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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química I – Turma 3as e 5as - tarde – Prof. Raphael Cruz 3a Lista de Exercícios TERMOQUÍMICA Exercício 1. Determinar o calor liberado na combustão de 1 m3 de metano (medido em CNTP), a 25°C e sob pressão total de 1 bar. São fornecidos os calores padrões de formação: do dióxido de carbono: -393; do vapor d'água: -242 e do metano: -74,8, em kJ/mol. Resp.: -35,7x103 kJ. Exercício 2. Os calores padrões de combustão do etileno, do etano e do butano valem, respectivamente: -1322, -1426 e -2656, kJ/mol. O calor padrão de hidrogenação do etileno a etano é igual a -137 kJ/mol. Determinar o calor da seguinte reação, a 25°C e 1 bar: C4H10(g) = 2C2H4(g) + H2(g). Resp.: 229 kJ/mol. Exercício 3. Quanto vale o calor padrão de combustão do hidrogênio? Qual será o valor do calor da reação de combustão do hidrogênio, a 50°C e sob pressão de 1,01 bar? E a 200°C? O calor latente de vaporização da água vale 40,6x103 J/mol e a capacidade calorífica da água líquida pode ser tomada como constante e vale 75,2 J/mol.K. Adotar para as capacidades caloríficas dos gases a forma polinômica: Cp = a + bT + cT 2 (com Cp em J/mol.K) e utilizar os dados da tabela apresentada. Resp.: -286 kJ/mol, -285 kJ/mol, -244 kJ/mol. Substância H f o ,298 (kJ/mol) a bx10 3 cx106 H2(g) 0,0 29,0 -0,84 2,00 O2(g) 0,0 25,5 13,6 -4,26 H2O(l) -286 ---- ---- ---- H2O(g) -242 30,2 9,66 1,13 Exercício 4. De que quantidade de calor se disporá na combustão isotérmica, a 25°C, de 1 mol de acetileno? Quanto valerá esta quantidade se os produtos da combustão atingirem a temperatura de 650°C? Supor a combustão do acetileno com quantidade estequiométrica de oxigênio puro, sob pressão da atmosfera. Dados: calores padrões de formação (em kJ/mol): do acetileno 227: do dióxido de carbono: -393; do vapor d'água: -242; capacidades caloríficas médias (em J/mol.K.): do vapor d'água: 35,9; do dióxido de carbono: 45,1. Resp.: -1,26x103 kJ/mol, +1,18x103 kJ/mol. Exercício 5. Em uma bomba calorimétrica queima-se 0,6927 g de naftaleno com quantidade de oxigênio suficiente à combustão completa. Devido ao calor liberado na combustão, a temperatura do calorímetro varia de 25°C a 28,4°C. Sabendo que a capacidade calorífica do calorímetro é igual a 9,27x103 J/K, determinar o calor de formação do naftaleno. Dados: calores padrões de formação: do dióxido de carbono: -393 kJ/mol, da água líquida: -286 kJ/mol. Resp.: 756 kJ/mol. Exercício 6. Etanol e ar atmosférico (4 moles de N2 para 1 mol de O2) alimentam a chama de um maçarico. A fim de obter combustão completa e melhorar a eficiência da chama, a mistura combustível é preparada com excesso de 50% de ar e previamente aquecida a 100°C. Determinar a temperatura máxima da chama do maçarico. Dados: calores padrões de formação, em kJ/mol: do vapor de etanol: - 238, do vapor d'água: -242, do dióxido de carbono: -393; capacidades caloríficas médias, em J/mol.K: do vapor de etanol: 73,2, do vapor d'água:33,6, do dióxido de carbono: 38,7, do nitrogênio: 29,1, do oxigênio: 29,5; temperatura de ebulição normal do etanol: 78,8°C. Resp.: 1806°C. Exercício 7. O calor integral de solução de cloreto de sódio em água, formando osolução a 15% em peso, é igual a 3,31x103 J/mol, a 20°C. Dissolvem-se dois moles de NaCl em quantidade de água suficiente para formar solução a 15%. Se a temperatura inicial é de 20°C, qual será a temperatura alcançada pela solução ao final, supondo a dissolução adiabática? A capacidade calorífica da solução vale 3,72 J/g.K. Resp.: 17,7°C. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química I – Turma 3as e 5as - tarde – Prof. Raphael Cruz 3a Lista de Exercícios Exercício 8. Em uma câmara de combustão (“Junkers”) queima-se uma mistura de propano e butano, alimentada a 20°C e sob pressão de 765 mm Hg, com vazão de 1,3 litro/min. Pela serpentina da câmara circula água, com vazão de 1,8 litro/min. A temperatura da água na entrada de serpentina é de 20°C e na saída é de 35°C. Os gases resultantes da combustão alcançam a temperatura de 40 oC. Sabendo que o calor de combustão do propano e o do butano valem, respectivamente, -2,04x103 kJ/mol e -2,65x103 kJ/mol, determinar a proporção dos dois gases na mistura combustível. Capacidades caloríficas: da água: 4,18 J/g.K, do vapor d'água: 33,5 J/mol.K, do dióxido de carbono: 46,8 J/mol.K, do nitrogênio: 29,0 J/mol.K. Resp.: 91,5% de propano e 8,5% de butano, em percentagem volumétrica. Exercício 9. A enzima catalase, existente no sangue humano, catalisa a decomposição do peróxido de hidrogênio pela reação exotérmica H2O2(l) →H2O(l) + ½ O2(g) Provocando a liberação de O2, o que leva a assepsia de um ferimento, por exemplo, quando se coloca H2O2 sobre ele. Estime a concentração mínima detectável de H2O2 se uma pequena quantidade de catalase (sólida) é adicionada a uma solução de peróxido de hidrogênio em um calorímetro. Assuma que um crescimento de 0,02°C pode ser detectado. Utilize a capacidade calorífica de 4,18 kJ/kg.K para a solução de peróxido de hidrogênio. Considere ∆Hf,H2O(l),298,padrão = -285,83 kJ/mol e ∆Hf,H2O2(l),298,padrão = -191,17 kJ/mol. Resp.: 8,83x10-4 M. Exercício 10. a) Determinar o poder calorífico do metano, do propano e do benzeno, todos a 25°C e 1 atm, a partir das energias de ligação nestas condições. b) Este poder calorífico é inferior ou superior? c) Determine também os respectivos poderes caloríficos desses combustíveis a 100°C e 1 atm. d) E este poder calorífico, é inferior ou superior? Utilize a tabela abaixo para os valores das energias de ligação. Classifique estes poderes caloríficos. Resp.: -158 kcal/mol, -381 kcal/mol, -589,5 kcal/mol, em todas as três reações são poderes caloríficos inferiores, 22.737 kcal/mol, 46.219 kcal/mol, 37.398 kcal/mol. Entalpias de Ligação (a 25ºC e 1 bar) (kcal/mol) <Cp> (kcal/mol) C – H 99,5 CH4 305,27 O – O 33,0 C3H8 621,33 C = O 175,0 C6H6 506,50 H – O 111,0 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química I – Turma 3as e 5as - tarde – Prof. Raphael Cruz 3a Lista de Exercícios TERMOQUÍMICA Lista Resolvida e Comentada Exercício 1. A reação de combustão do metano é a seguinte: CH4(g) + 2O2(g) = CO2(g) + 2H2O(g), cujo calor pode ser calculado a partir dos calores de formação das substâncias participantes da reação, mediante a relação: H 298 o = (H f o ,298 )dióx + 2(H f o ,298 )vapor - (H f o ,298 )metano onde não figura o calor padrão de formação do oxigênio por ser identicamente nulo. Com os valores fornecidos: H 298 o = -393 + 2x(-242) - (-74,8) = -802 kJ/mol. Esta é a quantidade de calor liberada na combustão de 1 mol de metano, a 25 o C e 1 bar. É o calor padrão de combustão do metano. Como a 1 m 3 do gás, medido em CNTP (0 o C e 1,01 bar), corresponde o seguinte número de moles: n = pV/RT = 1x1,01x10 5 /8,31x273 = 44,5 moles, a combustão desta quantidade de metano liberará o seguinte calor: H = nH 298 o = 44,5x(-802) = -35,7x10 3 kJ. Observação: Se cada participante da reação estivesse, individualmente, submetido à pressão de 1 bar, da combustão do metano resultaria água líquida e não vapor d'água. Por via de consequência, o calor de combustão seria diferente do valor encontrado, pois dever-se-ia usar no cálculo do calor da reação o calor padrão de formação da água líquida (-286 kJ/mol). Com a reação resultando em água líquida, obter-se-ia o seguinte resultado para o calor de combustão do metano: -890 kJ/mol. Qual, então, é o significado do calor que resulta da diferença entre -802 kJ/mol e -890 kJ/mol?Exercício 2. As reações de que se fornecem os calores padrões são as seguintes: I) C2H4(g) + 3O2(g) = 2CO2(g) + 2H2O(g), II) C2H6(g) + (7/2)O2(g) = 2CO2(g) + 3H2O(g), III) C4H10(g) + (13/2)O2(g) = 4CO2(g) + 5H2O(g), IV) C2H4(g) + H2(g) = C2H6(g). V) C4H10(g) = 2C2H4(g) + H2(g), a partir dos calores das reações anteriores. Ora, como a equação química da reação V pode ser obtida realizando-se a seguinte operação algébrica com as equações químicas das outras reações: V = III - I - II - IV, o calor da reação V também poderá resultar de operação análoga com os calores das outras reações. Isto é: (H 298 o )V = (H 298 o )III - (H 298 o )I - (H 298 