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X | MATEUS LÓSSIO P A R TO Abortamento: < 22 semanas ou < 500g Pré-Termo: < 37 semanas A termo: 37-42 semanas Pós-termo: > 42 semanas Tipos de partos Definição de parto: Expulsão do feto para o mundo exterior Parto espontâneo – Não há intervenção do obstetra Parto induzido – É desencadeado por manobras ou medicamentos – A gestante não entre espontaneamente em trabalho de parto Parto Assistido ou dirigido – O obstetra não intervém para iniciar o trabalho de parto, porém quando já se encontra em trabalho de parto corrige as discinesias com ocitocina, pode realizar amniotomia e analgésicos. Parto normal ou eutócico: Ocorre de forma completamente fisiológico Parto operatório: Fórcipe ou cesariana P A R TO V AG I N AL O parto vaginal pode ser dividido em fases: 1. Trajeto (canal de parto) 2. Objeto (Feto) 3. Motor – É a força que impulsiona o feto através do canal de parto (Musculatura uterina – Contrações) A N A T OM I A D A P EL VE M A TE R N A TRAJ ETO OU CA NAL DE PAR TO – TU D O P RE C ISA T ER PE L O M EN OS 10 C M, C A S O CO NTR Á RI O NÃ O É FA V OR Á VE L O canal de parto – Desde o útero até a fenda vulvar ✓ Estreito superior (Vai do promontório à borda superior da sínfise púbica) Equivale ao 1º plano de Hodge Insinuação/Feto insinuado = Quando o maior diâmetro da apresentação fetal (ex: cefálica) ultrapassa pelo estrito superior Avaliação do diâmetro AP ➢ Conjugata anatômica – Vai do promontório a borda superior da sínfise púbica (a) ➢ Conjugata obstétrica – Vai do promontório a borda posterior da sínfise púbica (b) Equivale ao espaço real que o feto terá (±10,5 cm) Só pode ser estimada clinicamente (Estimação: Toque vaginal = Conjugata diagonalis – 1,5 cm) ➢ Conjugata diagonalis – Vai do promontório a borda inferior da sínfise púbica (c) Única Conjugata que o obstetra consegue medir: PODE SER MEDIDA PELO TOQUE VAGINAL ✓ Estreito médio: Equivale a altura das espinhas ciática e borda inferior do osso púbico: Equivale ao plano 0 de Delee Plano de DeLee - Equivale a altura das espinhas isquiáticas, servem para ver a insinuação. Diâmetro transverso do estreito médio é o menor da pelve (±10 cm) ✓ Estrito inferior: Vai da borda inferior da sínfise púbica até o cóccix Equivale a altura da borda inferior do osso púbico e dos músculos sacroilíacos e isquiococcígeo. Como é musculo, ele tende a ter uma variação do tamanho: CONJUGATA EXITUS (9.5-11 cm) MORFOLOGIAS DA PELVE – 4 tipos 1. Ginecoide (50% das mulheres) → Melhor adaptada ao parto vaginal 2. Antropoide – Única pelve em que o diâmetro AP é maior que o diâmetro transverso 3. Androide – É a mais comum nos homens (formato de coração/triangular) – Prognóstico ruim para parto vaginal 4. Platipeloide – Maior relação de diâmetro transverso para AP – É o tipo mais raro. ESTÁ TICA FE TAL - RELA ÇÃO DO F ETO CO M A BA CIA E O Ú TERO Situação - > eixo fetal c/ > eixo do útero ✓ Mais comum – Longitudinal [Pode ser longitudinal, oblíquo, transverso] Transversa → Cesariana Posição – Lado que o dorso do feto está virado (relação do dorso fetal c/ abdome da mãe) [Esquerda/Direita/Anterior/Posterior] Apresentação – Polo desce 1º na pelve [Cefálica (95%) /pélvica/ côrmica] Atitude fetal – Relação das partes fetais entre si (Flexão ou Deflexão) ✓ Mais comum – Flexão generalizada (Ovoide fetal) ✓ É dividida em: Anteroposterior ➢ Fletida (Flexão) – Occipital / Vértice (É o menor diâmetro de insinuação) É a mais comum: Cefálica e fletida – Se apareceu o lambda, mesmo que tenha aparecido também o bregma, a apresentação é fletida ➢ Deflexão de: 1º Grau ou Bremática - Referência Bregma (Só aparece o bregma) 2º Grau ou Glabelar – Referência Glabela (Raiz do nariz) – É a de pior prognóstico!!! 