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UNIP EaD Projeto Integrado Multidisciplinar Cursos Superiores de Tecnologia Projeto - Cadastro Único Governo Federal sob o prisma da segurança da informação– UNIP-PIM IV UNIP Araçatuba polo Planalto 2020 UNIP EaD Projeto Integrado Multidisciplinar Cursos Superiores de Tecnologia Projeto - Cadastro Único Governo Federal sob o prisma da segurança da informação– UNIP-PIM IV Nome(s) Jorge Cury Sayeg RA(s): 0593420 Curso: Segurança da Informação. Semestre: 2 semestre de 2020. UNIP Araçatuba polo Planalto 2020 UNIP EaD Projeto Integrado Multidisciplinar Cursos Superiores de Tecnologia Projeto - Cadastro Único Governo Federal sob o prisma da segurança da informação– UNIP-PIM IV Trabalho de desenvolvimento e aplicação dos conhecimentos adquiridos com as disciplinas de Sistemas de Informação, Ética e Legislação e Metodologia Científica, analisando a estrutura de um sistema de informação sob a da proteção de dados, da ética e do cumprimento das Leis. BANCA EXAMINADORA ______________/__/___ Prof. Universidade Paulista – UNIP BANCA EXAMINADORA ______________/__/___ Prof. Universidade Paulista - UNIP BANCA EXAMINADORA ______________/__/___ Prof. Universidade Paulista - UNIP UNIP Araçatuba polo Planalto 2020 RESUMO Aplicando os conhecimentos adquiridos nas disciplinas Sistemas de Informação, Ética e Legislação e Metodologia Científica, o presente projeto pesquisa PIM IV tem o objetivo de analisar a estrutura de um sistema de informação sob a proteção de dados e a sua importância dentro do sistema de informação, ética, legislação e do cumprimento das Leis. Pesquisar sobre o Sistema de Cadastro Único do Governo Federal, demonstrando sua utilidade, para que serve, quais dados são coletados, como são coletados e como são armazenados. Identificar como a falta de ética e atendimento às Leis pode expor as informações constantes nesses sistemas. Identificar as Leis que amparam a coleta de dados dos brasileiros para o Cadastro Único, se já houve fraudes e em caso positivo, quais os tipos de fraudes foram praticados. Propor código de conduta para reduzir as fraudes. Palavras-Chave: Cadastro Único do Governo Federal, banco de dados, fraudes, segurança da informação. ABSTRACT Applying the knowledge acquired in the disciplines Information Systems, Ethics and Legislation and Scientific Methodology, this PIM IV project aims to analyze the structure of an information system under data protection and its importance within the information system, ethics , legislation and compliance with laws. Research the Federal Government's Unique Registry System, demonstrating its usefulness, what it is for, what data is collected, how it is collected and how it is stored. Identify how the lack of ethics and compliance with the Laws can expose the information contained in these systems. Identify the Laws that support the data collection of Brazilians for the Single Registry, if there have already been frauds and if so, what types of fraud have been committed. Propose a code of conduct to reduce fraud. Keywords: Federal Government Single Registry, database, fraud, information security. Sumário RESUMO ............................................................................................................................................ 4 ABSTRACT .......................................................................................................................................... 5 INTRODUÇÃO..................................................................................................................................... 7 O QUE É CADASTRO ÚNICO E, PARA QUE SERVE................................................................................. 7 DADOS PESSOAIS COLETADOS PARA CADASTRO ÚNICO ..................................................................... 8 RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO DO CADASTRO ÚNICO ..................................................................... 8 QUEM PODE SE CADASTRAR E COMO SE CADASTRAR ........................................................................ 9 GESTÃO DO CADASTRO ÚNICO .......................................................................................................... 