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controle hídrico em UTI Prof. Me. Államy Danilo Moura introdução Há mecanismos de adaptação que regulam O equilíbrio hídrico , o qual depende da ingestão e eliminação de água, de sua distribuição no organismo e da regulação das funções renais e pulmonares Em condições homeostáticas, a totalidade de líquidos corporais e a concentração dos eletrólitos e minerais permanecem relativamente constantes. Contudo, continuamente, há uma troca de líquidos e solutos com o ambiente externo e entre os diferentes compartimentos do corpo. Assim, a ingestão de líquidos é equilibrada pela eliminação dos mesmos, evitando o aumento ou diminuição da quantidade de líquido no organismo. Metabolismo hidroeletrolítico A água e os eletrólitos se encontram divididos nos compartimentos intra e extracelular Cerca de 25 litros do líquido corporal estão no meio intracelular 15 litros no meio extracelular O corpo de um adulto de 70 kg tem em média 40 litros de líquido O líquido extracelular pode ser dividido em líquido intersticial, plasma, cefalorraquidiano, intraocular, gastrintestinal. O líquido intracelular corresponde a água no interior das células composto eletrólitos e proteínas ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Avaliar o paciente e observar os sinais sugestivos de distúrbios hídricos, Conhecer as condições clínicas do paciente, os fatores de regulação dos líquidos, os desequilíbrios eletroliíticos, os distúrbios de volume e as possíveis complicações Atentar aos resultados do balanço hídrico, a fim de descobrir possíveis alterações, facilitando a antecipação dos cuidados de enfermagem que possam ser necessários. Identificação precoce de estressores permanece como função importante do enfermeiro. *manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico Mensuração e registro corretos dos valores, Pesagem diária do paciente; Reposição hídrica por via oral, oferecendo líquidos ou restringindo-os, Realização de exame físico, buscando sinais de edema ou de desidratação; Avaliação do aspecto da urina (cor, odor, quantidade); Reposição parenteral de líquidos; Estimativa de perdas insensíveis e a influência da temperatura corporal intervenções de enfermagem Consiste no controle de todos líquidos administrados por via oral e parenteral no paciente e os líquidos eliminados através das vias urinárias, trato gastrointestinal, drenos, sondas, fistulas durante 24 horas. Indicação: nefropatias, hipovolemia, hipervolemia, pacientes críticos, pós-operatório de cirurgias de médio e grande porte. Controle hídrico avaliação do equilíbrio hídrico do paciente, proporcionada pelos resultados do balanço hídrico, podendo apreciar os eletrólitos, função renal e cardíaca, bem como ocorrência de complicações, como hipovolemia e hipervolemia A diferença ganho ou perda pode resultar em balanço positivo onde há retenção de líquido ou negativo onde há perda de líquidos. Ganhos - dietas por sondas e ostomias - ingestão; água, sucos, chás, sopas - medicamentos; soros, medicação diluídas em bureta, em bolus, sangue, npp e outros. Perdas - vesico intestinais; diurese, fezes líquidas e semi líquidas - vômitos - drenagens - secreções - sudorese indicações Pacientes em uso de nutrição parenteral e enteral. Pacientes grave de UTI. Pacientes de pós-operatório de grandes cirurgias, principalmente dos sistemas geniturinário, digestivo e respiratório. Pacientes portadores de enfermidades cardíacas, edemas, drenos, ascite, entre outras. Pacientes com restrição hídrica. Pacientes com queimaduras de grande extensão indicações IAM, HAS descompensa da Insuf. Renal Aguda e Crônica (IRA, IRC)Cirrose e ou Hepatopatias descompensadas DM descompensada Uso de FARMACOS que desenvolvem IR Hemodinâmica Distúrbio eletrolitico (hipocalemia, hiponatremia, acidose ealcalose metabólica Uso de medicamentos eliminados pelo RIM (por ex: KCL) balanço hídrico Para facilitar a mensuração nas 24 horas dos líquidos introduzidos e eliminados existe um formulário que é anexado ao prontuário do paciente que chamamos de folha de balanço hídrico. Exemplo 1 o cliente recebeu 1.000 ml entre dieta e medicações e eliminou 500 ml entre diurese e drenagens. 