3º Grau ou de Face – Referência Mento (vai aparecer a face inteira do feto) Laterolateral ➢ Sinclitismo: Assim, a sutura sagital encontra-se equidistante do pube e do sacro, sem qualquer inclinação lateral. ➢ Assinclitismo: Consiste no encaixamento da cabeça fetal com a sutura fetal desnivelada em relação ao plano do estreito superior. Em outras palavras, é observada uma inclinação lateral da apresentação Assinclitismo anterior (Obliquidade de Nagele) – Sutura sagital fetal próxima ao sacro, e o parietal anterior ocupa a maior parte do estrito da pelve Assinclitismo posterior (Obliquidade de Litzmann) - ocorre quando a sutura sagital se aproxima da sínfise púbica (pube), e é o parietal posterior que ocupa grande parte da bacia. – É O MAIS FREQUENTE Lembrando: Se tem o lambida, mesmo que tenha aparecido também o bregma, a apresentação é fletida - Bregma: Triangulo da figura abaixo (Fissura anterior) - Lambida: Fissura posterior Leopold-Zweifel - 1ºTempo – Situação fetal [Longitudinal, transverso ou oblíquo] – Palpação do fundo uterino - 2ºTempo – Posição [Qual lado está o dorso] – Deslizamento pelas laterais - 3ºTempo – Apresentação – Apreensão do polo fetal com polegar e dedos - 4ºTempo – Insinuação: Grau de penetração e flexão – Examinar de costas para gestante exerce pressão na entrada pélvica (E ver se o feto está com a cabeça fletida, ou não. MECA NIS MO DE PAR TO ( TEMPOS DO PAR TO) – APR ESENTAÇÃ O CEFÁL ICA TEMPOS PRINCIPAIS TEMPOS ACESSÓRIOS 1º Tempo – Insinuação (Quando passa o estreito superior da pelve) Flexão da cabeça 2º Tempo – Descida (Através das contrações) Rotação interna 3º Tempo – Desprendimento Deflexão da cabeça 4º Tempo – Restituição Neste último tempo, vale ressaltar que a cabeça do feto já está fora do corpo da mãe, e a rotação externa significa que a cabeça vai rodar novamente para o local anterior dela. Por exemplo, aquela cabeça que estava no OEA foi para Occipto-púbica na rotação interna, defletiu, saiu. E agora, fora do corpo, ela irá voltar para a posição OEA. Isso ocorre para acomodar a altura dos ombros. Rotação externa / Desprendimento dos ombros [Volta à posição anterior a rotação interna] [O ombro anterior sai antes do posterior] Este é simultâneo e motivado pela rotação interna das espáduas. MECA NIS MO DE PAR TO ( TEMPOS DO PAR TO) – APR ESENTAÇÃ O P ÉLVICA A MAIORIA DOS OBSTÉTRAS INDICA CESARIANA, MAS NA LITERATURA NÃO TEM ESSA INDICAÇÃO TEMPOS PRINCIPAIS TEMPOS ACESSÓRIOS 1º Tempo – Insinuação Diâmetro bitrocanteriano (Trocanteres ultrapassam o estreito superior) 2º Tempo – Descida e rotação interna 3º Tempo – Desprendimento Quando a cabeça ou ombros não consegue desprender ➔ CABEÇA DERRADEIRA ✓ Manobra de Bracht – Irá se aproximar o dorso do feto do abdome da mãe ✓ Manobra de liverpool e McRoberts – Feto pendente + hiperflexão dos quadris e pernas da gestante ✓ Fórcipe (Piper) – P de Piper – P de Pelve ✓ Manobra de Mauriceau - Mão na boca do feto, fletindo a cabeça ✓ Manobra de Champetier Ribes – Precisa de 3 pessoas envolvidas (Pressionar o fundo uterino + outra pessoa fazer uma tração na perna do feto) PARTOGRAMA ➔ ➔ O triangulo dentro do círculo (que representa a cabeça do feto): Representa a fontanela posterior Losango ➔ Bregma ➔ Fontanela Bremática (Anterior) Triangulo de trás ➔ Lambida (Fontanela posterior) Lembrando: Se o lambida aparecer, mesmo que tenha aparecido também o bregma, a apresentação é fletida = Occipital = Vértice OEA ➔ É A INSINUAÇÃO MAIS COMUM Lembrando: Na rotação interna, o feto vai se desprender da região X e vai girar para posição OP. Atitude Relação das partes fetais entre si Situação Relação do maior eixo fetal com o maior eixo uterino: • Longitudinal (+ comum) • Transversal: se persistente, indica cesárea • Oblíqua: é transitória Posição Relação do dorso fetal com o abdome da mãe: • Esquerda, direita, anterior, posterior... Apresentação