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Sinais e Sintomas do Sistema Respiratório

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Laísa Dinelli Schiaveto 
 
Sinais e Sintomas do Sistema Respiratório 
PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS 
• Dor torácica 
• Tosse 
• Expectoração 
• Hemoptise 
• Vômica 
• Dispneia 
• Sibilância 
• Rouquidão 
• Cornagem 
DOR TORÁCICA 
Existem inúmeras causas de dor torácica, sendo que as 
mais comuns são: isquemia do miocárdio manifestada 
pelo quadro de angina do peito ou infarto do 
miocárdio; pleurites; alterações musculoesqueléticas; 
disfunções do esôfago; e afecções pericárdicas. 
 
 
DOR PLEURÍTICA 
Características da Dor: Aguda e intensa; em pontada; 
localizada com precisão e facilidade; não irradia; área 
pequena e bem delimitada; exacerba com a tosse, 
fazendo com que o paciente reprima-a e, 
consequentemente, os movimentos torácicos. 
Sintomas Associados: Tosse seca; timbre alto; febre; 
dispneia. 
Causas: Pleurites ou pleurisias. 
Obs.: Nem sempre o decúbito sobre o lado da dor 
proporciona alívio. 
Obs.: Em muitos casos, quando a dor desaparece, 
surge a dispneia; isso significa que o derrame se 
instalou. 
- PLEURITES DIAFRAGMÁTICAS: Paciente adota 
uma posição antálgica (semissentado), comprimindo o 
hemitórax com uma das mãos. 
• Periféricas – A dor se reflete na área dos nervos 
intercostais mais próximos; 
• Centrais – A dor se reflete na área inervada pelo 
frênico, na linha paraesternal (nesse caso, o 
paciente não consegue definir com precisão o local 
da dor, se torácica ou abdominal). 
- PLEURITES APICAIS: Provocam dor no pescoço e 
no ombro. 
PNEUMOTÓRAX 
ESPONTÂNEO BENIGNO 
Características da Dor: Súbita, aguda e intensa; tipo 
punhalada; que surpreende o paciente em plena saúde. 
Sintomas Associados: Dispneia, de intensidade variável, 
dependendo da pressão na cavidade pleural. 
PNEUMONIAS ALVEOLARES 
BACTERIANAS 
Inicia-se na periferia dos lobos, estruturas em contato 
com a pleura parietal. 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
Características da Dor: Aguda e intensa; em pontada; 
localizada com precisão e facilidade; não irradia; área 
pequena e bem delimitada; exacerba com a tosse, 
fazendo com que o paciente reprima-a e, 
consequentemente, os movimentos torácicos. 
INFARTO PULMONAR 
Pode ser cortical, parietal ou diafragmático. 
Características da Dor: Aguda e intensa; em pontada; 
localizada com precisão e facilidade; não irradia; área 
