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07) - O Highlander Errado

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O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
 
O Highlander errado 
 
Lynsay Sands 
 
 
(Série Noivas das Highlands 07) 
 
 
 
 
 
NKings 
 
 
 
 
 
 
 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
 
Sinopse 
 
A filha de um laird sequestra um Highlander ― e perde o coração... 
Lady Evina Maclean ouvira muito sobre a habilidade de Rory Buchanan como 
curador. O que ela não ouvira é o quão bonito o Highlander musculoso parecia 
banhando-se em uma cachoeira. Mas Evina não pode permitir-se a distração, 
pois seu pai doente precisa urgentemente de cuidados. Somente quando ela 
deixa o Buchanan inconsciente e o arrasta de volta ao castelo de sua família, 
amarrado nu sobre um cavalo, é que a verdade surge ― não foi Rory que ela 
sequestrou, mas seu irmão Conran. 
Outras senhoras tentariam prender Conran com bajulação. Evina bate na 
cabeça dele com o punho da espada para salvar seu primo ― e Conran gosta 
mais ainda da ruiva espirituosa por isso. Ele aprendera o suficiente com seu 
irmão para curar o pai de Evina, mas há outros perigos em torno do clã Maclean. 
E embora a senhora bonita e independente tenha jurado não se casar, este 
Highlander errado pode ser o homem certo para ela. 
 
 
O Highlander Errado é a continuação da série que conta as histórias dos sete irmãos 
Buchanan, uma família que coloca os laços de sangue que os une acima de tudo, e tem a 
estranha capacidade de atrair para companheiros de vida pessoas que têm assassinos que os 
caçam ou por dinheiro ou por loucura, ou por ambos. 
 
 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
Capítulo 1 
Conran ouviu seu irmão Rory se aproximando antes mesmo que ele falasse. 
O homem não tinha ideia de como se mover silenciosamente. Ele caminhava 
pela floresta, quebrando galhos como se fosse sua missão na vida assustar toda 
a vida selvagem. Ele seria assassinado em uma caçada, pensou Conran. Era por 
isso que ele e seus outros irmãos nunca o levaram com eles quando iam para 
uma. Não que Rory, de qualquer maneira, estivesse interessado em acompanhá-
los. Ele era o homem estranho da família — um curador, mais do que um 
guerreiro. Embora, para ser justo, ele estivesse trabalhando no campo de prática 
ultimamente, desenvolvendo sua força e habilidades, ele admitiu para si mesmo 
quando Rory finalmente desabou na clareira e o cumprimentou com a pergunta: 
— Como você fez? 
Conran virou-se do seu alforje e deu um passo para trás para revelar a forma 
como ele se abaulava. —Encontrei montes de boca-de-lobo, erva-de-gato, 
salgueiro, matricária e papoula celidônia para você. Quase demais para minha 
bolsa. 
—Papoula Celidônia? ―Rory ecoou e balançou a cabeça com um sorriso. —
Olhe para você. Está aprendendo os tipos certos de ervas que preciso. 
Conran fez uma careta e virou-se para continuar tentando fechar o outro saco 
lotado do alforje. —Sim, bem, eu já o acompanhei em várias chamadas para 
curar outras pessoas, então eu peguei uma ou outra coisa. 
— Sim, você aprendeu, ― concordou Rory, atravessando a clareira para se 
juntar a ele. Mais do que eu esperava. Você sempre parece saber o que vou 
precisar antes de eu pedir quando me acompanha para visitar os doentes e 
debilitados. Você é algo natural na cura, irmão. 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
Conran sacudiu a cabeça com diversão. —Dougall disse o mesmo sobre mim e 
seus cavalos, e Niels disse sobre suas ovelhas e lã. A verdade é que sou bom em 
ajudar, irmãos. Isso me transformou em um pau para toda obra. 
—Você está se subestimando, Conny, ― disse Rory solenemente. —Acho que a 
verdade é que, embora cada um de nós seja muito bom em uma coisa, você é 
bom em muitas. 
—Hmm. Como eu disse, um pau para toda obra. Infelizmente, não sou mestre 
em nada. Finalmente conseguindo fechar o alforje, ele suspirou aliviado e depois 
olhou para Rory. —Então, o que você acha de uma parada nas cachoeiras para 
se limpar antes de voltar? Juro que tenho mato e insetos na bunda por passear 
pelos arbustos e espinheiros. 
—Não. ―Rory balançou a cabeça com aparente tristeza. —Eu ainda preciso de 
valeriana e aquiléia, e então devo parar para ver a filha do estalajadeiro. Ela está 
prestes a parir e provavelmente terá seu filho a qualquer dia agora. Quero ter 
certeza de que está tudo bem com ela. Você vai em frente, entretanto. Sei que 
planejava partir para Drummond antes da refeição do meio-dia. Agradeço que 
você tenha dedicado um tempo para me ajudar a procurar as medicinas 
primeiro. 
—Sempre feliz em ajudar, ―disse Conran com um encolher de ombros, e então 
garantiu : —Vou me lavar rapidamente nas cachoeiras e depois volto para o 
castelo para deixar as ervas antes de partir. 
—Obrigado. Eu agradeço isso ― assegurou Rory, enquanto montava. 
—O prazer é meu, irmão. ―Conran observou-o partir e depois retirou 
a espada do cinto e afixou-a em seu cavalo, antes de remover o plaid e a 
camisa. Ele estava ansioso por um bom banho sob as cachoeiras. Na verdade, ele 
sentia que tinha insetos rastejando por toda a sua pele nua, sob o plaid que ele 
usava. Conran sabia que não era o caso, e a sensação era apenas o resultado de 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
estar quente e suado em um plaid de lã. Caminhar entre os insetos e enviá-los 
voando dos arbustos e plantas que ele estava colhendo, não ajudou em 
nada. Sim, uma boa limpeza nas cachoeiras seria um verdadeiro prazer. Isso faria 
dele um novo homem. 
 
