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material curso condutores veículos de emergencia

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Prévia do material em texto

2 
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA 
SECRETARIA DE GESTÃO E ENSINO EM SEGURANÇA PÚBLICA 
DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA 
 
COORDENAÇÃO GERAL DE ENSINO 
Coordenação de Ensino a Distância 
 
Conteudistas 
Ricardo de Oliveira Betat 
Gelson Luis Garcia 
Wilmen Vieira 
João Moreira Lobo 
 
Reformulador 
Daniel Pinheiro Spinelli 
 
Câmara Técnica/Revisores 
Thiago César Fagundes Santos 
Viviane Oliveira Rodrigues 
 
Revisão Pedagógica 
Gizele Ferreira dos Santos Siste 
 
SETOR DE CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO 
 
Programação e Edição 
Lúcio André Amorim 
Renato Antunes dos Santos 
 
Designer 
Ozandia Castilho Martins 
Fagner Fernandes Douetts 
Renato Antunes dos Santos 
 
Designer Instrucional 
Wagner Henrique Varela da Silva 
 
 
 
 
3 
Sumário 
Apresentação do Curso ............................................................................................... 8 
Objetivos do Curso .................................................................................................... 12 
Estrutura do Curso .................................................................................................... 12 
Módulo I - LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO .................................................................. 15 
Apresentação do módulo ....................................................................................... 15 
Objetivos do módulo .............................................................................................. 15 
Estrutura do módulo .............................................................................................. 16 
Aula 1 - Categoria de habilitação e relação com veículos conduzidos .................. 17 
1.1 Compreendendo as categorias .................................................................... 21 
Aula 2 - Documentação exigida para condutor e veículo; Sinalização Viária ........ 45 
2.1 Documentos exigidos para o veículo............................................................ 46 
2.2 Documentação do condutor ......................................................................... 51 
2.3 Sinalização Viária ......................................................................................... 54 
AULA 3 — Infrações, crimes de trânsito e penalidades ............................................ 60 
3.1 Infrações ...................................................................................................... 61 
3.2 Penalidades ................................................................................................. 65 
3.3 Crimes de Trânsito ....................................................................................... 70 
AULA 4 — Regras gerais de estacionamento, parada e circulação .......................... 79 
4.1 Estudo de Caso ............................................................................................ 80 
4.2 Estacionamento e Parada ............................................................................ 81 
4.3 Circulação .................................................................................................... 84 
4.4 Principais normas de circulação e conduta, referentes à condução de veículos 
de emergência ................................................................................................... 86 
AULA 5 — Legislação Específica e responsabilidades do condutor de veículo de 
emergência. ........................................................................................................... 92 
5.1 Estudo de Caso ............................................................................................ 92 
 
 
 
4 
5.2 Veículos de Emergência .............................................................................. 94 
5.3 Legislação específica para veículos de emergência .................................... 95 
Finalizando ............................................................................................................ 99 
Módulo II - DIREÇÃO DEFENSIVA ......................................................................... 100 
Apresentação do módulo ..................................................................................... 100 
Objetivos do módulo ............................................................................................ 100 
Estrutura do módulo ............................................................................................ 101 
Aula 1 - Direção defensiva: mais que um conceito, um ato de cidadania ............ 102 
1.1 Dados e informações sobre o trânsito ........................................................ 104 
1.2 Definindo Direção Defensiva ...................................................................... 110 
1.3 A importância do comportamento seguro na condução de veículos 
especializados .................................................................................................. 111 
AULA 2 — Condições adversas: como reduzir os riscos ..................................... 118 
2.1 Tipos de condições adversas ..................................................................... 119 
AULA 3 — Comportamento seguro na condução de veículos de emergência .... 135 
3.1. Definindo acidente de trânsito ................................................................... 135 
3.2 Acidente evitável ou não evitável ............................................................... 136 
3.3 A importância de ver e ser visto ................................................................. 137 
3.4 A importância do comportamento seguro na condução de veículos 
especializados .................................................................................................. 140 
3.5 Comportamento seguro e comportamento de risco — diferença que pode 
poupar vidas. .................................................................................................... 142 
3.6 Como ultrapassar e ser ultrapassado......................................................... 144 
3.7 Principais causas de acidentes de trânsito ................................................ 149 
3.8 Como evitar acidentes com outros veículos — Tipos de acidentes e como 
evitá-los ............................................................................................................ 149 
3.9 O acidente de difícil identificação da causa (Colisão Misteriosa): .............. 153 
 
 
 
5 
3.10 Como evitar acidentes com pedestres e outros integrantes do trânsito 
(motociclistas, ciclistas, carroceiros, esqueitistas) ........................................... 156 
Finalizando .......................................................................................................... 167 
MÓDULO III — NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO MEIO 
AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL .......................................................................... 169 
Apresentação do módulo ..................................................................................... 169 
Objetivos do módulo ............................................................................................ 170 
Estrutura do módulo ............................................................................................ 171 
AULA 1 - Primeiras providências ......................................................................... 172 
1.1 Gerenciamento de risco: primeiras ações .................................................. 172 
AULA 2 — Cinemática do Trauma ....................................................................... 184 
2.1 Colisão frontal ............................................................................................ 185 
2.2 Colisão traseira .......................................................................................... 186 
2.3 Colisão transversal ..................................................................................... 187 
2.4 Capotamento ..............................................................................................188 
AULA 3 — ؙVerificação das condições gerais da vítima de acidente ou do enfermo
 ............................................................................................................................. 189 
3.1 EPI Básico para socorro às vítimas............................................................ 189 
3.2 ABC da vida para Suporte Básico de Vida (SBV) — Exame Primário ....... 194 
3.3 Controle da cervical.................................................................................... 202 
AULA 4 — Controle de hemorragias ................................................................... 203 
4.1 Hemorragias externas ................................................................................ 204 
4.2 Choque ....................................................................................................... 208 
4.3 Cuidados com a vítima ou enfermo (o que não fazer)................................ 210 
AULA 05 — Respeito ao Meio Ambiente ............................................................. 211 
5.1 O veículo como agente poluidor do meio ambiente ................................... 212 
5.2 Regulamentação do CONAMA sobre poluição ambiental causada por veículos
 ......................................................................................................................... 214 
 
 
 
6 
5.3 Manutenção preventiva do veículo para preservação do meio ambiente:.. 219 
5.4 Infrações e crimes que têm relação com a poluição .................................. 220 
AULA 06 — Noções de convívio social ............................................................... 222 
6.1 O indivíduo, o grupo e a sociedade ............................................................ 223 
6.2 Relacionamento interpessoal ..................................................................... 225 
6.3 O indivíduo como cidadão .......................................................................... 227 
6.4 A responsabilidade civil e criminal do condutor e o CTB ............................ 228 
Finalizando .......................................................................................................... 229 
MÓDULO IV — RELACIONAMENTO INTERPESSOAL ......................................... 231 
Apresentação do módulo ..................................................................................... 231 
Objetivos do módulo ............................................................................................ 232 
Estrutura do módulo ............................................................................................ 232 
AULA 1 — Aspectos de comportamento e de segurança na condução de veículos 
de emergência ..................................................................................................... 233 
1.1 O impacto da qualidade das relações interpessoais no ambiente de trabalho 
do profissional de segurança pública ............................................................... 233 
1.2 Comportamento preventivo versus comportamento de risco ..................... 237 
1.3 Urgência ..................................................................................................... 239 
1.4 Equilíbrio emocional ................................................................................... 241 
1.5 - Síndrome de burnout ............................................................................... 243 
1.6 Agressividade e insegurança no trânsito .................................................... 247 
1.7 Fatores relacionados à agressividade ........................................................ 248 
AULA 2 — Comportamento solidário no trânsito ................................................. 252 
2.1 Convivência ................................................................................................ 253 
2.2 Por que conviver? ...................................................................................... 258 
AULA 3 — O condutor e os demais atores do processo de circulação ............... 260 
3.1 Tolerância .................................................................................................. 263 
3.2 Intolerância ................................................................................................. 264 
 
 
 
7 
AULA 4 — As Normas de segurança no trânsito e os agentes de fiscalização de 
trânsito ................................................................................................................. 266 
4.1 Respeito aos outros ................................................................................... 266 
4.2 Respeito às normas estabelecidas para segurança no trânsito ................. 269 
4.3 Papel dos Agentes de Fiscalização de Trânsito ......................................... 271 
AULA 5 — Atendimento aos usuários ................................................................. 273 
5.1 Características dos usuários de veículos de emergência .......................... 273 
5.2 Expectativas dos usuários .......................................................................... 275 
5.3 Atendimento às diferenças e especificidades dos usuários (pessoas com 
necessidades especiais, pessoas de determinadas faixas etárias/de outras 
condições) ........................................................................................................ 276 
5.4 Trauma ....................................................................................................... 278 
5.5 Cuidados especiais e atenção que devem ser dispensados aos passageiros 
e aos outros atores do trânsito, na condução de veículos de emergência ....... 279 
Finalizando .......................................................................................................... 280 
Referências Bibliográficas ....................................................................................... 282 
 
 
 
 
 
8 
Apresentação do Curso 
 
Caro(a) aluno(a), 
 
Olá! 
Seja bem-vindo(a) ao curso de Condutores de Veículos de Emergência (CVE)! 
Nós, da Rede EaD-Segen, estamos muito felizes em poder disponibilizar esta 
capacitação para os profissionais que integram o Sistema Único de Segurança Pública 
(Susp). 
De antemão, pedimos licença para adotar um tom mais informal ao longo do 
curso; isso porque pretendemos tornar a sua experiência de aprendizagem mais leve 
e dinâmica, dessa forma você poderá ter um contato mais próximo com as lições e 
com as experiências compartilhadas pelos conteudistas. Trata-se de um material 
especialmente pensado para você, agente do Susp que conduz viaturas em geral, 
unidades de resgate e de atendimento, que presta serviços de urgência e emergência 
e que se preocupa com seu bem-estar e com o de terceiros. Além disso, o curso é 
uma exigência legal prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mas você já se 
perguntou o porquê dessa atualização? 
Saiba que não se trata de mera formalidade. É uma estratégia, na verdade, 
que busca reduzir a violência e as fatalidades registradas no trânsito. Assim sendo, a 
lei considera essencial preparar o condutor para o adequado exercício da atividade 
profissional. 
O treinamento e a constante capacitação dos agentes por meio de cursos 
especializados são importantes medidas de segurança para si e para terceiros. 
O trânsito de viaturas, ambulâncias ou unidades de resgate, por exemplo, 
possuem prerrogativas que outros veículos não detêm. As excepcionalidades, 
portanto, demandaram tratamento especial pelo legislador. 
 
