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CCJ0008-WL-AV1-Sociologia Jurídica e Judiciária -Trabalho-02 para AV1 _08-08-2012_

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Sociologia Jurídica e Judiciária 
Profa.: Maria Cristina Figueiredo Soares da Silva 
Disciplina: 
CCJ0008 
Trab: 
002 
Aluno: 
Waldeck Lemos de Arruda Júnior 
Folha: 
1 de 4 
Data: 
08/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0008/Trab-002-Trabalho/WLAJ/DP 
 
TRABALHO PARA AV1 
 
 
Constituição 1988 - Artigo 5° Incisos I a VI 
 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
III - ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral 
ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos 
e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias; 
 
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm (planalto.gov.br). 
 
COMENTÁRIOS AO ARTIGO 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
 
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo – 
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
 
Comentário: 
 
A principal disposição do caput deste art. 5º é o Princípio Igualdade Formal, ou Princípio da Isonomia, 
segundo o qual “todos são iguais perante a lei”. Não significa ele que todas as pessoas terão tratamento igual 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Sociologia Jurídica e Judiciária 
Profa.: Maria Cristina Figueiredo Soares da Silva 
Disciplina: 
CCJ0008 
Trab: 
002 
Aluno: 
Waldeck Lemos de Arruda Júnior 
Folha: 
2 de 4 
Data: 
08/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período--02/CCJ0008/Trab-002-Trabalho/WLAJ/DP 
pelas leis brasileiras, mas que terão tratamento diferenciado na medida das suas diferenças, o que leva à 
conclusão, com Celso Bastos, de que o verdadeiro conteúdo do princípio é o direito da pessoa de não ser 
desigualada pela lei. O que a Constituição exige é que as diferenças impostas sejam justificáveis pelos objetivos 
que se pretende atingir pela lei. Assim, por exemplo, diferençar homem e mulher num concurso público será, em 
geral, inconstitucional, a não ser que o cargo seja de atendente ou carcereira de uma penitenciária de mulheres, 
quando, então, a proibição de inscrições a indivíduos do sexo masculino se justifica. 
Processualmente, aplicar o princípio da igualdade significa que o juiz deverá dar tratamento idêntico às 
partes, ou seja, tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. O art. 125, I, do Código de Processo 
Civil foi, por isso, integralmente recepcionado. 
Ainda vale a pena notar que uma interpretação literal do artigo conduziria ao entendimento de que o 
estrangeiro não residente no Brasil (um turista ou um empresário, por exemplo), poderia ser morto ou assaltado à 
vontade, o que é absurdo. Na verdade, a locução “estrangeiros residentes” deve ser interpretada no sentido de 
abranger todo e qualquer estrangeiro, porque o Princípio da Isonomia garante isso, expressamente (“sem distinção 
de qualquer natureza”, diz o artigo). Além disso, o §2º deste art. 5º garante o respeito, no Brasil, de direitos 
oriundos de “tratados internacionais” e, neles, está o dever de preservar a integridade de pessoa de outras 
nacionalidades que estejam no Brasil. 
 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição; 
 
Comentário: 
 
Este inciso impõe uma igualação entre homens e mulheres, mas é uma igualdade relativa, não absoluta, 
porque a parte final informa que ela será nos termos da Constituição, o que implica dizer que a Constituição, e 
somente ela, poderá impor tratamento diferenciado entre os dois sexos. E, efetivamente, faz isso, como por 
exemplo nos arts. 7º, XX, e 40, III. 
A importância deste inciso é, contudo, a de impedir que qualquer lei anterior à Constituição, que estabeleça 
uma diferença entre homens e mulheres não expressamente repetida na própria Constituição seja revogada por 
esta, e qualquer lei posterior a ela seja inconstitucional. As únicas diferenças entre os dois sexos são as 
expressamente ditas no texto constitucional. 
 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da 
lei; 
 
Comentário: 
 