pequena e bem delimitada; exacerba com a tosse, 
fazendo com que o paciente reprima-a e, 
consequentemente, os movimentos torácicos. 
Obs.: A concomitância de doença emboligênica 
contribui decisivamente para o diagnóstico de infarto 
pulmonar. 
VIROSES RESPIRATÓRIAS 
Características da Dor: Difusa, como um desconforto; 
quase sempre em localização retroesternal, que se 
exacerba com a tosse, que é seca. 
LARINGOTRAQUEÍTES 
E TRANQUEOBRONQUITES AGUDAS 
Características da Dor: Localizada respectivamente na 
laringe e na traqueia, fazendo com que o paciente 
coloque a mão espalmada sobre o esterno. 
DOR MEDIASTÍNICA 
Características da Dor: Sensação dolorosa profunda; 
sem localização precisa; surda; mal definida. 
Causas: Neoplasias malignas da região. 
ANGINA DO PEITO 
Características da Dor: Sensação de aperto e opressão; 
dura alguns minutos, cessando com a interrupção do 
esforço que a provocou ou com o uso de 
vasodilatadores coronários. 
Obs.: Quando a causa é IAM, a dor dura horas e não 
melhora com vasodilatadores. 
Causas: Após esforços, quando o paciente anda ou faz 
algum exercício; após alimentação abundante; ou 
grandes emoções. 
DISSECÇÃO AÓRTICA AGUDA OU 
ANEUSRISMA DISSECANTE DA AORTA 
Características da Dor: Intensidade lancinante (em 
pontadas ou fisgadas internas); sensação de ruptura 
retroesternal, que repercute na parte posterior do 
tórax, entre as escápulas. 
PERICARDITE 
Características da Dor: Menor intensidade; presença de 
atrito; não irradia. 
Causas: Quadro infeccioso de pleurite. 
Obs.: Pacientes, às vezes, assumem a “posição de 
prece maometana” – atitude voluntária genupeitoral – 
paciente posiciona-se de joelhos fletidos com o tronco 
fletido sobre as coxas, enquanto a face anterior do 
tórax põe-se em contato com o solo; o rosto descansa 
sobre as mãos, que ficam apoiadas ao solo. Esta facilita 
o retorno venoso. 
HIPERTENSÃO DA ARTÉRIA PULMONAR 
Características da Dor: Semelhante à dor cardíaca, 
porém não se beneficia com os nitritos. 
Causas: Estiramento da artéria pulmonar. 
ESOFAGITE 
Características da Dor: Queimação retroesternal; 
aparece quando o paciente se deita (o que facilita seu 
reconhecimento). 
Obs.: Deve-se indagar sobre o uso de bebidas 
alcoólicas, tabagismo, alimentação excessivamente 
quente ou muito condimentada. 
HÉRNIA DE HIATO 
E ESOFAGITE DE REFLUXO 
Podem apresentar um quadro que simula a síndrome 
anginosa, após alimentação exagerada ou ingestão de 
líquidos em abundância. 
Características da Dor: Sensação de aperto e opressão. 
 
