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SÍNDROME CORONARIANA AGUDA: é uma entidade nosológica caracterizada por um espectro de manifestações clínicas e laboratoriais de isquemia miocárdica aguda, sendo classificada em três formas: Angina Instável (AI), Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) sem supradesnível do segmento ST(IAMSSST e IAM com supradesnível do segmento ST(IAMCSST). SINAIS DA DOR PRECORDIAL (DOR TÍPICA): Em aperto / queimação Região retroesternal / precordial Irradiação para braço esquerdo, pescoço ou mandíbula Início aos esforços Melhora ao repouso ou com nitrato Associado a náuseas, vômitos FATORES DE RISCO: - levam a aterosclerose e causam manifestações aterotrombóticas (IAM, AVC, morte vascular) Modificaveis: Obesidade Diabetes Sedentarismo Hipercoagulabilidade Dieta inadequada Hiperlipidemia Hipertensão Tabagismo etilismo Não modificaveis: Genético (histórico familiar) Idade avançada Sexo masculino FORMAÇÃO DA ATEROSCLEROSE: Os vários fatores de risco modificam a funcionalidade do endotélio, tornando-o mais permeável e ativo, facilitando a entrada de LDL oxidada para o espaço subendotelial, dando origem ao processo aterosclerótico. A aterosclerose começa quando a parede da artéria lesionada cria sinais químicos que fazem com que certos tipos de leucócitos (monócitos e células T) se adiram à parede da artéria. As moléculas de adesão são responsáveis pela atração de monócitos e linfócitos para parede arterial. Os monócitos migram para o espaço subendotelial, onde se diferenciam em macrófagos, que por sua vez captam as LDL-ox. Os macrófagos repletos de lípideos são chamados de células espumosas e são o principal componente das estrias gordurosas, lesões macroscópicas iniciais da aterosclerose. Com o tempo, essas células espumosas carregadas de gordura se acumulam. Elas formam depósitos irregulares (ateromas, também chamados de placas) com formação de uma cobertura fibrosa (capa de fribina) ao redor da placa. O uso do tabaco diminui o nível de colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL), o colesterol “bom”, e aumenta o nível de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL), o colesterol “ruim”. Fumar aumenta o nível de monóxido de carbono no sangue, o que pode aumentar o risco de lesão no revestimento das paredes das artérias. O uso de tabaco faz com que as artérias já estreitadas pela aterosclerose se contraiam, diminuindo ainda mais a quantidade de sangue que chega aos tecidos. Com o passar do tempo, há o acúmulo de cálcio nas placas. As placas podem se espalhar por todas as artérias médias e grandes, mas elas geralmente começam onde as artérias se ramificam. As placas podem crescer dentro da abertura (lúmen) da artéria, provocando um estreitamento gradual. Quando a aterosclerose estreita uma artéria, os tecidos supridos pela artéria podem não receber sangue e oxigênio em quantidade suficiente (pode levar a isquemia). Ambos os tipos de placas podem se romper. A ruptura desta capa da instável expõe material lipídico altamente trombogênico, levando à formação de um trombo sobrejacente. Este processo, também conhecido por aterotrombose, é um dos principais determinantes das manifestações clínicas da aterosclerose. Placa instável: placa se rompe e a exposição do conteúdo forma um trompo (aterotrombose) podendo levar a uma obstrução total da artéria. Ela também pode sangrar (lesar) e levar a obstrução aguda Placa estável: forma uma eroxão ( lesão no endotélio ) pode formar trombo e pode evoluir para uma obstrução aguda, porém é raro os casos, porque ela tem uma capa de fibrose espessa. O processo aterosclerótico pode levar a formação de placas fibrosas complexas causando até isquemia. O crescimento da placa reduz o lúmen arterial, consequentemente a redução do fluxo sanguíneo que leva a sintomas de ANGINA. As placas suscetíveis a ruptura (instáveis) podem formar trombos Fatores de risco da