 
 
9 
Haja vista a natureza emergencial dos serviços, o atendimento ao cidadão 
deverá se dar num curto espaço de tempo, e a demora em responder alguns pedidos 
de ajuda pode resultar na continuação da vida ou na morte de alguém. 
O CTB, ciente dessa necessidade, conferiu algumas prerrogativas para o 
trânsito e para a circulação desses veículos. 
No atendimento de emergências, o legislador definiu que algumas normas nãosão aplicáveis aos seus condutores. Trata-se, portanto, de uma previsão que deve 
obedecer a condicionalidades específicas e que devem ser analisadas pelo condutor, 
quase sempre em situações de estresse, sob forte emoção. 
Determinar a velocidade, a escolha da faixa, a mudança na direção ou a 
parada repentina de um veículo de emergência deve ocorrer, na maioria das vezes, 
em frações de segundos. Trata-se de decisão técnica que requer perícia e treinamento 
do condutor, sempre em busca da segurança pessoal e de terceiros. 
Você deve ter percebido, a essa altura, que a condução desses veículos 
envolve grandes responsabilidades e a atividade, portanto, exige a aprovação em 
curso especializado. Nesse sentido, a característica principal da especialização é a 
qualificação prévia para seu exercício. Esse é um assunto que não costuma pautar as 
discussões em quartéis ou delegacias, por exemplo. Isso se deve, em grande parte, 
por conta da própria natureza da função desempenhada, na qual dirigir assume um 
status de tamanha normalidade que se incorpora à rotina do operador de segurança. 
Dirigir se torna mecânico e deixa de contar com a atenção necessária do motorista. 
A situação é diferente, porém, quando um colega, ou até mesmo você, 
envolve-se em um acidente. A partir daí, o tema toma conta das unidades de trabalho 
e, muitas vezes, da própria vida do agente. Então, o que se vê em seguida é uma 
sucessão de fatos que prejudicam o relacionamento pessoal e profissional e a saúde 
dos envolvidos. 
Procedimentos administrativos são abertos e, algumas vezes, ações civis e 
criminais acontecem paralelamente. Ocorrem licenças médicas, desgaste físico e 
mental, afastamentos para o comparecimento em oitivas e em tratamentos médicos. 
 
 
 
10 
Nesse momento, aparecem as perguntas: o que poderia ter sido feito? Como evitar 
novos casos? 
Atualmente, o Brasil sofre com um tipo de violência diferente daquela 
abordada nas páginas policiais dos jornais, uma violência distinta daquela 
comumente combatida pela segurança pública. Trata-se da violência no trânsito. 
Acidentes no trânsito são a terceira maior causa de mortes no mundo (ficando 
atrás apenas das doenças cardíacas e do câncer), e o número de óbitos decorrentes 
da violência pública no Brasil praticamente se iguala àquele registrado devido a 
acidentes de trânsito, conforme levantamento feito pelo Observatório Nacional de 
Segurança Viária. 
Dessa forma, como sugestão, solicitamos que se dedique efetivamente à 
leitura e siga com seus estudos em um ambiente tranquilo e de fácil concentração. 
Afaste-se das distrações das redes sociais e, o mais importante: aproveite as aulas 
de cabeça aberta, sem resistências desnecessárias, pois, ao disponibilizarmos o 
ensino para o público adulto, verificamos que um elemento é fundamental no processo 
de aprendizagem: o interesse. 
Da nossa parte, buscamos a descontração e a apresentação de um conteúdo 
personalizado, para atender o dia a dia do agente da segurança pública com base na 
educação a distância, que permite uma melhor organização pelo aluno do tempo e do 
local para sua realização. Tudo isso para que você possa despertar a curiosidade, 
conservar o interesse e se identificar com o material apresentado. 
Registramos que essa capacitação é destinada aos agentes do Susp que 
nunca tenham realizado o curso de Condutores de Veículos de Emergência (CVE). 
Seja pela própria Rede EaD (no antigo ambiente) ou por outro meio (presencial ou a 
distância). 
A validade do curso é de cinco anos, após esse período, o profissional deverá 
passar por um processo de atualização frequentando o curso: Atualização de 
Condutores de Veículos de Emergência (ACVE). 
Alguns esclarecimentos sobre o curso: 
 
 
 
11 
Ele possui 60 horas, é exclusivo para agentes que integram o Susp e 
encontra-se dividido em 4 (quatro) módulos. 
Observe que para o efetivo aproveitamento da capacitação é necessário que 
o discente esteja com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) válida em qualquer 
categoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
Objetivos do Curso 
 
 Proporcionar ao condutor que atua no Sistema Único de Segurança Pública 
condições para atuar de forma consciente, ética e legal na direção de veículos 
de emergência; 
 Destacar a importância de agir de forma adequada e correta no caso de 
eventualidades, preparando-o para adoção de iniciativas responsáveis no 
trânsito; 
 Capacitar agentes para o relacionamento harmonioso com os demais 
componentes do sistema viário, tais como pedestres e outros condutores; e 
 Oferecer segurança no trânsito, além de conhecer, observar e aplicar 
disposições contidas no CTB, na legislação de trânsito e legislação específica 
sobre o transporte especializado de veículos de emergências. 
 
Estrutura do Curso 
Este curso compreende os seguintes módulos: 
 
Módulo 1 - Legislação de Trânsito (15 horas-aula). 
Módulo 2 - Direção Defensiva (15 horas-aula). 
Módulo 3 - Noções de Primeiros Socorros, Respeito ao Meio Ambiente e Convívio 
Social (15 horas-aula). 
Módulo 4 - Relacionamento Interpessoal (15 horas-aula). 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
Mensagem do Reformulador 
 
 Ouça o ÁUDIO 1 
 
Caro Colega, 
Desculpe-me pela intimidade, mas é que ser da segurança pública e ter a 
oportunidade de desenvolver um conteúdo voltado para esse segmento torna a 
atividade especial. Na realidade, somos colegas de trabalho, pessoas que lidam com 
as mesmas situações e isso fica evidente durante a leitura do material. 
Não quer dizer que alguém de fora do ramo da segurança pública não 
pudesse ter atuado como conteudista de um curso como este; está cheio de bons 
profissionais nas universidades, nas empresas e no setor público. Mas o olhar interno, 
de quem vivencia o dia a dia da profissão, agrega um tipo de conhecimento da 
realidade que aqueles profissionais citados anteriormente não têm. Nosso trabalho 
possui particularidades, excelências e, também, as suas dificuldades. 
Mas, seja você um agente da segurança pública experiente, com muitos anos 
de bons serviços prestados à sociedade, seja você um novato na atividade, é possível 
imaginar que tenha tido o pensamento: este curso não passa de uma besteira! 
Como um curso online vai me ensinar a conduzir uma viatura policial ou uma 
ambulância? Isso deve ser coisa de algum teórico que não tem o que fazer! 
(Sejamos sinceros, a maioria, nesta altura do curso está pensando isso – EU estava 
pensando assim quando fiz o curso pela primeira vez!) 
Então, vamos a alguns esclarecimentos e combinados: o primeiro deles é: 
este curso NÃO VAI ensinar você a dirigir! Muito menos ensinar a dirigir um veículo 
de emergência! E nem é a finalidade dele fazer isso, até porque este é um curso 
teórico. Na verdade, um dos pressupostos deste curso é que você JÁ SABE DIRIGIR! 
A ideia aqui é fornecer dicas para que você possa ser um motorista mais prudente; 
informações para que você conheça um mínimo de legislação para desempenhar bem 
 
 
 
14 
sua função (e não se meter em problemas); e, finalmente, algumas técnicas que 
podem salvar a SUA vida, a vida de seus colegas de profissão e, inclusive, a vida de 
seus familiares. Nosso objetivo é ajudar você a cumprir a sua missão, finalizando seu 
plantão ou turno de serviço são e salvo e sem broncas a responder! Parece bom para 
você? 
O segundo esclarecimento é que, sim, este curso é uma exigência legal para 
a nossa profissão, prevista no art. 145, inciso IV, da Lei n. 9.503/1997, mais conhecida 
como Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Se vocês forem olhar esse inciso, verão 
que ele fala de dois cursos: do “curso especializado” e do “curso de prática veicular 
em situação de risco”. No caso, este que você está cursando é o “curso especializado”, 
que é teórico. O detalhe é que este é oferecido, lá fora (na modalidade presencial ou 
a distância),por um valor de algumas centenas de reais. Aqui, a Secretaria de Gestão 
e Ensino em Segurança Pública (Segen) está oferecendo a você gratuitamente, 
pensando na sua capacitação! 
Já o curso de prática veicular em situação de risco, apesar de ainda carecer 
de uma regulamentação nacional, está sendo oferecido por algumas instituições, 
como a Polícia Rodoviária Federal ou as Polícias Militares, com nomes como 
“Condução Veicular Policial” ou “Condução Policial”. 
O conhecimento dos dois cursos (prático e teórico) se completa. Se você tiver 
oportunidade, faça o outro curso: você não vai se arrepender! 
E agora, o combinado: pare de torcer o nariz e abra a sua mente! Todos 
podemos aprender e crescer profissionalmente, se quisermos. Se você enxergar o 
curso como uma obrigação ou como uma formalidade, seu desempenho será 
prejudicado. Mas, se você vier com o espírito disposto a aprender, vai ver que aqui 
tem muita coisa boa e que são aplicáveis ao SEU trabalho, ao nosso trabalho! 
 