 
 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
TOSSE 
Resulta da estimulação dos receptores da mucosa das 
vias respiratórias. Estes estímulos podem ser de 
natureza inflamatória (hiperemia, edema, secreções e 
ulcerações); mecânica (poeira, corpo estranho, 
aumento ou diminuição da pressão pleural); química 
(gases irritantes); e térmicas (frio ou calor excessivo). 
Trata-se de um mecanismo de defesa das vias 
respiratórias, as quais reagem ou procuram eliminar 
secreções anormais, sempre com o objetivo de se 
manterem permeáveis. No entanto, ela pode se tornar 
nociva ao sistema respiratório, em virtude no aumento 
da pressão na árvore brônquica, que resulta na 
distensão dos septos alveolares. Além disso, pode 
provocar hemorragias conjuntivais, fratura dos arcos 
costais, hérnias inguinais em pessoas idosas e grande 
desconforto em pacientes recém-operados. 
 
A investigação clínica inclui alguns características: 
frequência, intensidade, tonalidade, existência ou não 
de expectoração, relações com o decúbito, e período 
do dia em que sua intensidade é maior. 
TOSSE PRODUTIVA OU ÚMIDA 
Acompanhada de secreção, não devendo ser 
combatida. 
Após intubação traqueal, traqueostomia e nos 
indivíduos portadores de hérnia hiatal ou acometidos 
de AVC, esta pode ocorrer por aspiração de resíduos 
gástricos. 
Característica dos enfisematosos tipo BB 
(blue bloater – gordo). 
TOSSE SECA 
Causa irritação das vias respiratórias. 
Pode ser um sinal precoce de doença pulmonar 
intersticial (ex.: alveolite alérgica, sarcoidose, fibrose 
idiopática). 
Pode ser causada por corpos estranhos, sendo quase 
contínua e, rebelde ao tratamento. Em uma fase mais 
tardia, torna-se mais branda, passando a produtiva, 
desde que ocorra inflamação, com ou sem infecção. 
O tipo que não cede à medicação comum, pode ser 
equivalente da asma, devendo ser tratada. 
Característica dos enfisematosos tipo PP 
(pink puffer – magro). 
TOSSE QUINTOSA 
Surge em acessos, geralmente pela madrugada, com 
intervalos curtos de acalmia, acompanhada de vômitos 
e sensação de asfixia. 
Causas: Coqueluche e outras afecções 
broncopulmonares. 
TOSSE SÍNCOPE 
Após crise intensa, resulta na perda da consciência. 
TOSSE IMPRODUTIVA 
Característica no quadro de tromboembolismo; no 
entanto, pode estar acompanhada de expectoração 
com traços de sangue. 
O mesmo ocorre na insuficiência ventricular esquerda, 
estenose mitral e edema pulmonar aguda, quando, 
então, costuma estar acompanhado de secreção 
espumosa, às vezes de coloração rósea. 
TOSSE BITONAL 
Deve-se a paresia ou paralisia de uma das cordas 
vocais, que pode significar comprometimento do 
nervo laríngeo inferior, situado à esquerda no 
mediastino médio inferior. 
TOSSE ROUCA 
Própria da laringite crônica, sendo comum em 
tabagistas. 
Obs.: Um grande número de laringites é causado pelo 
Paracoccidioides brasiliensis, fungo responsável pela 
paracoccidioidomicose.Laísa Dinelli Schiaveto 
 
TOSSE REPRIMIDA 
É aquela que o paciente evita, em razão da dor torácica 
ou abdominal. 
Causas: Início de pleuropneumopatias, pneumotórax 
espontâneo, neuralgias intercostais, traumatismos 
toracoabdominais, e fraturas de costelas. 
TOSSE ASSOCIADA A BEBER OU COMER 
Relacionada com a doença do esôfago superior 
(ex.: divertículo e doença neuromuscular). 
TOSSE PSICOGÊNICA 
Ocorre em situações que implicam tensão emocional, 
como reuniões e falar em público. Esta é diagnóstico 
de exclusão. 
EXPECTORAÇÃO 
É a presença de escarro na tosse, sendo fundamental 
para a diferenciação entre uma síndrome brônquica e 
uma síndrome pleural. 
Suas características semiológicas compreendem: 
volume, cor, odor, transparência e consistência. 
Obs.: Mulheres e crianças têm o costume de deglutir 
a expectoração. 
Obs.: A presença de expectoração é importante para 
diferenciar as lesões alveolares (pneumonias 
bacterianas) das intersticiais (pneumonias virais). 
CARACTERÍSTICAS DA EXPECTORAÇÃO 
Escarro Seroso: Contém água, eletrólitos, proteínas, 
sendo pobre em células. 
Escarro Mucoide: Apesar de possuir muita água, 
proteínas (inclusive mucoproteínas) e eletrólitos, 
apresenta celularidade baixa. 
Escarro Purulento: Rico em piócitos (leucócitos) e tem 
celularidade alta. 
Escarro Hemoptoico: Observam-se “rajas de sangue. 
 
