"Diminua seu tempo cirúrgico de 60 para 30 min" PROTOCOLO DA CIRURGIA ODONTOLÓGICA Por Dra Bianca Rosa V É possível se tornar um cirurgião mais rápido e preciso? Querer ser o melhor requer esforço e persistência, e você pode sim compensar a falta de experiência com conhecimento, mas para isso é necessário um exercício constante de análise, tanto como cirurgião, como do paciente que você irá operar. Aqui neste e-book deixarei o caminho das pedras, mas percorrer este caminho cabe a você! Bjo e boa jornada! SIM! É FAC IL? NÃO . . .NÃO É ! Índice 1 Antes da Cirurgia O que saber antes de planejar e realizar sua cirurgia, observando radiografias panorâmicas e acidentes anatômicos naturais 2 Conheça seu Paciente Conhecer seu paciente é fundamental para uma cirurgia sem surpresas, veremos a importância da anamnese e como se prevenir dos principais problemas de saúde. 3 Conheça seus Instrumentos Conhecer a fundo suas ferramentas de trabalho é fundamental para que você extraia destes equipamentos a melhor performance possível, isto fará de você um cirurgião melhor e mais rápido. 4 Pronto Para Operar Veja como agir e planejar cada tipor de cirurgia, que instrumentais colocar na mesa e o que você deve esperar. 5 Cirurgias Difíceis O que fazer quando o dente não sai, método em que você foca na solução e não no problema. Antes da Cirurgia Capitulo 1 Saiba o que é natural, para aprender identificar o não natural (doença) A importância do estudo anatômico Cirurgião que se preze conhece anatomia de cabeça e pescoço de olhos fechados! Não tem como fugir do estudo anatômico, tudo passa pela anatomia, desde a identificação de uma infecção (apalpamento ganglionar) até as etapas cirúrgicas como anestesia, incisão, descolamento...etc. Além disso é importante também identificar estes acidentes anatômicos nas radiografias, somente assim você poderá avaliar o risco cirúrgico e garantir cirurgias mais seguras e previsíveis, portanto vamos observar aqui no e-book alguns pontos importantes na anatomia, mas aconselho você estudar todo dia pelo menos um destes pontos assim com o tempo você treina sua visão e se torna cada dia melhor. RAMOS DO NERVO FACIAL O nervo facial apresenta 80% de funções motoras, sensitivas e especial. E é composto por cinco ramos. Nervo Trigêmeo O nervo trigêmeo, ou quinto nervo craniano, possui três ramos calibrosos distribuídos por áreas extensas da face, tanto superficiais como profundas. Esses três ramos formam a porção maior ou sensitiva, que recebem denominações conforme seus territórios de distribuições principais: 1o Ramo: Nervo oftálmico (Sensitivo) 2o Ramo: Nervo maxilar (Sensitivo) 3o Ramo: Nervo mandibular (Misto) Por isso a nevralgia do trigêmeo causa tanta dor, esta região é primordialmente sensitiva, na nevralgia a pessoa apresenta dor na fronte, em todos os dente superiores e inferiores além de dor no ouvido, tudo ao mesmo tempo. Nervo Oftálmico O nervo lacrimal pode ser observado no canto do olho. O nervo lacrimal é o menor dos ramos do nervo oftálmico. Passa perto do ângulo lateral do olho, onde supre uma pequena área de pele próxima à pálpebra superior e a túnica conjuntiva mais profundamente. Junto com um ramo do nervo maxilar inerva a glândula lacrimal. Função : controle dos músculos da mastigação e percepção sensorial da face e dentes. O nervo oftálmico atravessa a fissura orbital superior, penetra na cavidade orbital e ramifica-se em: Nervo frontal, nervo lacrimal e nervo nasociliar. Nervo Maxilar O Nervo Maxilar é um dos ramos do Nervo Trigêmeo (V Par Craniano). Ele tem origem dentro do crânio, no gânglio trigeminal, e sai do crânio pelo forâme redondo. É um nervo exclusivamente sensitivo