Por fim, desejamos a você um excelente curso! Certamente, você vai 
adquirir conhecimentos úteis para a sua profissão e para a sua vida! Vocês 
merecem o melhor, pois são os guerreiros e guerreiras que zelam e protegem 
o nosso Brasil! 
 
 
 
15 
Módulo I - LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO 
 
Apresentação do módulo 
Neste primeiro módulo, você estudará regras importantes relacionadas à 
condução de veículos de emergência previstas na legislação de trânsito (como as 
categorias de habilitação e a relação delas com os veículos, as regras de circulação, 
os documentos de porte obrigatório referentes ao condutor e ao veículo, os aspectos 
importantes sobre a sinalização viária etc.) e, ainda, infrações, penalidades e crimes 
relacionados à direção de veículo de emergência. Daremos uma especial atenção às 
modificações recentes sobre o tema, para que você possa permanecer atualizado! 
 
Objetivos do módulo 
Ao final deste módulo, o aluno deverá ser capaz de: 
• Conhecer quais são as categorias de habilitação e qual a relação delas com 
os veículos conduzidos; 
• Saber identificar quais os veículos est apto para conduzir; 
• Identificar qual a documentação exigida para o veículo de emergência e seu 
condutor; 
• Conscientizar-se da importância de prestar atenção à sinalização viária; 
• Conhecer as principais infrações de trânsito ligadas aos veículos de 
emergência; 
• Revisar as principais regras gerais de estacionamento, parada e circulação; 
• Conscientizar-se das responsabilidades do condutor de veículo de 
emergência. 
 
 
 
 
16 
Estrutura do módulo 
Este módulo compreende as seguintes aulas: 
Aula 1 — Categoria de habilitação e relação com veículos conduzidos; 
Aula 2 — Documentação exigida para condutor e veículo; Sinalização Viária; 
Aula 3 — Infrações, crimes de trânsito e penalidades; 
Aula 4 — Regras gerais de estacionamento, parada e circulação; e 
Aula 5 — Legislação Específica e responsabilidades do condutor de veículo de 
emergência. 
 
 
 
 
17 
Aula 1 - Categoria de habilitação e relação com veículos 
conduzidos 
 
 Introdução 
 
Caro colega profissional de segurança pública, hoje estamos iniciando o 
nosso curso de Condutores de Veículos de Emergência (CVE). Temos certeza de que 
o conteúdo estudado será útil para a sua capacitação e para seu crescimento pessoal 
e profissional. 
A primeira coisa que temos que nos perguntar é: eu posso conduzir um veículo 
de emergência? Eu posso conduzir a viatura da corporação? Existem requisitos para 
isso? Ou qualquer policial, independentemente de ter feito cursos ou treinamentos, 
pode conduzir? Se o seu órgão tiver como competências o atendimento de acidentes 
e o socorro de vítimas, você está habilitado para conduzir uma ambulância, caso seja 
preciso? 
Não se preocupe. Todas estas perguntas serão respondidas no decorrer 
deste módulo! 
Vamos começar. Em primeiro lugar, pegue a sua carteira de habilitação e 
verifique: 
● A validade da sua habilitação; e 
● A categoria à qual você está habilitado. 
 
 
 
 
18 
 
Figura 1: Cédula da Carteira de Motorista 
Fonte: DENATRAN. 
 
 
 
Validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) 
A validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) está atrelada à validade 
do Exame de aptidão física e mental. Sabia que muita gente se esquece de observar 
a validade deste exame que dá validade à habilitação? Então, a primeira coisa que 
devemos ter em mente é saber se a nossa CNH está dentro da validade, até porque 
é infração de trânsito, de natureza gravíssima, conduzir com a CNH vencida há mais 
de trinta dias. 
O artigo 162, parágrafo V, do Código de Trânsito Brasileiro Lei nº 9.503/97 traz 
a seguinte redação: 
Art. 162. Dirigir veículo 
[...] V- com validade da Carteira Nacional de Habilitação vencida 
há mais de trinta dias: 
Infração- gravíssima; 
Penalidade – multa; 
Medida administrativa – recolhimento da Carteira Nacional de 
Habilitação e retenção do veículo até apresentação de condutor 
habilitado. 
 
 
 
19 
 
Você sabia? 
A Lei n. 14.071/2020, de 13 de outubro de 2020, entrou em vigor, no dia 
12 de abril de 2021. As CNHs expedidas após essa data passarão a 
contar com a validade do exame de aptidão física e mental de dez anos, 
para condutores com menos de 50 anos; e com a validade de cinco anos 
para os condutores com idade igual ou superior a 50 anos e inferior a 70 
anos de idade. 
Para os condutores com idade igual ou superior a 70 (setenta) anos o 
prazo de validade passa a ser de 03 (três) anos, conforme o §2, inciso III 
do Artigo 147 do CTB. 
 
Restrições da CNH 
Outro fator importante é a possível existência de restrição, expressa no campo 
de observações da CNH. Caso tenha encontrado uma letra isolada neste campo da 
Carteira de Habilitação é sinal de que você possui alguma restrição para a condução 
de veículo automotor na via pública. 
Para saber a relação completa dos códigos e das restrições previstas, 
devemos consultar a tabela 1, a seguir, retirada da Resolução do CONTRAN n. 
425/2012, com redação dada pela Resolução do CONTRAN n. 474/2014: 
Acesse o Material Complementar e confira o Anexo XV da Resolução do 
CONTRAN n. 425/2012. 
Vamos a alguns exemplos: 
a) Um Policial Federal observa a própria CNH e percebe que no campo de 
observações há uma letra “A” maiúscula. Isso indica que ele só pode conduzir 
veículos automotores utilizando lentes corretivas (óculos ou lentes de contato). 
 
 
 
20 
b) Um Policial Penal observa a própria CNH e percebe que no campo de 
observações há uma letra “D” maiúscula. Isso indica que ele só pode conduzir 
veículos com transmissão (marcha) automática. 
 
 A violação das condições estabelecidas no campo de observações da 
CNH, conforme tabela acima, configura infração de trânsito de natureza gravíssima, 
prevista no art. 162, inciso VI, do CTB (com exceção das restrições “T” e “U”, punidas 
com a infração do art. 195). 
O artigo 162, parágrafo VI, do Código de Trânsito Brasileiro Lei nº 9.503/97 
traz a seguinte redação: 
Art. 162. Dirigir veículo 
[...] VI- sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar de 
audição, de prótese física ou adaptações do veículo impostas 
por ocasião da concessão ou da renovação da licença para 
conduzir: 
Infração- gravíssima; 
Penalidade – multa; 
Medida administrativa – recolhimento do veículo até o 
saneamento da irregularidade ou apresentação de condutor 
habilitado. 
 
O artigo 195, do Código de Trânsito Brasileiro Lei nº 9.503/97 traz a seguinte 
redação: 
Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da autoridade 
competente de trânsito ou de seus agentes: 
Infração- gravíssima; 
Penalidade – multa; 
 
 
 
 
21 
Mas qual veículo você pode conduzir? Você estudará sobre essa questão 
a seguir. 
 
1.1 Compreendendo as categorias 
As categorias indicam o tipo de veículo que o motorista está habilitado a dirigir. 
As regras a respeito das categorias dehabilitação estão definidas no artigo 143 do 
Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que estabelece uma gradação entre as 
categorias: “Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de A a E, obedecida a 
seguinte gradação: [...]” (BRASIL, 1997, n.p). 
Contudo, não é bem assim, uma vez que o texto do CTB é complementado 
pelo anexo I da Resolução do CONTRAN n. 789, de 18 de junho de 2020. Vejamos, 
agora, cada uma das categorias de CNH e quais os tipos de veículos que podem ser 
conduzidos com cada uma delas: 
1.1.1 Categoria A 
Inicialmente, vejamos o que está disposto no inciso I do art. 143 do CTB: “Art. 
143. I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou 
sem carro lateral” (BRASIL, 1997, n.p.). 
Ou seja, a categoria A permite que o condutor conduza motocicletas e 
motonetas, com motor à combustão ou elétrico, independentemente da potência do 
motor, além dos triciclos motorizados, dos ciclomotores e dos ciclo-elétricos. 
 
Saiba mais: 
 
Conforme o Anexo I do CTB, a motocicleta é o “veículo automotor de 
duas rodas, com ou sem sidecar, dirigido por condutor em posição 
montada”; já a motoneta é o “veículo automotor de duas rodas, dirigido 
por condutor em posição sentada.” Veja a seguir, figuras que 
exemplificam os trê tipos de veículos: 
 
 
 
22 
 
 
Figura 2: Motocicleta 
Fonte: canva.com; SCD/EaD/Segen. 
 
 
 
Figura 3: Motocicleta com sidecar 
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Horex_sidecar_in_Rovigo_02.JPG 
 
 
 
 
 
 
23 
 
Figura 3.1: Motoneta 
Fonte: canva.com; SCD/EaD/Segen. 
 
 
Importante! 
 
