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Osteoartrite: causas, sintomas e diagnóstico

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Mariana Alves – 6º período 
 Reumatologia 
Osteoartrite 
 
Doença osteoarticular mais comum. Gera 
impacto na qualidade de vida. Ela tem 
envolvimento global da articulação (osso 
subcondral, ligamentos, cápsula articular, 
membrana sinovial e músculos 
periarticulares) 
 
É um resultado de desequilíbrio entre a 
formação e destruição da cartilagem 
 
Epidemiologia 
80% das pessoas com mais de 55 anos 
tem evidências da osteoartrite, porém 
apenas 10 a 20% são sintomáticos. 
Doença que tem uma dissociação clínico-
radiográfica. Nem sempre o que vejo no 
raio-x está gerando sintoma. 
 
Afeta principalmente o quadril, joelho, 
mãos, pé e coluna. 
 
Cartilagem 
Composta por fibras de colágeno, 
condrócitos, proteoglicano, ácido 
hialurônico. Essas substâncias mantém a 
cartilagem hidratada, confere certa rigidez, 
estabilidade, mantendo sua estrutura. 
 
Se a osteoartrite aparece é porque em 
algum momento houve uma disfunção no 
condrócito (célula principal). O aumento da 
destruição da cartilagem é maior que a 
reparação. 
Disfunção do condrócito = aumento da 
destruição e diminuição da reparação da 
cartilagem articular. 
 
Resumindo: 
 
A cartilagem compreende um tecido sem 
vascularização composto de fibras 
colágenas, proteoglicanos e 
glicosaminoglicanos ligados ao ácido 
hialurônico e a uma única linhagem celular, 
chamada condrócito. Estes grandes 
complexos moleculares retêm água e dão 
as características de elasticidade e 
compressibilidade da cartilagem. 
Com a artrose e com a disfunção dos 
condrócitos a gente diminui a retenção de 
água (normalmente ela é hidratada, tem 
certa quantidade de líquido que ajuda 
nessa biomecânica, nessa elasticidade), o 
que provoca fissuras na matriz, alterando a 
distribuição de forças nas zonas receptoras 
de peso, transmitindo esta sobrecarga para 
o osso subcondral (que está logo abaixo da 
cartilagem). Com a exposição do osso 
subcondral a gente faz com que exista 
uma reação inflamatória no local. 
As fissuras produzidas no tecido 
cartilaginoso atingem o osso subcondral e 
novos fenômenos ocorrem neste ambiente, 
provocando aposição de tecido osteoide, o 
que determina a esclerose subcondral 
característica da osteoartrose e formação 
de osteófitos. A comunicação do ambiente 
intra-articular com o osso subcondral 
provoca a sinovite leve como resultado de 
 
Mariana Alves – 6º período 
 Reumatologia 
liberação local de mediadores pró-
inflamatórios. 
Logo, a osteoartrite resulta da falência dos 
condrócitos em produzir componentes da 
matriz cartilaginosa com resistência e 
elasticidade adequadas para a absorção 
dos impactos que a articulação e 
submetida no dia a dia. 
 
A cartilagem está defeituosa. 
 
Patogenia 
Condições predisponentes ou facilitadoras: 
podem ser sistêmicas ou biomecânicas 
- Idade 
- Obesidade – se enquadra tanto na causa 
sistêmica quanto na biomecânica. 
Sistêmica porque ele é mais inflamado e 
biomecânica pois o alto peso prejudica as 
articulações. 
- Overuse – atletas olímpicos por exemplo 
 
Osteoartrite primária 
Possui locais de preferência: joelho, quadril, 
mão (interfalangianas distais), pé, coluna 
lombar, coluna cervical 
 
Osteoartrite secundária 
Pode ser por trauma, esforço repetitivo, 
cristal (depósito de pirofosfato de cálcio - 
pseudogota), doença neuromuscular. 
 