— Bem, aí está o cavalo dele. Agora, onde ele está? ―perguntou Evina, seu 
olhar deslizando pela clareira e depois para o rio e as cachoeiras, que pareciam 
vazias. 
—Talvez ele tenha deixado seu corcel aqui enquanto procura ervas. 
Evina estreitou os olhos em consideração à sugestão do homem montado no 
cavalo à sua direita. Donnan. Ele foi o primeiro em Maclean por catorze 
anos. Não havia ninguém em quem confiasse mais para acompanhá-la nessa 
viagem, exceto, talvez, o homem à sua esquerda, seu primo Gavin. 
Quando ela não comentou, Donnan apontou: —O garoto disse que Rory 
Buchanan estava colhendo ervas para seu trabalho de cura. A área por aqui é 
rica em várias plantas. Talvez ele deixe seu cavalo aqui como base principal e 
volte ocasionalmente com suas descobertas. 
Evina olhou para o alforje lotado pendurado na lateral do belo animal, do outro 
lado da clareira e assentiu. Parecia uma boa possibilidade. Embora lhe parecesse 
que ele devia estar quase terminando sua expedição de recolher ervas. De fato, 
a menos que ele tivesse uma segunda bolsa que estivesse carregando com ele, 
ele deveria ter terminado. Não lhe parecia haver espaço para nem mesmo uma 
folha, caule ou raiz na bolsa. 
—Ou não, ―Gavin murmurou baixinho. 
Erguendo as sobrancelhas, Evina olhou para o primo e seguiu o olhar até a água 
quando ele indicou aquela direção. 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
A princípio, ela não viu nada para explicar o comentário dele. Não havia nada 
no rio. Foi só quando Evina voltou o olhar para a cachoeira que ela viu o que ele 
havia descoberto. O penhasco de onde a água caía estava a uns seis metros de 
altura. A água derramava-se em uma torrente branca e espumosa que escondia 
as rochas e qualquer outra coisa atrás do lençol d'água, e foi isso que ela viu pela 
primeira vez. Agora, parecia haver um cotovelo saindo da água e alguém se 
movendo sob o spray. 
—Parece que o encontramos, ―disse Donnan, divertido. —Esperamos que ele 
saia? 
Evina considerou o assunto brevemente, mas isso realmente não parecia uma 
opção para ela. Rory Buchanan poderia terminar rapidamente sua limpeza e sair 
depressa, mas ele também podia ficar brincando nas cachoeiras por um bom 
tempo, mas, de qualquer maneira, cada momento que eles desperdiçavam era 
mais um durante o qual o pai dela estava morrendo. 
—Não. Nós vamos buscá-lo, ― ela disse finalmente. —E não aceitaremos um 
não como resposta.—Certo, ―disse Donnan em voz baixa, e depois olhou para Gavin. 
Seguindo seu olhar, Evina viu que o jovem já estava desmontando. Uma vez no 
chão, seu primo rapidamente removeu sua espada e botas. Quando ele pegou o 
alfinete de seu plaid, Evina virou a cabeça e encarou as cachoeiras para lhe dar 
privacidade. Ela costumava trocar as fraldas de Gavin e dar-lhe banhos, quando 
menino, mas ele não era mais criança. Além disso, apesar de muitas vezes ter 
sido acusada de ser menos que uma dama, mesmo que nem ela olhasse para o 
traseiro de um homem nu. 
Pelo menos, não de propósito, Evina reconheceu quando seu olhar não pousou 
em um cotovelo que se projetava das quedas agora, mas em um traseiro nu. Isso 
foi tudo. Obviamente, o Buchanan virou-se sob a água e se inclinou, 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
provavelmente para lavar as pernas ou os pés, porque agora ela podia ver o 
contorno das pernas dele através de uma camada muito fina de água espumosa, 
seu traseiro era a única coisa fora do spray e em exposição. 
E era também um belo traseiro bem arredondado, Evina notou antes do 
movimento chamar sua atenção para Gavin enquanto ele se dirigia com 
determinação para a água. Ela desviou o olhar, mas não antes de vislumbrar 
suas costas, pernas e traseiro. Evina sempre pensou que seu primo era 
um jovem robusto, e tinha um belo peito e ombros musculosos. Ele também 
tinha pernas bonitas. Apesar disso, ele não podia se comparar com o Buchanan 
quando se tratava de traseiro. Gavin ficava aquém quando comparado à única 
parte do homem que ela realmente podia ver. O traseiro do primo era plano em 
comparação com aquele apontando fora da cascata. 
—Quando você disse que não estamos aceitando um não como resposta, ― 
disse Donnan lentamente. —Você quis dizer . . . ? 
—Eu quis dizer exatamente o que parece, ―Evina assegurou. —
Seqüestraremos o bastardo se formos obrigados, mas Rory Buchanan precisa 
voltar conosco. Não vou deixar o pai morrer por falta do curador certo. 
Donnan assentiu, mas depois apontou: —Isso poderia significar guerra com os 
Buchanans. 
—Então nós lutaremos contra os Buchanans, ―disse ela sombriamente, e 
virou-se para olhar para ele. —Isso é um problema? 
Donnan balançou a cabeça. —Não, milady. Prometi minha lealdade ao seu 
pai. Eu daria minha vida por ele. Eu só queria ter certeza de que você percebeu 
as consequências dessa ação. 
—Eu sei as consequências, ―Evina assegurou-lhe solenemente . —E eu 
também daria minha vida por meu pai. Se for preciso uma guerra para salvá-lo, 
haverá uma guerra. 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
Donnan ficou em silêncio por um momento e depois disse gentilmente: — Rory 
Buchanan pode não ser capaz de curá-lo também. Seu pai pode estar além da 
ajuda. 
—Talvez, ―ela concordou. —Mas eu também daria minha vida por apenas 
uma chance de salvá-lo. Felizmente, não haverá uma guerra e o Buchanan virá 
de boa vontade. 
—Acho que isso não parece provável,― disse Donnan secamente, e acenou 
com a cabeça em direção à cachoeira novamente. 
Evina virou a cabeça rapidamente, arregalando os olhos ao ver que Gavin havia 
chegado ao Buchanan e, em vez de falar, os dois homens estavam agora lutando 
sob a cachoeira. No momento em que ela notou, o par caiu da borda baixa em 
que estavam e entrou no próprio rio. 
—Huh, ― Evina murmurou, apertando os lábios enquanto observava o par 
rolando e balançando na água, alternadamente lutando, dando socos e 
parecendo tentar um afogar ao outro. —Você pode estar certo. 
—Acho que Gavin pode precisar de ajuda, ― disse Donnan depois de vários 
minutos, com os homens continuando a lutar. 
—Sim, ― Evina concordou com preocupação, enquanto observava o Buchanan 
forçar seu primo sob a água e segurá-lo lá. Quando Gavin não reapareceu, 
ou derrubou o outro homem, Donnan desmontou, tentando ir ajudar. 
Com a certeza de que ele nunca chegaria a tempo a pé, Evina praguejou e pôs 
os calcanhares na montaria. A égua respondeu imediatamente, explodindo em 
uma corrida que a levou até a beira da água antes que Donnan cruzasse metade 
da distância. Evina entrou na água, puxando a espada para fora enquanto o 
fazia. Uma vez ao lado do homem que segurava Gavin sob a superfície da água, 
ela se deteve com força suficiente para fazer sua égua recuar na água. 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
O Buchanan virou um rosto assustado para ela, seus olhos se encontraram 
brevemente, e então Evina derrubou a espada. O punho da arma bateu com 
força na lateral da cabeça dele. Ela o observou estremecer de dor e depois 
perder a consciência enquanto sua égua se firmava nos quatro cascos 
novamente, na água. 
No momento em que o Buchanan liberou Gavin, seu primo se levantou da 
água, cuspindo. Alívio a atravessou, Evina embainhou a espada e deslizou 
rapidamente pelas costas da égua. Ela aterrissou, com água na cintura, perto dos 
homens, enquando Donnan corria para o rio para se aproximar deles. 
—Ajude Gavin, ― ela ordenou, notando a maneira como o jovem balançava 
quando se levantou. Ela não esperou para ver o homem obedecer, mas moveu-
se para o Buchanan. Agarrando o curador pelo ombro, ela o virou na água. O 
rosto dela se contraiu com preocupação quando ela notou sua palidez, mas 
rapidamente segurou a mão dele e o arrastou em direção à margem. 
O curador era surpreendentemente pesado. Evina só conseguiu puxá-lo meio 
caminho fora do rio antes que ela tivesse que parar, mas pelo menos a cabeça e 
o peito dele estavam fora. Depois que ela o arrastou o mais longe que pôde para 
a costa gramada, caiu de joelhos ao lado dele e rapidamente o virou de 
bruços. Evina então colocou as mãos nas costas dele e empurrou com força e 
rapidez, uma e outra vez. A água imediatamente foi derramada por sua boca e 
nariz. Quando um terceiro impulso não trouxe mais nada, ela o virou. Quando 
ela viu que o homem não estava respirando, ela não hesitou, mas apertou o 
nariz dele, abriu a boca e inclinou-se para soprar sua respiração nele. 
—Er . . . milady? ―Donnan disse, parecendo incerto enquanto deixava um 
Gavin tossindo e arquejando cair de joelhos ao lado dela. —O que você está 
fazendo? 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
—Respirando por ele, ―ela murmurou entre respirações. —Minha mãe fez isso 
com meu irmão quando ele quase se afogou quando menino. Isso o reviveu 
―ela esperou enquanto pressionava o peito do Buchanan, antes de se inclinar 
para cobrir sua boca com a dela novamente. 
—Parece mais como você estivesse beijando-o, ―Donnan disse 
duvidosamente, e Gavin soltou uma risada divertida que foi rouca e o enviou 
para outro ataque de tosse. 
Evina ignorou os dois homens e se inclinou para pressionar o ouvido no peito 
do homem inconsciente. Para seu alívio, ela ouviu o coração dele bater e o som 
de sua respiração, por si mesmo, em seus pulmões. Endireitando-se então, ela 
olhou para ele com expectativa, mas ele não abriu os olhos. 
— Você o acertou muito forte, milady, ― apontou Donnan solenemente. —Ele 
pode não acordar por um tempo, mas agora está respirando por si mesmo. 
—Sim, ―ela sussurrou a palavra, seus olhos deslizando sobre o rosto do 
homem. Ele era realmente muito bonito. Ela não esperava isso. Ela ouvira 
histórias de sua habilidade como curador, mas nenhuma dessas histórias 
mencionara que ele era um homem bonito. Ela imaginou um homem de rosto 
pálido, magricela e estudioso como os padres, que eram os únicos homens 
instruídos que ela conhecia. Por outro lado, ele tinha um rosto bonito e um 
corpo musculoso, ela notou, seu olhar deslizando pelo peito largo e nu até a 
cintura afunilada. O resto dele ainda estava submerso na água, então Evina não 
podia olhar mais longe. 
—Milady? ―Donnan disse calmamente, atraindo seu olhar relutante. —Talvez 
seja melhor nos movermos. Se um de seus irmãos vier procurá-lo e o encontrar 
assim . . . 
—Sim. ―Evina se levantou abruptamente, ignorando a maneiracomo suas 