o )II - (H 298 o )IV UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química I – Prof. Raphael Cruz 3 a Lista de Exercícios ou, com os valores: (H 298 o )V = -2656 - (-1322) - (-1426) - (-137) = 229 kJ/mol. Esta é a quantidade de calor que resulta da reação química: C4H10(g) = 2C2H4(g) + H2(g), e refere-se à reação isotérmica, com reagente e produtos na mesma temperatura de 25 o C e nas respectivas formas estáveis. É o que se denomina de calor padrão da reação. Observação: Veja como o calor da reação foi determinado de maneira simples e expedita. E a precisão do resultado obtido é tão boa quanto a precisão dos valores fornecidos. A determinação dos calores das reações resume-se a essa simplíssima operação algébrica porque os calores tabelados são referidos ao mesmo estado para todos os participantes da reação: o estado de reagentes e produtos em suas formas estáveis, a 25 o C e 1 bar. Daí a importância do conceito de reação isotérmica - reação que resulta em produtos na mesma temperatura dos reagentes e cujo calor, endotérmico ou exotérmico, é integralmente fornecido ou retirado do sistema reacional. Exercício 3. Sabendo que os calores padrões referem-se às formas estáveis das substâncias, a 25 o C e 1 bar, e entendendo que, nestas condições, a reação de combustão do hidrogênio deve ser escrita como a seguir: H2(g,1 bar,298 K) + (1/2)O2(g,1 bar,298 K) = H2O(l,1 bar,298 K), em que se indicam as formas estáveis dos participantes da reação nas condições especificadas (veja que a forma da água é a água líquida), conclui-se que o calor padrão de combustão do hidrogênio é, no caso, o próprio calor padrão de formação da água líquida, cujo valor consta da tabela fornecida, H 298 o = (H f o ,298 )H2O(l) = -286 kJ/mol. Assim, sob pressão de 1 bar, a combustão isotérmica, a 25 o C (reagentes e produtos, todos, a 25 o C), de 1 mol de hidrogênio, produzindo água líquida, liberará 286 kJ de calor. Em outra temperatura o calor da reação terá outro valor e não mais se chamará de calor padrão. Seu valor diferirá do anterior mesmo que os reagentes e o produto da reação continuem no mesmo estado físico; mesmo que a reação seja isotérmica na nova temperatura. A 50 o C a reação isotérmica de combustão escreve-se da seguinte maneira: H2(g,1 bar,323 K) + (1/2)O2(g,1 bar,323 K) = H2O(l,1 bar,323 K), cujo calor pode ser determinado utilizando-se a equação de Kirchhoff: H323 = H 298 o + 298 323 CpdT, onde H 298 o é o calor padrão da reação, já determinado (-286 kJ/mol ou -286x10 3 J/mol), e Cp é a variação de capacidade calorífica entre produto e reagentes da reação estequiométrica, dada por: Cp = Cp,H2O(l) - Cp,H2 - (1/2)Cp,O2. O Cp da água líquida vale 75,2 J/mol.K e o do hidrogênio e o do oxigênio são os da forma polinômica: Cp = a + bT + cT 2 , em que a substituição dos coeficientes a, b e c, fornecidos na tabela, produz: Cp,H2 = 29,0 - 0,84x10 -3 T + 2,00x10 -6 T 2 , Cp,O2 = 25,5 + 13,6x10 -3 T - 4,26x10 -6 T 2 . UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química I – Prof. Raphael Cruz 3 a Lista de Exercícios A realização das operações algébricas resultará em: Cp = 33,95 - 5,96x10 -3 T + 0,26x10 -6 T 2 e a substituição desta expressão na equação de Kirchhoff permitirá integrá-la. O resultado que se obtém, com as temperaturas substituídas pelos valores, é: H323 = -286x10 3 + 33,95(323 - 298) - (5,96x10 -3 /2)(323 2 - 298 2 ) + (0,26x10 -6 /3)(323 3 - 298 3 ), H323 = -285xl0 3 J/mol = -285 kJ/mol. Esta é a quantidade de calor liberada na combustão isotérmica, a 50 o C, de 1 mol de hidrogênio, sob pressão de 1 bar. Vê-se, então, que para determinar o calor da reação em qualquer outra temperatura, basta alterar-se, na integral, o limite superior de temperatura e repetir o último cálculo realizado. Será sempre assim enquanto o estado físico dos participantes da reação não se modificar. Como a forma líquida é a forma prevalecente da água entre 0 o C e 100 o C (a 1,01 bar), e o H2 e o O2 também mantêm-se no mesmo estado, nada se modificará neste cálculo, entre 0 o C e 100 o C, a não ser o limite de integração. Já a 200 o C (sob pressão