Neste inciso está o importantíssimo Princípio da Legalidade, segundo o qual apenas uma lei, regularmente 
votada pelo Poder Legislativo e sancionada pelo Poder Executivo, é capaz de criar a alguma pessoa obrigação de 
fazer ou não fazer alguma coisa. Decretos, portarias, instruções, resoluções, nada disso pode criar uma obrigação 
a alguém se não estiver fundamentada numa lei onde tal obrigação seja prevista. Este é o sentido do dispositivo. 
É de se ressaltar a existência de uma nítida, apesar de tênue, diferença entre o princípio da legalidade e o 
princípio da reserva legal. O primeiro impõe a submissão à lei e admite duas leituras: a de que somente a lei pode 
obrigar, e nada mais, constituindo-se, assim, em garantia da pessoa contra os excessos do Poder Público; a 
Segunda é a de que uma vez que exista a lei, o seu cumprimento é obrigatório, no que se constitui num dever da 
pessoa. Já o princípio da reserva legal, mais estrito, revela na submissão de determinada matéria ao regulamento 
por lei. Na Constituição aparece sob as formas “nos termos da lei” ou “na forma da lei”. Sempre haverá, nesse 
caso, a identificação precisa da matéria que, no determinado dispositivo constitucional, está sendo submetido à 
lei. 
 
III - ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 
 
Comentário: 
 
Como já visto, esse inciso visa, dentre outras coisas, proteger a dignidade da pessoa humana contra atos 
que poderiam atentar contra ela. Tratamento desumano é aquele que sem tem por contrário à condição de pessoa 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Sociologia Jurídica e Judiciária 
Profa.: Maria Cristina Figueiredo Soares da Silva 
Disciplina: 
CCJ0008 
Trab: 
002 
Aluno: 
Waldeck Lemos de Arruda Júnior 
Folha: 
3 de 4 
Data: 
08/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período--02/CCJ0008/Trab-002-Trabalho/WLAJ/DP 
humana. Tratamento degradante é aquele que, aplicado, diminui a condição de pessoa humana e sua dignidade. 
Tortura é sofrimento psíquico ou físico imposto a uma pessoa, por qualquer meio. A Lei n.º 9.455, de 7/4/97, veio 
definir, finalmente, os crimes de tortura, até então não existentes no Direito brasileiro, tanto que o STF concedeu 
habeas corpus a um policial militar paulista que estava preso sob a alegação de ter “torturado” um preso, ocasião 
em que o Supremo reconheceu a inexistência do crime de tortura. Com essa lei de 1997 passou a ter definição 
legal, qual seja o constrangimento a alguém, mediante o emprego de violência ou grave ameaça, física ou 
psíquica, causando-lhe sofrimento físico ou mental. A palavra “ninguém” abrange qualquer pessoa, brasileiro ou 
estrangeiro. 
 
IV - É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
 
Comentário: 
 
A liberdade de manifestação do pensamento é o direito que a pessoa tem de exprimir, por forma e meio, o 
que pensa a respeito de qualquer coisa. Em outras palavras, é o direito de uma pessoa dizer o que quer, de quem 
quiser, da maneira como quiser, no local em que quiser. A única exigência da Constituiçãoé de que a pessoa que 
exerce esse direito se identifique, para impedir que ele seja fonte de leviandade ou que seja usado de maneira 
irresponsável. Sabendo quem é o autor do pensamento manifestado, o eventual prejudicado poderá usar o 
próximo inciso, o V, para defender-se. 
Esse direito vem do art. 19 da Declaração Universal dos Direitos do Homem, e a melhor doutrina entende 
que não há qualquer limitação de ordem formal à livre manifestação do pensamento. Alguns, como Paulo José da 
Costa Junior, entendem que, no plano lógico, a livre manifestação de idéias deverá ser delimitada pela veracidade 
e, no plano da imprensa, também pelo interesse público. 
 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por 
dano material, moral ou à imagem; 
 