e suas ramificações são responsáveis por inervar a pele da face, da pálpebra inferior, da bochecha e do lábio superior, parte da mucosa nasal, a mucosa do palato e véu palatino, todos os dentes do arco superior e a região gengival da maxila. Por ser de suma importância vamos esmiuçar O NERVO INFRAORBITAL. O nervo maxilar atravessa o forame redondo do esfenoide, penetra na fossa pterigopalatina e ramifica-se em: Nervo zigomático, nervo pterigopalatino e nervo infraorbital. Nervo infraorbital (Importante em nosso bloqueio anestésico) O nervo infraorbital emite os ramos: Nervo alveolar superior posterior, que inerva: Os molares superiores e a gengiva vestibular superior posterior. Nervo alveolar superior médio, que inerva: Os pré-molares superiores e a raiz mésio-vestibular do 1º molar superior e a gengiva vestibular superior média. Nervo alveolar superior anterior, que inerva: O canino e incisivos superiores. Nervo Mandibular O nervo Mandibular tem uma parte motora (ligada a musculatura) e uma parte sensitiva. Ele atravessa o forame oval do esfenoide, penetra na fossa infratemporal e emite nervos motores e sensitivos. Parte motora: Nervo temporal Nervo massetérico Nervo pterigoideo lateral Nervo pterigoideo medial Nervo milo-hióideo Nervo Mandibular Parte sensitiva: Nervo bucal, que inerva: A mucosa da bochecha e os músculos da mastigação. Nervo lingual, que inerva: os 2/3 anteriores da língua, a mucosa sublingual e a gengiva lingual inferior. Nervo alveolar inferior, que inerva: Todos os dentes inferiores e gengiva vestibular inferior posterior. O Nervo mentual, inerva: O lábio inferior e a gengiva vestibular inferior anterior. Saber olhar uma radiografia panorâmica é fundamental Sem saber identificar as estruturas anatômicas na radiografia fica difícil prever como será sua cirurgia, e o que você ira precisar. Saber olhar uma radiografia panorâmica é fundamental Aqui podemos observar uma radiografia real de um paciente, tente observar as estruturas desenhadas na página anterior nesta radiografia Seio Maxilar Seio Maxilar Canal Mentoniano Forame Mentoniano As radiografias periapicais são muito importantes Nos dentes Superiores : é importante saber identificar seio maxilar e a relação dele com as raízes dos molares, pois extrações nesta região pode ter um grau maior de dificuldade devido ao risco e migração ou comunicação com o seio. Canal incisivo pode dificultar a anestesia dos incisivos superiores. Nos inferiores observar a relação do canal mentoniano e os dentes inferiores principalmente os terceiros molares, região que corre risco de parestesia. O forame mentoniano que devido sua posição entre o pré-molares inferiores pode causar erro de diagnóstico sendo confundido com lesões apicais. Seio Maxilar Canal MentonianoForame MentonianoCanal Incisivo Quanto mais você se esforçar... Mais verá os resultados em seus diagnósticos e tratamentos. Conheça seu paciente Capitulo 2 Anamnese é uma boa conversa Conheça o histórico de seu paciente aproxima você dele e te faz mais preparado! Conhecer seu paciente á fundo vai te ajudar a fazer diagnósticos mais assertivos e cirurgias mais tranquilas. Não pule nunca essa etapa ela é primordial para que sua cirurgia tenha etapas seguras e sem intercorrências. De maneira geral, o profissional questiona o paciente sobre problemas passados, sua saúde física e psicológica, seus hábitos e higiene bucal, entre outros fatores. Existem algumas perguntas que não podem faltar em sua anmnese. Core Values Compassionate Service Na sua anmnese não pode faltar: 1 – PERGUNTE AO PACIENTE SOBRE O SEU HISTÓRICO ODONTOLÓGICO: E se a pessoa já tinha o hábito de ir ao dentista, qual a frequência