de 1,01 bar), a água se apresentará na forma de vapor e, em consequência, a equação de cálculo deverá ser modificada. A reação isotérmica de combustão do hidrogênio, a 200 o C, é a seguinte: H2(g,1 bar,473 K) + (1/2)O2(g,1 bar,473 K) = H2O(g,1 bar,473 K), onde a água, agora, aparece na forma de vapor. O calor da reação nesta nova temperatura também sai da equação de Kirchhoff, só que modificada, para atender à nova temperatura e ao novo estado da água. A equação de cálculo é a que se segue: H473 = H 298 o + 298 373 CpdT + Lv + 373 473 Cp’dT, onde: H 298 o = -286x10 3 J/mol e Cp = 33,95 - 5,96x10 -3 T + 0,26x10 -6 T 2 , e Lv é o calor necessário á vaporização de 1 mol de água, a 100 o C (40,6x10 3 J). Cp’ tem significado idêntico ao de Cp - é a variação estequiométrica da capacidade calorífica entre produto e reagentes - mas inclui, no lugar da capacidade calorífica da água líquida, a capacidade calorífica do vapor d'água. Os limites de integração das integrais anteriores se relacionam ao seguinte processo seqüencial: aquecimento de reagentes e produto de 25 o C a 100 o C; vaporização da água a 100 o C; aquecimento de reagentes e produto de 100 o C a 200 o C. Assim, o termo Cp’ logo se define: Cp’ = Cp,H2O(g) - Cp,H2 - (1/2)Cp,O2, em que: Cp,H2O(g) = 30,2 + 9,66x10 -3 T + 1,13x10 -6 T 2 , Cp,H2 = 29,0 - 0,84x10 -3 T + 2,00x10 -6 T 2 , Cp,O2 = 25,5 + 13,6x10 -3 T - 4,26x10 -6 T 2 . de que resulta, após operações algébricas: Cp’ = -11,05 + 3,7x10 -3 T +1,26x10 -6 T 2 . Com as expressões de Cp e Cp’ as integrais da última forma da equação de Kirchhoff têm os seguintes valores: 298 373 Cp dT =33,95(373 - 298) - (5,96x10 -3 /2)(373 2 - 298 2 ) + (0,26x10 -6 /3)(373 3 - 298 3 ), 298 373 Cp dT= 2,35x10 3 J/mol.K; UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química I – Prof. Raphael Cruz 3 a Lista de Exercícios 373 473 Cp’ dT = -11,05(473 - 373) + (3,7x10 -3 /2)(473 2 - 373 2 ) + 373 (1,26x10 -6 /3)(473 3 - 373 3 ), 373 473 Cp’ dT = -0,982x10 3 J/mol.K, e o calor da reação isotérmica, a 200 o C, de combustão do hidrogênio, sob pressão de 1 bar, é o seguinte: H473 = -286x10 3 + 2,35x10 3 + 40,6x10 3 - 0,982x10 3 = -244x10 3 J/mol = -244 kJ/mol. Observações: 1) Seria correto afirmar-se que o valor do calor latente de vaporização da água poderia resultar da diferença: Lv = (H f o ,298 )H2O(g) - (H f o ,298 )H2O(l) = 44 kJ/mol? A resposta será afirmativa se a vaporização ocorrer a 25 o C. O corolário desta conclusão é que o calor da reação de combustão do hidrogênio a 200 o C poderia ter sido calculado, mediante a equação de Kirchhoff na forma: H473 = (H f o ,298 )H2O(g) + 298 473 Cp’ dT. Sugere-se, então, analisar esta equação, comparando-a com a que se usouna última parte do exercício, nela substituir expressões e valores, realizar os cálculos e cotejar o resultado que se obtém com o obtido antes. 2) Dizer que um determinado processo ocorre sob pressão de 1 bar, poderá conduzir a uma certa ambigüidade, quando o sistema for constituído de mais de uma substância em fase gasosa. Na reação em questão, por exemplo, a mistura combustível é constituída de dois gases (hidrogênio e oxigênio). Que significa, então, reagi-los sob pressão de 1 bar? A interpretação que se deu, por entendê-la como a mais adequada, é que cada um dos gases está sob pressão de 1 bar, mas também poder-se-ia entender que os dois gases estão sob a mesma pressão de 1 bar e, consequentemente, cada um sob pressão menor que 1 bar. Adotado este entendimento, a representação simbólica da reação se modificará, pela introdução de novos valores de pressão, mas, no que diz respeito ao hidrogênio e ao oxigênio, o calor da reação permanecerá praticamente no mesmo valor em cada temperatura, pois, em qualquer das duas circunstâncias, a pressão a que o H2 e o O2 estão submetidos é moderada, o que lhes confere a condição de gás ideal, com a entalpia independente de p. Quanto ao produto da reação, mesmo que se admita comportamento de gás ideal para o vapor d'água, se a pressão referida não for 1 bar, o intervalo de temperatura em que prevalecerá a forma líquida ou a forma