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João Victor Oliveira Santos - Medicina Farmacodinâmica Def: efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação, ou seja, os efeitos do fármaco no organismo. Fármacos não criam ou excluem efeitos, só modulam o efeito já existente no organismo. O receptor celular que vai desencadear a resposta celular (+ ou -). O TNF alfa, pode se ligar ao receptor TNFR1 que induz a proliferação celular e sobrevida da célula ou TNFR2 que induz a apoptose (célula tumoral inibe). A face extracelular do receptor é o sítio de ligação do ligante e no meio intracelular podemos ter a outra parte do receptor que se chama sítio de transdução do sinal e pode fazer fosforilação e dá origem por exemplo a uma resposta positiva (mudança na conformação vai fazer uma doação de fosfato). Mas esse ligante pode se ligar a outra subunidade do receptor que pode levar a uma resposta negativa -> desfoforilação. • Agonistas Fármacos que se ligam a receptores fisiológicos e simulam os efeitos reguladores dos compostos sinalizadores endógenos. Se o fármaco se ligar ao mesmo sítio de reconhecimento que o agonista endógeno (primário ou ortostérico), diz-se que o fármaco é agonista primário. Os fármacos que estabilizam o receptor em uma conformação inativa são conhecidos como agonistas inversos. É importante salientar que os agonistas parciais e os agonistas inversos que interagem sintopicamente com um agonista pleno comportam-se como antagonistas competitivos. • Antagonistas Fármacos que bloqueiam ou reduzem a ação de um agonista. Muitas vezes resultam da competição com o agonista pelo mesmo sítio de ligação (interação sintópica), mas pode haver interação com outros sítios do receptor (antagonismo alostérico), por combinação com o agonista (antagonismo químico), ou por antagonismo funcional com inibição direta dos efeitos celulares ou fisiológicos do agonista. Ex: Na musculatura lisa do intestino, possuímos receptores de acetilcolina chamados M3, esse receptor tem alta afinidade pela acetilcolina que se liga ao receptor e aumenta a peristalse (aumenta a contratilidade pelo aumento de Ca2+). Se tiver muita acetilcolina no intestino pode ter cólica, e pode dar um fármaco que bloqueia esse receptor, chamado Escopolamina (Buscopam), no caso esse fármaco é um antagonista dos receptores muscarínicos. A - Resposta positiva, quando ligante se liga ao receptor ativador, temos agonismo pleno; B – Se liga ao receptor de ativação e ao receptor inibitório, resposta 80%+ e 20% -, agonismo parcial; C – Agonismo inerte, quando o ligante se liga 50% no agonista e 50% no inibitório; D – Agonismo inverso, ligante se liga no receptor inibitório; ✓ Tipos de antagonismo I. Antagonismo competitivo reversível; O receptor se associa ao ligante e temos um composto que bloqueia o mesmo sítio de ligação do ligante, não é uma ligação covalente. Se tem mais ligante mais competitivo será e “ganha” do antagonista. II. Antagonismo competitivo irreversível; O antagonista também vai competir o mesmo sítio de ligação do ligante, a diferença é que essa ligação é covalente e a ligação do antagonista torna-se irreversível. III. Antagonismo não competitivo ou antagonismo alostérico / reversível; O composto se liga a outro sítio de ligação que não necessariamente é o mesmo do ligante, e ao composto se ligar a esse sítio muda a conformação do receptor e o ligante não se liga. Ex: Antiretrovirais João Victor Oliveira Santos - Medicina • Mecanismo de ação dos fármacos
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