Complementando o CTB, o Anexo I da Resolução 789, de 18 de junho de 
2020, diz que a categoria A pode conduzir: “Veículos automotores e elétricos, de duas 
ou três rodas, com ou sem carro lateral ou semirreboque especialmente projetado 
para uso exclusivo deste veículo” (BRASIL, 2020, n.p.), deixando claro que a categoria 
A também permite a condução de motocicletas e motonetas elétricas e o 
tracionamento de semirreboques especialmente projetados e para uso exclusivo 
desses veículos. 
 Os ciclomotores, que são veículos que possuem motor de combustão interna 
com no máximo 50 cilindradas e atingem no máximo 50 km/h, e os ciclo-elétricos 
também podem ser conduzidos por condutor que possua a Autorização para Conduzir 
Ciclomotores (ACC), que é uma espécie de habilitação “simplificada”. Lembrando que 
os ciclomotores também estão incluídos no rol de veículos que podem ser conduzidos 
com a categoria “A”. 
 
 
 
24 
Quando o veículo possuir quatro ou mais rodas, não será mais possível 
conduzi-lo apenas com a categoria A, será necessária uma categoria “superior”. 
Contudo, se você possuir a categoria B, C, D ou E, não está autorizado a conduzir 
veículos da categoria A. 
Assim, você verificará que até há uma gradação entre as categorias, mas 
apenas a partir da categoria B. Deste modo, a categoria C é superior à B; a D é 
superior à C e B; e a E é superior às demais. Isso quer dizer que se você possui 
habilitação em uma categoria superior pode conduzir veículos da(s) categoria(s) 
inferior(res), com exceção da categoria A. Esta categoria, por sua vez, engloba a 
ACC. 
Por isso, o condutor habilitado a conduzir qualquer tipo de veículo terá, 
em sua carteira de habilitação, no campo destinado à categoria, a anotação AE, 
pois se o veículo tiver duas ou três rodas ele precisará da categoria A. 
Mas, você pode se perguntar: existem veículos de emergência abrangidos 
pela categoria A? A resposta é sim! As motocicletas utilizadas pelas polícias para as 
atividades de escolta/batedor, policiamento ostensivo e patrulhamento ostensivo são, 
sim, veículos de emergência. 
 
Figura 4: Motocicletas Harley Davidson utilizadas pela Polícia Rodoviária Federal 
Fonte: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Polícia_Rodoviária_Federal#/media/Ficheiro:Motociclista_PRF01.jpg. 
 
 
 
 
25 
 
Figura 5: Motocicletas utilizadas pela Polícia Militar do Piauí 
Fonte: https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/policia-amplia-projeto-voltado-para-policiamento-com-
motos.ghtml. 
 
1.1.2 Categoria B 
 
Conforme o inciso II do Art. 143 do CTB, a categoria B autoriza você a 
conduzir veículo “motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total 
não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito 
lugares, excluído o do motorista” (BRASIL, 1997, n.p.); ou seja, com capacidade para 
até nove ocupantes. 
Boa parte dos concursos públicos para ingresso nas instituições de segurança 
pública já preveem, como requisito, que o candidato seja habilitado na categoria B. 
Talvez tenha sido esse o seu caso. 
Assim, é necessário verificar dois requisitos para se certificar de que você, 
habilitado na categoria B, pode conduzir determinado veículo. São eles: 
• Número de ocupantes (capacidade total); 
• Peso Bruto Total (PBT). 
Veja sobre cada um deles! 
 
 
 
 
26 
Número de ocupantes (capacidade total) 
Para saber a capacidade total de ocupantes de um veículo, devemos verificar 
o seu Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV). O CRLV, seja no 
documento impresso, seja no documento eletrônico, traz, no campo “lotação”, a 
indicação precisa a respeito do número de ocupantes do veículo. Caso o condutor não 
esteja portando o CRLV, será necessário consultar bancos de dados informatizados 
para verificar esta informação. É baseada na informação do documento que a 
fiscalização verifica a correspondência entre a habilitação do condutor e o veículo 
conduzido. 
 
 
Figura 6: CRLV (padrão novo) com destaque ao número de ocupantes do veículo 
Fonte: https://www.detran.mg.gov.br/veiculos/documentos-de-veiculos/crlv-digital. 
 
Peso bruto total (PBT) 
Antes de mais nada, cabe uma explicação do que é o Peso Bruto Total (PBT) 
e como chegamos a esse número. 
Primeiramente, temos que saber o conceito de Tara, que é o “peso próprio do 
veículo, acrescido dos pesos da carroçaria e equipamento, do combustível, das 
ferramentas e acessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio e do fluido 
de arrefecimento, expresso em quilogramas.” (Conforme Anexo I do CTB). 
Também precisamos saber o conceito de Lotação, que é a “carga útil máxima, 
incluindo condutor e passageiros, que o veículo transporta, expressa em quilogramas 
 
 
 
27 
para os veículos de carga, ou número de pessoas, para os veículos de passageiros.” 
(Conforme Anexo I do CTB). 
Já o Peso Bruto Total (PBT), nada mais é do que o peso do veículo (tara) 
+ capacidade de carga do veículo. 
Mas o PBT nem sempre está expresso no CRLV, apesar de haver um campo 
destinado ao registro da capacidade. Além disso, esse registro, na maioria das vezes, 
não é preciso, haja vista ser preenchido de modo diverso pelos órgãos de trânsito. 
Para saber qual o PBT você tem duas opções: 
a) Verificar o manual do proprietário do veículo. 
b) Procurar uma plaqueta, com a indicação de Tara e PBT, afixada no veículo. 
Esta segunda opção é válida especialmente para os veículos de carga. 
 
Figura 7: Plaqueta 
Fonte: do conteudista. 
 
Deixando claros os critérios, vamos agora falar dos tipos de veículos que 
podem ser conduzidos com a CNH de categoria B. 
Automóvel 
O tipo de veículo mais comum que pode ser conduzido pelo condutor com a 
categoria B é o Automóvel. Conforme o CTB, quando o veículo é destinado ao 
transporte de passageiros e a sua lotação não exceda oito lugares, excluído o 
 
 
 
28 
condutor (9 ocupantes), ele é chamado de automóvel. Boa parte das viaturas que 
utilizamos em nossas atividades policiais se enquadram como automóveis. 
 
Figura 8: Toyota/Corolla utilizado como viatura da Polícia Federal 
Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/pol%C3%ADcia/mais-de-500-novas-
viaturas-blindadas-ser%C3%A3o-entregues-%C3%A0-pol%C3%ADcia-federal-1.519272 
 
 
Figura 9: Viatura da Polícia Ferroviária Federal 
Fonte: SILVA (2012).O quadriciclo é um tipo de ciclo motorizado que possui quatro rodas. Devido 
a esta particularidade, a sua categoria de habilitação é a B. Existem dois tipos de 
quadriciclos: os de cabine aberta e os de cabine fechada. 
Veja o que diz a Resolução do Contran nº 573/2015 - Art. 2º, inciso I. 
Art. 2º Para os efeitos desta Resolução, entende-se como 
quadriciclos de cabine aberta: 
I - o veículo automotor com estrutura mecânica similar às 
motocicletas, possuindo eixo dianteiro e traseiro, dotado de 
quatro rodas, com massa em ordem de marcha não superior a 
400kg, ou 550kg no caso do veículo destinado ao transporte de 
 
 
 
29 
cargas, excluída a massa das baterias no caso de veículos 
elétricos, cuja potência máxima do motor não seja superior a 
15kW. 
 
 
Figura 10: Quadriciclos de cabine aberta 
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/quadriciclo-4-rodas-ve%C3%ADculo-sujeira-1604190/. 
 
Por sua vez, o quadriciclo de cabine fechada, também conhecido como UTV 
(Utility Task Vehicle): 
Veja o que diz a Resolução do Contran nº 573/2015 - Art. 2º, inciso II: 
II - o veículo automotor elétrico com cabine fechada, possuindo 
eixo dianteiro e traseiro, dotado de quatro rodas, com massa em 
ordem de marcha não superior a 400kg, ou 550kg no caso do 
veículo destinado ao transporte de cargas, excluída a massa das 
baterias, cuja potência máxima do motor não seja superior a 
15kW. 
 
 
 
 
30 
 
Figura 11: Quadriciclo de Cabine Fechada (UTV) 
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/utilit%C3%A1rio-ve%C3%ADculo-do-terreno-utv-
2539173. 
 
Por fim, uma última informação sobre os quadriciclos. 
Veja o que diz a Resolução do Contran nº 573/2015, Art. 4º, inciso IV: 
Art. 4º Devem ser observados os seguintes requisitos de 
circulação nas vias públicas para os veículos previstos no Art. 3º 
desta Resolução: 
IV - Circulação restrita às vias urbanas, sendo proibida sua 
circulação em rodovias federais, estaduais e do Distrito Federal. 
 
 
Caminhonete 
Conforme o anexo I do CTB, o veículo de carga com PBT de até 3.500 kg é 
definido como caminhonete. É importante, aqui, saber fazer a distinção entre 
caminhonete, camioneta e utilitário. 
Conforme já vimos, a caminhonete é um veículo de carga. 
Veja o que diz o Anexo I do Código de Trânsito Brasileiro, a definição de 
Veículo de Carga: 
 
 
 
31 
VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte de 
carga, podendo transportar dois passageiros, exclusive o 
condutor. 
 
Todas as caminhonetes podem ser conduzidas com CNH na categoria B. No 
entanto, em razão da limitação da capacidade de passageiros, não é comum a 
utilização de caminhonetes como viaturas policiais. 
 
 
Figura 12: Caminhonete 
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Fiat_Strada_1.4_Trekking_2012_(12825350303).jpg. 
 
