Buscar

Farmacologia do sistema adrenérgico e colinérgico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Neurotransmissão colinérgica 
Após a liberação na fenda sináptica, a ACh 
pode se ligar a duas classes principais de 
receptores localizados na membrana pós-
sináptica: 
(a) os nicotínicos (nAChR) – são canais 
iônicos regulados por ligante e sua estrutura 
é composta por subunidades α - alfa (pelo 
menos duas), β - beta, δ - delta e ε - epsolon 
(ou γ - gama), dependendo do local em que 
são encontrados. 
(b) os muscarínicos (mAChR) – são 
acoplados à proteína G (o que resulta em um 
período de latência após a ativação) e podem 
ser classificados como M1 a M5, dependendo 
do local em que são encontrados. 
 
Receptores Nicotínicos 
A ligação de duas moléculas de ACh às 
subunidades α (alpha) resulta em uma 
alteração conformacional do receptor com a 
abertura de um poro seletivo para cátions com 
apenas uma carga positiva (como K+ e Na+). 
 
 
 
 
O mecanismo de ação envolve a entrada de 
íons de sódio despolarizando a membrana que 
pode originar uma abertura de canais de cálcio 
dependentes de voltagem. 
 
A ligação da ACh ao receptor e despolarização 
da célula são fenômenos breves. Quando o 
receptor é exposto continuamente à ACh 
(com aumento de afinidade do 
neurotransmissor ao nAChR), sua 
conformação é tal que o canal permanece 
fechado por mais tempo. 
Receptores nicotínicos da ACh podem 
ser encontrados: 
• nos gânglios do SNA; 
• no SNC (denominado N2 ou NN); 
• na junção neuromuscular (N1 ou 
NM). 
 
Farmacologia do sistema adrenérgico 
e colinérgico 
f a r m a c o l o g i a d o s i s t e m a a d r e n é r g i c o 
e c o l i n é r g i c o 
As ações dos receptores nicotínicos 
podem ser resumidas como: 
• NN nos gânglios autônomos: ativação 
do neurônio pós-ganglionar. 
• NN na medula supra-renal: secreção 
de catecolaminas. 
• NN no SNC: resultam em ações mais 
complexas, como despertar, ter 
atenção e analgesia. 
• NM na junção neuromuscular: 
contração da musculatura 
esquelética. 
Receptores Muscarínicos 
A ligação da ACh ao mAChR (formas M2 e 
M4) inibe a adenilil ciclase (AC) via Gi e 
contribui para a abertura de canais de 
potássio via Go (com hiperpolarização da 
célula). 
Hiperpolarização: é um período de alguns 
milissegundos em que a célula não reage aos 
neurotransmissores pois estão com excesso 
de negatividade em seu interior o que impede 
a ocorrência de um novo potencial de ação. 
 
Nos casos dos tipos M1, M3 e M5, a ligação 
estimula a fosfolipase C (via proteína Gq). 
Além disso, a ativação de mAChR M1, M3 e 
M5 resulta em excitação das células, 
enquanto a ativação dos receptores M2 e M4 
suprime esta excitação. 
Localização dos receptores M1 a M5 
de acetilcolina 
M1 ⇨ nos neurônios corticais (do SNC), 
gânglios autônomos e células parietais 
(estômago): resultam em potencial pós-
sináptico excitatório tardio e secreção de 
ácido gástrico após estimulação vagal. 
M2 ⇨ no músculo cardíaco, principalmente: 
tem efeito inibitório, diminuindo a força de 
contração e o período refratário. 
M3 ⇨ na musculatura lisa e tecido glandular: 
estimulação da secreção de glândulas 
(salivares, bronquial, sudorípara etc.) e 
contração da musculatura lisa visceral. 
M4 e M5 ⇨ no SNC: os efeitos destes 
receptores não foram completamente 
elucidados, mas podem estar relacionados às 
mudanças comportamentais. 
Obs: Potencial pós-sináptico excitatório ⇨ 
torna o neurônio pós-sináptico mais propenso 
a disparar um potencial de ação. 
Tipos de Receptor 
Muscarínico x Respostas 
Teciduais 
Receptor Tecido Respostas 
M1 
Gânglios 
Autônomos 
Despolarização 
SNC - 
M2 Coração 
Despolarização 
⇩ Duração de 
ação 
⇩ Velocidade 
de condução 
⇩ Força 
Contrátil 
M3 
Músculo liso Contração 
Glândulas 
secretoras 
⇧Secreção 
M4 - - 
M5 - - 
 
Fármacos que atuam na 
transmissão colinérgica podem ser: 
Inibidores da síntese, armazenamento e 
liberação da ACh: 
São fármacos que afetam a liberação da 
ACh, como a toxina botulínica, que impede 
a fusão da vesícula sináptica à membrana 
plasmática, afetando a liberação de 
neurotransmissor. 
Envenenamento com esta toxina ⇨ paralisia 
motora e parassimpática, com a boca seca, 
visão embaçada, seguida de paralisia 
respiratória. 
Inibidores da degradação da ACh: 
A ligação de fármacos ao sítio ativo da 
enzimas acetilcolinesterase resulta em um 
aumento da concentração de ACh na fenda 
sináptica. 
Alguns fármacos são usados para aumentar a 
transmissão na junção neuromuscular (ex.: no 
caso de miastenia grave), o tônus 
parassimpático (ex.: para diminuir a pressão 
intraocular) e a atividade colinérgica central 
(ex.: na doença de Alzheimer). 
Existem três classes principais: 
1. de curta duração (2–10 min), como álcoois 
simples com um grupo amônio quaternário 
(ex.: edrofônio); 
2. média duração (3–8 h), como ésteres do 
ácido carbâmico (ex.: neostigmina e 
fisostigmina); 
3. irreversíveis (centenas de horas), como 
derivados do ácido fosfórico (ex.: diisopropil 
fluorofosfato). 
Como agem os inibidores da 
degradação da Ach? 
 
 
Miastenia Gravis 
Edofrônio ou Neostigmina.

Continue navegando