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Diabetes Gestacional

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Módulo – OBSTETRÍCIA Naira Fausto 
 
 
Módulo – OBSTETRÍCIA Naira Fausto 
 
INTRODUÇÃO 
Intolerância aos carboidratos, em variados graus 
de intensidade, iniciada na gestação, que pode 
persistir ou não após o parto. 
 Consiste em uma das complicações clínicas 
mais comuns. 
 Prevalência de 18%. 
FATORES DE RISCO 
 Idade ≥ 25 anos; 
 IMC > 25 Kg/m2; 
 Antedecentes pessoais de Diabetes 
Gestacional; 
 Antecedentes familiares de Diabetes Mellitus; 
 Macrossomia ou polidramnia em gestações 
anteriores; 
 Óbito fetal sem acusa aparente em gestações 
anteriores; 
 Malformação fetal em gestações anteriores; 
 Uso de medicamentos hiperglicemiantes; 
 Síndrome do Ovário Policístico; 
 Hipertensão Arterial Crônica; 
 Ganho excessivo de peso; 
 Suspeita clínica ou ultrassonográfica de 
crescimento fetal excessivo ou polidramnia. 
 Glicosúria 
 Infecção urinária; 
 Candidíase Vaginal; 
 Progressão de lesões vasculares; 
 Associação com pré-eclâmpsia. 
DIAGNÓSTICO 
Na 1ª consulta de pré-natal  Solicita-se a 
Glicemia de Jejum. Resultados: 
 ≥ 92 e < 126  Diabetes Gestacional 
confirmada. 
 GJ > 126 ou HbA1c ≥ 6,5% ou TOTG 75g/2h 
≥ 200 ou randômica ≥ 200  DM Pré-
Gestacional. 
 < 92  realizar TOTG com 24-28 semanas. 
Resultado: 
 GJ ≥ 92 ou G1h ≥ 180 ou G2h ≥ 153  
Diabetes Gestacional. 
OBSERVAÇÕES 
 Após o parto  repetir TOTG com 6 semanas. 
 Orientar dieta e atividade física 
 50% de chance de tornarem-se diabéticas em 
10 anos. 
COMPLICAÇÕES 
 Abortamento, principalmente se for diabética 
prévia; 
 Mortes fetais tardias  GJ > 105, pois a 
hiperglicemia prejudica o transporte de O2; 
 Polidramnia ou Oligodramnia; 
 Anomalias congênitas  exclusiva das 
diabéticas previas: 
 Mais comum: malformações cardíacas; 
 Mais específica: síndrome de regressão 
caudal. 
 Macrossomia  devido deposição de gordura 
maior no tronco, pois a mãe hiperglicêmica 
induz a produção elevada de insulina 
(anabólico) pelo pâncreas fetal; 
 Prematuridade; 
 Síndrome da Angústia Respiratória (no feto); 
 Hipoglicemia neonatal. 
CONDUTA 
Controle glicêmico periconcepcional; 
Controle glicêmico e clinico na gestação  iniciar 
com dieta e atividade física por 15 dias nas DMG 
e ajustar insulina nas DM prévias. 
Diabetes Gestacional 
Módulo – OBSTETRÍCIA Naira Fausto 
 
Glicemia capilar (ambulatorial)  2x ao dia por 2 
semanas, alternar os horários a seguir e anotar os 
valores  em jejum, 2h apóso café, antes do 
almoço, 2h após o almoço, antes do jantar, 2h 
após o jantar, 22h e 3h da madrugada. 
Na impossibilidade de realizar ambulatoriamente 
o esquema anterior ou quando os níveis 
glicêmicos forem muito elevados, fazer: 
 Glicemia capilar (com paciente internada)  
8x/dia, em todos os horário citados anteriores 
e anotar os valores. 
 Alta hospitalar com níveis abaixo de 150 e 
acompanhamento ambulatorial garantido. 
Função renal trimestral (ureia e creatinina) e 
proteinúria nas diabéticas prévias. 
Fundo de olho trimestralmente. 
DIETA 
 40-50% de carboidratos; 
 30-40% de gorduras; 
 20% de proteínas  distribuir em 6 refeições. 
INSULINOTERAPIA 
INDICAÇÕES: 
 Uso prévio a gravidez; 
 Diabéticas tipo II que usavam 
hipoglicemiantes orais; 
 Não alcançar as metas com dieta e atividade 
física. 
METAS: 
 Em jejum  menor que 95; 
 Pré-prandial  menor que 100; 
 Pós-prandial (2h após)  menor que 120. 
POSOLOGIA: 
 0,5 UI/kg/dia 
 Dividida em ½ NPH e ½ regular 
 Pode misturar a NPH de manhã e de meio dia 
com a regular 30 minutos antes do café e do 
almoço. 
 Regular  30 minutos antes do jantar. 
 NPH  2h ou quando for se deitar. 
SEGUIMENTO 
 Consultas quinzenais até 30-34 semanas; 
 Consultas semanais a partir de 34 semanas; 
 Urocultura trimestral; 
 USG morfológica 2º trimestre; 
 DM prévia  ECOcardiograma fetal entre 24 
e 28 semanas; 
 Mobilograma a partir de 28 semanas; 
 Rastreio, prevenção e estimativa de risco de 
pré-eclâmpsia; 
 Perfil biofísico fetal mensal a partir de 28 
semanas. 
INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO 
 Compensadas sem insulina  até 40 
semanas; 
 Compensadas com insulina  até 38 
semanas; 
 Descompensadas  avaliar a vitalidade fetal. 
*Cesarianas eletivas: peso fetal 4000/4500 
gramas. 
CONTROLE GLICÊMICO 
INTRAPARTO 
Manter entre 70 – 110. 
APÓS O PARTO 
Se for DG  suspender a insulina e avaliar a 
glicemia capilar: 
 Se alterado: manter 1/3 da dose do fim da 
gestação; 
 Se normal: novo TOTG 6-12 semanas pós-
parto. 
Se for DM prévia  retornar os medicamentos e 
doses prévias a gestação.

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