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Anatomia Casos clinicos

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Anatomia - Casos Clínicos 
 
4.1. Fratura de Clavícula 
 
Criança, 4 anos, sexo feminino, deu entrada na emergência com queixa de 
dor na região da clavícula esquerda após queda de escada. À inspeção, 
notou-se edema na região (Figura 4.1.1). À palpação, sentiu-se deformidade 
e dor local, sendo solicitada radiografia e diagnosticada fratura de clavícula 
(Figuras 4.1.2 e 4.1.3). 
 
A clavícula: Atua como suporte rígido e móvel, semelhante a um guindaste, que 
suspende a escápula e o membro livre, mantendo-os afastados do tronco, de 
modo que o membro tenha máxima liberdade de movimento. O suporte é móvel 
e permite que a escápula se mova sobre a parede torácica na “articulação 
escapulotorácica”, o que aumenta a amplitude de movimento do membro. A 
imobilização do suporte, principalmente depois de sua elevação, permite que as 
costelas se elevem na inspiração profunda suporte móvel (estrutura de 
sustentação) que une o membro superior ao tronco; seu comprimento permite 
que o membro gire ao redor do tronco. 
 
- Forma um dos limites ósseos do canal cervicoaxilar (passagem entre o pescoço 
e o braço), protegendo o feixe neurovascular que supre o membro superior. 
- Transmite choques (impactos traumáticos) do membro superior para o 
esqueleto axial. 
 
 
A. DESCREVA A CLAVÍCULA E CITE SEUS ACIDENTES ÓSSEOS: 
 
A clavícula une o membro superior ao tronco. O corpo da clavícula faz uma 
curva dupla no plano horizontal. A metade medial é convexa anteriormente, e a 
extremidade esternal é alargada e triangular no local de articulação com o 
manúbrio do esterno na articulação esternoclavicular (EC). A metade lateral é 
côncava anteriormente, e a extremidade acromial é plana no local de 
articulação com o acrômio da escápula na articulação acromioclavicular (AC). 
Os dois terços mediais do corpo da clavícula são convexos anteriormente, 
enquanto o terço lateral é achatado e côncavo anteriormente. Essas curvaturas 
aumentam a resiliência da clavícula e a deixam com a aparência de um S 
maiúsculo alongado. 
A face superior da clavícula, situada logo abaixo da pele e do músculo platisma 
na tela subcutânea, é lisa. 
A face inferior da clavícula é áspera porque é unida à 1a costela, perto de sua 
extremidade esternal, por ligamentos fortes, que suspendem a escápula por sua 
extremidade acromial. 
O tubérculo conoide, perto da extremidade acromial da clavícula, é o local de 
fixação do ligamento conoide, a parte medial do ligamento coracoclavicular, pelo 
qual o restante do membro superior é suspenso passivamente da clavícula. 
Além disso, perto da extremidade acromial da clavícula está a linha trapezóidea, 
à qual se fixa o ligamento trapezoide, a parte lateral do ligamento 
coracoclavicular. 
O sulco do músculo subclávio no terço medial do corpo da clavícula é o local 
de fixação do músculo subclávio. 
Em posição mais medial está a impressão do ligamento costoclavicular, uma 
área oval, rugosa e geralmente deprimida à qual está fixado o ligamento que une 
a costela I à clavícula, limitando a elevação do ombro. 
 
 
 
B. QUAL A CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DA CLAVÍCULA? 
 
A clavícula é classificada como osso longo, porém sem cavidade medular 
(medula óssea), consistindo de osso esponjoso com revestimento de osso 
compacto. 
 
 
C. A FRATURA EM QUESTÃO OCORREU NA INFÂNCIA. COMO OCORRE 
O CRESCIMENTO DESSE OSSO E COM QUAL IDADE TERMINA SUA 
OSSIFICAÇÃO? 
 
O processo de crescimento do osso começa na fase embrionária , onde a 
ossificação ocorre de maneira intramembranácea . A fase se inicia , a partir de 
centros primários medial e lateral , localizados próximo ao corpo da 
clavícula. Depois , as extremidades da clavícula entram na fase cartilagínea 
(ossificação endocronial) , no qual, as cartilagens formam zonas de crescimento 
semelhante aos outros ossos longos. Logo após, um centro de ossificação 
secundário surge na extremidades esternal e forma epífise semelhante a uma 
escama , cuja a fusão ao corpo , começa entre 18 e 25 anos de idade e termina 
entre 25 e 31 anos . A sua ossificação termina, geralmente, entre 25 e 31 anos. 
 