saias molhadas se arrastavam. Ela olhou rapidamente ao redor da clareira mas, 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
uma vez que se assegurou que eles ainda estavam sozinhos, voltou sua atenção 
para Gavin quando seu acesso de tosse terminou e ele cuspiu na terra. — Você 
está bem, Gav? ― Você pode montar? 
—Sim, ―ele rosnou, vacilando em pé. 
Evina o observou com preocupação, mas ele pareceu quase completamente 
recuperado. Pelo menos não estava mais cambaleando ou tossindo e havia cor 
em suas bochechas. Assentindo, voltou-se para a água, uma careta reivindicando 
seus lábios quando suas saias bateram frias e úmidas contra suas pernas. Sua 
égua ainda estava onde ela a deixara, e Evina entrou na água para recuperar 
suas rédeas e levá-la de volta à terra. 
—O que você quer que façamos com o Buchanan? ― Donnan perguntou, 
enquanto a observava montar sua égua. 
Evina sentou-se na sela, arrumou as saias o melhor que podia, montada como 
estava e depois olhou para o homem nu e inconsciente no chão. Ele realmente 
era um homem bonito, um prazer de se olhar, ela pensou, mas disse: —Amarre 
seus pés e mãos, jogue-o sobre o dorso do cavalo dele, e depois amarre os pés 
junto com as mãos para ter certeza que ele não vai cair. 
—Eu o visto primeiro? ―Donnan perguntou, não parecendo satisfeito com o 
pensamento, e Evina imaginou que plissar uma manta e vestir nela um homem 
inconsciente e totalmente adulto poderia ser uma enorme tarefa. 
Ela balançou a cabeça. —Não. Apenas jogue seu plaid sobre ele assim que tiver 
se assegurado que ele não cairá de sua montaria enquanto cavalgamos. E talvez 
amarre de alguma forma, para que não caia de cima dele também. 
Donnan assentiu e depois olhou para Gavin. —Você está bem o suficiente para 
buscar sua montaria? 
— Claro, ―disse Gavin, irritado, e afastou-se murmurando. — Tomei um pouco 
de água, é tudo, mas estou bem agora. 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
Eles o observaram partir, e então Evina e Donnan compartilharam pequenos 
sorrisos. Gavin sempre era um pouco sensível com qualquer sugestão de que ele 
poderia não estar à altura. Ele ainda era jovem, mas determinado a provar que 
era homem. 
—O Buchanan não ficará satisfeito de ter sido derrubado inconsciente, ― 
previu Donnan solenemente, enquanto voltava a atenção para o homem 
inconsciente. 
—Não, ― Evina concordou com um suspiro, seus olhos vagando para a metade 
inferior, ainda submersa, do corpo do homem inconsciente, antes de 
se controlar e levantá-los de volta para o rosto dele. Não era assim que ela 
esperava que essa tarefa fosse. Ela planejara ter uma conversa agradável com o 
homem e convencê-lo a ir com eles. Nocauteá-lo e arrastá-lo para casa com eles 
tinha sido uma possibilidade de último recurso, se ele se recusasse a 
acompanhá-los de bom grado. No entanto, as coisas raramente corriam 
conforme o planejado, em sua experiência. 
Balançando a cabeça, ela olhou cautelosamente ao redor da clareira 
novamente, antes de seu olhar se fixar no primo conduzindo a montaria do 
Buchanan até eles. 
—Obrigado, ―disse Donnan, pegando as rédeas do cavalo de Gavin. —Vá 
buscar nossos animais enquanto eu o monto no cavalo dele. 
Assentindo, o jovem se afastou rapidamente para recuperar os cavalos que os 
aguardavam. 
Evina observou Donnan amarrar as mãos e os pés do Buchanan e depois franziu 
o cenho quando ele o pegou pelas mãos amarradas e o puxou para uma posição 
sentada. 
—Você pode manejar por conta própria? Ou você precisa de mim para ajudá-
lo. . . ―A pergunta de Evina morreu em sua garganta. Donnan já estava com o 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
homem por cima dos ombros e o carregava os poucos metros até a montaria do 
Buchanan. Ela observou em silêncio enquanto ele o jogava sobre o animal e 
rapidamente colocou uma corda entre as mãos atadas e os pés, sob a barriga do 
animal, para que ele não escorregasse durante o passeio. 
Evina supôs que não deveria se surpreender com a facilidade com que Donnan 
administrava a tarefa. Foi por isso que ela o trouxera nessa jornada. O homem 
era enorme e forte, o pescoço tão grande quanto a coxa dela, os braços 
inchados com os músculos, e os ombros quase o dobro da largura da maioria dos 
homens. Provavelmente, ele poderia ter carregado os três, se necessário, 
pensou Evina, enquanto o observava arrumar o plaid do Buchanan nas costas e 
prendê-lo no pescoço e nos joelhos para mantê-lo no lugar. 
—Isso deve servir, — anunciou Donnan, enquanto se afastava do seu trabalho 
manual. 
—Sim, ―Evina concordou quando Gavin os alcançou, já cavalgando sua 
montaria e trazendo a de Donnan. Ela esperou que o primeiro montasse, mas 
depois que ele se acomodou e teve as rédeas do cavalo do Buchanan em mãos, 
ela girou sua própria montaria para conduzi-los para fora da clareira. Seus 
pensamentos já estavam no caminho de volta para casa e o caminho mais rápido 
para lá. Geralmente era uma jornada de dois dias, mas ela pretendia chegar em 
pouco mais de um. Não havia como parar para comer ou acampar à noite. Eles 
comeriam montados e cavalgariam sem parar, como haviam feito na vinda. A 
vida do pai dela dependia disso. Se ele ainda estivesse vivo. 
Esse último pensamento fez Evina apertar os lábios com força e estimular o 
cavalo a correr antes mesmo de deixarem a clareira. O pai dela não podia 
morrer. Ele simplesmente não podia. Ele e Gavin eram toda a família que tinha 
neste mundo. 
 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
Conran gemeu quando a dor o arrastou de volta à consciência. Não era uma 
dor, mas um monte de dores, e elas o estavam atacando de quase todos os 
lugares. Seus braços, pernas, tornozelos e pulsos, estômago e a maldita cabeça 
estavam todos pulsando, latejando ou doendo no momento e ele não entendeu 
o porquê. Ele também não entendeu o que estava vendo quando finalmente 
conseguiu abrir os olhos. Tudo era apenas um borrão confuso no começo, mas 
mesmo quando sua visão clareou, ele não conseguia entender o que estava 
olhando. 
Algo marrom escuro estava preenchendo a maior parte de sua visão, embora 
houvesse uma faixa de algo azul em um lado. Incapaz de descobrir qual era o 
marrom, Conran virou a cabeça levemente para olhar o azul, esperando que isso 
fosse mais compreensível. Mas além do azul, ele podia ver a cauda do cavalo em 
que aparentemente estava, e além disso, o que parecia ser um cavaleiro de 
cabeça para baixo. 
Embora o cavaleiro não estivesse de cabeça para baixo, Conran percebeu, 
repentinamente, enquanto olhava o homem grande e o cenário desaparecendo 
atrás dele. Ele estava pendurado de cabeça para baixo em um cavalo, com o 
estômago na sela, com as pernas pendendo de um lado e os ombros e os braços 
do outro. 
Isso explicava seu estômago dolorido, Conran supôs enquanto pulava nas 
costas da besta, seu estômago batendo no pomo e no topo da sela. Sua cabeça 
dolorida podia ser atribuída ao golpe que ele agora se lembrava de receber 
saindo do rio, e seus tornozelos e pulsos doíam porque ambos estavam 
atualmente amarrados e apertados também. Também parecia haver uma corda 
presa às mãos atadas que desaparecia sob a barriga do animal em que ele estava 
deitado. 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
Conran não estava certo ao que aquela corda estava presa no começo, mas 
quando ele tentou puxar as mãos para si mesmo, um puxão nos tornozelos deu-
lhe a resposta. Seus pulsos e tornozelos estavam amarrados e presos sob 
o cavalo. Se ele escorregasse, seu peso o arrastaria para baixo, de modo que ele 
ficasse pendurado sob o animal como um javali amarrado a uma lança para ser 
levado para casa depois de uma caçada. Se isso acontecesse, ele provavelmente 
seria chutado na cabeça. Brilhante. 
Virando o rosto, Conran olhou para o pano azul ao lado de sua cabeça. Alguém 
cavalgava com ele. Presumivelmente para impedi-lo de escorregar, ele 
supôs. Ele podia sentir a pressão em uma nádega,como se alguém estivesse 
pressionando para impedir que ele se movesse e deslizasse sob o animal. 
O homem nu que o atacou enquanto ele estava se lavando sob a cachoeira? Ele 
se perguntou, mas depois deu uma olhada no tecido ao lado dele 
novamente. Não era uma manta, e nem calções também. O pano azul drapeado, 
parecia mais uma saia para ele. Estava puxado com força porque o cavaleiro 
estava montado , mas era uma saia, ele tinha certeza. Conran deixou seus olhos 
seguirem o tecido até onde ele terminava, logo acima de uma faixa marrom 
escura que poderia ser a bainha inferior dos calções usados sob a saia, e então 
havia alguns centímetros nus de panturrilhas pálidas, pairando acima do topo de 
botas de couro marrom. 
Conran ficou ali por um momento, simplesmente encarando o pedaço de pele, 
e depois tentou levantar e virar a cabeça para olhar o cavaleiro que atualmente 
tocava sua bunda tão familiarmente, mas o movimento fez com que as batidas 
em sua cabeça aumentassem em severidade, o suficiente para que ele 
rapidamente desistisse do esforço. Depois de esperar um momento que a dor 
diminuísse para uma pulsação maçante novamente, Conran gritou em vez 
disso. Ou pelo menos ele tentou. Até ele não conseguia ouvir o som fraco de sua 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
voz sem fôlego acima do tamborilar dos cascos dos cavalos. Além do fato de que 
sua posição tornava impossível respirar ar suficiente para impulsionar qualquer 
volume, sua boca e garganta estavam secas como ossos velhos. 
Incapaz de chamar a atenção do cavaleiro, Conran tentou relaxar, mas sua 
posição era malditamente desconfortável, e cada vez piorando mais. Ele tinha 
que chamar a atenção da pessoa com quem cavalgava. Depois de um momento 
de debater a situação, ele finalmente virou a cabeça e mordeu o pedaço de pele 
nua acima da bota de couro. 
Imediatamente se tornou óbvio que tinha sido a jogada errada. Em vez de 
diminuir a velocidade ao perceber que estava acordado, o cavaleiro apertou a 
mão em seu traseiro em uma resposta assustada, cravando unhas afiadas 
em sua bunda. A fêmea desconhecida também deve ter puxado as rédeas de 
surpresa, com a outra mão. Pelo menos, esse foi o seu palpite quando o animal 
de repente se levantou com um relincho angustiado. 
Praguejando, Conran fechou os olhos e tentou se preparar enquanto seu 
mundo acabava. 
 