Camioneta 
Conforme o Código de Trânsito Brasileiro, a camioneta é um “veículo misto 
destinado ao transporte de passageiros e carga no mesmo compartimento” (BRASIL, 
1997, n.p). Logo, o que caracteriza as camionetas é a inexistência de separação física 
entre o habitáculo de passageiros e o compartimento de carga. 
A maioria das camionetas possui PBT inferior a 3500 kg; logo, podem ser 
conduzidas por condutor habilitado na categoria B. No entanto, existem algumas 
exceções. Na dúvida, consulte o PBT do veículo antes de conduzir. 
 
 
 
32 
 
Figura 13: Camioneta utilizada pela Polícia Civil de SP 
Fonte: https://agora.folha.uol.com.br/sao-paulo/2019/08/novo-departamento-de-elite-da-
policia-civil-de-sp-comeca-a-funcionar.shtml. 
 
 
Figura 14: Camioneta utilizada pela Polícia Rodoviária Federal 
Fonte: 
https://estadodeminas.vrum.com.br/app/noticia/noticias/2013/07/31/interna_noticias,48081/chevrolet-
trailblazer-passa-a-integrar-a-frota-da-policia-rodoviaria-federal.shtml. 
 
 
 
Utilitário 
Conforme o Código de Trânsito Brasileiro, o utilitário é um “veículo misto 
caracterizado pela versatilidade do seu uso, inclusive fora de estrada” (BRASIL, 1997, 
n.p). Trocando em miúdos, podemos afirmar que, nos utilitários, diferentemente das 
 
 
 
33 
camionetas, há uma separação física entre o compartimento de carga e o habitáculo 
dos passageiros. 
A maioria dos utilitários possui PBT inferior a 3500 kg, logo, podem ser 
conduzidas por condutor habilitado na categoria B. No entanto, assim como no caso 
das camionetas, existem algumas exceções. Na dúvida, consulte o PBT do veículo 
antes de conduzir. 
 
Figura 15: Ford/Ranger utilizada pelo Corpo de Bombeiros Militar do estado de Santa 
Catarina 
Fonte: https://notiserrasc.com.br/tv-ns-corpo-de-bombeiros-adquire-nova-viatura/ 
 
 
 
Figura 16: Viatura da Polícia Penal do estado do Ceará 
Fonte: https://jcconcursos.uol.com.br/noticia/concursos/concurso-policia-penal-ce-80381 
 
Nota: Alguns órgãos de trânsito, por desconhecimento da 
legislação, costumam embaralhar os conceitos de caminhonete, 
camioneta e utilitário. Logo, pode ser que, na sua prática, você 
 
 
 
34 
encontre veículos registrados de modo diverso ao que está previsto 
na legislação. 
 
Conforme exposto anteriormente, não significa que o condutor habilitado na 
categoria B poderá conduzir apenas automóvel, quadriciclo ou caminhonete. Não é 
isso. Mas, é correto afirmar que se o veículo for um automóvel, um quadriciclo ou uma 
caminhonete, certamente a habilitação exigida será, no mínimo, a categoria B, em 
virtude da definição destes veículos. 
No caso das camionetas, dos utilitários e dos veículos especiais 
(ambulâncias), por exemplo, para saber se você pode conduzi-los com CNH de 
categoria B, é necessário verificar o PBT e a lotação do veículo. 
Observação: existem algumas exceções às regras apresentadas 
anteriormente. A Lei n. 12.452/2011 alterou o CTB e autorizou os condutores da 
categoria B a conduzirem veículos do tipo motor-casa de até 6.000 kg, cuja lotação 
não exceda a oito lugares, excluído o condutor. E, por sua vez, a alteração da Lei n. 
13.097/2015 autorizou a condução, com categoria B, de tratores de roda e de 
equipamentos automotores destinados a executar trabalhos agrícolas. 
 
1.1.3 Categoria C 
 
Conforme previsão legal do art. 143, inciso III, do CTB, a categoria C permite 
conduzir “veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo peso bruto 
total exceda a três mil e quinhentos quilogramas”. 
É importante dizer que não existe limite de peso para o condutor da categoria 
C. Assim, um caminhão do tipo simples, ou seja, que não está rebocando nenhum 
outro veículo, pode ter qualquer PBT e ainda assim poderá ser conduzido com a 
categoria C. 
 
 
 
35 
 
Importante! 
O anexo I da Resolução do CONTRAN n. 789/2020 deixa bem claro que o 
condutor habilitado na Categoria C pode conduzir todos os veículos da categoria B. 
Embora os veículos da categoria C normalmente não sejam utilizados para 
atividades ordinárias de policiamento e patrulhamento ostensivo, eles costumam ser 
utilizados para atividades específicas como combate a incêndios, recolhimento de 
animais ou reboque de veículos. 
 
IMPORTANTE! 
Como o anexo I da Resolução do CONTRAN n. 789/2020 
deixa bem claro que o condutor habilitado na Categoria C pode 
conduzir todos os veículos da categoria B. 
Embora os veículos da categoria C normalmente não 
sejam utilizados para atividades ordinárias de policiamento e 
patrulhamento ostensivo, eles costumam ser utilizados para 
atividades específicas como combate a incêndios, recolhimento 
de animais ou reboque de veículos. 
 
 
 
 
 
36 
 
Figura 17: Caminhão do Corpo de Bombeiros do Paraná 
Fonte: http://www.bombeiros.pr.gov.br/Noticia/Caminhao-de-Bombeiros-de-alta-tecnologia-reforcara-
atendimentos-em-Curitiba-e-regiao. 
 
 
 
Figura 18: Caminhão-prancha utilizado pela Polícia Militar do Distrito Federal 
Fonte: http://www.pmdf.df.gov.br/index.php/institucionais/26284-pmdf-recebe-novos-caminhoes-
guincho. 
 
 
O CTB, ao se referir à categoria C, menciona apenasveículos de carga com 
PBT superior a 3500 kg, mas, na prática, é necessário entender que qualquer veículo 
— seja de carga ou não — com PBT superior a 3.500 kg necessita de condutor da 
categoria C — exceto motor-casa — salvo quando há a exigência de categoria 
superior. 
 
 
 
37 
As camionetas, utilitários e veículos especiais cujo PBT supera 3500 kg 
devem ser conduzidas por condutor habilitado, no mínimo, na categoria C. 
 
Exemplificando: 
 
Figura 19: Ambulância veículo com PTB de 4.000 kg 
Fonte: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Servi%C3%A7o_de_Atendimento_M%C3%B3vel_de_Urg%C3%AAncia#/
media/Ficheiro:SAMU_(5641372633).jpg. 
 
Na foto, vemos um veículo com PBT de 4.000 kg adaptado para ser utilizado 
como ambulância. Não é um veículo da espécie carga, mas sim definido como 
especial. Mesmo não sendo de carga, para conduzi-lo será necessária a categoria C, 
pois ultrapassa o limite de PBT da categoria B. 
Por fim, o trator de roda (exceto os tratores agrícolas, para os quais se exige 
categoria B), o trator de esteira, o trator misto ou o equipamento automotor destinado 
à movimentação de cargas ou à execução de trabalho agrícola, de terraplenagem, de 
construção ou de pavimentação só podem ser conduzidos na via pública por condutor 
habilitado, no mínimo, na categoria C (conforme Art. 144, caput, do Código de Trânsito 
Brasileiro). 
 
 
 
38 
1.1.4 Categoria D 
Conforme previsão legal do Art. 143, inciso IV, do CTB, a categoria D permite 
conduzir “veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros, cuja lotação 
exceda a oito lugares, excluído o do motorista”. 
Ou seja, se você for habilitado na categoria D, você pode conduzir micro-
ônibus (veículos de passageiros entre 10 e 20 lugares), vans (pelo CTB, as vans são 
consideradas um tipo de micro-ônibus) e ônibus (veículos de passageiros com mais 
de 20 lugares). 
Os órgãos de segurança pública costumam utilizar esses tipos de veículos 
para o transporte de seu efetivo. No entanto, como eles, em geral, carecem de luzes 
intermitentes e dispositivos de alarme sonoro, não são considerados veículos de 
emergência. 
 
 
Figura 20: Ônibus da Força Nacional 
Fonte: http://g1.globo.com/ceara/noticia/2016/05/reuniao-vai-definir-operacao-da-forca-nacional-de-
seguranca-no-ceara.html. 
 
 
 
 
 
39 
 
Figura 21: Micro-ônibus da Polícia Militar de Rondônia 
Fonte: https://folhanobre.com.br/2017/06/14/policia-militar-recebe-06-micro-onibus/49564/. 
 
 
Resumindo: 
Quando o veículo tiver lotação superior a oito lugares, excluído o condutor, é 
necessário que o condutor possua habilitação na categoria D. Perceba que as 
categorias C e D são facilmente compreendidas a partir da categoria B. 
 
 
 
Para pensar: 
A categoria B permite a condução de veículos com PBT não superior a 3500 
kg e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o condutor. Certo? 
Quando ultrapassado o limite de peso, o condutor deverá possuir qual 
categoria? Resposta — “C”. 
Já, se o limite de ocupantes (lotação) da categoria B for ultrapassado, será 
então necessária qual categoria? Resposta — “D”. 
IMPORTANTE! 
O anexo I da Resolução do CONTRAN n. 789/2020 deixa 
bem claro que o condutor habilitado na Categoria D pode 
conduzir todos os veículos das categorias B e C. 
 
