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TRATAMENTO DE POLINEUROPATIAS Anna Beatriz V. B. Moreira Polineuropatias Diabetes mellitus Acometimento de nervos periféricos, com os nervos distais geralmente afetados de forma mais proeminente. CAUSAS Sínd. Guillain-Barré Intoxicações Infecção por HIV Amiloidose Arboviroses Etilismo Hipovitaminose IRC Medicamentosa Autoimune Polineuropatia diabética Degeneração progressiva dos nervos Predominantemente, axonal Hipoestesia Dor em várias partes do corpo Mãos e pés Normalmente, curso lento Dor, parestesia, queimação, hipoestesia Síndrome de Guillain-Barré Doença autoimune grave Predominantemente, desmielinizante Inflamação nos nervos Fraqueza e hipoestesia Progressão rápida* A recuperação total pode levar meses ou anos Parestesia em pernas e braços Alterações pressóricas Palpitações e paralisia muscular Doença paralisante monofásica aguda* Apesar do paciente, normalmente, receber alta em até 4 semanas, sua recuperação total pode levar meses ou anos. A partir daí, as literaturas trazem que o tratamento para polineuropatias consiste em, basicamente, tratar a doença subjacente e também promover alívio sintomático. 23/09/2021 4 Manejo Polineuropatia diabética Controle rigoroso da glicose em pacientes com DM1 Glicemia normal ou quase normal Redução na incidência de polineuropatia simétrica distal e prevenção de DM1 Controle rigoroso da glicose em pacientes com DM2 Doença mais avançada + fatores de risco + comorbidades Redução na incidência de polineuropatia simétrica distal Intervenções no estilo de vida DM2 Pré-diabetes/SM Intervenções no estilo de vida em pacientes com pré-diabetes ou síndrome metabólica ou portadores de DM2 também auxilia na redução da incidência de polineuropatia simétrica distal. 23/09/2021 5 Manejo Polineuropatia diabética Medidas farmacológicas Farmacologia sintomática Medidas não farmacológicas Estimulação elétrica Fisioterapia Suporte psicológico 23/09/2021 6 Manejo Polineuropatia diabética Medidas farmacológicas Anticonvulsivantes Pregabalina Inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina Efetiva x Baixa evidência Não efetiva x Baixa evid. Gabapentina Oxcarbazepina Efetiva x Baixa evidência Duloxetina Venlafaxina Efetiva x Moderada evidência Efetiva x Moderada evidência 23/09/2021 7 Manejo Polineuropatia diabética Medidas farmacológicas Antidepressivos tricíclicos Opioides Efetiva x Baixa evidência Imipramina Oxicodona Não efetiva x Baixa evid. Efetiva x Baixa evidência Tramadol Tapentadol Efetiva x Baixa evidência 23/09/2021 8 Manejo Polineuropatia diabética Medidas farmacológicas Outros agentes Dextrometorfan Não efetiva x Baixa evid. Não efetiva x Baixa evid. Mexiletine Toxina botulínica Efetiva x Baixa evidência Não há evidências científicas suficientes acerca das seguintes medicações: Zonisamida Capsaicina patch 8% Carbamazepina Clonidina tópica Desipramina CBD nabilone CBD nabiximols Amitriptilina No entanto, a carbamazepina (BCS) e a capsaicina patch 8% são indicados por outra literatura mais atual, de 2019. Mas, ainda assim, essa literatura traz que a eficácia desses compostos é limitada, pois aliviam substancialmente a dor em não mais que aproximadamente 50% dos pacientes, além de poderem promover efeitos colaterais significativos. Uma série de outros analgésicos estão sendo analisados em ECR. 23/09/2021 9 Manejo Síndrome de Guillain-Barré Terapia imunomodulatória Em pacientes que não são capazes de andar 10m sozinhos Outros pacientes: observar se há fraqueza rápida e progressiva + outros sintomas: Disfunção autonômica Falha bulbar Insuficiência respiratória Tratamento com imunoglobulina IV Tratamento com troca de plasma (plasmaférese) Em pacientes com quadro de fraqueza iniciado dentro de 2 semanas Em pacientes com quadro de fraqueza iniciado dentro de 4 semanas Fora desse período, ainda não há evidências sobre a eficácia com esse tratamento. Plasmaférese: busca retirar o plasma que contém autoanticorpos e substituir por um plasma “limpo”. 23/09/2021 10 Manejo Síndrome de Guillain-Barré Cerca de 40% dos pctes tratados não melhoram nas primeiras 4 semanas após o tto Tratamento ineficaz? Inibidores do complemento Enzima de clivagem de IgG Outras abordagens Repetir o tratamento Mudar p/ tto alternativo* 2ª dose de imunoglobulina IV Manejo específico da dor Incentivo à mobilização Medicamentos para dor neuropática ou nociceptiva Gabapentina e carbamazepina* x corticoides Gabapentina e carbamazepina: melhores em relação ao placebo, mas estudo foi com n pequeno e com baixa qualidade de evidência. Ainda precisam aprofundar mais. Corticoides: em um estudo, não houve diferença entre o uso de corticoides e o uso de placebo e não foram analisados os possíveis efeitos colaterais. Em outro, seu uso não retardou a progressão da doença e ainda predispôs os pacientes ao DM. 23/09/2021 11 Referências bibliográficas Diabetic Neuropathy: A Position Statement by the American Diabetes Association, 2017; Revisão sistemática sobre o tratamento farmacológico da neuropatia diabética – revista Neurology; revisão de publicações de 2011-2016; Emerging Biomarkers, Tools, and Treatments for Diabetic Polyneuropathy, 2019; Diagnosis and management of Guillain-Barré syndrome in ten steps, 2019; Tratamento da síndrome de Guillain-Barré (paralisia aguda): ainda um desafio. Disponível em: https://brazil.cochrane.org/news/tratamento-da-s%C3%ADndrome-de-guillain-barr%C3%A9-paralisia-aguda-ainda-um-desafio Remédios para dor em pessoas com syndrome de Guillain-Barré. Disponível em: https://www.cochrane.org/pt/CD009950/NEUROMUSC_remedios-para-dor-em-pessoas-com-sindrome-de-guillain-barre .MsftOfcThm_Text1_Fill_v2 { fill:#000000; }
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