9 PERFÍS PARA A GESTÃO DO SISTEMA: ...............................................................................................10 USUÁRIO MASTER .............................................................................................................................10 USUÁRIO FINAL .................................................................................................................................10 FUNCIONAMENTO DO CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL ....................................................10 FUNCIONAMENTO A NÍVEIS DE GOVERNOS ......................................................................................10 ATRIBUIÇÕES DOS GOVERNOS MUNICIPAIS E DISTRITO FEDERAL ......................................................12 ESTRUTURA FUNCIONAL DO CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL ...........................................12 ARMAZENAMENTO DE DADOS DO CADASTRO ÚNICO .......................................................................13 CADASTRO BASE DO CIDADÃO (CBC) .................................................................................................13 A PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS E PLC 53/2018 .............................................................................14 LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS (LGPD) ......................................................................................14 O DESCUMPRIMENTO DA LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS(LGPD) ..............................................15 FRAUDES NO CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL ..................................................................15 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO CADASTRO ÚNICO ............................................................................15 CONCLUSÃO .....................................................................................................................................16 REFERÊNCIAS: ...................................................................................................................................18 INTRODUÇÃO O objetivo deste trabalho é desenvolver um estudo sobre o Cadastro Único do Governo Federal e, envolver os conhecimentos em sistemas de informação, ética e legislação profissional e do cumprimento das Leis. Pesquisar sobre o Sistema de Cadastro Único do Governo Federal, demonstrando sua utilidade, para que serve, quais dados são coletados, como são coletados e, como são armazenados. Identificar como a falta de ética e atendimento às leis pode expor as informações constantes nesses sistemas. Identificar as leis que amparam a coleta de dados dos brasileiros para o Cadastro Único, se já houve fraudes e, em caso positivo, quais os tipos de fraudes foram praticados. Propor código de conduta para reduzir fraudes. Por registrarem praticamente todas as movimentações, os bancos de dados (BD) são primordiais para o Sistema de cadastro único do Governo Federal. O Cadastro Único do Governo Federal é um instrumento de identificação e caracterização socioeconômica das famílias brasileiras de baixa renda, ou seja, famílias com renda mensal igual ou inferior a meio salário mínimo per capita ou renda familiar mensal de até três salários mínimos. As informações do Cadastro Único contribuem para a formulação e a implantação de políticas públicas capazes de promover a melhoria de vida dessas famílias, uma vez que o esse instrumento propicia a identificaçãodeste público e o mapeamento de suas necessidades. Com gestão compartilhada e descentralizada entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.1 O Cadastro Único é porta de entrada para mais de 28 programas sociais, é um instrumento que identifica as famílias de baixa renda, permitindo que o governo conheça melhor a realidade socioeconômica de cada uma delas. Nele, são registradas as características da residência, a identificação de cada pessoa, a escolaridade, a situação de trabalho e renda, entre outras informações. O QUE É CADASTRO ÚNICO E, PARA QUE SERVE O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro Único) é um instrumento criado pelo governo federal que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda. No caso, famílias de até três salários mínimos ou individual meio salário mínimo, permitindo que o governo conheça melhor a realidade socioeconômica dessa população. Nele são 1 BRASIL Manual de Gestão do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, 2017. registradas informações como: características da residência, identificação de cada pessoa, escolaridade, situação de trabalho e renda, entre outras. É o principal instrumento do Estado brasileiro para a seleção e a inclusão de famílias brasileiras de baixa renda em programas sócias, de seu uso é obrigatório. O Governo Federal, os Estados, Municípios e o Distrito Federal são responsáveis por sua execução tendo como seu agente operador a Caixa Econômica Federal. Foi criado durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, em 24 de outubro de 2001 pelo Decreto 9364 da Presidência da República. Foi posteriormente disciplinado pelo Decreto 6.135, de 26 de junho de 2007 e regulamentado pela portaria 376 de 16 de outubro de 2008. DADOS PESSOAIS