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IMAGENOLOGIA Lucas Santana – MEDICINA UFMA ULTRASSONOGRAFIA DA MAMA ANATOMIA DA MAMA ▪ Para fins ultrassonográficos, torna-se fundamental conhecer a anatomia da mama, no qual é composto por: - Lobos de tecido glandular do tipo túbulo- alveolar: . Ductos . Lóbulos - Tecido adiposo: . Anterior . Posterior - Ligamentos suspensores de Cooper (sustentação) - Mamilo . Feixes de fibras musculares lisas radiais e circunferenciais com inervação proeminente - Aréola: . Glândulas acessórias areolares (Tubérculos de Montgomery): sebáceas e sudoríparas - Espaço retromamário: . Contido pelo tecido adiposo posterior - Fáscia pré-peitoral - Arcos costais - Cadeia linfática: . Duas cadeias principais: * Cadeia axilar * Cadeia paraesternal . Demais cadeias: * Interpeitorais (de Rotter) * Frênicos inferiores * Cervicais ANATOMIA SEGMENTAR DA MAMA ▪ Para definir a topografia das lesões da mama, traçam-se duas retas, uma horizontal e outra vertical, cujo centro coincide com o mamilo, e realiza-se a sua divisão em 5 segmentos, sendo: - 4 quadrantes: . Superior interno (QSI) . Superior externo (QSE) . Inferior externo (QIE) . Inferior interno (QII) - 1 prolongamento axilar: . Cauda axilar (ou de Spencer) Observação: caso uma lesão esteja no meio da linha horizontal ou vertical, diz-se que ela está na “união dos quadrantes laterais”, por exemplo. Divisão da mama em quadrantes e frequência de acometimento por câncer ▪ Também há a divisão da mama por meio do sistema de relógio, onde fragmenta-se ainda mais a topografia da mama, dando sua localização em “horas”, por exemplo: “lesão situada às 8 horas na mama esquerda” ou “lesão situada entre 1 e 2 horas na mama direita” - Deve-se estar atento, pois uma lesão que se situa às 9 horas ou às 3 horas varia de uma mama para outra. ULTRASSONOGRAFIA NORMAL ▪ Para análise da mama, faz-se uso do transdutor linear, cujo feixe sonoro é retilíneo e frequência sonora mais alta (7,5-15mHz) e menor profundidade, fornecendo alta resolução, ideal para órgãos mais superficiais, como a mama. ▪ Na ultrassonografia normal, o tecido mamário apresenta-se da seguinte forma: - Tecido glandular ou parênquima mamário: hiperecoico, encontra-se em tonalidade cinza- claro. - Tecido adiposo: é hipoecoico, encontrando-se em um cinza mais escurecido QSE QIE QII QSI IMAGENOLOGIA Lucas Santana – MEDICINA UFMA ▪ Em alguns casos, podem ser encontrados, no parênquima mamário, corpos semelhantes a nódulos, fato que requer atenção, pois nem sempre corresponderá a algo que apresente malignidade. O procedimento a ser realizado, para se tirar tal conclusão é o seguinte: - Mover o transdutor nas direções horizontal e vertical e, caso o corpo se alongue, trata-se de tecido adiposo incluído em tecido mamário, denominado de fibroadenoma. - Mas, mesmo ao mover o transdutor o corpo não se alonga, trata-se de um nódulo mamário verdadeiro. ULTRASSONOGRAFIA ANORMAL Características de anormalidade - Para denunciar a presença de um nódulo, além de mover o transdutor, é necessário atentar-se a: ▪ Margens ou limites - Deve-se atentar às margens ou limites dos nódulos ▪ Contorno - Ao observar o contorno do nódulo, verifica-se se ele é bem delimitado em relação ao tecido mamário adjacente, havendo duas possibilidades: . Contorno regular . Contorno lobulado . Contorno espiculado Atenção: se no contorno houver a presença de uma “espícula”, indica que o nódulo está se infiltrando para o tecido adjacente, dependendo de sua direção. ▪ Forma: . Ovalado: possui eixo latero-lateral (longitudinal) predominante, e significam que são paralelos à pele, encontrando-se horizontalizados, constituindo os nódulos benignos. Nódulo cujo eixo látero-lateral é predominante, constituindo benignidade . Circular: diâmetro anteroposterior é igual ou maior que o latero-lateral, apresentando-se verticalizado (ou até mesmo horizontalizado, mas com predomínio anteroposterior), constitui característica de maior suspeição – um nódulo maligno. Nódulo cujo eixo anteroposterior é predominante, constituindo um nódulo maligno . Composição Os nódulos podem apresentar-se na constituição sólida (composição celular) ou cística (composição líquida). PELE LIG.COOPER PARÊNQUIMA MAMÁRIO GORDURA ANTERIOR GORDURA POSTERIOR FÁSCIA MUSCULATURA IMAGENOLOGIA Lucas Santana – MEDICINA UFMA » Cistos: . Nos nódulos de composição líquida, os feixes sonoros o atravessam com maior facilidade, possibilitando sua reverberação e reproduzindo o fenômeno de reforço acústico posterior. . Quanto mais homogênea for a distribuição desse líquido, mais anecoica (preto) será sua imagem e o seu reforço acústico será mais nítido, para caso a sua parede for delgada. Indica um cisto único ou simples. . Caso a parede que compõe o cisto tiver sua parede mais espessada, a imagem do cisto será cada vez mais próxima do hiperecoico. » Nódulos sólidos: . São hipoecoicos, e se a hipoecogenicidade for acentuada, cabe-se suspeição. . Apresentam sombra acústica devido ao material celular denso. . Calcificações não são bem visualizadas na ultrassonografia, mas se elas estiverem inseridas dentro de uma lesão tumoral podem ser facilmente visualizadas. Antes de concluir de que se trata de calcificação, deve-se averiguar, movendo o transdutor, a fim de verificar se não tratam-se de septos (alongando-se), comuns nos fibroadenomas. . As espiculações também são fatores de malignidade . .
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