 
CARACTERÍSTICA DA EXPECTORAÇÃO 
SEGUNDO A DOENÇA BASE 
Pneumonia Bacteriana: Inicialmente, não existe 
expectoração ou esta é discreta. Após algumas horas 
ou dias, torna-se abundante, amarelo-esverdeada, 
pegajosa e densa. Ainda, pode parecer escarro 
hemoptoico vermelho-vivo ou cor de tijolo. 
Pneumonia por Bacilos Gram-Negativos: Escarro com 
aspecto de geleia de chocolate (ex.: Klebsiella, 
Aerobacter e Pseudomonas). 
Abcesso Pulmonar: Presença de germes anaeróbicos 
(bacteroides), hálito fétido e escarro pútrido. 
Tuberculose Pulmonar: Escarro com presença de 
sangue desde o início da doença, costuma ser 
purulento, com aspecto numular, inodora, aderindo às 
paredes do recipiente. 
Edema Pulmonar Agudo: Bem característica, tendo 
aspecto seroso e espumoso, apresentando, 
ocasionalmente, coloração rósea. 
Asma: Mucoide, com alta viscosidade, aderindo às 
paredes do recipiente que a contém, lembrando clara 
de ovo. Marca o término da crise asmática. Rico em 
eosinófilos. 
DPOC: Pequena quantidade de escarro diariamente, 
mas quando em exacerbação, apresenta pelo menos 
2 dos 3 critérios, sendo sinais de infecção brônquica. 
• Mudança da cor (ex.: passando de mucoide para 
mucopurulento ou purulento); 
• Aumento de volume; 
• Piora da dispneia. 
Bronquite Crônica: Quando portadores de 
bronquiectasias, principalmente nas reagudizações, 
costumam eliminar, pela manhã, grande quantidade de 
secreção, acumulada durante a noite, ocasião em que 
fazem sua “toalete” brônquica. 
EXAME LABORATORIAL DO ESCARRO 
O escarro coletado para exame deve ser enviado 
rapidamente ao laboratório, pois só assim o exame 
macroscópico tem valor diagnóstico. Além de células 
e germes, pode conter: 
• Espirais de Curshmann (asmáticos); 
• Bronquiólitos (bronquíticos); 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
• Grãos de Actinomyces (actinomicose); 
• Fânero (neoplasia teratodermoide do mediastino); 
• Cristais de Chargot-Leyden (degeneração 
de eosinófilos); 
• Restos de corpo estranho aspirado e helmintos. 
HEMOPTISE 
É a eliminação de sangue pela boca, passando através 
da glote. Podem ser devidas a hemorragias brônquicas 
ou alveolares. 
Origem Brônquica: Ruptura de vasos previamente 
normais (ex.: carcinoma brônquico) ou de vasos 
anormais, dilatados e neoformados (ex.: 
bronquiectasias e tuberculose). 
Origem Alveolar: Ruptura de capilares ou transdução 
de sangue, sem que haja solução de continuidade no 
endotélio. 
 