 
 
40 
1.1.5 Categoria E 
 
A categoria E é exigida apenas quando trata-se de uma combinação de 
veículos e, ainda assim, a partir de determinadas situações. Veja o texto da lei: 
Art. 143 [...] V - categoria E - condutor de combinação de 
veículos em que a unidade tratora se enquadre nas categorias 
B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque, 
trailer ou articulada tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou 
mais de peso bruto total, ou cuja lotação exceda a oito lugares 
(BRASIL, 1997, n.p.). 
De maneira mais simples, pode-se dizer que configura uma combinação de 
veículos quando houver um conjunto de dois ou mais veículos. 
 
Exemplificando: 
Um automóvel rebocando um trailer é uma combinação de veículos. 
Um caminhão-trator (“cavalinho”) atrelado a um semirreboque também é uma 
combinação de veículos. 
 
Figura 22: Combinação de veículos: caminhão-trator com semirreboque 
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Carreta_VW_no_Brasil.JPG. 
 
 
 
41 
 
Quando for necessário conduzir uma combinação de veículos, você deverá 
certificar-se se a lei exige ou não categoria E. Para isso, basta verificar a unidade 
tracionada. 
 
Por exemplo, veja este semirreboque: 
 
Figura 23: Semirreboque para transporte de cargas 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Semirreboque#/media/Ficheiro:Presenningstrailer.JPG. 
 
 
Caso o PBT, somente da unidade tracionada, for igual ou superior a 6.000 kg, 
será exigida a categoria E. No exemplo acima, o PBT deste semirreboque é de 25.500 
kg, logo, para conduzir um veículo capaz de tracionar este semirreboque o condutor 
deverá possuir categoria E. 
Caso a unidade tracionada seja destinada ao transporte de passageiros, você 
deve verificar a capacidade (lotação). Se a unidade tracionada possuir lotação maior 
que oito lugares, também será exigida a categoria E. 
 
 
 
42 
Ou seja, a lei exige categoria E apenas quando se tratar de uma combinação 
de veículos e, ainda assim, quando a unidade tracionada possuir determinada 
configuração. Quando houver uma combinação de veículos e não for exigível a 
categoria E, haverá a necessidade de se verificar qual a categoria adequada ao peso 
e à lotação do conjunto. 
 
 
IMPORTANTE! 
O anexo I da Resolução do CONTRAN n. 789/2020, deixa 
bem claro que o condutor habilitado na Categoria E pode 
conduzir todos os veículos das categorias B, C e D. 
 
 
 Ouça o ÁUDIO 2 
 
 
1.1.6 Combinações de Veículos — aprofundando o assunto 
 
Até este momento, você estudou as informações básicas a respeito das 
categorias e dos veículos. Nesta parte inicial, a fiscalização se mostra uniforme na 
cobrança das regras expostas. Contudo, devido a certa falta de profundidade da lei, 
há casos em que a maioria das pessoas tem dificuldade em definir a categoria 
adequada ao veículo. No entanto, o condutor de veículo de emergência deve dominar 
o assunto, a fim de verificar se é habilitado a conduzir determinado veículo. 
Esses casos normalmente ocorrem quando há uma combinação de veículos 
e a categoria E não é exigível. 
 
 
 
43 
 
Exemplificando: 
Veja a figura a seguir: 
 
Figura 24: Reboque para jet ski 
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/jetski-salva-vidas-resgate-praia-446958/. 
 
 
Considere, para fins didáticos, que este semirreboque possua um PBT de 
1200 kg. Agora imagine que você está conduzindo uma viatura, uma camioneta com 
lotação de cinco lugares e PBT de 1800 kg; e que você está rebocando aquele 
semirreboque com PBT de 1200 kg. Somando o peso bruto total da combinação, 
temos 1800 + 1200 = 3000 kg. Logo, para este caso, a categoria E não é exigível. 
Observe que esta é uma combinação de veículos, mas que a categoria E, que 
seria exigível apenas quando a unidade tracionada (reboque) tivesse a partir de 6.000 
kg de PBT, não é necessária, pois a unidade tracionada (semireboque que carrega o 
jet ski) possui apenas 1200 kg de PBT. 
No exemplo acima, qual a categoria mínima necessária para conduzir a 
combinação de veículos? 
Resposta: Categoria B. 
 
 
 
44 
Contudo, se o reboque for um pouco maior, a situação é diferente. 
 
Figura 25: Combinação de veículos: utilitário mais reboque 
Fonte: https://pxhere.com/pt/photo/1351990. 
 
No exemplo acima, para fins didáticos, considere que o utilitário tenha um PBT 
de 1950 kg e que o reboque de carga tenha um PBT de 2400 kg. 
Perceba que a soma dos PBTs (1950 kg + 2400 kg = 4350 kg) ultrapassa o 
limite da categoria B (3.500 kg). Nesse caso, o condutor terá que ser habilitado, no 
mínimo, na categoria C. 
O mesmo ocorre se o veículo rebocado for destinado ao transporte depessoas. Você deve somar a lotação do veículo trator e do veículo tracionado para 
verificar a categoria adequada. 
No entanto, o CONTRAN, a fim de alinhar o entendimento, previu a 
necessidade de se considerar a unidade acoplada na verificação da categoria 
necessária à condução, ou seja, é necessário somar a capacidade da unidade 
tracionada. 
Essa previsão está no anexo I da Resolução do CONTRAN n. 789/2020, 
denominado “Tabela de Abrangência dos Documentos de Habilitação”. Ao se referir à 
categoria B, a redação é a seguinte: 
 
 
 
45 
 
- Veículos automotores e elétricos, não abrangidos pela 
categoria A, cujo Peso Bruto Total (PBT) não exceda a 3.500 kg 
e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista; 
- Combinações de veículos automotores e elétricos em que a 
unidade tratora se enquadre na categoria B, com unidade 
acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou articulada, desde 
que a soma das duas unidades não exceda o peso bruto total de 
3.500 kg e cuja lotação total não exceda a oito lugares, excluído 
o do motorista; […] (BRASIL, 2020b, n.p.). 
 
 
Aula 2 - Documentação exigida para condutor e veículo; 
Sinalização Viária 
 
Introdução 
 
Caro aluno, profissional de segurança pública, em nossa primeira aula você 
estudou quais são as categorias de habilitação, previstas em lei, e quais veículos 
podem ser conduzidos com cada uma delas. Isso é de suma importância na hora de 
avaliar se você está habilitado a conduzir o veículo disponibilizado pela sua 
corporação. 
Dando continuidade aos nossos estudos, agora, nós veremos quais são os 
documentos exigidos, para o condutor e o veículo, durante a condução. Também 
estudaremos os elementos mais importantes da Sinalização Viária e como o 
conhecimento dela é imprescindível para a condução com segurança, seja da viatura, 
seja de seu carro particular. 
Testando o conhecimento: 
 
 
 
46 
Antes de iniciar o estudo deste capítulo, pare e reflita: 
 
Figura 26: Pare e reflita 
Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen. 
 
2.1 Documentos exigidos para o veículo 
 
Conforme a legislação de trânsito brasileira, o Certificado de Registro e 
Licenciamento de Veículo (CRLV), também chamado de Certificado de Licenciamento 
Anual (CLA) é de porte obrigatório. 
Outros documentos também podem ser de porte obrigatório para o veículo, 
como por exemplo, a Autorização Especial de Trânsito (AET), necessária para os 
veículos cujas dimensões e peso excedam o previsto na Resolução do Contran n° 
210/2006. 
Certo, mas aí você pode se perguntar: o que vem a ser este documento, o 
CRLV? Em que condições ele vem a ser emitido? Como ele se parece? Ele deve, 
obrigatoriamente, ser emitido em papel-moeda? Ele pode ser apresentado em formato 
digital? 
Antes do licenciamento, cabe lembrar que todos os veículos devem ser 
registrados, conforme nos ensina o Código de Trânsito Brasileiro: 
Art. 120. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque 
ou semirreboque, deve ser registrado perante o órgão executivo 
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no Município de 
 
 
 
47 
domicílio ou residência de seu proprietário, na forma da lei 
(BRASIL, 1997, n.p.). 
 
Para comprovar o registro, o órgão executivo de trânsito do Estado ou do 
Distrito Federal emite um documento chamado Certificado de Registro de Veículo 
(CRV – chamado popularmente de “DUT”). O CRV NÃO É (e nunca foi) documento 
de porte obrigatório! Ele nada mais é do que um documento que comprova que o 
veículo é registrado e quem é o seu proprietário. Na verdade, há diversos especialistas 
que orientam, taxativamente, a não portar o CRV, devido ao risco de fraude caso ele 
venha a cair em mãos erradas. No entanto, não é proibido portar este documento e 
não é incomum que ele seja apresentado pelos condutores em fiscalizações de rotina. 
Até recentemente, o CRV era emitido apenas em meio físico (papel-moeda). 
Mas, atualmente, o CRV passou a poder ser emitido em meio digital e, mesmo o 
documento físico, não precisa mais ser emitido em papel-moeda. Preste atenção no 
Art. 121 do CTB, com a redação dada pela Lei n. 14.071/2020, que entrou em vigor 
no dia 12 de abril de 2021: 
 
Art. 121. Registrado o veículo, expedir-se-á o Certificado de 
Registro de Veículo (CRV), em meio físico e/ou digital, à escolha 
do proprietário, de acordo com os modelos e com as 
especificações estabelecidos pelo CONTRAN, com as 
características e as condições de invulnerabilidade à falsificação 
e à adulteração (BRASIL, 2020a, n.p). 
 
É importante ressaltar que os CRVs emitidos até a entrada em vigor da 
alteração legislativa não perdem a sua validade; e que só há a necessidade da 
expedição de um novo documento nos seguintes casos: se for transferida a 
propriedade, se o proprietário mudar o município de domicílio ou de residência, se for 
alterada qualquer característica do veículo ou se houver mudança de categoria 
(conforme previsto no Art. 123 do CTB). 
 