Polo que desce 1º na pelve: • Cefálica, pélvica, córmica• Procidência (de pé, de mão...) Flexão x deflexão • Fletida ou Occipital: referência → Lambda o Apresenta o menor diâmetro: subocciptobregmático o Ideal para nascer! • Defletida 1ª ou Bregmática: referência → Bregma • Defletida 2ª ou Fronte: referência → Glabela o Não costuma nascer • Defletida 3ª ou Face: referência → Mento o Pode nascer! Variedade de Posição: ponto de referência entre apresentação fetal e pelve • OEA, ODA, ODT, OET, OP... Manobras de Leopold • 1º T: Situação – duas mãos no fundo do útero → se tem polo, é transverso! • 2º T: Posição – mãos em cada lado → saber onde está o dorso • 3º T: Apresentação – uma mão em baixo ventre → comprar com o 1ºT • 4º T: Altura – penetrar na bacia → saber se insinuou Pós-datismo: 40-42 semanas (Não é a mesma coisa que Pós-termo Pós maturidade: Gestação A TERMO, com características de gravidez prolongada. (Descamação, impregnação por mecônio, unhas longas, pouco ou nenhum vérnix, pregas palmares e plantares bem desenvolvidas, muito cabelo e pouca gordura subcutânea). 25% X | MATEUS LÓSSIO A S SI ST Ê N CI A C L Í NI C A A O P A R TO V A GI N AL Período premonitório (30-36 semanas) – NÃO É CONSIDERADO UM PERÍODO DO PARTO - FASE LATENTE ✓ Descida do fundo uterino e percepção das contrações pela gestante Não há uma contração rítmica (2/3 a cada 10 minutos), nem intenso ✓ Termina na fase latente do TP Início do trabalho de parto – FASE ATIVA ✓ Diagnóstico de TRABALHO DE PARTO: ≥ 2 contrações rítmicas e regulares em 10 minutos (durando 40-50 segundos) + DILATAÇÃO ≥ 3 CM ✓ Geralmente está associado, mas não é obrigatório para o diagnóstico de início de trabalho de parto / Ameaça de TP Dilatação cervical > 4 cm com apagamento Dilatação cervical > 5 cm sem apagamento Formação de bolsa das águas Perda de tampão mucoso Obs.: Contrações efetivas são aquelas que acontecem no trabalho de parto. Obs2.: Contrações = Metrossístoles Dilatação (1º) – INÍCIO DO TRABALHO DE PARTO ATIVO ➔ INICIAR PARTOGRAMA ✓ Termina com dilatação completa/máxima = 10 centímetros ✓ Duração da fase de dilatação 10-12 horas em primíparas 6-8 horas em multíparas (Em alguns casos multíparas tem dilatação + descida em < de 4h → Tem problemas → Parto taquitocito) ✓ Conduta Conservadora, sem repouso absoluto Dieta: Líquidos claros (Água e chás)/ Estimular deambulação livre Ausculta do BCF: Antes / Durante / Após contração Iniciar partograma Toque vaginal a cada 1-2 horas (Menos que isso aumenta o risco de infecção e estimula o parto) Monitorização de bem estar fetal com sonar Expulsivo (2º) – INICIA-SE APÓS A DILATAÇÃO TOTAL, TERMINA COM EXPULSÃO COMPLETA DO FETO ✓ Duração: Até 1h (Multíparas em média 20 minutos) ✓ Diagnóstico: Dilatação cervical completa (10 cm) + 5/10 contrações durando pelo menos 60 segundos ✓ Conduta: Deixar a gestante na posição mais confortável para ela (litotomia, cócoras...) – A posição ideal é a mais confortável Ausculta do BCF: Baixo risco (15/15minutos) Alto risco (5/5 minutos) Anestesia peridural ou bloqueio de nervos pudendo Episiotomia – Quando fazer (INDICAÇÕES)? → É utilizada para proteger o períneo Uso de fórcipe Exaustão materna Sofrimento fetal agudo Distócia de espáduas Macrossomia fetal Períneo duro A CERCA DE INCISÃO MEDIANA – Mais fisiológica, melhor PO, menos dor, sangramento e dispareunia; e melhor estética, porém tem maior risco de lesão do esfíncter anal MEDIO-LATERAL (Esquerda ou direita) Manobra de Ritgen modificada [Substitui a episiotomia quando essa não tem uma indicação clara) Uma mão comprime a parte de baixo do períneo e a outra mão na cabeça da criança controlando a deflexão. Evita o movimento de chicote que lesa o períneo. Também tem como função proteger o períneo Evitar que haja uma deflexão muito rápida da cabeça (É isso que causa lesão do períneo) MANOBRA DE KRISTELLER ➔ É CONTRAINDICADA!!!!!!!!!!!! (Causa Rotura uterina) Secundamento (3º): DESCOLAMENTO E EXPULSÃO DA PLACENTA (INICIA A PARTIR DA EXPULSÃO FETAL ATÉ EXPULSÃO DA PLACENTA) Dequitação (Descolamento) → Retração do útero (Pregueamento da inserção) ✓ Duração: 30 minutos. Prolongado se > 30 minutos ✓ Saídas da placenta Baudeloque-Schultze (75%): Saída como guarda-chuva, a placenta sai antes do coágulo Baudeloque-Duncan (25%): A placenta sai com hemorragia ✓ MEDICAÇÃO DE ROTINA! ➔ OCITOCINA 10 UI, IM EM QUALQUER PARTO (Previne hemorragia puerperal) PÓS EXPULSÃO FETAL ✓ Fazer tração controlada do cordão e Manobra de Fabre (pescador) – Avalia se a placenta já descolou ✓ Manobra de Harvey e Jacob-Dublin – É utilizada para auxiliar expulsão de placenta já descolada Jacob – Tração controlada da placenta e uma torção axial para diminuir chance de ficar restos placentários ✓ Manobra de Credé e extração manual – SE PLACENTA NÃO DESCOLAR 4º período – Período de Greenberg ✓ Período de 1h após o Secundamento – RISCO DE HEMORRAGIA UTERINA ✓ Fenômenos: Miotamponagem Trombotamponagem Indiferença miouterina Contração uterina fixa Pode evoluir para atonia/hipotonia uterina P A R T O GR A M A – RE GI S T R O G R ÁF I C O D O TP ( P A R TO G R AM A S COM O RE S P E CTI VO P R O BLE M A N A P RÓX I M A P Á GI N A ) 1. Checar se iniciou no momento certo – Inicia-se no período de dilatação, ou seja, quando começa o trabalho de parto 2. Avaliar dilatação – Linhas de alerta e ação / Fase ativa prolongada e parada secundária da dilatação 3. Avaliar descida – Somente quando dilatação for total (10cm). Parada secundária da descida (Progressiva, porém lenta >1h) ✓ O triangulo dentro do círculo (que representa a cabeça do feto): Representa a fontanela posterior ✓ DeLee – Altura das espinhas ciáticas 4. Atenção ao parto toquitócito INÍCIO DO PARTOGRAMA – FASE ATIVA PR OLONGADO ➔D ISC IN ES IA S (M O V . MU SC U LA RE S A NO RMA I S, E XC E S SI V O S, D I MI NUI D O S OU A U SÊ N TE S) OU DC P RE LA T IVA PARA DA ➔ DCP ABSOL UTA OU R ELA TIVA *DCP – Desproporção céfalo-pélvica 1 ª FAS E DILA TA ÇÃO Fase Ativa Prolongada (Ultrapassou linha de alerta OU Dilatação < 1cm/h em 2 toques com intervalo de 2h) ✓ Geralmente ocorre por falta de contração! (Motor): Discinesias ✓ Conduta: Decúbito lateral esquerdo + Realizar oxitocina Parada Secundária da dilatação: Dilatação parada por 2 horas OU ultrapassar linha de ação→ Desproporção céfalo-pélvica ? ✓ Ocitocina se não houver contrações ✓ Se COM contrações → Indicar cesariana 2 ª FAS E EXP ULSÃO [A VA LIA R S O MENT E QUA ND O DI LA TA Ç Ã O F O R T OTA L ( 1 0C M ) ] Período pélvico prolongado: Dilatação total e descida lenta (não parou) ✓ Descida progressiva, porém lenta (> 1 hora) ✓ Exaustão materna ou problema motor ✓ CONDUTA: Fórceps! ou Cesariana Parada secundária da descida: Dilatação TOTAL e altura parada por 1 HORA ✓ Causa: Normalmente é por desproporção céfalo-pélvica ✓ CONDUTA: Indicar cesariana se trajeto incompatível Lembrando: O normal é ter o período de expulsão completo em 1h no máximo A TENÇÃO AO PAR TO TAQUI TÓ CI TO Parto taquitocito - Dilatação + Descida < 4 horas ✓ Causas: Pode ser espontâneo em multíparas, raro em nuliparas ou iatrogenicamente por adm. excessiva de ocitocina ✓ Padrão de contratilidade Taquissistolia e hipersistolia ✓ Complicações: Laceração de trajeto na gestante (Frequente) – Isso porque não há tempo para acomodação dos tecidos pélicos. Hemorragia uterina Caso a placenta esteja no limite da sua função → Sofrimento fetal ✓ Conduta: Suspender ocitocina até o retorno a um padrão de contratura normal Atenção a vitalidade fetal no período de dilatação cervical Revisão detalhada do canal de parto após dequitação O UTRAS INFOR MA ÇÕES DO PAR