Causas Mais Comuns: Bronquiectasias, tuberculose e 
paracoccidioidomicose (PB micose). 
Obs.: Quando há processo infeccioso, que evolui para 
necrose (tuberculose), surgem cavidades que, ao 
abscederem, podem abrigar aneurismas de Rasmüssen. 
As hemoptises maciças (acima de 600ml/24h) levam 
comumente ao choque, embora a maior causa de 
morte seja a asfixia provocada pelo tamponamento da 
traqueia por coágulos. 
LOCAL DE ORIGEM DO SANGRAMENTO 
No pulmão existem duas circulações: a sistêmica e a 
pulmonar. A circulação sistêmica é de alta pressão e 
corresponde às artérias brônquicas. Já, a circulação 
pulmonar é de baixa pressão, sendo formada pelos 
ramos da artéria pulmonar. 
Hemoptises Originadas nas Artérias Brônquicas: São 
maciças, o sangue pode ser recente ou não, saturado 
ou não, com ou sem catarro (ex.: bronquiectasias, 
estenose mitral e fístulas arteriovenosas). 
Hemoptises Originadas nas Artérias Pulmonares: Possui 
volume menor (ex.: pneumonias, broncopneumonias, 
abscessos e tromboembolismo). 
Hemoptise, Epistaxe e Hematêmese 
à Deve-se iniciar o diagnostico diferencial entre 
essas três condições partindo das vias respiratórias 
superiores. 
Epistaxe: São hemorragias nasais devido a 
traumatismos, manipulações e espirros. Antes de 
ser eliminando, o sangue, ao descer pela laringe 
provoca tosse, com sensação de asfixia. 
Hematêmese: Indica a presença de sangue no 
vômito. O sangue eliminado tem aspecto de borra 
de café, podendo conter ou não restou alimentares, 
de odor ácido, e não é arejado. Na maioria das 
vezes, há histórico de úlcera gastroduodenal, 
esofagite ou melena. 
VÔMICA 
É a eliminação mais ou menos brusca, através da glote, 
de uma quantidade abundante de pus ou líquido de 
outra natureza. Pode ser única ou fracionada, 
proveniente do tórax ou do abdome. 
Na maioria das vezes, origina-se de abscessos ou cistos 
que nem sempre estão localizados no tórax, mas que 
drenam para os brônquios. 
Causas: Abscesso pulmonar, empiema, mediastinites 
supuradas e abscesso subfrênico. 
 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
DISPNEIA 
É a dificuldade para respirar, podendo ter ou não 
consciência desse estado. 
Dispneia Subjetiva: Quando for percebida pelo 
paciente; sendo nem sempre confirmada pelo médicos. 
Dispneia Objetiva: Quando é acompanhada de 
manifestações que a evidenciam ao exame físico; sendo 
nem sempre admitida pelo paciente. 
Pode estar acompanhada de taquipneia (frequência 
aumentada) ou hiperpneia (amplitude aumentada). 
TIPOS DE DISPNEIA 
Dispneia aos Esforços: Relacionada às atividades físicas, 
podendo ser dispneia aos grandes, médios e pequenos 
esforços. 
Obs.: Pode ser caracterizada de outras maneiras: 
(1) escalas categóricas, que se concentram no tipo e 
na quantidade de esforço para desencadear a dispneia; 
(2) escalas analógicas visuais, quando o paciente aponta 
em uma linha a magnitude da dispneia em repouso ou 
quando desempenhado alguma atividade; (3) escalas 
multidimensionais, quando o instrumento de medida 
se concentra na limitação funcional e na magnitude do 
esforço. 
Dispneia de Repouso: É a dificuldade respiratória 
mesmo em repouso. 
Ortopneia: Impede que o paciente permanece deitado, 
obrigando-o a sentar ou ficar em pé para obter algum 
alívio. 
Trepopneia: Surge em decúbito lateral (ex.: derrame 
pleural). 
Platipneia: Surge quando o paciente passa da posição 
deitada para sentado ou em pé; ou seja, é o contrário 
da dispneia (ex.: malformação arteriovenosa pulmonar, 
síndrome hepatopulmonar, forame oval patente ou 
defeito do septo atrial). 
 
