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Reforma psiquiátrica

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IESC V Duda Campos 
 
 
 
 
 
• Esse termo “reforma psiquiátrica” só começou a 
ser utilizado de 1980 a 1990 
• Processo social complexo 
• Se refere às estratégias de desinstitucionalização 
• Delinear um outro lugar social para a loucura em 
nossa tradição cultural 
• Estímulo à participação social na construção das 
políticas 
• Promover transformações no imaginário social e 
nas práticas discursivas sobre loucura, 
diversidade e diferença 
• Pensamento crítico à institucionalização da 
loucura 
MOVIMENTO DOS TRABALHADORES EM 
SAÚDE MENTAL 
• Primeiro sujeito coletivo com o propósito de 
reformulação da assistência psiquiátrica 
• 1978 
• Organizaram comissões de saúde mental em 
alguns estados onde o Centro Brasileiro de 
Estudos em Saúde (CEBES) era mais presente – 
fizeram parceria com essa organização 
• A CEBES apresentou a proposta do SUS 
• Organizou o I Congresso de Saúde Mental em 
São Paulo 
• Se envolveram também nos processos de 
reformulação da assistência médica por conta da 
crise na Previdência Social 
• Depois da 8ª Conferência Nacional de Saúde, foi 
decidido convocar conferências específicas, como as 
que focassem na saúde mental 
• Realização da I Conferência Nacional de Saúde 
Mental 
• II Conferência – proposta de uma sociedade sem 
manicômios – a partir de então, se transforma em 
Movimento da Luta Antimanicomial (MLA) 
MOVIMENTO DA LUTA ANTIMANICOMIAL 
• Organização de núcleos nas capitais e em 
grandes cidades do país 
• Criação do Dia Nacional da Luta Antimanicomial 
– 18 de maio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Despertar o pensamento crítico na sociedade 
sobre a violência institucional da psiquiatria e a 
exclusão das pessoas em sofrimento psíquico 
• Atividades políticas, científicas, culturais e 
sociais 
• Maio se tornou o mês da luta antimanicomial 
CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE SAÚDE MENTAL 
• Propósito de constituir um novo ator que 
reunisse os vários sujeitos envolvidos, dos 
usuários e familiares e outros ativistas ligados às 
questões de etnia, gênero, sexualidade, 
diversidade cultural e direitos humanos e todos 
que estivessem em serviços ou outros 
dispositivos 
• Passou a organizar congressos e fóruns – crítica 
ao modelo biomédico em psiquiatria e aos 
interesses que os orientam 
CAPS 
• Oferecer cuidado intensivo a usuários com 
quadro psiquiátrico grave sem lançar mão da 
hospitalização ou do frágil modelo ambulatorial 
• Função alternativa ou intermediária ao modelo 
hospitalar predominante 
• Depois da Portaria 366, passaram a existir CAPS 
I, CAPS II, CAPS III, CAPSi (infantil ou infanto-
juvenil) e CAPSad, álcool e drogas 
• Portaria 154: estabeleceu o NASF 
LEI 10.2016 
• Sancionada no mesmo ano da III Conferência 
Nacional de Saúde Mental 
DIREITO FUNDAMENTAL À LIBERDADE 
• Deve ser modificada a ideia de que o louco tem 
que estar isolado e trancafiado 
• Devemos dar suporte social aos indivíduos para 
eles serem inseridos como cidadãos 
DIREITO À CUIDADOS E TRATAMENTO 
• Modificação de estratégias terapêuticas 
Reforma Psiquiátrica 
IESC V Duda Campos 
• Terapêutica deve ser inclusiva 
COMBATE À IDEIA DE ISOLAR A PESSOA EM 
SOFRIMENTO MENTAL 
• “manicômios ideológicos” 
• As pessoas com transtornos mentais são 
isoladas socialmente 
O QUE A LEI DIZ? 
• Proteção e direito das pessoas portadoras de 
transtornos mentais 
• Redireciona o modelo assistencial em saúde 
mental 
• Reforçar nosso olhar para grupos 
marginalizados 
SÃO DIREITOS DAS PESSOAS PORTADORAS 
DE TRANSTORNO MENTAL: 
• Ter acesso ao melhor tratamento do sistema de 
saúde, consentâneo às suas necessidades 
• Ser tratada com humanidade e respeito e no 
interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, 
visando alcançar sua recuperação pela inserção 
na família, no trabalho e na comunidade 
• Ser protegida contra qualquer forma de abuso e 
exploração 
• Ter garantia de sigilo nas informações prestadas 
• Ter direito à presença médica, em qualquer 
tempo, para esclarecer a necessidade ou não de 
sua hospitalização involuntárias 
• Ter livre acesso aos meios de comunicação 
disponíveis 
• Receber o maior número de informações a 
respeito de sua crença e de seu tratamento 
• Ser tratada em ambiente terapêutico pelos 
meios menos invasivos possíveis 
• Ser tratada, preferencialmente, em serviços 
comunitários de saúde mental 
É RESPONSABILIDADE DO ESTADO: 
• Desenvolvimento da política de saúde mental 
• Assistência e promoção de ações de saúde aos 
portadores de transtornos mentais 
• Devida participação da sociedade e da família 
A internação, em qualquer de suas modalidades, só será 
indicada quando os recursos hospitalares se mostrarem 
insuficientes. 
• O tratamento visará, como finalidade 
permanente, a reinserção social do paciente em 
seu meio 
• O tratamento em regime de internação será 
estruturado de forma a oferecer assistência 
integral à pessoa portadora de transtornos 
mentais, incluindo serviços médicos, de 
assistência social, psicológicos, ocupacionais, de 
lazer, e outros 
• É vedada a internação de pacientes portadores 
de transtornos mentais em instituições com 
características asilares 
• A internação psiquiátrica somente será realizada 
mediante laudo médico circunstanciado que 
caracteriza os seus motivos. 
TIPOS DE INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA; 
• Internação voluntária: que se dá com o 
consentimento do usuário 
• Internação involuntária: que se dá sem o 
consentimento do usuário a pedido de terceiro 
• Internação compulsória: aquela determinada 
pela Justiça 
A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou 
que a consente, deve assinar, no momento da admissão, 
uma declaração de que optou por esse regime de 
tratamento 
A internação voluntária ou involuntária somente será 
autorizada por médico devidamente registrado no 
Conselho Regional de Medicina do Estado 
A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo 
de 72 horas, ser comunicada ao Ministério Público 
Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento no 
qual tenha ocorrido, devendo ocorrer na alta também 
O término da internação involuntária dar se à por 
solicitação escrita do familiar ou responsável legal ou 
quando estabelecido pelo especialista responsável pelo 
tratamento 
A internação compulsória é determinada, de acordo com 
a legislação vigente, pelo Juiz competente, ou levará em 
conta as condições de segurança do estabelecimento. 
COMO SIGNIFICAR A REFORMA 
PSIQUIÁTRICA EFETIVAMENTE? 
• Um novo lugar social para a loucura – não é um 
fenômeno só biológico, mas social também 
• RAPS – Rede de Atenção Psicossocial 
• Fortalecimento da relação entre o RAPS e o SUS 
• Saúde mental e participação social 
• Liberdade ideológica

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