TOGRA MA Contrações ✓ Efetivas (quando está em trabalho de parto) – Preenchertodo quadrado ✓ Não efetivas, mas duram entre 20-39 segundos – Metade do quadrado Bolsa: Integra (I) Rota (R) LA (Líquido amniótico): Pode ser Claro (LC) ou Meconial (LM) Ocitocina: É importante marcar a dose que está sendo utilizada Obs.: Atenção! O partograma faz parte do prontuário médico, portanto ao preencher uma coluna (correspondente a uma hora) o examinador deve assinar, indicando que ele realizou o exame. Fase ativa prolongada: Dilatação < 1cm/hora ➔ Discinesia uterina ? – “Ocitocina+ Decúbito lateral” Dilatação mantida em 2 horas ➔ DCP (Desproporção cefalopélvica) ? – “Cesariana” Período pélvico prolongado ➔ Dilatação total (10cm) ➔ Descida progressiva, porém lenta (> 1 hora) Parada secundária da descida ➔ Altura mantida por 1 hora ➔ DCP? ➔ “Fórceps ou cesariana” ▲ Dilatação - Não ultrapassar 12h nas primíparas - Não ultrapassar 8h nas multíparas Altura do feto e posição cefálica L1 Linha de ALERTA – A seguir da fase ativa - FASE ATIVA PROLONGADA SE ULTRAPASSAR a linha de ação antes da dilatação máxima L2 Linha de AÇÃO – 4 horas depois da alerta - PARADA SECUNDÁRIA DA DILATAÇÃO – Se ULTRAPASSAR a linha de ação antes da dilatação máxima AM ÁTRIO MATERNO – SIM, ÁTRIO CARDIACO HEMOSTASIA Miotamponagem Contração da musculatura uterina Ligaduras vivas de Pinard Trombotamponagem Trombos em vasos uteroplacentários Indiferença miouterina Contração uterina fixa X | MATEUS LÓSSIO DI AGNÓSTICO E CONDUTA - 1 DI AGNÓSTICO E CONDUTA - 2 DI AGNÓSTICO E CONDUTA - 3 DI AGNÓSTICO E CONDUTA - 4 DI AGNÓSTICO E CONDUTA - 5 RESP OSTA – 1 FASE ATIVA PROLONGADA Ultrapassou linha de ALERTA OU/E Dilatação < 1cm/h em 2 toques com intervalo de 2h Conduta: Decúbito Lateral Esquerdo + Ocitocina RESP OSTA – 2 PARADA SECUNDÁRIA DA DILATAÇÃO Ultrapassou a linha de AÇÃO OU/E Dilatação parada por 2 horas Conduta: S/ Contrações (Ocitocina) C/ Contrações (Cesariana) RESP OSTA 3 PARTO TAQUITOCITO (Parto precipitado) - Dilatação + Descida < 4 horas (Dilatação 10cm) (Descida ultrapassando plano 0 de DeLee) Conduta: Suspender ocitocina até o retorno a um padrão de contratura normal Atenção a vitalidade fetal no período de dilatação cervical Revisão detalhada do canal de parto após dequitação RESP OSTA 4 PERÍODO PÉLVICO PROLONGADO - Dilatação total e descida progressiva, porém lenta (> 1 hora) Conduta: Fórceps RESP OSTA 5 Parada secundária da descida: Dilatação total e altura parada por 1 hora ✓ Causa: Normalmente é por desproporção céfalo-pélvica ✓ CONDUTA: Indicar cesariana se trajeto incompatível QUESTÃO IMPORTANTE DE VER DEFINE SITUAÇÃO: A relação entre o maior eixo fetal (Cabeça-nádega) e o maior eixo uterino (Canal cervical- Corpo uterino). Quando está relação é coincidente estamos diante de uma situação LONGITUDINAL Escava não se encontra completamente ocupada, existe grande probabilidade de se tratar de apresentação pélvica, lembrando que a APRESENTAÇÃO consiste na relação entre o polo fetal e o estreito superior da pelve materna. X | MATEUS LÓSSIO I N D U Ç Ã O DO P A R TO , RP MO , P R EM A T U RI D A D E , CO RI O A M NI OI T E I N DU Ç Ã O D O P A R T O Indicações ✓ ≥ 42 semanas ✓ Corioamnionite ✓ RPMO > 32 – 34 – 36 semanas (Rotura Prematura de Membranas Ovulares/ Bolsa rota) Como conduzir a indução do parto: ✓ BISHOP ≥ 9 = INDICA QUE O COLO ESTÁ FAVORÁVEL (Faltando, geralmente, apenas contração/Motor) Ocitocina ✓ BISHOP < 9 = INDICA QUE O COLO ESTÁ DESVORÁVEL (Colo fechado, posterior, duro/firme, feto alto...) Misoprostol Cicatriz uterina CONTRAINDICA misoprostol para o preparo do colo (Miomectomia, cesárea...) Utilizar métodos não farmacológicos, como método de Krauser (sonda de Foley) ARSENAL PARA INDUÇÃO DO PARTO - Uterotônicos Ocitocina: Método mais difundido, capaz de iniciar