—Primo! 
Gemendo, Evina rolou de costas e abriu os olhos, não surpreendida por 
encontrar Gavin ao seu lado, preocupação em seu rosto. 
—Você está bem?― Ele perguntou, olhando-a. 
—Tudo bem, ―ela suspirou quando ele a ajudou a se sentar. Olhando 
em volta, ela viu o Buchanan no chão, a alguns metros de distância, próximo ao 
seu cavalo agora calmo. Donnan estava ajoelhado ao lado dele. 
—Ele está bem? ―Evina perguntou ansiosamente. Ignorando as dores que a 
assolavam, ela se levantou com a ajuda de Gavin e se inclinou sobre Donnan 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
para poder dar uma olhada no rosto do Buchanan. Vendo seus olhos fechados e 
o rosto pálido, ela suspirou com decepção. —Ele está inconsciente novamente. 
—Novamente? ―Donnan olhou para ela com surpresa. 
Evina assentiu. —Ele acordou brevemente apenas alguns momentos atrás. 
—Você tem certeza? ―Donnan perguntou. 
—Sim, ―disse ela com uma careta. —O bastardo me mordeu a perna. 
—Ele mordeu você? ―Gavin perguntou com uma risada de descrença. 
Evina assentiu novamente. —Isso me assustou me levando a puxar as malditas 
rédeas, e é por isso que seu cavalo se ergueu. 
—Ele está inconsciente, mas respirando bem e parece bom, a não ser por outra 
pancada na cabeça, ―anunciou Donnan, endireitando-se. —Deve ter 
conseguido quando caiu no chão. 
Evina relaxou um pouco. Os dois cairam do cavalo quando ele levantou. Ela caiu 
para trás e ele deslizou pelas costas do cavalo logo atrás dela. Ele ainda estava 
amarrado, tornozelos e pulsos, com uma corda presa entre eles. Ela supôs que 
eles tiveram sorte dele ter sofrido apenas um golpe na cabeça e não ter sido 
pisoteado ou arrastado pela montaria. 
—Estamos a apenas uma hora de Maclean, ―disse Donnan em voz baixa. —
Talvez seja melhor levá-lo lá antes que ele acorde novamente. 
—Sim, ―Evina concordou, distraidamente esfregando o cotovelo. Ela 
aterrissou com força nele, quando caiu do cavalo. Estava 
sensível, provavelmente muito machucado, como estava o quadril, mas ela não 
tinha quebrado nada, e estava consciente; portanto, ao que tudo indica, se saíra 
melhor que o Buchanan. 
—Gavin pode levá-lo em seu cavalo pelo resto do caminho, ―disse Donnan 
enquanto pegava o homem e se endireitava . 
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Evina não discutiu. Não era a primeira vez que o Buchanan escorregava da 
sela. Isso aconteceu logo depois que eles deixaram a clareira. Ele deslizou de 
cabeça para o chão e depois ficou pendurado sob a barriga do cavalo, com a 
corda presa entre os tornozelos e os pulsos amarrados, na sela. Bem, ele teria 
ficado de frente se estivesse consciente. Ele não estava, no entanto, então sua 
cabeça havia caído para trás, seus longos cabelos se arrastando pelo chão. 
Eles pararam de imediato, é claro, para endireitá-lo na sela e decidiram que 
alguém deveria ir com ele para ter certeza de que isso não aconteceria 
novamente. Evina assumiu o cargo porque ela era a mais leve, e eles esperavam 
que não retardasse muito o cavalo dele por ela cavalgar junto. Mas eles estavam 
perto de casa agora; o cavalo de Gavin podia lidar com os dois e ainda se mover 
rápido neste último trecho da jornada. O animal originalmente era de Donnan 
até que seu pai havia presenteado seu primeiro com o cavalo que ele agora 
usava. O animal estava acostumado a carregar um homem maior, e Gavin e o 
Buchanan juntos provavelmente não pesavam muito mais do que Donnan 
sozinho, ele era muito grande. 
—Monte, Gavin, e eu o deitarei sobre a sela na sua frente, ―ordenou Donnan, 
enquanto passava o Buchanan por ela . 
—Vamos desamarrar e amarrá-lo em volta do meu cavalo? ―Gavin perguntou, 
abrindo caminho para sua montaria. 
—Não. Estamos perto o suficiente, acho que podemos ficar sem o 
incômodo. Apenas mantenha uma mão nas costas para impedir que ele 
escorregue no resto da jornada, ―instruiu Donn . 
Gavin murmurou algo como concordância quando montou no cavalo, depois se 
inclinou e estendeu a mão para ajudar a colocar o Buchanan nas costas do 
cavalo na frente dele. Os dois homens rapidamente tiveram problemas, no 
entanto, graças à corda entre os pulsos e tornozelos amarrados do homem. 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
—Só um minuto, ―disse Evina, puxando seu punhal e correndo para a frente 
quando viu o problema. Enquanto os dois homens o seguravam no alto, ela 
rapidamente cortou a corda entre as mãos e os tornozelos e depois deu um 
passo para trás e para fora do caminho, ciente de que suas bochechas estavam 
agora em um vermelho ardente. Ela não pôde evitar. Do jeito que eles estavam 
segurando o homem, suas jóias estavam penduradas ao lado de seu rosto, e 
embora ela tentasse não olhar, era impossível não dar uma olhada rápida . 
Balançando a cabeça em um esforço para remover o que tinha visto de sua 
mente, Evina deixou os homens para arrumar o Buchanan à vontade e se afastou 
para montar de novo sua égua. 
—Lidere o caminho, milady, ― Donnan murmurou, uma vez que todos estavam 
de volta à sela. 
Ela não precisou ser avisada duas vezes. Virando a égua, Evina a estimulou num 
passo rápido, esperando que o corcel de Gavin pudesse acompanhá-la. Ela 
estava ansiosa para chegar em casa e ver que seu pai estava bem. Ou, pelo 
menos, que ele ainda vivia. Se ele tivesse morrido enquanto ela estava trazendo 
o Buchanan para ajudá-lo. . . 
Evina afastou esse pensamento com determinação, mas passou a hora restante 
da jornada rezando para que Rory Buchanan fosse tão bom quanto as histórias 
contadas e pudesse salvar a vida de seu pai.O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
Capítulo 2 
—Oh , graças ao bom Deus, você voltou, milady. Eu estava começando a temer 
que fosse tarde demais. 
Evina desmontou e viu sua criada, Tildy, descendo as escadas correndo em sua 
direção. A mulher estava torcendo as mãos, linhas de preocupação vincando seu 
rosto velho. 
—Ele ainda está vivo então? ―Evina perguntou bruscamente, movendo-se 
para encontrá-la na base da escada. 
— Sim, ―disse a criada de imediato, apertando suas mãos de maneira 
reconfortante quando Evina as pegou. —Mas mal, e não tenho certeza de por 
quanto tempo se algo não for feito. Ele está queimando de febre, ele está. 
—Algo será feito, ―Evina assegurou, e virou-se para onde Donnan estava 
removendo o Buchanan, ainda inconsciente, da montaria de Gavin. Ela ouviu 
Tildy ofegar ao seu lado quando sua frente nua foi revelada, e então Donnan 
jogou o homem por cima do ombro e virou-se para ela. 
—O quarto do seu pai? ―Ele perguntou enquanto se aproximava. 
—Sim. ―Evina virou-se imediatamente para liderar o caminho. 
—Esse é o irmão Buchanan que é um curador?― Tildy perguntou, subindo as 
escadas em seus calcanhares. 
—Sim, ―Evina murmurou. 
—Ele é maior do que eu esperava, ―ela murmurou e então perguntou: — O 
que aconteceu com ele? Por que ele está inconsciente? E nu e amarrado? 
—Houve um. . . ―fazendo uma careta, Evina classificou brevemente as 
palavras em sua mente e escolheu —. . . um incidente. 
—Que tipo de incidente? ―Tildy perguntou sombriamente, sua voz um pouco 
mais forte. 
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—Não importa, Tildy, ―ela rosnou enquanto avançava para a fortaleza e 
começava a atravessar o grande salão. —O importante é que ele está aqui. 
—Mas inconsciente, ―assinalou Tildy. —Como ele pode ajudar seu pai se ele 
está inconsciente? 
—Vamos acordá-lo, ―ela assegurou. 
—Como? ―Tildy perguntou imediatamente. 
A pergunta fez Evina mudar de direção. Eles chegaram durante o jantar e as 
mesas estavam cheias de pessoas de Maclean comendo e bebendo. Evina pegou 
um dos jarros de cerveja mais próximos, distribuídos tão generosamente entre 
as mesas e depois correu para seguir Donnan, enquanto ele carregava o 
Buchanan escadas acima. 
— Milady? ―Tildy correu para acompanhá-la. —O que. . .? 
—Tudo vai ficar bem, Tildy, ―Evina interrompeu com firmeza. Lançando um 
olhar para a criada, ela franziu a testa e acrescentou: —Você parece 
exausta. Você não descansou desde que partimos, não é? 
—E você ? ―Tildy rebateu, sobrancelhas arqueadas, e quando Evina desviou o 
olhar em direção ao topo da escada e abandonou o assunto, ela acrescentou: —
Eu acho que não. Você deve ter cavalgado dia e noite para chegar lá e voltar tão 
rapidamente. 
Evina não negou, mas apenas grunhiu de irritação quando chegaram ao 
patamar. Ela deu a volta em torno de Donnan e liderou o caminho para a porta 
do pai. 
Era o meio do verão, os dias quentes o suficiente para que até o castelo ficasse 
desconfortavelmente quente às vezes, mas o quarto de seu pai estava 
positivamente sufocante quando eles entraram. Também cheirava a podridão e, 
por um minuto, ela temeu que seu pai tivesse morrido, mas um gemido das 
profundezas das peles empilhadas na cama dizia a ela o contrário e Evina soltou 
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um suspiro aliviado enquanto corria para o lado dele. Franzindo a testa para o 
rosto corado, ela colocou a garrafa de cerveja sobre a mesa ao lado da cama e 
estendeu a mão para tocar sua bochecha. A preocupação a reivindicou quando 
ela sentiu o calor irradiando de sua pele antes mesmo que seus dedos o 
tocassem. 
—Ele está fervendo. Por que está tão quente aqui? ―Ela perguntou com 
consternação. 
—Ele continuou reclamando que estava com frio e nos pediu para acender o 
fogo, ―disse Tildy em voz baixa. 
Evina olhou preocupada para o rumor na lareira e depois se virou para ver 
Donnan carregar o Buchanan para o quarto. 
—Coloque-o aqui, ―ela instruiu, apontando para a cadeira que ela havia 
mudado para perto da cama quando seu pai ficou doente. Donnan fez isso de 
uma vez. Ele então levou um tempo para cortar a corda que prendia as mãos e 
os tornozelos do homem inconsciente antes de recuar. 
Evina olhou. O Buchanan estava caído na cadeira, com o queixo no peito nu, as 
pernas abertas e as jóias da família penduradas entre elas como. . . 
—Bom Deus! 
Piscando, Evina olhou ao redor a tempo de ver Tildy arrastar uma coberta da 
cama. A mulher então correu para a frente para colocá-la sobre o colo do 
Buchanan, cobrindo as partes mais importantes. De pé, ela balançou a cabeça e 
virou para erguer uma sobrancelha para Evina. 
—Que tipo de incidente deixa um homem nu e inconsciente? ―Ela perguntou, 
de lábios cerrados. 
Evina abriu a boca automaticamente para responder. Era mais um hábito 
do que qualquer coisa. Tildy tinha sido sua babá quando criança. Ela estava 
respondendo a ela desde que nasceu, mas antes que ela pudesse explicar, a 
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mulher acrescentou: —E por que ele está vestindo seu plaid como capa e não 
da maneira adequada? Ele parece ridículo. 
—Nós amarramos o plaid em volta do pescoço e dos joelhos, originalmente, 
―Evina murmurou, avançando para desamarrá-lo. Ele caiu de seus joelhos 
quando ele caiu do cavalo pela segunda vez. —Era para segurá-lo enquanto 
estávamos viajando. Ele estava deitado de barriga nas costas do cavalo naquele 
momento. 
—Porque ele estava inconsciente, ―sugeriu Tildy. 
—Sim. É difícil vestir um homem inconsciente num plaid. Evina desamarrou o 
material e depois olhou para Donnan. Ela não precisava dizer nada; ele já 
estava avançando. Ele levantou o homem apenas o suficiente para que ela 
pudesse puxar a roupa de debaixo dele, mas não o suficiente para desalojar o 
plaid. Uma vez que ele colocou o Buchanan de volta, ela colocou o material 
grosso sobre ele em cima da pele, colocando-o em volta dele como um cobertor. 
— E como ele ficou inconsciente? ―perguntou Tildy enquanto Evina terminava 
sua tarefa e recuava. 
Ela hesitou brevemente, mas finalmente admitiu: —Eu bati na cabeça dele com 
o punho da espada. 
—Você. . .! 
—Ele estava afogando Gavin, ―explicou Evina defensivamente. —Eu tinha que 
fazer alguma coisa. 
—Então, você o derrubou desacordado? E depois o que? Você não o 
seqüestrou, não é? ―perguntou Tildy, alarmada. 
—Não! ―Evina retrucou, e então franziu a testa com culpa quando admitiu: 
—Bem, sim, talvez um pouco. 
— Talvez você o tenha sequestrado um pouco? ―perguntou Tildy, incrédula. —
Não existe sequestrar alguém um pouco, moça. Ou você o seqüestrou ou não. 
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Quando Evina não respondeu, mas simplesmente franziu o cenho para o 
homem inconsciente, Tildy perguntou: —Ele concordou em vir, ou não? 
—Não, ―ela resmungou infeliz e rapidamente acrescentou: —Mas ele também 
não discordou. 
—Oh, Evina, ―disse Tildy em um suspiro. —Eu lhe criei melhor que isso, 
moça. Você não pode correr por aí sequestrando homens nus e trazendo-os para 
casa, não importa quão fortes e bem-dotados eles sejam. 
—Tildy! ―Evina virou-se para ela com uma careta. —Como ele se apresenta e 
se é bem-dotado, não tem nada a ver com isso. Eu o trouxe para casa para 
cuidar do papai. 
—Bem, ele vai ser muito bom em cuidar de seu pai , inconsciente como está, 
―assinalou Tildy desgostosa. 
Murmurando baixinho, Evina pegou a jarra de cerveja que colocara na mesa de 
cabeceira e se virou para derramar sobre a cabeça dele. Foi por isso que ela 
tinha parado para pegar a cerveja para começar; ela esperava que isso ajudaria a 
revivê-lo. . . e parecia estar funcionando, ela notou quando o homem começou a 
cuspir, amaldiçoando a vida. 
 