D. EM QUE REGIÃO DA CLAVÍCULA ESTÁ LOCALIZADA A FRATURA? 
 
A fratura está localizada no terço médio do corpo da clavícula. 
 
 
 
E. QUE OSSOS COMPÕEM A CINTURA ESCAPULAR? 
 
A cintura escapular corresponde a porção mais elevada do membro 
superior, é formada pela clavícula e escápula e apresenta como função a 
união dos membros superiores ao tórax. 
Essa estrutura é composta por diversas ramificações linfáticas, nervosas e 
circulatórias, bem como a participação de vários músculos. As cinturas 
escapulares são conectadas anteriormente ao esterno (que vai se articular com 
a clavícula). Na parte posterior as duas escápulas conectam entre si 
pelos músculos romboides, que forma um cinturão de ombro a ombro. 
Esse complexo do ombro é formado por diversos músculos, três ossos 
(úmero, clavícula e escápula) e quatro principais articulações. 
 
F. DESCREVA A ESCÁPULA E CITE SEUS ACIDENTES ÓSSEOS. 
 
 
A escápula tem movimento considerável sobre a parede torácica na articulação 
escapulotorácica fisiológica, servindo como a base a partir da qual se movimenta 
o membro superior. A escápula : É um osso plano triangular situado na face 
posterolateral do tórax, superposta às 2° a 7° costelas. A face posterior convexa 
da escápula é dividida de modo desigual por uma crista óssea espessa, a 
espinha da escápula, que se projeta para o interior de uma pequena fossa 
supraespinal e uma fossa infraespinal muito maior. A face costal côncava da 
maior parte da escápula forma uma grande fossa subescapular. As faces 
ósseas largas das três fossas servem como local de fixação de músculos 
carnosos. O corpo da escápula é triangular, fino e translúcido acima e abaixo 
da espinha da escápula, embora suas margens, em especial a lateral, sejam 
um pouco mais espessas. A espinha continua lateralmente como o acrômio 
plano e expandido, que forma o ponto subcutâneo do ombro e articula-se com a 
extremidade acromial da clavícula. O tubérculo deltoide da espinha da 
escápula é a proeminência que indica o ponto medial de fixação do músculo 
deltoide. A espinha e o acrômio atuam como alavancas para os músculos neles 
fixados, sobretudo o trapézio. 
Como o acrômio é uma extensão lateral da escápula, a articulação AC situa-se 
lateralmente à massa da escápula e aos músculos a ela fixados. A articulação 
do ombro na qual esses músculos atuam está situada quase diretamente inferior 
à articulação AC; assim, a massa escapular apresenta-se em equilíbrio com a 
massa do membro livre, e a estrutura suspensória (ligamento coracoclavicular) 
situa-se entre as duas massas. 
Na região superolateral, a face lateral da escápula tem uma cavidade glenoidal, 
que recebe e articula-se com a cabeça do úmero na articulação do ombro. A 
cavidade glenoidal é uma fossa oval, côncava, rasa, voltada em direção 
anterolateral e ligeiramente superior — bem menor do que a esfera (cabeça do 
úmero) que recebe. O processo coracóide é semelhante a um bico e se situa 
acima da cavidade glenoidal, projetando-se em direção anterolateral. Esse 
processo também se assemelha em tamanho, formato e direção a um dedo 
curvado apontando para o ombro, cuja “dobra” é o local de fixação inferior do 
ligamento coracoclavicular, que faz a sustentação passiva. 
A escápula tem margens medial, lateral e superior e ângulos superior, lateral 
e inferior. Quando o corpo da escápula está em posição anatômica, a fina 
margem medial da escápula segue paralelamente aos processos espinhosos 
das vértebras torácicas e cerca de 5 cm lateral a eles; portanto, muitas vezes é 
chamada de margem vertebral. A partir do ângulo inferior, a margem lateral da 
escápula segue em direção superolateral rumo ao ápice da axila; portanto, 
muitas vezes é chamada de margem axilar. A margem lateral é formada por uma 
barra espessa de osso que impede a deformação dessa região de tensão da 
escápula. 
A margem lateral termina no ângulo lateral da escápulatruncado, a parte mais 