 
 
48 
 
Dica: 
Uma maneira fácil de o profissional de segurança pública se 
familiarizar com o modelo e com as especificações do CRV é por meio 
da observação do CRV do seu veículo. Se o documento for no modelo 
antigo (papel-moeda), vale a pena observar o documento com uma 
lupa (para verificar os itens de segurança) e, se possível, colocá-lo em 
uma luz ultravioleta. Desse modo, ao ser exposto a um documento 
falso, o profissional pode saber como identificá-lo ou, ao menos, 
levantar a suspeita de que há algo errado. 
 
No entanto, diferentemente do registro, o licenciamento do veículo deve ser 
realizado anualmente pelos órgãos executivos de trânsito do Estado ou do Distrito 
Federal onde estiver registrado o veículo. 
Veja o que diz o Artigo 130 do Código de Trânsito Brasileiro: 
Art. 130. “Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque 
ou semirreboque, para transitar na via, deverá ser licenciado 
anualmente pelo órgão executivo de trânsito do Estado, ou do 
Distrito Federal, onde estiver registrado o veículo.” 
 
Conforme o CTB, o veículo somente será considerado licenciado estando 
quitados os débitos relativos a tributos, a encargos e a multas de trânsito e ambientais, 
vinculados ao veículo, independentemente da responsabilidade pelas infrações 
cometidas (conforme o Art. 131, § 2º do CTB). Somente após a verificação da quitação 
é que será expedido o CRLV, também chamado de CLA (Certificado de Licenciamento 
Anual): 
Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual será expedido 
ao veículo licenciado, vinculado ao Certificado de Registro de 
Veículo, em meio físico e/ou digital, à escolha do proprietário, de 
acordo com o modelo e com as especificações estabelecidos 
 
 
 
49 
pelo CONTRAN. (Redação dada pela Lei n.º 14.071/2020) 
(BRASIL, 2020a, n.p). 
 
Conforme o art. 133, caput, do CTB, o CRLV é um documento de porte 
obrigatório, ou seja, durante a condução do veículo, o condutor deve estar em posse 
dele. No entanto, a dispensa do porte pode ocorrer em algumas situações. Vejamos: 
Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de Licenciamento 
Anual. 
Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no momento 
da fiscalização, for possível ter acesso ao devido sistema 
informatizado para verificar se o veículo está licenciado (Incluído 
pela Lei n. 13.281, de 2016) (BRASIL, 2016, n.p.). 
 
Em relação ao modelo do CRLV, cumpre informar que, recentemente, 
ocorreram alterações importantes, e que você, condutor de veículos de emergência, 
deve conhecer. 
Até recentemente, os CRLVs deviam ser emitidos em papel-moeda, conforme 
o modelo e as especificações estabelecidas pelo CONTRAN. O modelo a seguir é 
aquele previsto na Resolução do CONTRAN n. 16/1998, com as alterações dadas 
pela Resolução do CONTRAN n. 775/2019: 
 
 
Figura 27: CRLV — Modelo Anterior 
Fonte: do reformulador. 
 
 
 
50 
 
Os últimos CRLVs impressos em papel-moeda foram emitidos em 31 dejulho 
de 2020. No entanto, dependendo da situação e do calendário de licenciamento 
aplicável (nacional ou estadual), eles podem ser válidos até dezembro de 2021. 
De agosto de 2020 em diante, entrou em vigor um novo modelo de CRLV. 
Atualmente, o modelo do CRLV é dado pela Resolução do CONTRAN n. 809, de 15 
de dezembro de 2020. A característica mais marcante desse novo modelo é que ele 
pode ser impresso em papel comum; e que até mesmo o particular pode imprimi-lo: 
 
Figura 28: Modelo de CRLV Atual, impresso em papel comum 
Fonte: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-contran-n-809-de-15-de-dezembro-de-2020-
296178226. 
 
Vale salientar que não é exigido o porte do comprovante do pagamento do 
seguro obrigatório e IPVA, informações essas, via de regra, inseridas no próprio 
documento do veículo. 
Por fim, ainda existe a possibilidade da emissão e do porte do documento do 
veículo em meio digital. 
 
 
 
 
 
51 
Saiba mais: 
Caro profissional de segurança pública, para tirar todas as suas dúvidas 
acerca da emissão do CRLV-e (digital), acesse o site: 
https://campanhas.serpro.gov.br/cdt/ 
 
É importante que você tenha consciência de que essas mudanças (CRLV 
impresso em papel comum e CRLV-e) fazem parte do esforço de desburocratização 
do Governo Federal, para facilitar a vida dos cidadãos e provê-los com soluções 
digitais mais baratas e confiáveis. 
Por fim, vale salientar que o fato de o veículo ser classificado como de 
emergência não faz com que seja necessário o porte de qualquer outro documento do 
veículo. Contudo, é necessário verificar se o veículo possui os dispositivos luminosos 
intermitentes e os dispositivos de alarme sonoro (sirene), e é indispensável que ele 
seja um daqueles identificados no artigo 29, inciso VII do CTB, pois somente eles 
podem utilizar tais dispositivos. 
 
Exemplificando... 
Um veículo conhecido como van, com capacidade para doze 
pessoas, é utilizado para o transporte de pacientes entre as cidades do 
interior e a capital do estado. A prefeitura proprietária do veículo o equipa 
com dispositivo luminoso vermelho sobre o teto e alarme sonoro (sirene). 
Contudo, no CRLV, o veículo está identificado como micro-ônibus e não há 
qualquer referência à ambulância. No caso citado, o veículo não poderia 
estar equipado com o que Paulus e Walter (2013) chamam de dispositivos 
de prerrogativas. Apenas os veículos de emergência podem ser equipados 
com tais dispositivos. 
 
 
2.2 Documentação do condutor 
 
 
 
 
52 
No que diz respeito à documentação do condutor, você deverá sempre estar 
portando a sua Carteira Nacional de Habilitação, podendo ser aquela emitida em meio 
físico ou em meio digital, conforme está previsto no CTB: 
Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em meio 
físico e/ou digital, à escolha do condutor, em modelo único e de 
acordo com as especificações do CONTRAN, atendidos os pré-
requisitos estabelecidos neste Código, conterá fotografia, 
identificação e número de inscrição no Cadastro de Pessoas 
Físicas (CPF) do condutor, terá fé pública e equivalerá a 
documento de identidade em todo o território nacional (Redação 
dada pela Lei n. 14.071/2020) (BRASIL, 2020a, n.p.). 
 
Da mesma forma que ocorre com o CRLV, o porte da CNH será dispensado 
quando, no momento da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informatizado 
para verificar se o condutor está habilitado (conforme previsto no § 1º-A, do art. 159 
do CTB, inserido no CTB pela Lei n. 14.071/2020). 
 
Saiba mais: 
Para saber como você pode solicitar a sua Carteira Nacional de 
Habilitação em formato digital, acesse: 
https://campanhas.serpro.gov.br/cdt/ 
 
 
Figura 29: Modelo de CNH Digital (CNH-e) 
Fonte: https://campanhas.serpro.gov.br/cdt/. 
 
 
 
53 
 
 
No caso específico da condução de veículo de emergência, também é 
obrigatório o porte do certificado correspondente a esse curso. 
A comprovação da conclusão do curso ocorre pelo porte do certificado de 
conclusão, até que a informação seja inserida em campo específico da carteira de 
habilitação. 
 
Figura 30: Exemplo de Certificado de Conclusão do Curso de CVE 
Fonte: SCD/EaD/Segen. 
 
 
IMPORTANTE! 
O Curso de Condutor de Veículo de Emergência possui 
validade de cinco anos, quando, então, é necessário fazer a 
atualização, cuja carga horária é de dezesseis horas-aula 
(16h/a). 
 
 
 
 
 
 
54 
IMPORTANTE! 
Quando você for renovar sua carteira de habilitação, 
lembre-se de apresentar o comprovante da conclusão do curso 
de condutor de veículo de emergência, para que seja realizada 
sua inclusão na CNH. 
 
Caro condutor de veículo de emergência, antes de iniciar o deslocamento, 
certifique-se de estar portando os documentos obrigatórios do condutor e do veículo, 
seja em sua forma física ou digital, pois não portar tais documentos incorre na infração 
prevista no artigo 232 do CTB, que, além de prever multa referente à infração de 
natureza leve, ainda determina a retenção do veículo até a apresentação do 
documento (BRASIL, 1997). 
Lembre-se também que, além da sua CNH (física ou digital) é necessário 
portar o certificado do curso de Condução de Veículos de Emergência, caso o mesmo 
ainda não tenha sido inserido no campo de observações de sua CNH. 
2.3 Sinalização Viária 
Não é exigido de você, condutor de veículo de emergência, nenhum 
conhecimento específico no que tange à sinalização viária, além daqueles exigidos 
para o condutor comum. Mas, na condução do veículo de emergência em situação de 
urgência, é primordial que você conheça as determinações, advertências e indicações 
da sinalização viária para prever a conduta esperada dos demais condutores da via, 
já que, nessa situação excepcional, o veículo de emergência possui livre circulação. 
É claro que você também deve estar preparado para as situações em que os 
condutores não obedeçam às regras estabelecidas pela sinalização. Por este motivo, 
o condutor do veículo de emergência deve desenvolver características específicas 
para tornar o deslocamento de emergência menos perigoso. 
De modo geral, então, não se esqueça de que a Sinalização Vertical de 
Regulamentação tem por finalidade informar aos usuários as condições, proibições, 
 
 
 
55 
obrigações ou restrições no uso das vias. Sua forma padrão é a circular, e suas cores 
são vermelha, preta e branca. 
Exemplificando: 
 
Figura 31: Placas de Regulamentação 
Fonte: Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro - Resolução do Contran nº 160/2004; SCD/ 
EaD/Segen. 
Saiba mais: 
Quanto ao formato, as exceções entre as placas de regulamentação são 
as de “Parada Obrigatória” (formato octogonal) e a de “Dê a Preferência” 
(triângulo, com um dos vértices apontando para baixo). A razão disso é 
permitir que elas sejam identificadas mesmo por quem vem em sentido 
contrário da via (de costas). 
Por sua vez, a Sinalização Vertical de Advertência tem por finalidade 
alertar os condutores sobre condições com potencial risco existentes na 
via ou nas suas proximidades, tais como escolas e passagens de 
pedestres. Sua forma padrão é quadrada (com um dos vértices para 
baixo) e suas cores são amarela e preta. 
 