COLETADOS PARA CADASTRO ÚNICO Documentos de identificação do responsável pela família (Carteira de Trabalho, Carteira de Identidade, CPF e Título de Eleitor), comprovante de residência. Os demais membros são coletados CPF, Carteira de Identidade, Título de Eleitor, Carteira de Trabalho, Certidão de Nascimento e Certidão de Casamento (quando for o caso). RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO DO CADASTRO ÚNICO MCid(ministério da Cidadania) é o gestor federal do cadastro único responsável pela definição das normas e conceitos relativos à gestão deste instrumento, bem como das ações necessárias para seu aprimoramento, interligando Estados e Municípios para que a organização do cadastro único se dê a nível de Brasil. Caixa Econômica Federal é o agente operador do cadastro único contratada pelo Mcid para desenvolver o Sistema, realiza o processamento de dados cadastrais e atribui o NIS (número de identificação social) a cada pessoa cadastrada, capacita e presta apoio aos municípios, estados e governo federal para o funcionamento do cadastro Único. Estados fornecem apoio técnico e logístico aos munícipios na gestão do cadastro único. Municípios são responsáveis por identificar as famílias de baixa renda em seu território e realizando as entrevistas de inclusão e atualização cadastral registrando os dados das famílias no Sistema cadastro único. QUEM PODE SE CADASTRAR E COMO SE CADASTRAR O Cad. Único permite cadastro de famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa, famílias com renda mensal total de até três salários mínimos, famílias com renda maior que três salários mínimos, desde que o cadastramento esteja vinculado à inclusão em programas sociais nas três esferas do governo. As informações são fornecidas pelo responsável integrante da família com mais de 16 anos ao entrevistador cadastrado no Cadastro único. O responsável familiar deve procurar o setor responsável pelo Cadastro Único ou pelo Bolsa Família na cidade em que mora munido de documento CPF ou título de eleitor. Se não souber onde fica o local de cadastramento, pode buscar essa orientação no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo de sua casa. Em muitas localidades, o próprio CRAS realiza o cadastramento das famílias. Para os outros membros da família, o CPF, certidão de nascimento e casamento, identidade, carteira de trabalho ou título de eleitor são os documentos necessários para o cadastramento. Ao ser efetuado o cadastramento é atribuído o número de identificação social (NIS) para todo cidadão. GESTÃO DO CADASTRO ÚNICO O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal é feito de maneira compartilhada e descentralizada entre o Governo Federal, os Estados, Distrito Federal e os municípios. São atribuições e compromissos executados de forma articulada. O Ministério da Cidadania mede a qualidade da gestão a partir do índice de Gestão descentralizada (IGD). Para seu funcionamento, o cadastro único abrange procedimentos, tecnologias e sistemas eletrônicos de hardware e softwares. O Índice de Gestão Descentralizada (IGD) é um indicador desenvolvido pelo Ministério da Cidadania que demonstraa qualidade da gestão local do Programa Bolsa Família (PBF) e do Cadastro Único, refletindo os compromissos assumidos por Estados (IGD-E), Distrito Federal e municípios (IGD-M) ao aderirem ao programa. O Sistema de Cadastro Único é de acesso restrito à órgãos e agentes que operacionalizam a gestão do Cadastro Único, como o Ministério da Cidadania, os municípios, o DF, os Estados e a CAIXA (agente operador). Órgãos de controle também têm acesso ao Sistema de Cadastro Único, por meio de Acordo de Cooperação Técnica com o Ministério da Cidadania. PERFÍS PARA A GESTÃO DO SISTEMA: USUÁRIO MASTER Responsável por gerenciar o Sistema de Cadastro Único, cadastrar os demais usuários de sua equipe e dar as permissões de acesso para a realização de todas as atividades de manutenção, bem como gerenciar a desativação do usuário quando for necessário. Esse processo é feito mediante solicitação na Caixa Econômica Federal. É necessário preencher a Ficha de Cadastramento de Usuário Externo Ficus/E, que poderá ser obtida no site da CAIXA por meio do Link http://www.caixa.gov.br/site/paginas/downloads.aspx, anexar cópia do RG e CPF e encaminhar para a agência de relacionamento da Caixa Econômica Federal. USUÁRIO FINAL Responsável por realizar as ações de consulta, inclusão, alteração e/ ou exclusão de dados cadastrais de famílias/pessoas na base do Cadastro Único. Tem de ser cadastrado pelo Usuário Master para poder acessar o Sistema de Cadastro Único. O número de usuários finais é definido pela gestão, de acordo com as necessidades locais. FUNCIONAMENTO DO CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Os