Comentário: 
 
Se no inciso anterior falava-se do direito daquela pessoa que quer manifestar seu pensamento sobre 
qualquer coisa, aqui, neste inciso, cuida-se de proteger a pessoa eventualmente atingida por aquela manifestação, 
a qual saberá contra quem agir graças a proibição de anonimato. Os direitos do atingido são dados em duas 
linhas. A primeira, é o direito de resposta proporcional à ofensa. Essa proporcionalidade deve ser observada no 
meio e no modo. Assim, se a pessoa foi atingida verbalmente, e somente ela própria ouviu a ofensa, a resposta 
deverá ser verbal e pessoal, não, por exemplo, escrita ou transmitida pela televisão. Além disso, se a ofensa foi 
por escrito, por escrito deverá ser a resposta, e não, por exemplo, através de agressão física. 
A Segunda linha de defesa do ofendido ocorre através do pedido de indenização em juízo, pela ação cível 
própria. Os danos indenizáveis são o material (representado pelos danos causados e pelos lucros não obtidos por 
causa da ofensa), moral (à intimidade da pessoa, independentemente de ter a ofensa sido conhecida por qualquer 
outra pessoa, bastando que se sinta ofendido) e à imagem (dano produzido contra a pessoa em suas relações 
externas, ou seja, à maneira como ela aparece e é vista por outras pessoas). As indenizações pedidas pelas três 
linhas são acumuláveis, o que significa dizer que podem ser pedidas na mesma ação e somadas para o 
pagamento final. 
É importante reproduzir a análise de Chassan, comentando a Constituição dos Estados Unidos, para quem 
“de resto, a liberdade ilimitada da palavra e da imprensa, isto é, a autorização de tudo dizer e de tudo publicar, 
sem expor-se a uma expressão ou a uma responsabilidade qualquer, é, não uma utopia, porém uma absurdidade 
que não pode existir na legislação de nenhum povo civilizado”. 
 
VI - é inviolável a liberdade de consciência de crença, sendo assegurado o livre exercício 
de cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas 
liturgias; 
 
Comentário: 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Sociologia Jurídica e Judiciária 
Profa.: Maria Cristina Figueiredo Soares da Silva 
Disciplina: 
CCJ0008 
Trab: 
002 
Aluno: 
Waldeck Lemos de Arruda Júnior 
Folha: 
4 de 4 
Data: 
08/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período--02/CCJ0008/Trab-002-Trabalho/WLAJ/DP 
Este inciso trata de três direitos: o de ter liberdade de consciência e de crença (que não são a mesma 
coisa), o de ter livre exercício de cultos são realizados protegidos contra agressões de quem quer que seja. 
Consciência e crença são diferentes, porque a primeira é uma orientação filosófica, como o pacifismo e o 
naturista (nudismo), além de que, uma consciência livre pode optar por não ter crença nenhuma, como no caso 
dos ateus e agnósticos. Estes também estão protegidos pela Constituição porque trata-se de um direito individual. 
Os adeptos de ritos satânicos também estão protegidos pelo dispositivo, porque, mal ou bem, também é de crença 
que se trata, e, desde que respeitem os direitos de outras pessoas e as leis, poderão exercer os seus ritos sob 
proteção constitucional. 
O livre exercício dos cultos não é amplo, devendo ser observadas as leis sobre repouso noturno e horário 
de silêncio, por exemplo, bem como áreas de restrição a barulhos, como proximidades de hospitais. 
A proteção aos locais de cultos impede que os adeptos de determinada religião ou crença hostilizem os de 
outra, sob qualquer argumento. Incumbirá ao poder público (polícia), na forma da lei, dispor sobre a maneira como 
se fará essa proteção. 
 
Fonte: http://freeormind.blogspot.com.br/2010/04/comentarios-ao-artigo-5-da-constituicao.html 
 
 
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Waldeck Lemos de Arruda Junior 
 
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