espessa do osso, que tem a cabeça da escápula alargada . A cavidade glenoidal 
é o principal ponto de referência da cabeça. A constrição rasa entre a cabeça e 
o corpo define o colo da escápula. A margem superior da escápula é marcada 
perto da junção de seus terços médios com o terço lateral pela incisura da 
escápula, que está localizada no ponto onde a margem superior se une à base 
do processo coracóide. A margem superior é a mais fina e mais curta das três. 
A escápula tem movimento considerável sobre a parede torácica na articulação 
escapulotorácica fisiológica, servindo como a base a partir da qual se movimenta 
o membro superior. A escápula : É um osso plano triangular situado na face 
posterolateral do tórax, superposta às 2° a 7° costelas. A face posterior convexa 
da escápula é dividida de modo desigual por uma crista óssea espessa, a 
espinha da escápula, que se projeta para o interior de uma pequena fossa 
supraespinal e uma fossa infraespinal muito maior. A face costal côncava da 
maior parte da escápula forma uma grande fossa subescapular. As faces 
ósseas largas das três fossas servem como local de fixação de músculos 
carnosos. O corpo da escápula é triangular, fino e translúcido acima e abaixo 
da espinha da escápula, embora suas margens, em especial a lateral, sejam 
um pouco mais espessas. A espinha continua lateralmente como o acrômio 
plano e expandido, que forma o ponto subcutâneo do ombro e articula-se com a 
extremidade acromial da clavícula. O tubérculo deltoide da espinha da 
escápula é a proeminência que indica o ponto medial de fixação do músculo 
deltoide. A espinha e o acrômio atuam como alavancas para os músculos neles 
fixados, sobretudo o trapézio. 
Como o acrômio é uma extensão lateral da escápula, a articulação AC situa-se 
lateralmente à massa da escápula e aos músculos a ela fixados. A articulação 
do ombro na qual esses músculos atuam está situada quase diretamente inferior 
à articulação AC; assim, a massa escapular apresenta-se em equilíbrio com a 
massa do membro livre, e a estrutura suspensória (ligamento coracoclavicular) 
situa-se entre as duas massas. 
Na região superolateral, a face lateral da escápula tem uma cavidade glenoidal, 
que recebe e articula-se com a cabeça do úmero na articulação do ombro. A 
cavidade glenoidal é uma fossa oval, côncava, rasa, voltada em direção 
anterolateral e ligeiramente superior — bem menor do que a esfera (cabeça do 
úmero) que recebe. O processo coracóide é semelhante a um bico e se situa 
acima da cavidade glenoidal, projetando-se em direção anterolateral. Esse 
processo também se assemelha em tamanho, formato e direção a um dedo 
curvado apontando para o ombro, cuja “dobra” é o local de fixação inferior do 
ligamento coracoclavicular, que faz a sustentação passiva. 
A escápula tem margens medial, lateral e superior e ângulos superior, lateral 
e inferior. Quando o corpo da escápula está em posição anatômica, a fina 
margem medial da escápula segue paralelamente aos processos espinhosos 
das vértebras torácicas e cerca de 5 cm lateral a eles; portanto, muitas vezes é 
chamada de margem vertebral. A partir do ângulo inferior, a margem lateral da 
escápula segue em direção superolateral rumo ao ápice da axila; portanto, 
muitas vezes é chamada de margem axilar. A margem lateral é formada por uma 
barra espessa de osso que impede a deformação dessa região de tensão da 
escápula. 
A margem lateral termina no ângulo lateral da escápula truncado, a parte mais 
espessa do osso, que tem a cabeça da escápula alargada . A cavidade glenoidal 
é o principal ponto de referência da cabeça. A constrição rasa entre a cabeça e 
o corpo define o colo da escápula. A margem superior da escápula é marcada 
perto da junção de seus terços médios com o terço lateral pela incisura da 
escápula, que está localizada no ponto onde a margem superior se une à base 
do processo coracóide. A margem superior é a mais fina e mais curta das três. 
 