dados do Cadastro Único compõem a base de dados do Sistema de Informações Sociais (Siiso) da CAIXA. O Siiso foi projetado e desenvolvido com o objetivo de ser a base unificada de dados cadastrais dos cidadãos e de compor a base corporativa de dados sociais da CAIXA. É utilizada e atualizada pelo CadÚnico e por outros sistemas como, por exemplo, o Sistema do Programa de Integração Social (Sipis). A base do Cadunico é alimentada e atualizada pelas prefeituras por meio do encaminhamento de arquivos gerados a partir do sistema Cadastro único offline, responsável pela operacionalização do Cadastro Único e pela manutenção das bases de dados que contemplam as informações das famílias nos municípios. FUNCIONAMENTO A NÍVEIS DE GOVERNOS A gestão do Cadastro Único tem por princípio o compartilhamento de esforços e responsabilidades entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios. Esse modelo http://www.caixa.gov.br/site/paginas/downloads.aspx tem como base a cooperação e a parceria entre as três esferas de governo, que atuam em conjunto para que o Cadastro Único se consolide como a principal fonte de informações para as políticas sociais de enfrentamento da pobreza e das desigualdades sociais.No Governo Federal, a sua execução é de responsabilidade da Secretaria Nacional de Renda e Cidadania (Senarc), do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). As principais atribuições da Senarc são: coordenar, acompanhar e supervisionar a implantação e a execução do Cadastro Único, avaliando a qualidade de suas informações e, definindo estratégias para seu aperfeiçoamento, capacitando os gestores e outros agentes envolvidos no preenchimento dos Formulários e do Programa Bolsa Família. A Senarc é responsável por autorizar o envio dos formulários pela CAIXA aos municípios solicitantes e, promover o uso do Cadastro Único como ferramenta de integração de políticas públicas voltadas à população de baixa renda. Têm como objetivos: promover o aperfeiçoamento do formulário do sistema de informações do Cadastro Único; autorizar e disponibilizar acesso às bases de dados do Cadastro Único em âmbito federal, observando as definições de sigilo existentes na legislação; adotar medidas de controle e prevenção de fraudes ou inconsistências cadastrais, disponibilizando canais para o recebimento de denúncias. A Caixa Econômica Federal (CAIXA), Agente Operador do Cadastro Único, é responsável por operar Sistema de Cadastro Único realizando o processamento dos dados cadastrais, atribuindo um Número de Identificação Social (NIS) para cada pessoa cadastrada; enviar os formulários de cadastramento aos municípios; capacitar gestores e técnicos para a operação do Sistema de Cadastro Único; prover atendimento operacional aos municípios, entre outras atribuições. Os governos estaduais têm um papel importante no apoio técnico aos municípios na gestão do Cadastro Único. Ocorre em várias dimensões: Desenvolvimento de estratégias de acesso à documentação civil, com prioridade ao Registro de Nascimento; Oferta de atividades de capacitação que subsidiem o trabalho dos municípios na gestão e na operacionalização do Cadastro Único; Apoio à melhoria da infraestrutura municipal; Identificação, acompanhamento e apoio na resolução dos problemas relacionados à gestão do Cadastro Único no município; Auxílio à condução de ações de cadastramento dos Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos; e Apoio na identificação e no cadastramento da população extremamente pobre no âmbito da estratégia da busca ativa. ATRIBUIÇÕES DOS GOVERNOS MUNICIPAIS E DISTRITO FEDERAL O município é o principal ator na gestão do Cadastro Único. A gestão municipal identifica as famílias de baixa renda, realiza seu cadastramento, registra os dados na base nacional do Cadastro Único, mantém as informações atualizadas e analisa possíveis inconsistências. ESTRUTURA FUNCIONAL DO CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Os municípios e o DF devem dispor de uma equipe de trabalho qualificada e de um local apropriado às atividades. Os locais de atendimento devem estar devidamente preparados e adequados com equipamentos e pessoal capacitado para atendimento conforme demanda local. Gestor/Coordenador: responsável por coordenar as atividades e a equipe do Cadastro Único; planejar; monitorar e avaliar as ações de cadastramento, experiência na área social e em gestão, perfil de liderança e capacidade de transmitir conteúdos. Entrevistador: responsável por receber as famílias e agendar as entrevistas, entrevistar (nos postos de atendimento e na residência da família, em casos de visita domiciliar) e, idealmente, digitar os dados coletados no Sistema de Cadastro Único. O entrevistador deve ter, preferencialmente, ensino médio completo, além