Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA PNEUMONIA ADQUIRIDA NO HOSPITAL (PAH) Processo inflamatório de natureza infecciosa definido de acordo com as características do indivíduo acometido e com o ambiente hospitalar no qual se encontra internado. Pneumonia que ocorre após 48h de internação em paciente não intubado. Pneumonia associada a ventilação mecânica (PAVM): o Pneumonia que ocorre após 48h de intubação traqueal. Prevalência global: 15%. EUA: 13,5%. Europa: 19,4%. América Latina: 13,8%. Ásia – Pacífico: 16%. Representa cerca de 10% a 15% de todas as infecções nosocomiais (outro nome da PAH). Maior mortalidade. Incidência: o Estimada em 5 a 10 casos por 1.000 admissões. Pacientes intubados na UTI apresentam risco 20 vezes superior as do não intubados. Com aumento entre 1% a 3% para cada dia adicional de ventilação mecânica. Classificação: Incidência da pneumonia adquirida no hospital – PH: Mortalidade associada à PH: Classificação da pneumonia nosocomial quanto ao tempo: o Precoce: Se adquirida até 96h de admissão. Bactérias da PAC, streptococcus pneumoniae, haemophilus influenzae e os gram negativos entéricos, enterobacteriaceae não multidroga resistente (MDR). o Tardia: Após 96h da admissão, após o 5° dia de internação. Pacientes que foram internados. Residem em asilos ou casas de saúde. Procedimentos neurocirúrgicos. Ventilação mecânica prolongada. Corticosteroides. Flora orofaríngea está modificada por gram negativos entéricos P.aeruginosa, Enterobacteriacea sp, S.aureus pertencentes ao grupo das bactérias MDR. PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA PAVM (Fatores prognósticos maior de morte): o Microrganismos de alta resistência. o P. aeruginosa, enterobactérias, S. faecalis, S. aureus. o Candida sp, Aspergillus sp. o Infecção polimicrobiana. o Acometimento radiológico bilateral: Relacionado com a propagação da doença. o Insuficiência respiratória. o Inadequação do antibiótico para o agente etiológico. o Idade superior a 60 anos. o Doença subjacente fatal: Diabetes, insuficiência cardíaca, hemodiálise, entre outras. o Adequação do tratamento antibiótico: É empírico, porque o paciente grave não pode esperar o resultado da cultura para começar o tratamento. o Precocidade do seu início. Fatores prognósticos maior de morte na pneumonia associada aos cuidados em saúde (PAAS): o Hospitalização nos últimos 90 dias por dois ou mais dias. o Residência em instituições de longa permanência. o Usuário de cuidados médicos domiciliares. o Terapêutica intravenosa domiciliar, inclusive antibiótico. o Diálise crônica nos últimos 30 dias. o Tratamento de feridas de pele. o Familiar de portador de bactérias resistentes. o Doença ou terapêutica imunossupressora. Etiologia: Fatores predisponentes da PH: o Uso de equipamentos contaminados de terapia respiratória. o Utilização prolongada de antibióticos. o Uso de corticosteroides. o Uso de quimioterápicos. o Uso de antiácidos. Uso de bloqueadores H2. o Depressão do sensório. o Aspiração pulmonar. o Uso de cateter nasogástrico para nutrição o DPOC com exacerbação. o Intubação traqueal. o PO de cirurgia torácica e abdominal. o Idade superior a 70 anos. Patogênese da pneumonia hospitalar: PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Via menos comuns de penetração de bactérias patogênicas nos pulmões: Classificação da PAH segundo as diretrizes da SBPT: o Baixo risco. o Alto risco. o Suspeita clínica: Radiológica de PAH/PAVM. Diretrizes brasileiras para tratamento da PAH e PAVM: o Suspeita clínica: Radiológica de PAH/PAVM. 1. Obter secreção respiratória para cultura quantitativa. 