contrações rítmicas. o Efeitos adversos: Taquissistolia, hipertonia uterina e sofrimento fetal agudo Amniotomia: Provoca um aumento na produção local de prostaglandinas o Efeitos adversos: Aumento do risco de infecção amniótica e de prolapso do cordão umbilical Utilização de prostaglandinas Descolamento digital das membranas amnióticas ATENÇÃO: Os partos induzidos devem ser acompanhados por monitorização eletrônica pela maior probabilidade de contrações muito intensas que podem levar ao sofrimento fetal agudo ARSENAL PARA PREPARAÇÃO DO COLO Misoprostol [Método de escolha para o preparo cervical] – Via vaginal, é uma prostaglandina sintética E1 pgE2 (Dinoprostone) Hialuronidase Balonete da sonda de foley (Método de Krause) – Principal método não farmacológico Algas naturais e sintéticas (laminária) ARSENAL PARA INIBIÇÃO DA CONTRAÇÃO UTERINA – TOCOLÍTICOS - Beta-Bisa - Beta-adrenérgicos (salbutamol, terbutalina, ritodrina, orciprenalina, etc.) Bloqueadores do Canal de Cálcio (nifedipina) Inibidores da Síntese de Prostaglandinas (indometacina): devem ser utilizados apenas antes das 32 semanas de gravidez Sulfato de Magnésio Antagonistas da Ocitocina: Atosiban Bishop desfavorável - Na presença de colo uterino desfavorável, considera-se fundamental a realização de preparo cervical prévio à indução do parto. ✓ A indução de contratilidade uterina com ocitocina sem o preparo cervical prévio está associada a altas taxas de falhas de indução e parto por cesárea C O N TR A T IL I DA D E U TE R IN A AN O R M AL : D I S CI NE S I A UT ER I N A Discinesia uterina: A contratilidade uterina ineficiente para dilatar o colo e atuar na progressão do parto OU exagerada capaz de provocar parto rápido e precipitado (parto disfuncional) ✓ Principais causas dos distúrbios da contratilidade ▪ Idiopática. ▪ Administração inadequada de ocitocina. ▪ Sobredistensão uterina. ▪ Descolamento prematuro da placenta. ▪ Obstrução do canal de parto. ▪ Analgesia peridural. ▪ Corioamnionite. ▪ Pré-eclâmpsia. É IMPORTANTE LEMBRAR QUE A CONTRAÇÃO, ADVÉM DE UM TRÍPLICE GRADIENTE DESCENDENTE [CONTRAÇÃO INICIA, É MAIS FORTE E SE PROPAGA DE CIMA PARA BAIXO] As anomalias da contração podem ser quantitativas ou qualitativas QUANTITATIVAS - Ondas são contrátil é generalizada e mantém o tríplice gradiente descendente - Apenas seus valores são aumentados ou diminuídos (hiperatividade ou hipoatividade). Hiperatividade Hipoatividade • Hipersistolia: intensidade superior a 50 mmHg. • Taquissistolia: frequência superior a 5 contrações em 10 minutos. O excesso de contrações uterinas pode levar a SFA ou rotura uterina CONDUTA - Descontinuar uso de uterotônicos - Decúbito lateral esquerdo (Melhora perfusão uterina pela descompressão da veia cava inferior E reduz a frequência das contrações uterinas [Sendo adequado para tratar taquissistolias]) - Prescrição de meperidina (Analgesia reduz produção de catecolaminas) - Uso de tocolíticos (Nos casos de hipertonia por taquissistolia) • Hipossistolia: intensidade inferior a 25 mmHg. • Bradissistolia: frequência inferior a 2 contrações em 10 minutos CONDUTA - Infusão de ocitocina em dose fisiológica (1-8 miliunidades/min) QUALITATIVAS - Encontramos ondas generalizadas com inversão do tríplice gradiente descendente ou ondas localizadas, assincrônicas e incoordenadas. ➔Essas últimas são as verdadeiras discinesias uterinas, que atrasam ou mesmo impedem a dilatação do colo uterino e a descida do feto. - Na inversão do tríplice gradiente descendente, há predominância da atividade nas partes baixas do útero I NC O OR DEN A Ç Ã O UTE RI NA – P OD EM S ER D E P R IM E IR O O USEG UND O G R AU Nas incoordenações uterinas, partes diferentes do útero contraem de forma independente e assincrônica, impedindo que todo o útero alcance o máximo de contração