0 = −nFE0pilha • Onde: �G0 é a variação da energia livre, kJ n é a quantidade de mol de elétrons transferidos, mol F é a constante de Faraday, C/mol E0 é a fem da célula, V Lembrar: C x V = J Podemos definir: 1F = 96.500 C/mol • Já que n e F são positivos, se �G > 0 logo E < 0. • Em uma célula (espontânea) voltaica (galvânica) o E°red(catodo) é mais positivo do que o E°red(anodo) uma vez que um E°positivo indica um processo espontâneo (célula galvânica). • Um E°negativo indica um processo não-espontâneo. 29 Exercício: Calcular a fem padrão da pilha abaixo, a 25 0C, escrever as semi- reações que ocorrem no anodo e no catodo, a reação global, a notação da pilha e calcular a variação de energia livre. Zn(s)+ 2Ag+(aq) � Zn2+(aq) + 2Ag(s) 30 Exercício: Calcular a fem padrão da pilha abaixo, a 25 0C. Zn(s) + Cl2(g) � Zn2+(aq) + 2Cl- (aq) Dado: �G0 (Zn2+(aq)) = - 147 kJ/mol �G0 (Cl-(aq)) = - 131 kJ/mol 6 31 A medição da fem de uma célula galvânica (ou pilha) proporciona um outro caminho para se obter constantes de equilíbrio: �G0 = −nFE0pilha �G0 = - RTlnK -RTlnK = −nFE0pilha Com os valores de R (8,314 J/Kmol), T e F constantes, a 25oC tem-se: E0pilha = 0,0592 log K (valores em Volts a 25oC) n Potenciais de célula padrão e constantes de equilíbrio 32 Assim medição da fem de uma célula galvânica (ou pilha) proporciona um outro caminho para se obter constantes de equilíbrio, além dos estudados anteriormente: Potenciais de célula padrão e constantes de equilíbrio 33 Célula de Daniel Figura: (a) Célula galvânica (pilha) que usa oxidação do metal Zn para íons Zn2+ e a redução dos íons Cu2+ para cobre metálico. As partículas negativas (elétrons no fio e ânions na solução) circulam na mesma direção. A corrente elétrica resultante pode ser usada para acender lâmpadas. (b) Uma célula de Daniel operando. A ponte salina da parte (a) é substituída por um disco de vidro poroso que permite o fluxo iônico entre os compartimentos do anodo e catodo, mas evita a mistura das soluções de Cu2+ e Zn2+. A lâmpada da parte (a) é substituída por um voltímetro digital. 34 Como exemplo calcular o valor de K para a reação na célula de Daniel: Como a constante de equilíbrio é um número muito grande, significa que a reação tende a quase se completar. Quando [Zn2+] = 1 M, por exemplo, [Cu2+] é menos do que 10-37 M. 35 Considerações a respeito do valor de K calculado para a pilha de Daniel: 1. Como a constante de equilíbrio é um número muito grande, significa que a reação tende a quase se completar. Por exemplo, quando [Zn2+] = 1 mol/L, por exemplo, [Cu2+] é menor que 10-37 mol/L; 2. Um valor relativamente pequeno de Eo (+1,10 V) corresponde a um grande valor de K; 3. Um valor positivo de Eo corresponde a um valor positivo de log K e portanto K>1, e um valor negativo de Eo corresponde a um valor negativo de log K e portanto K<1; 4. Valores de Eo mais comuns estão no intervalo de +3V a -3V (ver tabela no próximo slide). Para esta faixa de Eo, os valores correspondentes de K é indicado no gráfico que segue; 5. Reações de oxi-redução típicas tendem a quase se completarem (K muito grande) ou ocorrer muito pouco (K muito pequeno). 36 Relação entre K e Eo para uma reação de oxi-redução com n=2 (K está em escala logaritmica) 7 37 Potenciais da célula e composição da mistura da reação: A Equação de Nernst Potenciais de célula, como as variações de energia livre, dependem da temperatura e da composição da mistura da reação, isto é, das concentrações do soluto e das pressões parciais dos gases. Esta dependência pode ser derivada da equação (situação fora do equilíbrio): Dividindo por –nF, obtem-se a equação de Nernst A 25 oC, 2,303 RT/F tem o valor de 0,0592 V, e a equação de Nernst pode ser escrita como: No equilíbrio: E=0 V e Q=K 38 Determinação eletroquímica do pH A determinação eletroquímica do pH usando um pHmetro é um particular aplicação importante da equação de Nernst. Considere, por exemplo, uma célula com um eletrodo de hidrogênio como anodo e um segundo eletrodo de referência como catodo: O eletrodo de hidrogênio consiste de um fio de platina que está em contacto com H2 a 1 atm e mergulhado em uma solução de pH desconhecido. O potencial desta célula é Nós podemos calcular o potencial para a semi-reação do eletrodo de hidrogênio 39 Determinação eletroquímica do pH Aplicando a equação de Nernst para esta semi-reação: Como Eo = 0 V para o eletrodo padrão de hidrogênio, n =2, e PH2 = 1 atm, nós podemos reescrever esta equação como Depois, como log [H+]2 = 2 log [H+] e –log [H+] = pH, o potencil da semi- célula para o eletrodo de hidrogênio é diretamente proporcional ao pH: 40 O potencial da célula total é E o pH é portanto uma função linear ao potencial da célula: O potencial da célula mais alto indica um pH maior, significa que nós podemos medir o pH de uma solução simplesmente medindo o Ecell. Em medidas atuais de pH, um eletrodo de vidro substitui o eletrodo de hidrogênio e o eletrodo de calomelano usado como o referência. Um eletrodo de vidro consiste de um fio de prata com cloreto de prata mergulhado em uma solução referência de ácido clorídrico diluído. 41 42
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