FISIOPATOLOGIA 
Causas Atmosféricas: Quando a composição as 
atmosfera for pobre em oxigênio ou sua pressão 
parcial estiver diminuída, surgindo dispneia. 
(ex.: pacientes com insuficiência respiratória crônica, 
mas compensada, quando mudarem de altitude). 
Causas Obstrutivas: Quando as vias respiratórias 
sofrem redução de calibre, podendo ser intraluminal, 
parietal ou mista. 
• Obstruções Laríngeas – Comumente parietais; 
(ex.: difteria, laringite estridulosa, edema 
angioneurótico,estenose por tuberculose ou 
blastomicose e neoplasia); 
• Obstruções da Traqueia – Por compressão 
extrínseca (ex.: bócio, neoplasias malignas, 
aneurisma da aorta e adenomegalias mediastínicas); 
• Obstruções Brônquicas – Podem ser intraluminais, 
parietais ou mistas (ex.: neoplasias do mediastino, 
adenomegalias e carcinoma brônquico); 
• Obstruções Bronquiolares – São sempre mistas 
(ex.: asma e bronquites). 
Causas Parenquimatosas: Afecções que reduzem a área 
de hematose de modo intenso (ex.: condensações e 
rarefações parenquimatosas). Já, quando o processo se 
instala lentamente, a dificuldade respiratória costuma 
ser menor desde que o organismo disponha de tempo 
para se adaptar. 
Causas Toracopulmonares: As alterações capazes de 
modificar a dinâmica toracopulmonar, reduzem sua 
elasticidade e movimentação ou provocam assimetria 
entre os hemitórax (ex.: fraturas dos arcos costais, 
cifoescoliose e alterações musculares, como miosite, 
pleurodinia ou mialgia intensa). 
Causas Diafragmáticas: O diafragma é o músculo 
respiratório mais importante, contribuindo para 70% 
da ventilação e, sendo assim, toda afecção que interfira 
com seus movimentos pode ocasionar dispneia 
(ex.: paralisia, hérnias e elevações uni ou bilaterais)> 
Causas Pleurais: a pleura parietal é dotada de inervação 
sensitiva e sua irritação causa dor, a qual aumenta com 
a inspiração (ex.: grandes derrames pleurais). 
Causas Cardíacas: Dependem do mau funcionamento 
da bomba aspirante-premente, que é o coração 
(ex.: congestão passiva dos pulmões). 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
Causas de Origem Tecidual: Como o aumento do 
consumo celular de oxigênio é uma resposta fisiológica 
normal ao aumento de atividade metabólica, basta 
intensificar a atividade muscular para condicionar o 
aparecimento de dispneia (ex.: exercício físico, tetania 
e crises convulsivas). 
Causas relacionadas ao Sistema Nervoso 
• Origem Neurológica – Por alterações do ritmo 
respiratório (ex.: hipertensão craniana); 
• Origem Psicogênica – Manifestam-se sob a forma de 
dispneia suspirosa. Em casos graves, é conhecias 
como síndrome de hiperventilação, sendo 
acompanhada de modificações somáticas 
decorrentes da alcalose respiratória, especialmente 
espasmos musculares e dormências, podendo 
chegar à perda da consciência. 
SIBILÂNCIA 
O chiado é como o paciente se refere a um ruído que 
ele pode perceber, predominantemente na fase 
expiratória, quase sempre acompanhado de dispneia. 
Seu timbre é elevado e o tom é musical, sendo 
comparado ao miado de um gato. 
O chiado resulta da redução do calibre da árvore 
brônquica. 
É frequentemente referida durante o período noturno, 
quando o paciente se encontra deitado. Isso pode 
ocorrer por vários motivos: (1) ambiente mais 
silencioso; (2) posição deitada pode reduzir os 
volumes pulmonares e o diâmetro das vias 
respiratórias; (3) sempre ocorre, durante o período 
noturno, a redução fisiológica da produção de 
corticosteroides e de catecolaminas endógenas. 
Causas Brônquicas e Pulmonares: Asma, bronquite 
aguda e crônica, infiltrados eosinofílicos, tuberculose 
brônquica, neoplasias malignas e benignas, embolias 
pulmonares, fármacos colinérgicos, bloqueadores 
beta-adrenérgicos, inalantes químicos, vegetais e 
animais. 
Causa Não Pulmonar: Insuficiência ventricular 
esquerda – “asma cardíaca”. 
Obs.: Quando for persistente, localizada ou unilateral, 
pode indicar neoplasia ou corpo estranho. 
 
ROUQUIDÃO 
Traduz alteração na dinâmica das cordas vocais, 
caracterizando uma mudança no timbre da voz. 
Quando for aguda, de curta duração, não tem maior 
significado. Já, quando se prolonga, é necessária 
investigação detalhada. 
Causas Laríngeas (ex.: tuberculose, pólipos e 
neoplasias benignas e malignas, e 
paracoccidioidomicose) 
Causas Extralaríngeas (ex.: tumores localizados no 
mediastino médio inferior, neoplasias malignas, 
adenomegalias, aneurisma do arco aórtico e estenose 
mitral). 
Causas Sistêmicas (ex.: mixedema, mucoviscidose e 
lúpus eritematoso) 
Outras Causas: Difteria, mononucleose infecciosa e 
neurite diabética. 
CORNAGEM 
É a dificuldade inspiratória por redução do calibre das 
vias respiratórias superiores, na altura da laringe, e que 
de manifesta por um ruído (estridor) e tiragem. 
Nestes casos, o paciente, para facilitar a entrada do ar, 
desloca a cabeça para trás, em extensão forçada. 
Causas: Laringite, difteria, edema da glote e corpos 
estranhos.

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