Conran estava sonhando que estava fazendotravessuras com uma beleza ruiva 
de olhos azuis, quando um líquido espirrou sobre sua cabeça, arrancando-o do 
abraço de sua garota dos sonhos. Ele não estava feliz com isso e chegou à vida 
rugindo, xingando e berrando enquanto se levantava, apenas para ficar em 
silêncio e imóvel enquanto se via encarando a mesma beleza ruiva que acabara 
de deixar. 
Bem, não exatamente a mesma, Conran percebeu quando a olhou. Ela tinha o 
mesmo rosto com lábios carnudos e gostosos que lhe davam idéias e piscinas 
azuis brilhantes nos olhos. Mas, em vez de longos cabelos esvoaçantes, ruivos 
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escuros e um lindo vestido de gaze que revelava seus seios redondos e 
crescentes e a curva de seus quadris, esta tinha o cabelo puxado para trás em 
um coque e usava um imundo, liso e mal-ajustado um vestido azul escuro que 
parecia enfatizar as sombras escuras de exaustão sob seus olhos. 
O movimento chamou sua atenção para a jarra que ainda estava pousada em 
uma mesa de cabeceira e Conran fez uma careta e passou as mãos rapidamente 
pelo rosto para limpar o líquido que pingava. Cerveja. Ele podia cheirar e 
provar. Também não era uma cerveja ruim, ele reconheceu enquanto a lambia 
de seus lábios. Porém, uma maldita maneira de acordá-lo. 
—Onde estou? ― A pergunta surgiu quando ele fez uma careta para o grupo 
que estava ao seu redor, uma cópia pobre de sua mulher dos sonhos, uma 
empregada idosa e dois soldados, ele observou, mas prestou pouca atenção, em 
vez disso examinou a sala rapidamente. Era um quarto, mas não um que ele 
reconhecesse. 
—Maclean, ―disse a mulher mais jovem. —Você é um convidado dos 
Macleans. 
—Convidado? ―Sua voz era duvidosa. A última coisa que Conran lembrava era 
de um homem nu atacando-o, enquanto ele estava tomando banho. Bem, não, 
ele percebeu, seus olhos se estreitando na mulher ruiva novamente. Ele também 
a notou montando um cavalo, enquanto lutava com seu agressor no rio. Ela 
bateu o cabo de uma maldita espada em sua cabeça, ele lembrou, seus olhos se 
estreitando nela. —Você me bateu com força. 
—Você estava afogando nosso Gavin, ― ela respondeu abruptamente, mas 
nem se deu ao trabalho de olhá-lo enquanto dizia isso. Em vez disso, a moça 
virou-se para olhar preocupada em direção à cama. 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
Conran seguiu o olhar dela, mas tudo o que viu foi uma montanha de peles 
empilhadas nela. Apertando a boca com a falta de atenção dela, ele rosnou: —Se 
Gavin é o sujeito que me molestou enquanto eu tomava banho, ele mereceu. 
Ela finalmente se dignou a lhe dar atenção, mas Conran mal percebeu. Uma 
maldição murmurada fez seu coração girar em direção aos dois soldados na 
sala. Seus olhos se estreitaram no menor, desta vez. Ele parecia um pouco 
familiar, mas com os cabelos secos e vestido com roupas, Conran levou um 
minuto para reconhecê-lo como seu atacante. Uma vez que ele fez isso, ele 
rosnou: —Você. 
O homem se mexeu desconfortavelmente. —Me pediram para tirá-lo da 
água. Me desculpe, milord, se você confundiu minhas intenções e pensou que 
estava sendo atacado. 
—Eu estava tomando banho sozinho, nu e sem minha arma quando outro 
homem nu apareceu de repente e me agarrou,― ressaltou com nojo. —Claro 
que pensei que estava sendo atacado. Qualquer homem pensaria. 
—Sério? ―A garota perguntou, e Conran observou o soldado maior olhar para 
ela e acenar com a cabeça. Ele não se incomodou em olhar, mas ouviu a 
reprovação em sua voz, enquanto ela perguntava: —Bem, por que você não me 
contou isso? 
—A situação era um tanto urgente, ―o homem maior a lembrou com um 
estrondo profundo de voz. —Precisávamos nos apressar e mal podíamos esperar 
que ele terminasse suas abluções. 
—Certo. Urgente, ―a garota murmurou e virou-se para espiar a cama mais 
uma vez. 
Conran seguiu seu olhar, imaginando o que ela achava tão fascinante nas 
malditas peles. 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
—Além disso, ―continuou o homem, —eu esperava que Gavin falasse rápido o 
suficiente para garantir que tudo estava bem antes que o Buchanan recorresse 
à violência. 
—Ninguém fala tão rápido, ―Conran assegurou secamente. —E eu nunca o 
teria ouvido acima da correnteza da cachoeira. ―Quando o homem inclinou a 
cabeça concordando, Conran olhou de volta para a garota e perguntou 
brevemente: — Então? Por que fui sequestrado? 
—Você não foi sequestrado, ―disse ela rapidamente, voltando-se com algo 
como alarme. Gerenciando um sorriso um tanto tenso, ela acrescentou: 
—Verdadeiramente, senhor, não queremos fazer mal a você. Nós não somos 
inimigos. De fato, somos admiradores de suas habilidades nas artes de curar. 
Conran bufou e depois rosnou: —Fui nocauteado, amarrado, jogado sobre um 
cavalo e transportado sem querer para longe de Buchanan até Maclean. Moça, 
isso é sequestro. 
—Ela é uma lady não é uma moça, ― disse o homenzarrão bruscamente. — 
Você vai dar a nossa lady o respeito que lhe é devido e se referirá a ela como 
lady Evina. 
Conran levantou uma sobrancelha duvidosa com as palavras. A moça parecia 
muito distante de uma lady no momento. Mais como um menino de rua sujo 
naquele vestido azul imundo. Ele estreitou os olhos ao se lembrar do azul caído 
sobre a perna que ele havia mordido. Então o que ela disse momentos atrás 
finalmente afundou em sua cabeça. 
—Artes de cura? ―Ele perguntou bruscamente. 
— Sim, os contos de sua habilidade se espalharam por toda parte, lord 
Buchanan, e precisamos desesperadamente dessas habilidades. Meu pai, 
Fearghas Maclean, está muito doente. Por favor, apenas dê uma olhada. 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
Conran balançou a cabeça, percebendo que era Rory que eles 
queriam. Obviamente, eles pegaram o irmão errado, pensou, mas hesitou em 
dizer mais com medo de ver seu irmão ser tratado com a mesma severidade que 
ele havia sido. 
Enquanto ele se levantava, incerto do que deveria fazer ou dizer nessa 
situação, a moça agarrou sua mão e o puxou para a cama. Sua voz estava 
desesperada quando ela implorou: —Por favor, apenas olhe para ele. Deve 
haver algo que você possa fazer. 
—Não. ―Conran puxou a mão da dela. Ele não era um curador. 
—Sim. 
Conran fez uma careta. —Você me sequestrou. Por que eu a ajudaria em troca 
de um tratamento tão duro? 
Várias expressões flutuaram em seu rosto ― consternação, raiva, desespero 
― e então Lady Evina respirou fundo e soltou o ar lentamente. Erguendo os 
ombros, ela disse baixinho: —Por favor, senhor. Peço desculpas se Gavin se 
aproximando de você na cachoeira o assustou. Essa não era nossa intenção. 
Conran fez uma careta para o comentário, não gostando da sugestão de que 
ele estava com medo. 
—De fato, nunca pretendemos que os eventos infelizes que se seguiram 
ocorressem, ―continuou ela. —A verdade é que fomos a Buchanan para nos 
aproximar e pedir sua ajuda para salvar a vida de meu querido pai. No entanto, 
tudo deu muito errado quando você atacou Gavin. 
Ótimo, agora ele era o vilão, atacando um homem que só queria chamar sua 
atenção, Conran pensou, e quase balançou a cabeça, maravilhado com a 
habilidade com que ela virou o jogo. 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
—E uma vez que você estava inconsciente, dificilmente poderíamos deixá-lo lá, 
nu e vulnerável. Qualquer coisa poderia ter acontecido com você, se o tipo 
errado tivesse encontrado você assim. 
Isso foi inteligente, Conran reconheceu. Agora ele não era apenas o bandido, 
mas ela o salvara ao seqüestrá-lo. 
—Mas eu senti que não podia deixar meu pai sozinho por muito tempo, com 
medo de que ele morresse antes que eu pudesse voltar, ―continuou ela. —Isso 
significava que não poderíamos ficar para vigiá-lo até que você acordasse. Então, 
em vez disso, trouxemos você de volta conosco para mantê-lo 
seguro. . . esperando que uma vez que você acordasse e pudéssemos falar, você 
concordariaem ajudar. ―Inclinando a cabeça, ela acrescentou: — Eu ficaria 
satisfeita em oferecer a você qualquer coisa que você deseje que esteja ao meu 
alcance para lhe dar, se você apenas tentar ajudar meu pai. Ele significa 
tudo para mim. Não posso perdê-lo. 
Bem, inferno, Conran pensou com irritação. Ela era uma garota esperta. Não 
apenas engoliu seu orgulho e fez um apelo bonito, ela conseguiu torcer tudo 
para que o sequestro dele parecesse quase uma gentileza. Mais do que isso, 
porém, ela revelou seu carinho e preocupação muito reais por seu pai. Se ele se 
recusasse a pelo menos olhar para o homem agora, ele se sentiria um merda 
completo. 
Suspirando, Conran passou a mão pelos cabelos longos e depois franziu o 
cenho ao sentir algo. Arrancando-o, ele abaixou a mão e olhou para o pequeno 
galho espinhoso que puxou do cabelo. 
—Por favor? 
Conran desviou o olhar para Lady Evina. Seus olhos estavam brilhantes agora, 
embora se com lágrimas ou raiva ele não podia dizer. Ele estava inclinado a 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
lágrimas, porém, e supunha que o mínimo que podia fazer era olhar o 
homem. Ele poderia decidir o que fazer a partir daí. 
—Tudo bem, ―ele murmurou agora. —Leve-me até ele. 
—Talvez você possa se vestir primeiro, ―sugeriu a velha em tom ácido. 
Sobrancelhas erguendo-se, Conran seguiu seu olhar para baixo para ver que 
seu plaid e uma pele estavam caídos no chão, em cima e diante de seus pés, mas 
de outra forma estava completamente nu. 
—Eles caíram quando você acordou e pulou, ―disse Evina, seu olhar nunca 
caindo abaixo do rosto dele. Do jeito que ela disse sugeria que ele estava usando 
pelo menos o plaid, mas ele se lembrava de estar nu no cavalo. A maldita coisa 
deve ter sido jogada sobre ele e escorregou quando ele se levantou. 
Sacudindo a cabeça, Conran se inclinou para pegar o plaid e foi para o outro 
lado da cama, onde havia espaço para se ajoelhar e preguear a peça de roupa no 
chão. Seus movimentos foram econômicos, mas não apressados. Conran não 
estava envergonhado pela nudez, dele ou de qualquer outra pessoa. Ele 
mergulhava com seus irmãos duas ou três vezes por semana durante 
os primeiros vinte e poucos anos de sua vida e ainda o fazia de vez em 
quando. Entre isso e ajudar Rory com seu trabalho com os doentes e feridos, o 
que exigia lidar com pessoas em todos os estados de roupas e nudez, ele não via 
vergonha no corpo humano. 
Conran achou interessante que Lady Evina também não parecesse 
envergonhada por sua nudez. A maioria das senhoras teria corado e gaguejado e 
provavelmente até viraria as costas enquanto converssassem com ele, se não 
saíssem completamente da sala até que ele se vestisse. Mas ela ficou ali, a 
poucos centímetros de distância, como se ele estivesse completamente 
vestido. O olhar dela nunca caiu abaixo do rosto dele entretanto, pensou 
Conran, repassando os últimos minutos em sua mente, enquanto 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
trabalhava. Interessante. Talvez. Ele não tinha certeza. Ele não conseguia 
descobrir o que era. Apenas quando ele pensou que sabia o que esperar, ela o 
surpreendeu . . . o que o fascinou. 
Conran estava terminando a última prega quando uma camisa branca apareceu 
diante de seu rosto. Parando, sentou-se sobre os calcanhares e olhou para o 
homem segurando-a. Foi aquele que o atacou debaixo das cataratas, o menor 
dos dois soldados. Embora essa descrição fosse enganosa. O homem não era 
pequeno de forma alguma. Na verdade, ele era do tamanho dele, mas perto da 
montanha de homem que era o outro soldado, este parecia pequenino. 
—Sua camisa, ―o soldado disse calmamente. —Coloquei-a no meu alforje e a 
trouxe de volta para você. 
—Obrigado, ―disse Conran de má vontade enquanto pegava a camisa. Ele a 
vestiu rapidamente, depois a manta e virou-se para as pessoas que esperavam 
pacientemente do outro lado da cama. Erguendo as sobrancelhas, ele disse: 
—Então. . . se você me levar ao seu pai, verei se há algo que eu possa fazer. 
Ele esperava que Evina o levasse para fora do quarto. Em vez disso, ela 
caminhou até a cama e olhou para o topo da pilha de peles amontoadas lá. —
Pai? Rory Buchanan está aqui. Se alguém pode salvar você, é ele. Você está 
acordado, Pai? 
Conran se aproximou da cama, arregalando os olhos quando viu o rosto velho e 
enrugado, visível acima da montanha de peles. Observando as bochechas 
coradas e os olhos vidrados quando o homem os abriu, ele começou a franzir a 
testa e se inclinou para pressionar as costas da mão na testa de Fearghas 
Maclean. 
—Santo Deus, ele está queimando, ― disse ele, consternado, e afastou a 
mão. O homem estava com calor suficiente para cozinhar uma refeição sem a 
necessidade de um fogo. 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
Franzindo a testa, Conran se endireitou, pensando que o sujeito precisava das 
habilidades de seu irmão e imediatamente. Mas se ele estivesse agora em 
Maclean, levaria pelo menos dois dias, provavelmente três, para ir a Buchanan e 
trazê-lo de volta. Se o irmão dele viesse, Conran pensou. Rory estava muito 
preocupado com a filha do estalajadeiro. A moça era uma coisa pequenina, e seu 
marido era um grande homem. Rory temia que o nascimento de seu filho 
pudesse matar a moça. Não era provável que estivesse disposto a deixá-la até 
que o nascimento estivesse acabado. Isso signiicava levar o Maclean com ele, 
mas no estado em que ele estava, Fearghas provavelmente não sobreviveria à 
jornada. 
Conran franziu o cenho sobre a situação e depois proferiu uma maldição suave, 
mas fervorosa . Ele teria que ele mesmo fazer o que pudesse pelo Maclean e 
tentar diminuir a febre. Se ele conseguisse isso, poderiam transportá-lo para 
Buchanan para Rory cuidar dele. Felizmente para eles, depois de ajudar Rory 
tantas vezes, ele sabia como diminuir a febre. Ele prontamente começou a 
arrancar as peles da cama e jogá-las no chão. 
—O que você está fazendo? ―Evina perguntou alarmada, tentando detê-lo. 
—Ele está com febre, ―observou Conran, ignorando as tentativas dela e 
continuando a remover as peles. Meu Deus, onde diabos eles conseguiram 
tantas? 
—Sim, mas ele estava reclamando que estava com frio, ―ela protestou, 
pegando de volta as peles que ele acabara de remover. 
—Porque ele está com febre, ―ele murmurou. Mas quando ela começou a 
devolver as peles enquanto ele as removia, Conran fez uma pausa e se 
endireitou para olhá-la, sua boca abrindo e depois fechando novamente quando 
ele realmente olhou para ela. A mulher estava pálida como a morte, com 
grandes manchas embaixo dos olhos que só podiam ser exaustão. Ela precisava 
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dormir e provavelmente não o procuraria até ter certeza de que seu pai estava 
bem . . . a menos que ela fosse obrigada. 
—Você quer que eu ajude ou não? ―Ele disse finalmente. 
Os olhos dela se arregalaram incrédulos. —Sim, claro, mas. . . 
—Então saia, ―interrompeu Conran, sombrio. 
—O quê? ―Ela ofegou com espanto. 
—Quero esse maldito fogo apagado, as persianas das janelas abertas, um 
banho frio preparado e que você se vá, ―acrescentou ele com firmeza antes de 
continuar. E não volte. Se o fizer, eu vou embora. 
—Mas . . . ―O olhar perdido em seu rosto enquanto ela espiava para o pai foi 
quase sua ruina e Conran quase retirou as palavras, mas então ele notou como 
as mãos dela estavam tremendo e ele se manteve firme. A moça estava além de 
exausta. Provavelmente estava sem dormir para cuidar do pai antes de voltar 
para Buchanan, mas ele tinha certeza de que ela não dormira nos últimos dois 
ou três dias enquanto viajara para buscá-lo. Se a mulher não descansasse logo, 
ela entraria em colapso e ficaria doente. 
 —Você está imunda, fede e está balançando nos pés ―retrucou Conran 
severamente, suspeitando que gentileza não funcionaria com essa mulher. —
Você não está em condições de ficar em um quarto de doente.Saia daqui, 
encontre um banho e depois a cama, e não volte até que eu diga. 
—Você. . . eu . . . ―ela gaguejou, choque e raiva colorindo suas bochechas, e 
Conran começou a suspeitar que ele poderia ter exagerado um pouco. 
Apertando a boca, ele usou a única arma que tinha ― a preocupação dela pelo 
pai. Erguendo o queixo, ele rosnou: — Bem? Você está indo embora, ou eu 
estou? 
—Evina, ―a mulher mais velha disse gentilmente, tocando seu braço. 
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Apertando a boca amargamente, Lady Evina assentiu com firmeza e se afastou 
do quarto, batendo a porta atrás de si. 
—Veja que ela tenha algo para comer e depois durma, ―ordenou Conran à 
velha. —E diga a ela que vou embora se ela não fizer as duas coisas. Não desejo 
estar cuidando dela junto com seu pai. 
Assentindo, a criada correu para a porta para sair atrás de sua lady. 
— E não se esqueça de pedir um banho frio para o seu laird ―Conran latiu, 
quando a velha deslizou para o corredor. 
No momento em que a porta se fechou atrás dela, ele se virou para os dois 
soldados ainda na sala e repetiu: —Abram as persianas da janela e apaguem o 
maldito fogo. Temos que esfriá-lo ou seu cérebro vai ferver. 
Os dois homens se moveram imediatamente para obedecer, e Conran voltou a 
remover as peles, já pensando no que vira Rory fazer quando teve um paciente 
com febre que precisava diminuir. 
 