de possuir boa caligrafia, perfil de atendimento ao público, conhecimento básico em informática e capacidade de trabalhar em equipe. É obrigatório fazer a Capacitação de Preenchimento de Formulários, oferecida pelo estado. Digitador: responsável por digitar os dados coletados no Sistema de Cadastro Único e que, também fez a entrevista com a família, organiza os arquivos e confere os formulários. Deve ter ensino médio completo, conhecimento básico em informática, habilidade em digitação, perfil de atendimento ao público e capacidade de trabalhar em equipe. É obrigatório fazer a capacitação oferecida pela CAIXA. Técnico de nível superior: responsável por realizar as visitas domiciliares para averiguação cadastral e fiscalização, atender e encaminhar as famílias para outros serviços e tratar denúncias de irregularidades. Deve ter conhecimento básico em informática, capacitação em acolhida e escuta, capacidade de trabalhar em equipe, perfil articulador, perfil de atendimento ao público e capacidade de transmissão de conhecimentos. Auxiliar administrativo: responsável por receber e agendar as entrevistas das famílias, organizar arquivos e realizar atendimentos por telefone, entre outras funções, deve ter ensino médio completo, conhecimento básico em informática e perfil de atendimento ao público. Supervisor de cadastro: responsável por organizar arquivos de formulários, realizar a conferência desses documentos, analisar dados, elaborar relatórios e assessorar a coordenação. O supervisor de cadastro deve ter, preferencialmente, ensino médio completo, conhecimento básico em informática e capacidade de trabalhar em equipe. Técnico de análise de dados e sistemas: responsável por monitorar e avaliar as ações de cadastramento, analisar os dados, elaborar relatórios, operar os sistemas, e assessorar a coordenação. Deve ter ensino superior completo e conhecimento intermediário em informática. ARMAZENAMENTO DE DADOS DO CADASTRO ÚNICO Os dados são armazenados no Cadastro Base do Cidadão, criado pelo Governo atual para regulamentar o compartilhamento de dados, integrada com os dados pessoais de todos os brasileiros. Inicialmente serão: nome, data de nascimento, sexo e filiação. O banco de dados vai receber atributos biográficos e biométricos das bases temáticas e, essas informações serão vinculadas ao CPF. Atributos biométricos são características biológicas e comportamentais como as linhas da palma da mão, as digitais dos dedos, a retina ou a íris dos olhos, o formato da face, a voz e a maneira de andar. Existem três tipos de compartilhamentos de dados: os restritos, que são sigilosos, compartilhados apenas entre os órgãos públicos. Os sem restrições ou sigilo, o compartilhamento será amplo, com divulgação pública e fornecido a qualquer pessoa interessada que fizer a solicitação. CADASTRO BASE DO CIDADÃO (CBC) O Cadastro Base do Cidadão (CBC) vem unificar e melhorar as informações sobre a população dentro do governo. Tem como base os cadastros hoje existentes nas bases do governo, principalmente no Cadastro de Pessoa Física mantido pela Secretaria de Receita Federal. O CBC foi instituído pelo Decreto 10.046 e 10.047, de 09 de outubro de 2019, e tem como finalidade, aumentar a confiabilidade, unificando as informações cadastrais com soluções tecnológicas interligadas entre os órgãos públicos. O órgão responsável por sua gestão é o Comitê Central de Governança de Dados (CCGD) A PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS E PLC 53/2018 Sancionada em 13 de agosto de 2018 a Lei Geral de Proteção de Dados (“LGPD” ou “Lei”) protege dados pessoais e altera a Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014 (“Marco Civil da Internet”). O surgimento da Lei foi decorrente da necessidade de regulamentação de situações envolvendo vazamentos e uso indevido de dados. A MP nº869/2018 criou a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (“ANPD”), entidade que terá entre suas competências zelar pela proteção dos dados pessoais; elaborar diretrizes para a Política Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade; fiscalizar e aplicar sanções; deliberar, na esfera administrativa, em caráter terminativo, sobre a intepretação da LGPD, suas competências, dentre outras funções. As informações coletadas dos usuários são consideradasdados pessoais, e deverão ser informadas para qual finalidades serão usadas, de acordo com a lei LGPD. LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS (LGPD) A LGPD é uma lei que visa garantir direitos para os cidadãos e consumidores sobre como vai ocorrer o tratamento de dados pessoais. A Lei foi criada para assegurar a privacidade do cidadão. Proteger os dados e informações, regular o tratamento dos dados com segurança. Agora com essa nova lei, os