vapor, da água, inevitavelmente se modificará, e o calor da reação de combustão poderá ter outro valor. Exercício 4. O exercício será resolvido a partir das seguintes hipóteses: 1) a reação de combustão será completa e produzirá apenas vapor d'água e dióxido de carbono; 2) o calor gerado na combustão será cedido apenas aos produtos da reação, negligenciando-se destarte a inevitável e, certamente, expressiva dissipação de calor para a atmosfera. Na combustão isotérmica, a 25 o C, o calor de que se poderá dispor será o calor padrão da reação: C2H2(g) + (5/2)O2(g) = 2CO2(g) + H2O(g), UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química I – Prof. Raphael Cruz 3 a Lista de Exercícios que pode ser determinado a partir dos calores padrões de formação: H 298 o = (H f o ,298 )H2O + (H f o ,298 )CO2 - (H f o ,298 )C2H2. Com os valores fornecidos, H 298 o = -242 + 2x(-393) - 227, chega-se a: H 298 o = -1,26x10 3 kJ/mol. Isto é, da combustão isotérmica de 1 mol de acetileno, com produtos na mesma temperatura de reagentes - 25 o C - ficarão disponíveis 1,26x10 3 kJ de calor. Se os produtos da combustão, antes de se dissiparem na atmosfera, atingirem a temperatura de 650 o C (923 K), poder-se-á adotar, então, o seguinte raciocínio: o calor liberado na reação de combustão será, em uma parte, utilizado para aquecer os próprios produtos da combustão e a parte restante constituirá o calor de que se poderá dispor. Com este esquema de distribuição do calor da reação, o balanço térmico terá a forma: Hreação + Haquec + Hdisp = 0, onde Hreaão é o calor liberado na reação, Haquec é o calor necessário ao aquecimento dos produtos e Hdisp é o calor de que se disporá. Explicitando esta última parcela, vem: Hdisp = -Hreação - Haquec. Se a reação iniciar-se com os reagentes a 25 o C, admitir-se-á que os produtos serão aquecidos desde esta temperatura até a temperatura indicada (650 o C) e se poderá imaginar, portanto, que a reação e o conseqüente aquecimento dos produtos ocorrerão da seguinte maneira: primeiro haverá a reação isotérmica, resultando nos produtos também a 25 o C; a seguir o calor liberado na reação isotérmica aquecerá os produtos e o que restar de calor constituirá o calor disponível. Com este esquema imaginário logo ficam elucidadas as parcelas do balanço térmico. O calor da reação é o seu calor isotérmico e padrão: Hreação = H 298 o = -1,26x10 3 kJ/mol, o calor de aquecimento dos produtos, sendo o processo isobárico, pode ser calculado pela equação: Haquec = [(Cp)H2O + 2(Cp)CO2] dT, como as capacidades caloríficas são valores médios e constantes, a integração é imediata e, com os valores substituídos, produz: Haquec = (35,9 + 2x45,1)(923 - 298) = 78,8x10 3 J/mol, Hdisp = 78,8 kJ/mol. Finalmente obtém-se o calor disponível: Hdisp = -(-1,26x10 3 ) - 78,8 = 1,18x10 3 kJ/mol Observações: 1) Óbvio não é, nem tampouco natural, que primeiro obtenham-se os produtos na mesma temperatura dos reagentes, para depois aquecê-los, pois reagir, formar os produtos e aquecê-los é um ato químico só. Portanto, o esquema adotado, no último caso, é apenas um artifício mental para que se possa calcular as parcelas do calor. No entanto, o raciocínio que se fez não introduz qualquer erro no resultado, pois os calores envolvidos, por serem isobáricos, são variações de função de estado e não dependem, portanto, de etapas intermediárias - reais ou imaginárias. Seus valores só dependem dos efetivos estados inicial e final, que foram rigorosamente respeitados. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química I – Prof. Raphael Cruz 3 a Lista de Exercícios 2) Qual seria o maior valor da temperatura alcançada pelos produtos desta reação? Para determinar esta temperatura basta considerar o calor disponível igual a zero, admitindo-se, assim, que todo o calor gerado na reação será integralmente fornecido aos produtos. A equação do balanço térmico ficaria, então, resumida a: Hreação + Haquec = 0, onde: Hreação = H o 298 = -1,26x10 3 kJ/mol = -1,26x10 6 J/mol. Como, Haquec = [(Cp)H2O + 2(Cp)CO2](T - 298) = (35,9 + 2x45,1)(T - 298) = 126,1(T - 298), obtém-se a temperatura superior: T = (-Hreação /126,1) + 298 = (1,26x10 6 /126,1) + 298 = 10,2xl0 3 K. Esta maior temperatura teórica alcançada pelos produtos da reação é denominada de temperatura máxima de chama. Na seqüência de exercícios há alguns que abordam estritamente a determinação desta temperatura, suas limitações e implicações. Exercício 5. Antes de tentar encontrar a solução do exercício, faz-se necessário uma breve descrição de como se realiza a combustão. A bomba calorimétrica é dispositivo prático, adequado à determinação experimental de calores de reação, notadamente de calores de combustão. É um pequeno cilindro de aço, de paredes espessas, onde se encerram hermeticamente os reagentes. A reação de combustão é deflagrada mediante uma centelha ou através da incandescência de um resistor elétrico. A bomba calorimétrica, contendo a carga a reagir, é imersa em uma certa massa de água, contida em um calorímetro adiabático. A determinação experimental consiste em medir a temperatura no calorímetro antes e após a reação. Com estes valores de temperatura e conhecendo a capacidade calorífica do calorímetro, previamente medida, determina-se o calor liberado pela reação. Sendo rígidas as paredes da bomba calorimétrica, considera-se a reação como processo isocórico. O calor da reação, por conseguinte, é uma variação de energia interna da reação. O calor fornecido ao calorímetro e ao seu conteúdo, aquecendo-os de 25 o C a 28,4 o C, é expresso por: Hcal = Cp,cal(Tf - Ti). Com os valores fornecidos, Hcal = 9,27x10 3 (28,4 - 25), encontra-se: Hcal = 31,5x10 3 J. Esta é a quantidade de calor que a completa combustão de 0,6927 g de naftaleno cede ao calorímetro. Sendo o calorímetro adiabático, o balanço das trocas térmicas é o seguinte: Hcal + Ureação = 0, onde Ureação é o calor isocórico da reação de combustão de 0,6927 g de naftaleno. Daí, logo se obtém o valor de Ureação: Ureação = -Hcal = -31,5x10 3 J = -31,5 kJ. Para a combustão de 1 mol de naftaleno, ter-se-á o seguinte calor isocórico: Ureação = -31,5x128,2/0,6927 = -5,83x10 3 kJ/mol. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSEDepartamento de Físico-Química Físico-Química I – Prof. Raphael Cruz 3 a Lista de Exercícios A combustão do naftaleno é representada pela seguinte equação estequiométrica: C10H8(s) + 12O2(g) = 10CO2(g) + 4H2O(l). Desprezando os volumes das fases condensadas (naftaleno e água) e adotando comportamento de gás ideal para os componentess gasosos, pode-se usar a seguinte relação entre o calor isocórico e o calor isobárico da reação: Hreação = Ureação + nRT, em que n é a variação estequiométrica de número de moles entre produtos e reagentes gasosos. Para a reação em questão: n = nCO2 - nO2 = 10 - 12 = -2 moles. Resulta finalmente: Hreação = -5,83x10 3 + (-2)x8,31x298x10 -3 = -5,83x10 3 kJ/mol. Embora este não seja o calor isotérmico da reação, pois areação inicia-se a 25 o C e encerra-se a 28,4 o C, pode-se identificá-lo aproximadamente com o calor padrão da reação: H 298 o = Hreação = -5,83x10 3 kJ/mol. O calor padrão da reação e os calores padrões de formação das substâncias que participam da reação relacionam-se pela equação: H 298 o = 10(H f o ,298 )CO2 + 4(H f o ,298 )H2O - (H f o ,298 )C10H8 de onde se extrai o calor padrão de formação do naftaleno: (H f o ,298 )C10H8 = 10(H f o ,298 )CO2 + 4(H f o ,298 )H2O - H 298 o . Com os números, (H f o ,298 )C10H8= 10x(-393) + 4x(-286) - (-5,83x10 3 ), (H f o ,298 )C10H8= 756 kJ/mol. Observações: 1) Como se obtém a equação Hreação = Ureação + nRT? Sugere-se investigar sua origem. 