—O bastardo arrogante, ―Evina rosnou, descendo as escadas, ciente de que 
Tildy estava atrás dela. Ela olhou por cima do ombro quando ouviu a porta do 
quarto abrir e fechar e viu a mulher correndo atrás dela. —Me mandando para 
fora do quarto. Ele é meu pai. Eu deveria estar lá. 
— Sim, moça, mas talvez seja melhor assim, ―disse Tildy, um pouco sem 
fôlego, enquanto a seguia pelo movimentado salão. 
—Como é melhor que meu pai esteja sendo privado da presença de sua 
filha? Ele está doente e precisa de mim, ―disse ela, melancolicamente. 
—Ele precisa mais do Buchanan agora, ― disse Tildy solenemente. 
Evina grunhiu em resposta enquanto elas começavam a atravessar o grande 
salão. As mesas ainda estavam cheias de pessoas desfrutando de sua refeição. 
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—E você pode comer e descansar, ―continuou Tildy, enquanto começavam a 
andar entre as mesas de cavalete. —Por que você não se senta? Vou ordenar o 
banho e pedir à Cook para preparar uma refeição. Você pode comer e depois se 
retirar e descansar um pouco. 
—Não estou com fome. Ou cansada demais para isso, ―rosnou Evina, o que 
não era completamente verdade. Embora ela não estivesse com fome, ela 
estava um pouco cansada. Muito menos cansada do que ela estava quando 
finalmente chegaram aqui, mas seu sangue estava quente e grande parte de sua 
exaustão havia sido afugentada por sua raiva. 
— Bem, o Buchanan disse que você deveria fazer as duas coisas ou ele iria 
embora, ―lembrou Tildy com firmeza. 
Evina virou com desânimo. —Certamente ele não quis dizer isso? 
A criada assentiu solenemente. —Eu acho que ele quis. Ele disse que não 
deseja cuidar de você, bem como de seu pai, se você adoecer, e eu deveria ver 
que você comeu e descansou, ou ele iria embora. 
—Ele age como se ele achasse que pode me dar ordens! ― Evina retrucou 
furiosamente. 
—Ele pode, ― disse Tildy com firmeza. —A menos que você esteja disposta a 
arriscar ele partir e não cuidar de seu pai. 
Apertando as mãos ao lado do corpo, Evina rosnou baixinho e virou-se para 
caminhar até a mesa alta. 
— Essa é minha boa moça, ―disse Tildy com alívio óbvio. — Você agora relaxa 
um pouco. Vou pedir o banho para seu pai e mandar comida para você. 
Evina caiu no banco da mesa alta com um murmúrio desgostoso. Ela não 
gostava que lhe dissessem o que fazer na melhor das hipóteses, mas ser 
mandada pelo Buchanan deixava seus nervos à flor da pele. Ninguém havia 
mencionado nas muitas histórias sobre ele que era um bastardo 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
ditatorial. Sempre foi sobre o quão maravilhosamente habilidoso Rory Buchanan 
era, e como ele era um milagreiro, arrancando a doença e o doentes 
das mandíbulas da morte e devolvendo-os à saúde. Ele praticamente fora 
pintado de santo por aqueles com quem ela falara, mas Rory Buchanan não era 
um maldito santo. Ele era rude, malvado, indiferente e pensava tão bem de si 
que acreditava ter o direito de dar ordens por aí. Chantageá-la para fazer o que 
ele dizia. 
—Milady. 
Evina olhou para cima, piscando surpresa para a criada esperando que ela se 
sentasse direito para poder colocar comida e bebida. Só então Evina percebeu 
que havia apoiado os cotovelos na mesa para sustentar o queixo com as 
mãos. Suspirando, ela sentou-se para trás e sorriu cansada quando a mulher 
colocou o trincho com um pedaço de carne e legumes assados, bem como uma 
cidra, diante dela. 
— Não se preocupe, milady ―disse a criada encorajadora. — O lord ficará bom 
agora que o Buchanan está aqui. Ele estará de pé em breve. Você vai ver. 
—Sim, ―disse Evina, forçando um sorriso. —Tenho certeza que ele vai. 
Sorrindo, a criada assentiu e se afastou, deixando-a com a refeição. 
Evina a observou sair e depois olhou em volta das mesas, observando o modo 
como as pessoas de Maclean lançava olhares tanto em sua direção como para as 
escadas que levavam aos quartos, onde seu laird estava deitado no leito de 
doente. Ninguém se aproximou dela, porém, e ela estava agradecida por isso. De 
qualquer forma, ela não seria uma boa companhia agora, pensou Evina, com 
o nariz contraindo com o cheiro da comida que havia sido preparada, antes de 
comê-la. A carne cheirava bem. Delicioso. Especialmente depois de mais de dois 
dias com nada além de bolos de aveia e maçãs comidas a cavalo. 
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Sentando-se um pouco mais reta, Evina recuperou seu sgian-dubh, puxou o 
trincho mais para perto e começou a comer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Capítulo 3 
Conran inclinou-se para a frente para verificar a testa do paciente novamente e 
ficou bastante orgulhoso de notar que a febre, enquanto ainda presente, estava 
muito reduzida. O Maclean estava apenas um pouco mais quente do que 
deveria. A cor do homem também era melhor, suas bochechas rosadas, mas não 
tão coradas quanto antes quando ele viu pela primeira vez Fearghas. Ambos 
eram bons sinais e Conran esperava que eles quisessem dizer que ele tinha 
retirado toda a carne infectada quando limpou a ferida que encontrara 
enquanto banhava o velho no banho frio que ele pedira. 
Ele tinha tido Donnan e Gavin permanecendo para ajudá-lo a banhar o 
homem. Foi quando eles tiraram sua camisa de dormir que Conran avistou o 
grande e feio ferimento no traseiro do velho laird. Era impossível dizer o que 
causara a ferida infectada, inflamada e escorrendo. Conran perguntou sobre 
isso, mas nenhum dos soldados parecia saber quando ou como seu laird havia 
sofrido o ferimento. 
Deixando o assunto de lado por enquanto, Conran se concentrara em apenas 
submergir o Maclean na água fria e mantê-lo lá. É claro que, no momento em 
que a água se fechou em torno de seu corpo superaquecido, o homem começou 
a se debater e gritar enquanto tentava escapar do frio. 
Fraco como Fearghas tinha parecido em seu leito de doença, foram necessários 
os três para mantê-lo na água. Mas o esforço valeu a pena. O homem esfriou 
relativamente rápido, e então Conran tinha ajudado os soldados a tirá-lo, secá-lo 
e deitá-lo de bruços na cama. Donnan e Gavin haviam ajudado ainda mais, 
mantendo o velho imóvel enquanto Conran limpava o ferimento que ele notara 
na bunda. Felizmente, ele acompanhou Rory em várias viagens de cura para 
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saber que o ferimento desconhecido era provavelmente a fonte da febre do 
homem, e que a infecção precisava ser limpa para diminui-la permanentemente. 
No final,Conran teve que cortar uma grande parte da bunda do homem para 
limpar tudo. Ele envolveu o ferimento como vira Rory fazer com outros 
pacientes e o enfaixou, antes de cobrir o velho e deixá-lo descansar. Isso 
aconteceu horas atrás e Conran esteve observando o homem sozinho a maior 
parte do tempo. Ele liberou Donnan e Gavin para irem comer e dormir um 
pouco, depois de pegá-los bocejando uma ou duas vezes. Ele percebeu então 
que, enquanto estivera inconsciente e descansara durante a viagem até 
Buchanan, os dois homens haviam percorrido os dois sentidos e estavam sem 
dúvida tão exaustos quanto sua lady. 
Agora estava perto do amanhecer. Pelo menos esse era o palpite de Conran, 
olhando de relance para o céu cinzento do lado de fora das persianas da janela 
aberta, e ele se viu agora bocejando quando o cansaço o invadiu. Ele também 
estava com fome, reconheceu Conran com uma carranca, e olhou para a porta, 
imaginando se haveria alguém lá em cima ou em volta que pudesse pelo menos 
levá-lo à comida, se não lhe trouxesse um pouco. 
Ele voltou seu olhar para Fearghas Maclean e se inclinou para frente para sentir 
sua testa novamente. Achando um pouco diferente da última vez que verificara, 
Conran se mexeu impaciente e depois se levantou e foi até a porta. A velha 
empregada se ofereceu para buscar comida para ele antes de se retirar, mas ele 
não estava com fome então. Ele estava agora. 
Abrindo a porta do quarto, Conran saiu do quarto para o corredor e parou 
quando notou a mulher em um catre do outro lado da porta. Lady Evina. Ela 
estava dormindo como ele insistira, mas não no quarto dela. Em vez disso, ela 
escolheu um lugar o mais próximo possível do pai, sem entrar no quarto dele. 
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Suavizando a boca, Conran a olhou silenciosamente por um momento, notando 
o quão pequena ela realmente era. Considerando a força que ela usara ao bater 
com a espada na cabeça dele, ele esperaria que houvesse mais nela do que a 
figura magra como um graveto que ele podia ver onde este vestido a abraçava 
com carinho. Mas ela era realmente uma coisinha pequena, observou ele, 
dando-lhe mais um olhar. 
Conran podia ver uma semelhança com o pai. Evina tinha os olhos e a cor dos 
cabelos do pai. Ele notou os fios vermelhos de cabelo espalhados entre o 
grisalho na cabeça do pai, enquanto ele o cuidava. Ela também tinha o queixo 
forte dele, no entanto, ele viu agora. Mas ela deve ter herdado o nariz 
levemente esculpido da mãe. Os Fearghas tinham um nariz de falcão muito 
maior. E seu rosto era um oval suave com maçãs do rosto altas, enquanto o de 
Maclean era longo, magro e atualmente desalinhado, com vários dias de barba 
crescida. 
Ela era uma beleza, reconheceu Conran, deixando os olhos deslizarem 
novamente por seu rosto e cabelo. Ela obviamente tomara banho. Seu rosto e as 
mãos estavam limpas. O vestido amarelo pálido que ela usava também estava, e 
os cabelos que ela havia enrolado em um coque antes, caíam presentemente em 
ondas suaves ao redor de seu rosto, assim como os cabelos da mulher em seus 
sonhos. 
Sentindo seu corpo respondendo à lembrança daquele sonho sensual, Conran 
fez uma careta e rapidamente desviou o olhar dela para espiar através do 
patamar e sobre o parapeito para o grande salão abaixo. Para sua surpresa, a 
sala era uma colméia de atividades com metade das pessoas se movendo 
silenciosamente, enquanto as outras estavam apenas despertando. 
Aparentemente, não era tão cedo quanto ele pensara. A luz cinzenta que ele 
espiou pelas persianas abertas devia ser o resultado de uma chuva de não mais 
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de uma hora. Pelo lado positivo, isso significava que Cook deveria estar de pé, e 
haveria algo para ele comer. 
O olhar de Conran caiu para a mulher novamente e ele brevemente debateu o 
que fazer. Ele não queria acordar Evina, mas também não queria deixá-la 
deitada em seu catre duro. 
Virando-se, Conran olhou de volta para o quarto do laird, considerando a cama 
grande em que o homem estava. Havia espaço mais do que suficiente para Evina 
dormir lá sem perturbar o descanso de seu pai, ele decidiu, e certamente seria 
mais confortável do que dormir no chão duro. 
Decisão tomada, ele se inclinou para pegá-la com cuidado e delicadamente em 
seus braços. Para grande surpresa de Conran, ele conseguiu a tarefa sem acordá-
la. Soltando um suspiro de alívio, ele segurou Evina perto de seu peito e se 
endireitou com ela, depois se virou para caminhar até a cama. 
Tudo correu bem até que ele deu a volta para deitá-la ao lado de seu 
pai. Conran talvez estivesse na metade do lado da cama quando tropeçou no 
que parecia uma pele descartada no chão. Pego de surpresa, ele tropeçou vários 
passos adiante, apertando os braços ao redor do fardo, enquanto tentava 
manter o equilíbrio. 
Apesar dos melhores esforços de Conran, ele não conseguiu se salvar. A única 
coisa que ele pôde fazer foi se jogar na cama no último momento, com a 
esperança de, pelo menos, dar a si e à moça uma aterrissagem mais suave do 
que o piso ofereceria. 
 
