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ToxicologiaToxicologia Avaliação Toxicológica na Indústria de Medicamentos Introdução Desde 2015, a avaliação toxicológica é exigência dos órgão regulamentares, e desde 2019 exigência da ANVISA (RDC Nº 301, de 21 de Agosto de 2019). Na mesma RDC, está determinado que os profissionais que podem atuar nessa área são farmacêuticos, biomédicos, biólogos e químicos com pós graduação em toxicologia e experiência prática. Avaliação de Risco Toxicológico A avaliação de risco toxicológico possibilita avaliar e estimar o potencial de danos a partir da exposição a determinados agentes. É utilizado para sintetizar as informações disponíveis e os julgamentos, objetivando estimar os riscos associados à exposição aos agentes perigosos. Tem como objetivo: • Determinar a possibilidade de efeitos adversos com exposição aos agentes químicos; • Proporcionar informação aos responsáveis por controlar os ricos, especificamente àqueles que estabelecem políticas e normas. A avaliação é feita em 4 etapas: 1º - Identificação do perigo –> Avalia as informações relacionadas às propriedades tóxicas de cada substância sob certas condições de exposição –> Caracterização do comportamento de uma substância dentro do corpo 2º - Avaliação da relação dose-resposta –> Estimar as relações entre dose e resposta para as diversas formas de toxicidade mostradas pela substância em estudo 3º - Avaliação de exposição –> A avaliação da exposição envolve a determinação ou estimativa da magnitude, de frequência, da duração, da quantidade de pessoas expostas. –> Identificação das vias de exposição. –> Tem por objetivo fornecer subsídios para a proteção e a promoção da saúde pública. 4º - Caracterização de riscos –> Análise integrada dos resultados mais importantes da avaliação de riscos. Reúne as informações das etapas anteriores para fazer estimativas do risco para os cenários de exposição de interesse. Gerenciamento de Riscos O principal risco que pode acontecer na indústria é a contaminação cruzada, que ocorre quando os lotes dos IFAs apresentam contaminantes. Esses contaminantes podem ser: precursores do insumo farmacêutico ativo; subprodutos e/ou produtos de degradação; insumo farmacêutico sintetizado no lote anterior; solventes; outros materiais utilizados na fabricação (reagentes e catalisadores p.ex.); microrganis- mos; agentes de limpeza; lubrificantes; sujidades prove- nientes do desgaste dos dispositivos móveis utilizados nos equipamentos (agitação, válvulas, selos de vedação, etc). Para evitar que isso ocorra, temos a validação de limpeza, que é uma exigência das boas práticas de fabricação de medicamentos. É de responsabilidade da indústria, onde é necessário validar e documento o processo de limpeza dos equipamentos, garantindo a ToxicologiaToxicologia Avaliação Toxicológica na Indústria de Medicamentos confiabilidade e reprodutibilidade. Além disso temos a LEBS (Limite de Exposição Baseado em Saúde) que consiste no estabelecimento da exposição diária permitida, ou no limiar de preocupação toxicológica ou nos limites de exposição ocupacional. Para a determinação destes, o único fator que o influencia é a via de administração. Sendo a forma farmacêutica, a apresentação, a dosagem e as associações fatores independentes (isso porque os cálculos são feitos por molécula do fármaco). Para a validação de limpeza, é mais utilizada a exposição diária permitida. Esse cálculo tem que ser feito para todas as moléculas de IFAs sintéticos e semissintéticos, vitaminas e minerais registrados como medicamentos, e para agentes de limpeza. A exposição diária permitida (PDE), representa a dose na qual a população pode ser exposta à substância sem que haja riscos à saúde. Quanto menor o valor de PDE, maior a toxicidade e maior o seu perigo. Tem como objetivo traçar estratégias eficientes para prevenção e controla da contaminação cruzada com base no risco real. Reavaliação dos limites residuais máximos permitidos carreados entre produto, e substituir o uso de DL50 nos cálculos de validação de limpeza. Para elaboração do cálculo é necessário dados farmacológicos e toxicológicos de estudos não clínicos e clínicos, definir os efeitos causados e interpretação de todos os dados encontrados.
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