simultaneamente. Incoordenação de 1º grau Incoordenação de 2º grau - É anomalia frequente e ocorre pela ação alternada dos dois marca-passos uterinos. ➔ Contrações são irregulares, já que os marcapassos trabalham de forma assincrônica. Dessa forma, observam-se pequenas contrações isoladas alternadas com contrações maiores que se espalham por todo o útero. - Aqui, vários marcapassos ectópicos trabalho de forma desordenada. ➔ Ocorre uma verdadeira “fibrilação uterina”, podendo levar à hipertonia uterina. A gênese das incoordenações uterinas parece estar ligada à liberação aumentada de adrenalina e noradrenalina, liberação essa que ocorre quando existe um ciclo vicioso de tensão, medo e dor, presente em algumas pacientes em trabalho de parto. Tratamento das Discinesias Uterinas Qualitativas O tratamento das incoordenações e da inversão do tríplice gradiente descendente é feito por meio dos seguintes procedimentos: (1) Decúbito lateral esquerdo; (2) Infusão de ocitocina em doses fisiológicas (1 a 8 mU/min); (3) Amniotomia; (4) Analgesia e sedação (meperidina ou peridural). Caso todas as medidas sugeridas não apresentem o resultado esperado, o parto pode ser terminado através de uma cesariana, ou pelo auxílio do fórcipe, desde que a dilatação seja completa, o feto esteja em variedade conhecida e todas as outras condições de aplicabilidade estejam presentes C O R I O A M NI O N IT E Corioamnionite – É a infecção intra-amniótica ✓ Pode desencadear: Prematuridade tanto pelo possível óbito fetal quanto pelo desenvolvimento de amniorrexe prematura. ✓ Quadro clínico clássico Febre materna (≥ 37,8ºC) + 2 dos seguintes critérios ➢ LEUCOCITOSE (Leucocitose materna (leucometria > 15.000 cels/mm3) ➢ TAQUICARDIA MATERNA/FETAL (Taquicardia materna (> 100 bpm) OU Taquicardia fetal (> 160 bpm)) ➢ DOR UTERINA (Sensibilidade uterina) ➢ LÍQUIDO FÉTIDO (Líquido amniótico com odor fétido) ✓ Conduta - Institui-se imediatamente antibioticoterapia empírica: Ampicilina (2 g IV 6/6 horas) e gentamicina (5 mg/kg por dia ou 1,5 mg/kg 8/8 horas) por até 48 horas, após o último episódio febril É possível a adição de clindamicina 900 mg IV 8/8h ou metronidazol 500 mg IV 8/8h para ampliar a cobertura anaeróbia, caso seja realizada cesariana. R P M O ( R O T U R A P R E M A T U R A D A S M EM B R AN A S O V U L A R E S ) – B O L S A R O T A O U AM N I O R R E X E P R EM A T U R A - RPMO ✓ Pré-termo (RPPMO) - < 37 semanas ✓ Precoce – Se dá início antes do TP [PODE SER A TERMO] ✓ Tardia – Quando ocorre concomitante à expulsão fetal (Empelicado) Quadro: Paciente relata típica história de líquido claro ou amarelado ocorrendo subitamente pelas pernas ✓ Deve ser confirmado pelo exame especular, visto que outras causas de umidade na vagina são possíveis, como IU, corrimento vaginal ou sudorese Diagnóstico ✓ Padrão-ouro diagnóstico: Exame especular (Líquido externo pelo OCE no colo) ✓ Outros: Teste de nitrazina (pH) Elementos fetais (Corante- Células ficam ornitófilas/Alaranjada) Cristalização (Quando rompe a bolsa a LA é rico em estrogênio – VAI PASSAR TODA a carga de estrogênio ➔ VOLTA A CRISTALIZAR a secreção vaginal/folha da samambaia) Amnisure - Detecta proteínas que são liberadas quando a bolsa se rompe USG (Oligodrâmnio) CONDUTA INTERNAR 1º - Excluir sofrimento fetal agudo e Corioamnionite !