G. CORRELACIONE A FUNÇÃO DA CINTURA ESCAPULAR COM O FATO 
DA CRIANÇA NESCESSITAR SEGURAR O MEMBRO PARA NÃO SENTIR 
DOR. 
 
A cintura escapular, formada pela clavícula e escápula, tem como função 
principal conectar o esqueleto apendicular ao esqueleto axial, ou seja, conectar 
os membros superiores ao tronco. No caso em questão, ocorreu a fratura da 
clavícula, que é o único osso que apresenta uma articulação verdadeira 
(articulação sinovial) com o manúbrio do esterno (articulação esternoclavicular), 
já a escápula apresenta toda a sua estabilização através de músculos e não 
articulações. Além disso, a clavícula transmite a força mecânica do membro 
superior para o tronco. Tendo isso em vista, a vítima necessita segurar o braço 
devido a sobrecarga do peso do membro superior sobre a musculatura da região 
do ombro, principalmente do músculo trápezio. 
 
 
CASO 4.5 Avaliação da idade óssea 
 
Criança de 2 anos, sexo feminino, deu entrada no ambulatório de pediatria 
acompanhada dos pais, que achava que ela era muito pequena para a sua 
idade, quando comparada com outras crianças. A fim de determinar sua 
idade óssea, foram solicitadas radiografia da mão e verificado ser a idade 
óssea radiológica compatível com a idade cronológica da criança. Os pais 
foram orientados e a criança foi liberada. 
 
 
A) A ESTRUTURA ÓSSEA DA MÃO É DIVIDIDA EM CARPO, METACARPO 
E FALANGE 
Os ossos do carpo são divididos em duas fileiras denominadas de proximal e 
distal. No total, são oito ossos que fazem parte dessa divisão. 
• Fileira Proximal: Escafoide, Semilunar, Piramidal e Pisiforme. 
• Fileira Distal: Trapézio, Trapezoide, Capitato e Hamato. 
Os ossos do metacarpo representam a estrutura da palma da mão. A 
composição é formada por cinco ossos iguais (os dedos), que fazem ligação com 
os ossos do carpo e as falanges. 
Falange se refere aos ossos dos dedos das mãos. Cada dedo possui três 
falanges e, apenas o polegar, apresenta duas falanges. Além disso, classificam-
se como polegar, indicador, médio, anular e auricular. 
As falanges que compõem os dedos da mão podem classificar-se da seguinte 
maneira: 
• Falanges proximais: se localizam na base do dedo; 
• Falanges médias: estão localizadas entre as falanges proximais e as 
distais. Entretanto, apenas no dedo polegar que as falanges médias não 
estão presentes; 
• Falanges distais: localizam-se nas pontas dos dedos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://areademulher.r7.com/beleza/5-pontos-na-palma-da-mao-que-controlam-todo-seu-corpo/
 
B) DIFERENCIE A OSSIFICAÇÃO INTRACARTILAGINOSA DA 
INTRAMEMBRANÁCEA. QUAL DESSES PROCESSOS CONTRIBUI 
PARA O CRESCIMENTO LONGITUDINAL DOS OSSOS LONGOS? 
 
 
• Na ossificação intramembranosa (formação de osso membranoso), há 
formação de modelos mesenquimais dos ossos durante o período embrionário, 
e a ossificação direta do mesênquima começa no período fetal. 
• Na ossificação endocondral (formação de osso cartilaginoso), há formação 
de modelos cartilaginosos dos ossos a partir do mesênquima durante o período 
fetal, e depois a maior parte da cartilagem é substituída por osso. 
 