DISH – hiperostose esquelética idiopática 
difusa 
Paciente chega com dor precordial e ao 
fazer raio-x de tórax são encontrados uns 
pontes grosseiras de osteófitos (bicos de 
papagaio) de um lado da coluna. No outro 
lado não tem alteração. 
 
Além da coluna torácica pode acometer 
quadril, bacia, pé. Pode ser somente um 
achado radiológico ou paciente chegar ao 
consultório referindo dor. 
Pode estar associada com doenças como: 
obesidade, HAS, DM, afecção coronariana 
*Quando prefere o lado direito e pega mais 
de 4 vértebras com osteófitos grosseiros 
pensar em DISH (doença de Forestier) 
 
Diagnóstico 
- Clínica 
- Exame físico 
- Imagem 
 
Quadro clínico e exame físico: 
 
Dor relacionada com início do movimento, 
mais evidente durante o dia. Rigidez 
matinal mínima (menor que 20min) e após 
inatividade. Diminuição da amplitude dos 
movimentos. 
No exame físico vai tentar fazer o arco do 
movimento, ver se o paciente consegue 
 
Mariana Alves – 6º período 
 Reumatologia 
fazer a mobilização, vai tentar sentir 
crepitação, fazer sinal da tecla pra ver se 
há derrame articular. 
 
Instabilidade articular, proliferação óssea, 
crepitação, episódios de artrite, 
incapacidade funcional. 
 
 Se isso se perpetua sem que haja 
tratamento para melhora evolui com os 
côndilos laterais sem espaço articular, 
movimento fica prejudicado, e sente dor. 
 
 
 
Se obeso, orientar paciente a perder peso, 
voltar a fazer atividade física. 
Idoso se não tratar pode ter que usar 
órtese, bengala, algum dispositivo que 
auxilie nesse caminhar e isso é de 
aceitação ruim, fragiliza o emocional. 
 
Quando paciente tem dor limita a 
movimentação, com isso tem atrofia da 
musculatura próxima. 
Mau alinhamento articular – geno 
valgo/geno varo. 
Com a inflamação pode ter sinovite 
discreta e bastante líquido na articulação 
(derrame articular – com sinal da tecla 
positivo) 
 
Achados típicos 
Nódulos de Heberden - interfalangeana 
distal 
Nódulos de Bouchars – interfalangeana 
proximal 
 
 
Os nódulos são prolongamentos na linha 
articular, como se fossem osteófitos, um 
anel em formação óssea que está fazendo 
esses nódulos.(Osteoartrite nodal de mãos) 
 
Rizartrose – quando a artrose está na 
primeiro carpometacarpiana. 
 
 
Mariana Alves – 6º período 
 Reumatologia 
Linha articular sumiu, houve esclerose 
subcondral (tudo mais branco) e início de 
formação de ossos novos ao lado. 
 
Laboratório 
Sem exames específicos, não há 
anormalidades laboratoriais associadas. 
 
 
0 – sem artrose 
I – artrose duvidosa 
II – mínima osteoartrose 
III – artrose moderada 
IV – artrose severa 
 
Raio-x 
Conseguimos observar redução do espaço 
articular, osteófitos e esclerose óssea 
subcondral. 
 
 
USG osteoarticular com e sem Doppler 
 
 
Tratamento 
Diminuir a dor para aumentar a função, 
ganhar resistência, reduzir risco de queda, 
fisioterapia, academia. 
Dor – analgésico, antiinflamatório, 
infiltrações intra articulares (corticoide e 
ácido hialurônico) 
 
Drogas modificadoras 
Glucosamina + condroitina, diacereína, 
reuquinol, colágeno. 
 
Cirurgia 
Se o tratamento conservador não resolveu, 
paciente já perdeu peso, tentou fazer 
fortalecimento muscular, mas está 
sentindo muita dor, encaminha para o 
ortopedista para avaliar a possibilidade de 
cirurgia (prótese)

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