1.000 ml - 500 ml =500 ml r: o balanço hídrico das 24 horas é positivo pois o cliente teve mais ganho do que perdas. Exemplo 2 o cliente recebeu 1.900 entre dieta e medicações e eliminou 2.150 entre diurese e drenagens. 1.900-2.150 = - 250 r: o balanço hídrico das 24 horas e negativo pois o cliente teve mais perda do que ganho - É dever do técnico e auxiliar de enfermagem anotar todas as medicações, infundidas, dietas oferecidas, eliminações e drenagens durante o turno de trabalho. - É dever do enfermeiro realizar a somatória e calcular a variação entre ganhos e perdas. Inclui dado na evolução dos clientes sob sua responsabilidade, contribuindo assim com o processo de análise e conclusão sobre o estado de saúde. Normas Os fluidos que não puderem ser medidos (vômitos, diarréia) devem ser avaliados e registrados através de símbolos padronizados na unidade ( Exemplo:+ pequena, ++ moderada, +++grande); IMPORTANTE O fechamento do controle hídrico pode ser parcial ao final de cada plantão de 12 horas ou de 6horas, conforme rotina da unidade e gravidade dos pacientes. O calculo dos controles parciais fornece o balanço nas 24 horas; Após o fechamento do balanço, deve-se transferir os líquidos programados para o próximo impresso, registrando na coluna dos líquidos planejados; importante Em casos de pacientes em tratamento dialítico, a ultra filtragem deverá ser mensurada como perda 19 Sepse é a causa de mais de 50% dos casos de IRA em UTI no mundo, seguida por grandes cirurgias e baixo débito cardíaco. Em todas estas situações, a expansão volêmica é o elemento fundamental de prevenção e do manejo terapêutico, pois contribui para a restauração da perfusão periférica e atenua a nefrotoxicidade de drogas. Bh+ Bh+ aumento da pressão intersticial renal em pacientes com BH+ acumulado causa hipoperfusão arterial e queda da filtração glomerular. Além disso, o aumento da pressão intra-abdominal (PIA), da pressão venosa central (PVC) e da pressão venosa renal (PVR), em condições de sobrecarga hídrica, contribui substancialmente para a queda da filtração glomerular, Bh+ injúria renal aguda (IRA), BH+ e mortalidade O BH+ pode estar associado a maior mortalidade por diversas vias fisiopatológicas: por causar edema visceral e periférico, dificultando o funcionamento orgânico; por diluição de antibióticos hidrofílicos, reduzindo a eficácia dos mesmos, ou até por hemodiluição da creatinina sérica, retardando o diagnóstico de injúria renal aguda (IRA). Entretanto, o BH+ é mais frequentemente encontrado em pacientes de maior gravidade clínica e em pacientes com IRA, ambas as situações já independentemente associadas a maior mortalidade. Significa LIMITAÇÃO na quantidade de líquidos que o individuo pode receber em 24Horas. O volume é prescrito pelo médico e varia de acordo com as condições clínicas do paciente Deve-se orientar de forma clara e precisa o paciente em relação a este cuidado e fornecer um copo graduado, papel e caneta para que seja feito o CONTROLE, caso isto seja possível. Restrição hídrica Este controle consiste em guardar o VOLUME de urina de 24 horas, para ser medido ou encaminhado ao laboratório. Orientar o paciente sobre o procedimento e para o esvaziamento de Bexiga. Pesar e medir o paciente. Anotar o horário e começar a coleta de 24 horas Fornecer os frascos necessários para coleta Antes do fechamento deste controle, solicitar ao paciente esvaziamento da bexiga. Paciente com controle da DIURESE deve ter o volume horário calculado através da seguintefórmula: Volume Total da diurese/24 hs =diurese/ml/h.24 : Peso Controle de Diurese 24 Horas POTTER, Perry. Fundamentos de Enfermagem.7a. . Ed. Elsevier LTDA: Rio de Janeiro, 2009. SHeridA KArAnini PAz de oliVeirA1 mAriA VilAní cAVAlcAnte guedeS2 FrAnciScA eliSângelA teiXeirA limA3 .BALANÇO HÍDRICO NA PRÁTICA CLÍNICA DE ENFERMAGEM EM UNIDADE CORONARIANA. Rev. Rene. Fortaleza, v. 11, n. 2, p. 112-120, abr./jun.2010 Maria Olinda Nogueira Ávila1 Paulo Novis Rocha2 Dirce MariaTrevisan Zanetta3 Luis Yu3 Emmanuel de Almeida Burdmann3 Balanço hídrico, injúria renal aguda e mortalidade de pacientes em unidade de terapia intensiva J Bras Nefrol 2014;36(3):379-388 referências obrigadO
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