sites estão exibindo janelas que pedem um aceite para a coleta dos cookies (pequenos arquivos enviados por sites que ficam armazenados no navegador do seu computador que contam às empresas algumas informações de comportamento). A lei se aplica a informações coletadas em todo o território nacional. Portanto, se os dados forem coletados em outro país, mesmo sendo de brasileiros, teoricamente a regulamentação não pode ser aplicada. Qualquer empresa que estiver coletando informações dos usuários e, não estiver os avisando de forma explícita, pode sofrer processos judiciais. Quem irá regulamentar e cuidar para que as diretrizes da lei sejam aplicadas será o ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados). O DESCUMPRIMENTO DA LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS(LGPD) Caso alguma empresa seja enquadrada descumprindo o regulamento LGPD, a ANPD será responsável por aplicar as medidas cabíveis. A aplicação da regulamentação deve ocorrer por fases, para que a empresa consiga se adaptar à nova lei. Primeiramente será enviada uma advertência para corrigir os problemas em um prazo determinado. Caso as medidas indicadas não sejam realizadas, uma multa de até 2% do faturamento líquido total da Pessoa Jurídica vai ser aplicada. Se esse valor não for pago, será cobrado uma taxa diária que irá se somar a multa FRAUDES NO CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Em muitos casos, eventuais ataques de fraudadores (hackers) ao Sistema de Cadastro Único que são identificados pelos operadores municipais e trazidos ao conhecimento do Governo Federal. Os registros que foram criados ou adulterados por fraudadores sem conhecimento das famílias ou das equipes municipais e, em prejuízo destas, nesses casos, as inclusões e/ou alterações cadastrais efetuadas no Sistema de Cadastro Único para algumas pessoas ou famílias não foram realizadas pelos operadores e entrevistadores vinculados às gestões municipais. Não possuem amparo em documentação assinada pelos responsáveis familiares. O descumprimento da legislação aplicável ocasionará erros e indícios de fraudes, falhas de segurança da informação, deficiências no acompanhamento e gestão do sistema, além de falhas no processo de contratação dos serviços para operacionalização do CadÚnico. SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO CADASTRO ÚNICO O Sistema que recebe os dados do Cadastro único do governo Federal, foi reformulado e totalmente digitalizado recentemente. Os dados transmitidos pela internet são armazenados diretamente em um banco de dados eletrônico. A forma de cadastramento via formulários tinha problemas com a segurança da informação. Antes o município coletava os dados e transmitia as informações para a Caixa Econômica Federal que opera o Sistema, que por sua vez enviava mensalmente uma cópia da base de dados para Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à fome (MDS), causando um atraso nas informações. Tudo é feito online e o cruzamento de dados para dar segurança nas informações processadas e cadastradas. Foram criados o Cadastro Base do Cidadão e o Comitê Central de Governança de Dados que criam uma “megabase” de dados para o Governo federal. Reúnem informações pessoais e dados biométricos. Coleta de “características biológicas e comportamentais” envolvem a palma das mãos, digitais, retina, íris, voz, traços do rosto, e até mesmo a maneira de andar. Para que o sistema de cadastro único do governo federal tenha mais segurança é importante sugerir softwares e aplicativos autenticadores que geram uma senha nova a cada acesso através de uma comunicação entre o computador onde se acessa ao smartphone do cidadão, fazendo com que haja maior confiabilidade, segurança e blindagem contra possíveis hackers. CONCLUSÃO Elaborar uma política pública nos dias atuais demanda uma série de fatores e de muitas limitações enfrentadas pelo Governo. Muitas vezes existe a boa vontade do gestor em executar tal política. Porém há algumas situações que podem acabar frustrando a intenção desse gestor. Com base nas informações apresentadas, é possível afirmar que o Cadastro Único poderá ser um instrumento estratégico para resolver uma das principais causas que limitam a efetivação de políticas públicas, que é a ausência de diagnósticos que identifiquem o público-alvo a ser atingido. Dessa forma, os dados do Cadastro Único poderão funcionar como uma ferramenta de planejamento de várias políticas públicas em todos os entes da federação. O que a pesquisa demonstrou é, que para que esse instrumento seja utilizado, é necessário que o gestor local conheça as características e os dados da ferramenta que possui e, as potencialidades que possam contribuir com o objetivo a ser alcançado. Somente após o conhecimento de todas