Foi algo apertando em torno de suas pernas e ombros, que arrancou Evina do 
sono. Piscando os olhos, ela o fez bem a tempo de notar o rosto do Buchanan 
acima do dela, e sua expressão de alarme enquanto eles caíam para a frente. Ela 
não tinha ideia de como tinha ido parar nos braços dele, mas não se importou 
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naquele momento. Ela simplesmente jogou os próprios braços em volta dos 
ombros dele e gritou quando eles caíram em direção ao chão. 
Evina tinha certeza de que eles estavam em uma aterrissagem difícil, uma em 
que ela levaria o peso, por isso ficou bastante surpresa quando, em vez do duro 
piso de madeira batendo nas costas e nas laterais, ela pousou em algo mais 
suave. Cedeu sob seu peso, mas então o Buchanan caiu em cima dela, seu corpo 
a empurrando mais profundamente na suavidade em que ela pousou. 
—Você está bem? 
Evina abriu os olhos, que não tinha percebido que tinha fechado, com essa 
pergunta e piscou confusa para o Buchanan. Enquanto ele se afastava um pouco, 
o homem ainda estava descansando em cima dela, com o rosto tão perto que 
ela podia contar os pelos grossos que cresciam ao redor de sua boca. Eles 
delineavam seus lábios carnudos, e Evina estava suficientemente distraída por 
aqueles lábios que ela apenas olhou. Eles pareciam incrivelmente macios em 
comparação com a barba espinhosa. Mas então Evina sabia que seus lábios eram 
macios. Ela os sentiu quando soprou ar em sua boca depois de puxá-lo para fora 
da água. 
Absorvida pelos lábios dele e pelos pensamentos dela, Evina não percebeu a 
princípio que sua boca estava abaixando na direção dela até que roçou 
suavemente a sua. Ela se encolheu de surpresa então e moveu as mãos de onde 
ainda seguravam seus ombros. Ela as moveu para o peito dele. Evina fez isso 
com a intenção de afastá-lo, mas suas mãos nunca empurraram. Para sua 
surpresa, elas simplesmente se enrolaram no tecido de seu plaid quando a 
carícia de sua boca na dela trouxe uma sensação desconcertante e sentimentos 
clamando dentro dela. 
Ele tinha gosto de cidra, observou Evina quando a língua dele empurrou entre 
seus lábios para explorar sua boca. Foi o último pensamento quase sensato 
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que ela teve. De fato, se tivesse a capacidade de descrevê-lo, Evina teria dito que 
naquele momento seu cérebro se soltou completamente, dominado pela 
excitação e desejo que subitamente explodiram para a vida, dentro dela. Ela não 
estava ciente de que suas mãos começaram a puxar desesperadamente o plaid 
dele, ou que pequenos gemidos de necessidade e prazer estavam soando em 
sua garganta quando ela começou a beijá-lo de volta, sua boca imitando a dele. 
Evina sentiu uma mão se fechar sobre seu peito através do vestido e ofegou em 
sua boca com o fogo que a açoitava através deseu corpo. Ela arqueou as costas, 
pressionando-se instintivamente para a carícia. Conran respondeu ao convite 
silencioso, encontrando seu mamilo e apertando-o levemente através do pano 
de seu vestido. Quando ela gritou em sua boca em resposta, ele passou o 
polegar sobre o botão duro repetidas vezes, no que poderia ter sido uma carícia 
suave, mas apenas a fez se contorcer e estremecer sob ele. 
O Buchanan gemeu quando suas ações fizeram seus corpos inferiores 
esfregarem-se juntos, e depois se afundou nela, seu beijo se tornando mais 
exigente. Evina respondeu da mesma maneira, beijando-o ansiosamente de 
volta, seus quadris em troca empurrando para cima. A princípio, ela não 
percebeu que a mão livre dele serpenteava por baixo da saia e deslizava para 
cima pela parte externa da perna; não foi até que ele deslizou ao redor e sua 
palma pressionou entre suas coxas que ela tornou-se ciente disso. 
Evina interrompeu o beijo em um suspiro, e então olhou bruscamente em 
direção à porta, quando uma batida soou. Ela ouviu o Buchanan proferir uma 
imprecação suave, e então o peso dele estava fora dela. Ela se virou para ver 
que ele estava de pé ao lado da cama, quando ele agarrou a mão dela e a puxou 
com ele. Evina ficou de pé tão rapidamente que estava quase tonta e depois se 
virou para encarar Tildy com os olhos arregalados, enquanto a criada entrava no 
quarto. 
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—Oh, ―disse a mulher, olhando para eles com surpresa, e então seus olhos 
começaram a se estreitar e seu corpo enrijecer. 
—Eu estava indo para baixo em busca de comida, e encontrei Lady Maclean 
dormindo no chão do lado de fora da porta do quarto, ―explicou o Buchanan 
calmamente. —Pensei em trazê-la e deixá-la dormir aqui, onde ela poderia estar 
mais confortável. Eu até consegui pegá-la sem acordá-la. No entanto, tropecei 
em uma pele e caí na cama com ela quando a trouxe para dentro. Ele ofereceu 
uma careta depreciativa e encolheu os ombros. —Temo que nem sempre seja o 
membro mais coordenado da minha família. 
—Oh.― Tildy relaxou, um leve sorriso reivindicando seus lábios. —Bem, isso 
explicaria a aparência confusa e desgrenhada de milady, ―ela comentou 
divertida, e depois fechou a porta para se mover mais para dentro da sala. —
Nenhum dano aconteceu entretanto. Você teve sorte em pousar na cama e não 
no chão. 
—Er . . . sim ―disse o Buchanan com um sorriso torto. 
—Devo buscar comida? Ou você gostaria de dar um tempo no quarto e ter a 
chance de descer para comer à mesa? ―perguntou Tildy quando parou na cama 
para espiar o pai de Evina. Olhando para o Buchanan, ela acrescentou: —É por 
isso que eu vim. Eu pensei que você já devia estar com fome agora. 
— Acho que poderia dar um tempo, ― murmurou o Buchanan, indo em 
direção à porta. —Obrigado. 
Evina ficou onde estava, sentindo-se desolada ao vê-lo ir. Seu corpo ainda 
estava doendo por sua atenção e ansiava por mais. 
—Oh! 
Desviando o olhar da porta do quarto, agora fechada, Evina olhou para Tildy 
alarmada. —O que foi isso? 
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—Oh,― Tildy repetiu, mais calmamente, e pressionou a mão no peito 
enquanto balançava a cabeça. —Nada. Foi só que por um momento eu pensei 
que os olhos de seu pai estavam abertos e ele estava acordado. Mas deve ter 
sido um truque das sombras aqui. Ele ainda está dormindo. 
Evina olhou para o pai. Seus olhos estavam fechados, seu rosto em 
repouso. Curvando-se sobre ele, ela pressionou a mão na bochecha dele, 
aliviada por sentir o quanto ele estava mais frio . Meu Deus, Rory 
Buchanan era um milagreiro. Ele chegou na noite anterior e seu pai já estava 
melhorando, ela pensou, e então sorriu quando ele gemeu e virou o rosto para a 
carícia dela. —Pai? 
Os olhos dele se abriram lentamente e se fixaram no rosto dela. —Filha? 
Evina estremeceu com sua voz rouca, mas assentiu. —Sim. 
—Vou buscar um pouco de hidromel para ele molhar sua garganta 
―murmurou Tildy, correndo para a porta. 
—Como você está se sentindo?― Evina perguntou, sentando-se na beira da 
cama e observando-o com uma combinação de preocupação e alívio. Ele estava 
acordado. Ele ainda não estava totalmente recuperado e ainda estava doente, 
mas ela nunca pensou que o veria tão bem novamente. 
—Melhor do que eu estava ontem, ―ele rosnou, levantando uma mão 
fracamente, antes de deixá-la cair de volta na cama. 
Evina pegou a mão dele e a apertou gentilmente. 
O pai dela se mexeu inquieto e depois fez uma careta e perguntou: — Quem 
era o homem tentando me afogar no meu banho? 
Evina franziu a testa, uma combinação de preocupação e confusão surgindo 
dentro dela com a pergunta, e então o entendimento afastou sua expressão e 
respondeu: —Rory Buchanan. Ele não estava tentando lhe afogar. Ele estava 
tentando lhe esfriar. 
O Highlander errado – Lynsay Sands 
 