2) O valor encontrado para a calor da reação (-5,83x10 3 kJ/mol) difere um pouco do valor padrão tabelado (-5,13x10 3 kJ/mol). A rigor, o calor obtido deveria ser corrigido por dois ajustes: um da temperatura, outro da pressão. O da temperatura corresponderia à variação das entalpias dos produtos da reação, ao passá-los de 28,4 o C para 25 o C e que pode ser feito conhecendo as capacidades caloríficas dos produtos; como a diferença entre as temperaturas é pequena, esta correção será diminuta. A outra correção - a da pressão - deveria levar em conta a variação de entalpia dos participantes da reação, notadamente dos gases, com a pressão, desde a pressão em que se encontram na reação até a pressão de 1 bar. Também esta correção é, em geral, de pequena monta, desde que a reação não resulte em pressão final excessivamente elevada. Exercício 6. A combustão do etanol com ar atmosférico, usando quantidades estequiométricas, é a seguinte: C2H5OH + 3O2 + 12N2 = 2CO2 + 3H2O + 12N2. Com 50% a mais de ar atmosférico, tem-se: C2H5OH + 4,5O2 + 18N2 = 2CO2 + 3H2O + 1,5O2 + 18N2. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química I – Prof. Raphael Cruz 3 a Lista de Exercícios O prévio aquecimento da mistura combustível até 100 o C, sob pressão da atmosfera (praticamente constante e igual a 1,01 bar), resultará: 1) no aquecimento do etanol e do ar atmosférico até a temperatura de ebulição normal do etanol (78,8 o C); 2) na vaporização do etanol, nesta temperatura e 3) no aquecimento do vapor de etanol e do ar atmosférico até 100 o C. Conseqüentemente, a reação de combustão do etanol, na temperatura de 100 o C e com ar atmosférico em excesso de 50%, representa-se mais apropriadamente por: C2H5OH(g) + 4,5O2(g) + 18N2(g) = 2CO2(g) + 3H2O(g) + 1,5O2(g) + 18N2(g), onde se indica o estado físico de cada participante, na pressão e temperatura consideradas. O calor isotérmico (a 100 o C) desta reação pode ser determinado pela equação de Kirchhoff: H373 = H 298 o + 298 373 CpdT, cujos termos são os determinados a seguir: H 298 o = 2(H f o ,298 )CO2(g) + 3(H f o ,298 )H2O(g) - (H f o ,298 )C2H5OH(g) H 298 o = 2x(-393) + 3x(-242) - (-238) = -1274 kJ/mol; Cp = 2Cp,CO2(g) + 3Cp,H2O(g) - Cp,C2H5OH(g) - 3Cp,O2(g), Cp = 2x38,7 + 3x33,6 - 73,2 - 3x29,5 = 16,5 J = 16,5x10 -3 kJ. A substituição na equação de Kirchhoff e a imediata integração, produz: H373 = -1274 + 16,5x10 -3 (373 - 298) = -1273 kJ/mol. A temperatura máxima de uma chama, também denominada de temperatura de chama adiabática, é a maior temperatura alcançada pelos produtos de uma reação de combustão. Para determiná-la, admite-se que o calor da reação de combustão é integralmente cedido aos produtos da reação, que se aquecerão desde a temperatura em que os reagentes inicialmente se encontram (To) até a temperatura Tmáx. O calor necessário ao aquecimento dos produtos, admitindo aquecimento isobárico, expressa-se por: Haquec = nP Cp,P dT, que se integra desde To até Tmáx e onde figuram os números de moles estequiométricos dos produtos e suas capacidades caloríficas. Admitir que todo o calor da reação se destina apenas ao aquecimento dos produtos equivale a considerar a reação como processo adiabático, o que resulta no seguinte balanço térmico: Hreação + Haquec = 0. A seguir aplicam-se estas considerações à combustão do etanol, referida antes, e determina-se a correspondente temperatura máxima da chama. O calor de aquecimento dos produtos da reação de combustão do etanol, a 100 o C, com ar atmosférico em excesso de 50%, C2H5OH + 4,5O2 + 18N2 = 2CO2 + 3H2O + 1,5O2 + 18N2. é expresso pela seguinte equação: Haquec = 373 T (2Cp,CO2(g) + 3Cp,H2O(g) + 1,5 Cp,O2(g) + 18 Cp,N2(g))dT. Com os valores das capacidades caloríficas e integrando-se, Haquec = (2x38,7 + 3x33,6 + 1,5x29,5 + 18x29,1)(Tmáx - 373), obtém-se: Haquec = 746(Tmáx - 373), em J Haquec = 746x10 -3 (Tmáx - 373), em kJ. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química I – Prof. Raphael Cruz 3 a Lista de Exercícios Retornando-se à expressão do balanço térmico e nela substituindo-se Haquec pela expressão anterior e Hreação por 1273 kJ: -1273 + 746x10 -3 (Tmáx - 373) = 0, de que resulta: Tmáx = 1273/746x10 -3 + 373 = 2079 K. 1806 o C é a temperatura máxima da chama. Exercício 7. O balanço térmico da dissolução adiabática será o seguinte: Hsol + Hresf = 0, em que Hsol é o calor associado à dissolução de 2 moles de cloreto de sódio em água, formando solução a 15% em peso, dado por: H = nNaClHint = 2x3,31x10 3 = 6,62x10 3 J. Ou seja, a dissolução de 2 moles de NaCl em quantidade de água suficiente para formar solução a 15%, resulta no calor endotérmico