2. Considerar a presença de fatores de risco para patógenos resistentes. Diagnóstico clínico da PAH: o Combinação de critérios clínicos, radiológicos, pulmonares e laboratoriais. o Presença de opacidade pulmonar nova ou progressiva ao raio x. o Febre superior a 38°C. o Leucocitose superior a 10.000/mm³. o Leucopenia inferior a 4.000/mm³. o Secreção traqueal purulenta. o Grau de confusão mental. o Sepse grave. o Choque séptico. Diagnóstico radiológico da PAH: o Radiografia de tórax: Alterações pulmonares isoladas têm valor limitado no diagnóstico de PAH porque podem ocorrer em pacientes críticos em ventilação mecânica. o Infiltrado localizado. o Infiltrado difuso. o Causadas por edema pulmonar. o Infarto pulmonar. o Hemorragia alveolar. o Atelectasias. o Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). o Toxicidade por drogas ou tumores. o Broncograma aéreo: Valor preditivo positivo de apenas 64%. Ultrassonografia na PH: PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Tomografia computadorizada na PH: Diagnóstico microbiológico na PAH: Marcadores biológicos de infecção na PH- STREM-1: Procalcitonina PCT – marcadores biológicos de infecção: PCR – marcadores biológicos de infecção: Obs.: No COVID tem se observado um aumento da PCR. Pseudomonas aeruginosa: o Resistência natural a vários antibióticos. o Já apresenta resistência aos antibióticos considerados antipseudomonas: Ceftazidima: Fortaz, Kefadim. Cefepima: Maxcef, Clocef. Piperacilina: Tazocin. Ticarcilina: Timentin, Tioxin. Moxfloxacin. PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Levofloxacin. Amicacina: Novamin. Carbapenêmicos: Meropenen, Meronem. Sensíveis apenas a Polimixina B: Por isso o controle hospitalar para uso dessa medicação. Enterobactérias – Enterobacter sp. Klebsiella sp, Serratia sp: o Produtoras de betalactamase de espectro estendido – ESBL. o Cepas selecionadas pelo uso de cefalosporina de terceira geração. o Sensíveis apenas aos carbapenêmicos. Mipene: Tiepem, Tienam. Meropenem: Meronem, Mepenox. Ertapenem: Invanz. Acinectobacter sp – calcoaceticus ou baunmanii: o Resistente. o Comum em CTIS. o Sensíveis apenas aos carbapenêmicos e Polimixina B. S. aureus oxacilina resistente – MRSA: o Sensível apenas à Vancomicina. o Teicoplamina: Targocid, Koplan, Bactomax, Teiplan, Teicoston. o Linezolida: Zyvox. o Associção Quinupristina – Dalfopristina – Estreptogramina derivados da pristimacina. Nome comercial Synercid. o S. aureus VRSA – resistente à Vancomicina. o Sensível a linezolida (linospan, Zyvox, Zyvoxam, Zyvoxid). Stenotrophomonas maltophilia: o Bacilo gram negativo. o Resistente. o Sulfametoxazol + trimetoprim. Tratamento das PAH: Esquemas terapêuticos: Doses dos principais antibióticos: Obs.: DCE = Depuração da creatinina endógena. PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Duração do tratamento da PAH: Falência terapêutica na PH: o Secundária ao tratamento antibiótico e/ou agente causal. o Antibiótico inadequado para o agente: Início tardio. Dose incorreta. Farmacodinâmica das drogas. Resistência microbiana. o Complicações da PAH/PAVM: Necrose. Cavitação. Empiemas. o Infecções extrapulmonares: Sinusite hospitalar. Sepse relacionada ao cateter endovenoso. Sepses abdominal. o Condições não infecciosas. o Com infiltrado pulmonar persistente. SDRA. Atelectasia. Hemorragia pulmonar. Pneumonia organizante criptogênica. Edema pulmonar cardiogênico. Embolia pulmonar. Pneumonite aspirativa. Medidas preventivas da PH: o Prevenção de outras infecções relacionadas com a assistência médico-hospitalar. o Planejamento amplo, assistência, profissionaise funcionários da área de saúde. o Adequação do ambiente físico hospitalar. o Materiais adequados para o tratamento do instrumental clínico e cirúrgico. o CCIH atuante. o Lavagem das mãos. o Técnicas adequadas de assepsia dos dispositivos nebulizadores, máscaras, cateteres, umidificadores de ar. o Tubos traqueais de baixa pressão, reduzir o trauma da mucosa traqueal. o Evitar reintubações. o Trocar os circuitos do ventilador não mais do que 1x semana. o Prevenção de infecção. o Manutenção do estado nutricional do paciente. o Evitar alcalinização do estômago que propicia a colonização e risco aumentado de aspiração pulmonar.
Compartilhar