Exemplificando: 
 
 
 
56 
 
Figura 32: Placas de advertência 
Fonte: Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro - Resolução do Contran nº 160/2004; SCD; 
EaD/Segen. 
 
Embora o desrespeito à sinalização de advertência não se constitua em 
infração de trânsito, o condutor de veículo de emergência deve prestar bastante 
atenção a elas, pois indicam situações potencialmente perigosas à frente, como 
curvas fechadas ou cruzamentos. 
Por fim, a Sinalização Vertical de Indicação pode indicar direções, 
localizações, pontos de interesse turístico ou de serviços e transmitir mensagens 
educativas, entre outras, de maneira a ajudar o condutor em seu deslocamento. 
Exemplificando: 
 
Figura 33: Placas de indicação 
Fonte: Anexo II do Códigode Trânsito Brasileiro - Resolução do Contran nº 160/2004; 
SCD/EaD/Segen. 
 
 
Tão importante quanto a sinalização vertical (placas) é a sinalização 
horizontal, composta pelas marcas viárias pintadas ou aplicadas sobre o pavimento. 
Esta sinalização tem a finalidade de transmitir e orientar os usuários sobre as 
condições de utilização adequada da via, compreendendo as proibições, restrições e 
informações que lhes permitam adotar comportamento adequado, de forma a 
aumentar a segurança e ordenar os fluxos de tráfego. 
 
 
 
57 
Para saber mais 
Conforme o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito - Volume 4 - 
Sinalização Horizontal (conforme Resolução do CONTRAN nº 236, de 11 de maio de 
2007), a sinalização horizontal deve adotar as seguintes combinações de traçados 
(formas) e cores: 
 
Padrão de traçado (formas): 
● Contínua: corresponde às linhas sem interrupção, aplicadas em trecho 
específico de pista; 
● Tracejada ou Seccionada: corresponde às linhas interrompidas, aplicadas 
em cadência, utilizando espaçamentos com extensão igual ou maior que o traço; 
● Setas, Símbolos e Legendas: correspondem às informações 
representadas em forma de desenho ou inscritas, aplicadas no pavimento, indicando 
uma situação ou complementando a sinalização vertical existente. 
 
 
Padrão de traçado (formas) 
 
Contínua: 
 
corresponde às linhas sem interrupção, aplicadas em trecho específico de pista; 
 
Tracejada ou Seccionada 
 
corresponde às linhas interrompidas, aplicadas em cadência, utilizando 
espaçamentos com extensão igual ou maior que o traço; 
 
 
 
58 
 
Setas, Símbolos e Legendas: 
correspondem às informações representadas em forma de desenho ou inscritas, 
aplicadas no pavimento, indicando uma situação ou complementando a sinalização 
vertical existente. 
 
Padrão de cores: 
● AMARELA, utilizada para: 
– Separar movimentos veiculares de fluxos opostos; 
– Regulamentar ultrapassagem e deslocamento lateral; 
– Delimitar espaços proibidos para estacionamento e/ou parada; 
 – Demarcar obstáculos transversais à pista (lombada). 
● BRANCA, utilizada para: 
– Separar movimentos veiculares de mesmo sentido; 
– Delimitar áreas de circulação; 
– Delimitar trechos de pistas, destinados ao estacionamento regulamentado 
de veículos em condições especiais; 
– Regulamentar faixas de travessias de pedestres; 
– Regulamentar linha de transposição e ultrapassagem; 
– Demarcar linha de retenção e linha de “Dê a preferência”; 
– Inscrever setas, símbolos e legendas. 
● VERMELHA, utilizada para: 
– Demarcar ciclovias ou ciclofaixas; 
 
 
 
59 
– Inscrever símbolo (cruz). 
● AZUL, utilizada como base para: 
– Inscrever símbolo em áreas especiais de estacionamento ou de parada para 
embarque e desembarque de idosos e pessoas com deficiência física. 
● PRETA, utilizada para: 
– Proporcionar contraste entre a marca viária/inscrição e o pavimento, 
(utilizada principalmente em pavimento de concreto) não constituindo propriamente 
uma cor de sinalização. 
 
IMPORTANTE! 
Em relação à Sinalização Horizontal (marcas no 
pavimento), o condutor de veículo de emergência deve prestar 
atenção especial à marcação contínua amarela, indicando 
proibição de ultrapassagem, especialmente em locais sem 
visibilidade, como aclives e curvas, pois, embora durante o 
deslocamento de urgência o condutor não cometa infrações de 
trânsito, a ultrapassagem em tais locais pode gerar risco de 
acidentes graves, tais como colisões frontais. 
Da mesma forma, o condutor de veículos de emergência 
deve prestar atenção especial à sinalização horizontal na cor 
vermelha, pois a mesma é utilizada na marcação viária de 
ciclovias e ciclofaixas. Considerando que o modal cicloviário vem 
recebendo importante incremento nos últimos anos, é 
importante que você se conscientize da importância de zelar 
pela segurança dos ciclistas, especialmente quanto à 
 
 
 
60 
manutenção de uma distância segura ao passar por eles (no 
mínimo, 1,5 metro). 
 
Esteja sempre atento à sinalização viária, pois ela é indispensável à boa 
condução do veículo, sobretudo em situação de emergência. 
 
 
AULA 3 — Infrações, crimes de trânsito e 
penalidades 
 
Introdução 
Caro profissional de segurança pública, na aula anterior você viu quais são os 
documentos exigidos para o condutor e para o veículo de emergência, assim como 
estudou sobre a importância de prestar atenção à sinalização viária para poder se 
antecipar a possíveis riscos para o seu deslocamento. 
Nesta aula, veremos algumas infrações que envolvem os veículos de 
emergência, além de revisarmos quais são as penalidades e os crimes de trânsito. 
 
 
 
Recordando: 
 
 
 
61 
 
Figura 34: Recordando 
Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen. 
 
 
 
3.1 Infrações 
 
Do mesmo modo que nas aulas anteriores, você estudará regras específicas 
para os condutores de veículos de emergência, além de outras situações que 
envolvem a condução de veículos de emergência. 
Antes de mais nada, cabe informar que, nas “condições normais de 
temperatura e pressão”, ou seja, em deslocamentos “normais”, fora de situações de 
urgência e emergência, você, enquanto condutor especializado, estará sujeito a todas 
as regras comuns, embora existam algumas regras específicas que envolvem os 
veículos de emergência. 
A única infração do CTB voltada especialmente para os condutores de 
veículos de emergência é a prevista no artigo 222: 
Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de atendimento 
de emergência, o sistema de iluminação vermelha intermitente 
 
 
 
62 
dos veículos de polícia, de socorro de incêndio e salvamento, de 
fiscalização de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados: 
Infração - média; Penalidade - multa. (BRASIL, 1997, n.p.). 
 
Vamos pensar um pouco sobre a razão da existência dessa norma. Ela visa, 
antes de mais nada, resguardar a segurança da própria equipe que está realizando o 
atendimento de emergência. Uma vez que o veículo está em uma via pública, sem as 
luzes intermitentes ligadas, os outros condutores podem não perceber que a viatura 
está imobilizada e podem colidir contra ela ou mesmo vir a atropelar algum membro 
da equipe ou a vítima que está sendo socorrida. Essa preocupação é especialmente 
importante no período noturno! 
 
IMPORTANTE! 
Dependendo da situação, especialmente quando do 
atendimento de ocorrências em rodovias ou vias de trânsito 
rápido, é importante que a equipe providencie sinalização 
adicional, por meio de cones, triângulo de segurança e/ou meios 
de fortuna. Aqui, não há uma infração de trânsito associada, mas 
lembre-se que a sua segurança vem em primeiro lugar! 
 
E se o acidente ou a emergência envolver a imobilização da viatura sobre o 
leito viário, você saberia como proceder nestes casos? 
A resposta, caro colega, é que você deve providenciar ao menos a sinalização 
mínima prevista na norma, que é a seguinte: 
- Acionar, imediatamente, as luzes de advertência (pisca-alerta); e 
- Providenciar a colocação do triângulo de sinalização ou equipamento 
similar (pode, inclusive, usar os cones de sinalização) à distância mínima 
 
 
 
63 
de 30 metros da parte traseira do veículo (de acordo com a resolução 
do Contran nº 36, de 21 de maio de 1998). 
 
IMPORTANTE! 
Fique atento, também, ao fato de nunca utilizar o pisca-
alerta do veículo ligado durante os deslocamentos de 
urgência/emergência. A sinalização do veículo que indica a 
situação de emergência é o alarme sonoro (sirene) e o 
dispositivo luminoso intermitente sobre o teto. 
 
 
 
Veja o que está previsto no art. 40, inciso V, alínea “a” do CTB no tocante aos veículos 
“normais”: 
 
Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes 
determinações: 
V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações: 
 a) em imobilizações ou situações de emergência; 
 
 
É indispensável que

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