de 6,62x10 3 J. Sendo a dissolução processo adiabático, o outro termo do balanço térmico (H)resf é o calor envolvido no resfriamento da própria solução formada. Se o processo de dissolução for isobárico, este calor tem a seguinte expressão: Hresf = msolCp,sol (Tf - Ti), onde Ti é igual a 20 o C, Cp,sol vale 3,72 J/g.K e msol é a massa da solução a 15%, contendo 2 moles de NaCl. Ora, a massa de 2 moles de NaCl é: mNaCl = 2MNaCl = 2x58,4 = 116,8 g, e a massa de solução a 15%, contendo 116,8 g de NaCl, é, portanto: m = 116,8x100/15 = 779,2 g. Obtém-se, então, a seguinte expressão para o calor do resfriamento da solução: Hresf = 779,2x3,72(Tf - 293). Por fim, a substituição dos termos no balanço térmico, 6,62x10 3 + 779,2x3,72(Tf - 293) = 0, leva a: Tf = -6,62x10 3 /779,2x3,72 + 293 = 290,7 K = 17,7 o C. Exercício 8. No tempo de 1 minuto queima-se 1,3 litro da mistura, correspondendo a nt mol da mistura, dado por: nt = pV/RT = 765x10 5 x1,3x10 -3 /750x8,31x293 = 0,0545 mol Neste mesmo tempo de 1 minuto circula pela serpentina 1,8 litro de água, a que corresponde a seguinte massa de água: mágua = Vágua água = 1,8x1,0 = 1,8 kg = 1800 g. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química I – Prof. Raphael Cruz 3 a Lista de Exercícios A quantidade da mistura combustível que se queima em 1 minuto (0,0544 mol) e a correspondentemassa de água que circula na serpentina (1800 g) serão as quantidades a ser usadas como base do cálculo. O número total de moles da mistura combustível (nt) resulta da soma do número de moles do propano (nP) e do butano (nB): nt = 0,0544 = nP + nB. A estas quantidades, nP e nB, correspondem as reações de combustão a seguir, com ar atmosférico (4 moles de N2 para 1 mol de O2), e os respectivos calores: Combustão de np mol de propano: nPC3H8 + 5nPO2 + 20nPN2 = 3nPCO2 + 4nPH2O + 20nPN2, H1 = -2,04x10 3 nP, em kJ. Combustão de nB mol de butano: nBC4H10 + (13/2)nBO2 + 26nBN2 = 4nBCO2 + 5nBH2O + 26nBN2, H2 = -2,65x10 3 nB, em kJ. Para a combustão de nt mol da mistura combustível somam-se as reações anteriores: nPC3H8 + nBC4H10 + [5nP + (13/2)nB]O2 + (20nP + 26nB)N2 = (3nP + 4nB)CO2 + (4nP + 5nB)H2O + (20nP + 26nB)N2. O calor liberado pela combustão da mistura no tempo de 1 minuto resultará de: Hreação = H1 + H2 = -2,04x10 3 nP - 2,65x10 3 nB, em kJ. Para determinar a composição da mistura de propano e butano, considerar-se-á que este calor aquecerá os produtos da combustão de 20 o C a 40 o C, e aquecerá a água que circula na serpentina de 20 o C a 35 o C. O balanço térmico terá, portanto, a seguinte expressão: Hreação + Hprod + Hágua = 0. O calor de aquecimento dos produtos (Hprod) expressa-se pela equação: Hprod = 293 313 nprodCp,prod dT, que, em virtude de serem constantes as capacidades caloríficas, logo se integra e, tendo em vista a estequiometria da reação de combustão, assume a forma: Hprod = [(3nP + 4nB)Cp,CO2 + (4nP + 5nB)Cp,H2O + (20nP + 26nB)Cp,N2 ](313-293), onde Cp,CO2 = 46,8, Cp,H2O = 33,5 e Cp,N2 = 29,0, em J/mol A substituição destes valores e a realização das operações algébricas indicadas, produzem o seguinte resultado: Hprod = 17,1nP + 22,2nB, em kJ. O calor de aquecimento da água que circula na serpentina, sendo a capacidade calorífica da água constante, pode ser calculado pela equação abaixo: Hágua = máguaCp,água(308 - 293), que se susbtituindo os valores, produz: Hágua = 1,8x4,18(308 - 293) = 113 kJ. Retomando a equação do balanço térmico e nela substituindo o valor e as expressões das parcelas, encontra-se: -2,04x10 3 nP - 2,65x10 3 nB + 17,1nP + 22,2nB + 113 = 0, ou 2,02x10 3 nP + 2,63x10 3 nB = 113 Sabendo que: nP + nB = 0,0544 mol, chega-se ao resultado procurado: nP = 0,0498 mol e nB = 0,0046 mol, UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química I – Prof. Raphael Cruz 3 a Lista de Exercícios implicando na seguinte proporção dos dois gases na mistura: 91,5% de propano e 8,5% de butano, em percentagem volumar. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química I – Prof. Raphael Cruz 3 a Lista de Exercícios
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