aterosclerose: LDL alto, HDL baixo, tabagismo, DM, HAS, histórico de doença coronariana, AVCi ou doença arterial periférica, obesidade abdominal, hipertrigliceridemia, sedentarismo, aumento de provas inflamatórias. Tratamento aterosclerose: Tratar os fatores de risco!! Antiagregação plaquetária AAS indicado como prevenção secundária (quando há doença aterosclerótica evidenciada) o Alguns autores sugerem antiagregação em diabéticos com outros fatores de risco associados Avaliação do risco cardiovascular global do paciente ANGINA: Desconforto no tórax, tipicamente provocada por ansiedade ou esforço e aliviada após alguns minutos em repouso; Ocorre quando o fluxo de sangue através de uma artéria coronária é reduzido a ponto de o miocárdio, irrigado por ela, tornar-se hipóxico. CLASSIFICAÇÃO DA ANGINA: Estável: tipo mais comum. Obstruções > 70%. Crises por esforço intenso ou emocional (claudicação intermitente). Instável: estado intermediário entre Angina estável e IAM. Crises em repouso ou aos mínimos esforços. CARACTERÍSTICA DA DOR DA ANGINA: Sinal de levine: mão fechada sobre a região do esterno, sugerindo dor toráxica, IAM Retroesternal Em aperto/pressão/ardência Irradiação para o braço esquerdo ou mandíbula FATORES DESENCADEANTES: Estresse, esforço físico e exposição ao frio EXAMES PARA CASOS DE ANGINA: Perfil lipídico (CT, LDL, HDL, TG) Função renal (creatinina, uréia..) / eletrólitos(Na, K, Cl..) Hematócrito / Hemoglobina Glicemia de jejum Eletrocardiograma em repouso Outros: Ergometria , Ecocardiograma de estresse , Cintilografia TRATAMENTO: Angioplastia (cateterismo ou Stent) SÍNDROME CORONARIANA AGUDA: Angina estável: isquemia transitória e reversível, causada pelo desequilíbrio entre a demanda e oferta de O2. Tipo mais comum. Obstruções > 70%. Crises por esforço intenso ou emocional (claudicação intermitente). IAM com supra de ST: paciente com oclusão (fechamento) total podem apresentar infarto agudo do miocárdio (IAM) com supradesnivelamento do segmento ST. IAM sem supra de ST: obstrução (bloqueio) de um vaso pode resultar em um IAM sem supradesnivelamento do segmento ST ou angina instável. Já obstriu 90% do trombo, começa a entrar em processo de necrose, mas sem obstrução total da luz do vaso, se obtruir totalmente então temos o infarto com supra de st, necrose. CIRCULAÇÃO CORONARIANA: Supra: para cima St tem supra, porque tem lesão da bomba sódio e potássio, canalículos... Outra alteração, por exemplo, para baixo no ecg (se chama infra) é considerado iam sem supra ALTERAÇÕES NO ECG (12 DERIVAÇÕES): V7, v8 e v9 são nas costas para olhar a parede posterior, caso tenha infarto Primeira imagem: IAM com supra de ST Segunda imagem: IAM sem supra de ST Terceira imagem: normal Legenda imagem: IAM sem supra de ST (segmento st está infra, para baixo, algumas células morreram 5%) IAM com supra de ST (40% das células mortas) IAM com retardamento de Q, necrosou, todas as celulas mortas DIFERENÇA DE IAM SEM SUPRA E ANGINA INSTAVEL: O eletro pode ser igual? Pode, o que diferencia são os marcadores de necrose, como a troponina EXMPLOS 1: IAM com supra de st com inicio de necrose, porque o complexo QRS está prevalecendo mais o negativo (momento mais tardo) Obs: em dII tem IAM sem supra de ST (infra), quando se encontra infra e supra no eletro, prevalece supra EXEMPLO 2 : Infarto com supra não tratado que necrosou, não se pode fazer muito pelo paciente, já se passaram 10 a 12 horas.. EXEMPLO 3: Infarto com supra e infra, prevalece o supra, não tem onda Q LOCALIZAÇÃO DO INFARTO PELAS DERIVAÇÕES: RESUMINHO... Coronária direita - parede inferior, DII/DIII/AVF Coronária esquerda se divide em circunflexae descendente anterior o circunflexa pega a parede lateral esquerda (DI e AVL) o descendente anterior a parede anterior (V1 a v6). Legenda: DA: descendente anterior CD: coronaria direita CX: coronaria cincurflexa
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