Uma breve descrição da ossificação endocondral ajuda a explicar como crescem 
os ossos longos. As células mesenquimais se condensam e diferenciam em 
condroblastos, células que se multiplicam no tecido cartilaginoso em crescimento 
e formam um modelo cartilaginoso do osso. Na região intermediária do modelo, 
a cartilagem calcifica (é impregnada com sais de cálcio) e há crescimento de 
capilares periosteais (capilares da bainha fibrosa que circunda o modelo) para o 
interior da cartilagem calcificada do modelo ósseo, que irrigam seu interior. 
Esses vasos sanguíneos, junto com células osteogênicas (formadoras de osso) 
associadas, formam um broto periosteal. Os capilares iniciam o centro de 
ossificação primário, assim denominado porque o tecido ósseo formado substitui 
a maior parte da cartilagem no corpo principal do modelo ósseo. O corpo de um 
osso ossificado a partir do centro de ossificação primárioé a diáfise, que cresce 
enquanto o osso se desenvolve. 
A maioria dos centros de ossificação secundários surge em outras partes do 
osso em desenvolvimento após o nascimento; as partes de um osso ossificadas 
a partir desses centros são as epífises. Os condrócitos situados no meio da 
epífise sofrem hipertrofia, e a matriz óssea (substância extracelular) entre eles 
se calcifica. As artérias epifisiais crescem para o interior das cavidades em 
desenvolvimento com células osteogênicas associadas. A parte alargada da 
diáfise mais próxima da epífise é a metáfise. Para que o crescimento continue, 
o osso formado a partir do centro primário na diáfise não se funde àquele 
formado a partir dos centros secundários nas epífises até o osso atingir seu 
tamanho adulto. Assim, durante o crescimento de um osso longo, lâminas 
epifisiais interpõem-se entre a diáfise e as epífises (Figura I.14B). Essas lâminas 
de crescimento acabam sendo substituídas por osso nos dois lados, diafisário e 
epifisário. Quando isso acontece, o crescimento ósseo cessa e a diáfise funde-
se com as epífises. A bainha formada durante esse processo de fusão 
(sinostose) é bastante densa e pode ser reconhecida no osso seccionado ou em 
radiografias como uma linha epifisial. A fusão epifisial dos ossos ocorre 
progressivamente entre a puberdade e a maturidade. A ossificação dos ossos 
curtos é semelhante àquela do centro de ossificação primário dos ossos longos, 
e apenas um osso curto, o calcâneo, desenvolve um centro de ossificação 
secundário. 
 
 
C) POR QUE SE UTILIZA A ANÁLISE DA MÃO PARA AVALIAR A IDADE 
ÓSSEA? CITE QUAIS OSSOS DO PUNHO, IMPORTANTES PARA 
DEFINIÇÃO DA IDADE ÓSSEA, ESTÃO VISÍVEIS NA RADIOGRAFIA. 
 
Geralmente se utiliza a análise da mão para avaliar a idade óssea por ser uma 
região de fácil acesso, por não conter órgãos vitais submetidos a radiação e 
porque a radiografia de mão e punho tem a vantagem da presença de vários 
ossos e epífises de fácil observação. Os principais pontos de análise são: centros 
de ossificação, forma e fusão dos ossos. Estão visíveis na radiografia os ossos 
do punho: hamato, capitato e semilunar. 
 
D) O QUE É LINHA EPIFISÁRIA? QUAL A SUA IMPORTÂNCIA NO 
CRESCIMENTO ÓSSEO? 
 
 
 Ilustração de possíveis fraturas na linha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ilustração da linha epifisária 
 
 
A linha epifisária se encontra entre a diáfise e a epífise, sendo genericamente 
abordado com uma cicatriz formada a partir do momento em que houve o 
cessamento do crescimento daquele determinado indivíduo (crescimento esse 
sendo entre a puberdade e a maturidade do esqueleto). 
Posto isso, a maturidade do osso é alcançada a partir do momento em que houve 
a substituição de forma completa da placa epifisária pela linha epifisial, sendo 
visível em radiografias com aparência de uma linha fina, densa e escura que se 
estende horizontalmente. Por isso, sua busca para avaliação em exames 
radiológicos é importante para estabelecer a idade óssea do paciente (se o 
paciente não apresentar a linha epifisial é possível concluir que os ossos desse 
individuo ainda estão em fase de crescimento). Além disso, vale ressaltar as 
eventuais anomalias que podem estar presentes na linha epifisária, seja 
rachadura, seja a formação da linha de forma irregular, podendo apresentar, 
portanto, tanto uma fratura na placa epifisária no período de crescimento do 
paciente, bem como um crescimento anormal, necessitando em alguns casos de 
intervenção cirúrgica como a colocação de pinos em prol da estabilização desse 
tecido.

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