as funcionalidades, principalmente quanto ao mapeamento de identificação de um território que o Cadastro Único possui e, o cruzamento dos dados para uma melhor segurança, é que o gestor perceberá que possui informações estratégicas que contribuirão no planejamento de políticas e ações a serem executadas. Como o objetivo deste trabalho é identificar problemas e apresentar melhorias aos gestores envolvidos quanto à utilização dos dados do Cadastro Único como indicadores para elaboração de políticas públicas, ressalta-se que investir em softwares ou empresas especializadas em diagnósticos territoriais acaba encarecendo o trabalho para os cofres públicos, dessa forma, os dados do Sistema Cadastro Único são uma fonte praticamente gratuita que poderá facilitar e reduzir custos na implementação de uma política pública. É importante destacar que o objetivo da pesquisa não é afirmar que somente o uso dos dados do Cadastro Único sejam suficientes para embasar a criação de uma política pública. Na verdade, o objetivo é expor que existe essa ferramenta que poderá contribuir no diagnóstico que é muitas vezes o que os gestores desconhecem nesse instrumento. O Cadastro Único permite conhecer a realidade socioeconômica de todas as famílias cadastradas, trazendo informações de todos os membros da família, características do domicílio, dados de cada um dos componentes da família, entre outras informações. E partir daí o poder público poderá demandar políticas específicas, que poderão reduzir as vulnerabilidades apresentadas pelas famílias. 18 REFERÊNCIAS: ANDRION, Roseli. BASES DE DADOS DO GOVERNO SERÃO INTERLIGADAS; PROJETO ENTRA EM VIGOR EM 2020. Olhar digital, 2019. https://olhardigital.com.br/noticia/bases-de-dados-do-governo-serao-interligadas- projeto-entra-em-vigor-em-2020/91491 acesso em: 08 de novembro 2020 AURELI, Sofia. 'SUPER CADASTRO' DO GOVERNO VAI CONTER ATÉ A SUA MANEIRA DE ANDAR E FALAR. Olhar digitar, 2019. https://olhardigital.com.br/noticia/-super-cadastro-do-governo-vai-conter-ate-a-sua- maneira-de-andar-e-falar/91785 acesso em: 08 de novembro 2020 BRASIL. DECRETO Nº10.046 de 9 de outubro de 2019. REGULAMENTA O USO DE DADOS DO CADASTRO ÚNICO. https://www.in.gov.br/web/dou/-/decreto-n- 10.046-de-9-de-outubro-de-2019-221056841 Acesso em: 08 de novembro 2020. BRASIL Manual de Gestão do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Ministério do Desenvolvimento Social, 2017. BRASIL. LEI Nº 13.709, DE 14 DE AGOSTO DE 2018. LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS (LGPD). Presidência da República, 2018. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13709.htm acesso em: 08 de novembro 2020 Valente,Jonas. Governo regulamenta uso de dados de cidadãos e cria cadastro unificado. Agência Brasil, 2019. https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019- 10/governo-regulamenta-uso-de-dados-de-cidadaos-e-cria-cadastro-unificado ACESSO em: 15 novembro 2020 GOVERNO FEDERAL. Cadastro único, o que é, e para que serve. https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acoes-e-programas/cadastro-unico/o-que-e-e-para- que-serve-1 acesso em: 08 de novembro 2020 PEDROSO, Ana Luiza. Entenda o que é a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e como vai te afetar. Mundo Conectado, 2019. https://olhardigital.com.br/noticia/bases-de-dados-do-governo-serao-interligadas-projeto-entra-em-vigor-em-2020/91491 https://olhardigital.com.br/noticia/bases-de-dados-do-governo-serao-interligadas-projeto-entra-em-vigor-em-2020/91491 https://olhardigital.com.br/noticia/-super-cadastro-do-governo-vai-conter-ate-a-sua-maneira-de-andar-e-falar/91785 https://olhardigital.com.br/noticia/-super-cadastro-do-governo-vai-conter-ate-a-sua-maneira-de-andar-e-falar/91785 https://www.in.gov.br/web/dou/-/decreto-n-10.046-de-9-de-outubro-de-2019-221056841 https://www.in.gov.br/web/dou/-/decreto-n-10.046-de-9-de-outubro-de-2019-221056841 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13709.htm https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-10/governo-regulamenta-uso-de-dados-de-cidadaos-e-cria-cadastro-unificado https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-10/governo-regulamenta-uso-de-dados-de-cidadaos-e-cria-cadastro-unificado https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acoes-e-programas/cadastro-unico/o-que-e-e-para-que-serve-1 https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acoes-e-programas/cadastro-unico/o-que-e-e-para-que-serve-1 19 https://mundoconectado.com.br/artigos/v/11409/entenda-o-que-e-a-lei-geral-de- protecao-de-dados-lgpd-e-como-vai-te-afetar acesso em: 08 de novembro 2020 BRASIL Coletânea da Legislação Básica do Cadastro Único e do Programa Bolsa Família. 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