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 2º - Avaliar IG ➔ 24-32 semanas → Corticoide + ATB (↑latência e evita corioamnionite) ➔ > 34 semanas → Parto! < 24 sem 24 – 34 > 34 sem PARTO Discutir com a família indução Corticoide profilático (parte abaixo) + Antibiótico ATB – Ampicilina (EV) + Azitromicina (VO) Para que serve o antibiótico na conduta conservadora da bolsa rota: Aumentar o tempo de latência (para não entrar logo em TP), ganhando assim, tempo para fazer o corticoide diminuir a Corioamnionite. PARTO Complicações da bolsa rota ✓ Infecção (sepse, pneumonia, meningite) – Pode ser causa ou consequência da RPMO ✓ Prematuridade (Evolui para parto antes do termo em 1 semana) ✓ Acidentes de parto (Apresentações distócicas como pélvicas e côrmicas) ✓ Compressão do cordão (pela oligoidramnia) – Risco especialmente alto ✓ Sofrimento fetal ✓ Malformações (sequência de Potter) Todas estas complicações são mais comuns quando a rotura ocorre antes de 23 semanas P A R TO P RE M AT U R O – P RÉ -T E RM O FATORES DE RISCO ✓ Prematuro anterior ✓ Fatores cervicais (incompetência istmo-cervical), ✓ Anemia ✓ Desnutrição ✓ Polidrâmnio ✓ Infecção ✓ Drogas (tabagismo) 24-34 sem > 34 semanas Corticoide: (Betametasona 2 doses) - 12mg IM 24/24 horas por 2 dias TOCÓLISE: (Ex: Nifedipina/ Indometacina) Excluído Corioamnionite ou SFA A intenção de fazer o tocolítico é inibir a contração para não nascer e dessa forma conseguir concluir o ciclo do corticoide NEUROPROTEÇÃO: Sulfato de Magnésio < 32 sem ➔Ou seja, trabalho de parto prematuro, conduta: Excluiu Corioamnionite e SFA Fazer betametasona 12mg, daqui a 24h, fazer mais 12mg. E o ideal é nascer 24h após o ÚLTIMO CURSO (Em outras palavras, precisa inibir por 48 horas) NECESSITANTO ASSIM DA TOCÓLISE. PARTO 34- 36 semanas → NÃO HÁ INDICAÇÃO DE FAZER TOCÓLISE Se for mais de 34 semanas não tem pra que fazer o corticoide Obs.: Endometacina não pode fazer com > 32 semanas Obs.: QUALQUER SITUAÇÃO QUE VAI NASCER COM < 32 SEMANAS – FAZER SEMPRE NEUROPROTEÇÃO COM Sulfato de mg *SFA → Sofrimento Fetal Agudo Predição - Gestante com prematuro anterior deve realizar: ✓ Fibronectina fetal (↑ Valor Preditivo Negativo) Se está baixa, por 1 semana não há risco de trabalho de parto ✓ USG (18 e 24 semanas) → colo < 25mm Se alto risco de prematuridade ou sintomas de parto prematuro X | MATEUS LÓSSIO P ÓS - TE R MO (> 4 2 SE M A N AS ) Indução de parto → ≥ 42 semanas, corioamnionite, RPMO > 32/34 semanas • Avaliar Bishop o Ocitocina: ideal p/ Bishop > 9 (padrão “A”) o Misoprostol: se Bishop desfavorável (< 9) ▪ Cicatriz uterina prévia: não usar!!! ➔ Utilizar método de Krauser, podendo utilizar ocitocina em seguida Lembrando BISHOP: ESCORE DE BISHOP PADRÃO A: Aberto, Amolecido, Anterior, Apagado (60-70%), Altura (≥ -1) + Dilatação ≥ 2 Cada pontuação do padrão A, equivale a 2 pontos IND ICAÇÕ ES D E CES ÁR EA - Feto < 2000g ou > 4000 g (em DM) - IG < 34 semanas - Gemelar quando o 1º feto tem apresentação pélvica - Malformação fetal compatível com a vida - Primiparidade tardia (> 30-35 anos) MANU TENÇÃO , DILA TA ÇÃO APA GA MENTO E ETC. Manutenção ✓ Durante a gravidez o útero não está inativo. Este se contrai durante toda a gestação em resposta à distensão constante. ✓ As contrações uterinas mantém a gravidez: Embora possa parecer paradoxal que as contrações uterinas mantenham a gravidez, as características incoordenadas e irregulares destas contrações não permitem o desencadeamento do trabalho de parto. ✓ A placenta também produz progesterona, o qual diminui a sensibilidade da fibra uterina e a propagação do estímulo contrátil, criando o chamado bloqueio progesterônico subplacentário Pré-parto, dilatação e apagamento ✓ No pré-parto, a contração encurta o corpo uterino e exerce tração longitudinal no segmento uterino inferior e no colo. O segmento progressivamente se expande, e o colo reduz sua espessura (apagamento) e se dilata. Este é o chamado amadurecimento do colo uterino. ✓ Durante o trabalho de parto, essa ação ocorre de forma mais intensa, o que promove a dilatação progressiva do colo uterino. Práticas recomendadas e nãorecomendadas, de acordo com o Modelo de cuidados intraparto da OMS, 2018 e FEBRASGO Obs.: MS é diferente do utilizado acima.
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