—A água estava gelada, ―ele reclamou. 
—Sim. Donnan me disse que o Buchanan disse que era necessário baixar sua 
temperatura, ―disse ela, suavemente. —E funcionou. Você está muito melhor 
hoje. 
O pai dela resmungou com a afirmação e perguntou: —Como ele chegou aqui? 
—Quem? ―Evina parou. 
—O Buchanan, ―ele rosnou impaciente. —Quem você pensou? 
—Oh, sim, ―ela murmurou, e forçou um sorriso ao admitir: —Bem, eu levei 
Donnan e Gavin comigo e o peguei. 
—E ele veio de bom grado? ―perguntou o Maclean, estreitando os olhos como 
se soubesse algo sobre como o homem chegara até aqui. 
Evina hesitou, várias respostas vieram à mente, incluindo a verdade, mas no 
final, ela simplesmente disse: —Ele está disposto a ajudar você, pai, e temos 
sorte de que ele esteja. Tildy e eu tínhamos tentado tudo o que podíamos 
pensar e nada estava funcionando para diminuir a febre. No entanto, ele 
conseguiu isso em uma noite. 
—Hmm, ―ele murmurou, e se mexeu inquieto antes de perguntar: —E onde 
ele está agora? 
—Abaixo, tomando o desjejum, ―ela respondeu de imediato. 
—Sozinho? 
Ela piscou com a pergunta, surpresa por ela. —Bem, sim. Ele está dando um 
tempo e eu estou sentada com você enquanto ele come. 
—Hmm, ―ele resmungou, e depois estreitou os olhos e perguntou: — Como 
ele é? 
Evina recostou-se um pouco, assustada com a pergunta. —Ele parece 
muito . . . competente ―ela terminou finalmente porque, na verdade, ela não 
havia passado muito tempo com o homem. Pelo menos, não enquanto ele 
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estava consciente. O que ela viu dele consciente, além de que ele era um 
beijador incrível, o que ela nunca diria ao pai, era que ele era aparentemente 
bem-dotado. Isso era outra coisa que ela nunca diria ao pai. 
—E? ―seu pai a cutucou. 
—E o quê? ―Ela perguntou incerta. 
—Certamente há mais no homem do que ser competente, ―disse ele, 
exasperado. 
—Sim, bem. . . ele é mandão ―acrescentou Evina, a irritação começando a 
picá-la quando ela se lembrou de que ele a mandara para fora do quarto de 
seu pai, como se ele tivesse esse direito. Ela quase disse ao pai que o homem a 
mordeu também e tentou afogar Gavin, mas isso significaria explicar como ele 
chegara lá, então ela manteve as informações para si mesma. Isso não a impediu 
de pensar e se irritar então. 
—Hmm. 
O som atraiu seu olhar para o pai ao ver que ele a estava olhando de perto. 
—Bem, ―ele disse finalmente, —mesmo assim, ele não deve ficar sozinho para 
comer. Ele é um convidado aqui. Você deve lhe fazer companhia. Tildy pode 
sentar-se comigo, ―acrescentou ele antes que ela pudesse protestar, e como se 
o som do nome dela a tivesse conjurado, a porta do quarto se abriu e Tildy 
voltou com a bebida que tinha ido buscar. 
—Vá, ―disse o pai, liberando a mão dele. —Faça companhia ao rapaz, senão 
ele pode se sentir indesejado e partir antes que termine de me curar. 
Evina olhou do pai para a empregada e de volta, mas depois suspirou e se 
levantou. Seu pai lhe ensinara que a hospitalidade era importante aqui 
no norte inóspito da Escócia. Além disso,

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