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Resumo P R O D U Ç Ã O : V I T O R D A N T A S P R O D U T O R V E R I F I C A D O D O P A S S E I D I R E T O Metabolismo Vitor Dantas - METABOLISMO TUTORIA 09/SESSÃO 11 OBJETIVOS: → Explicar o metabolismo das vitaminas → Explicar a desnutrição e seus efeitos metabólicos ↪ Explicar o metabolismo das vitaminas Vitaminas são compostos orgânicos não-relacionados quimicamente, que não podem ser sintetizados por humanos e, portanto, devem ser supridos pela dieta. Nove vitaminas (ácido fólico, cobalamina, ácido ascórbico, piridoxina, tiamina, niacina, riboflavina, biotina e ácido pantotênico) são classificadas como hidrossolúveis, enquanto quatro vitaminas (vitaminas A, D, K e E) são ditas lipossolúveis. As vitaminas são requeridas para a execução de funções celulares específicas. Por exemplo, muitas das vitaminas hidrossolúveis são precursores de coenzimas para as enzimas do metabolismo intermediário. Em contraste com as vitaminas hidrossolúveis, somente uma vitamina lipossolúvel (vitamina K) tem função de coenzima. Essas vitaminas são liberadas, absorvidas e transportadas com a gordura da dieta. Elas não são facilmente excretadas na urina e quantidades significantes são armazenadas no fígado e no tecido adiposo. Vitaminas hidrossolúveis: As vitaminas hidrossolúveis constituem um grupo de compostos estruturalmente e funcionalmente independentes que compartilham uma característica comum de serem essenciais para a saúde e bem-estar. De uma maneira geral, não são normalmente armazenadas em quantidades significativas no organismo, o que leva muitas vezes a necessidade de um suprimento diário dessas vitaminas. São hidrossolúveis as vitaminas do complexo B e a vitamina C. As vitaminas do complexo B, são: B1, ou tiamina; B2, ou riboflavina; niacina, que inclui o ácido nicotínico e a nicotinamida; B6, que agrupa a piridoxina, piridoxal e a piridoxamina; B12 ou cobalamina; ácido fólico; ácido pantotênico e biotina. • Excesso: As vitaminas hidrossolúveis não são tóxicas e as quantidades armazenadas no corpo são normalmente pequenas. Quando ingeridas em excesso em relação a necessidade corporal, elas são facilmente excretadas na urina e, assim devem ser continuamente supridas na dieta. Vitaminas do complexo B Vitamina B1-Tiamina Vitamina B2-Riboflavina Vitamina B3-Niacina Vitamina B5-Ácido pantotênico Vitamina B6-Piridoxina Vitamina B7-Biotina Vitamina B9-Ácido fólico Vitamina B12-Cobalamina Tiamina (vitamina B1) O pirofosfato de tiamina (TPP) é a forma biologicamente ativa da vitamina, formada pela transferência do grupo pirofosfato do ATP para a tiamina. ↪ Função: O pirofosfato de tiamina serve como coenzima na formação ou degradação de α-cetóis pela transcetolase e na descarboxilação oxidativa dos α-cetoácidos. A TTP funciona como coenzima na descarboxilação- oxidação do piruvato, com sua conversão em acetil-CoA, e do α-cetoglutarato no ciclo de Krebs, formando succinil- CoA; e nas reações das transcetolases, na via das pentoses- fosfato. Obs.: A tiamina é encontrada nas células como monofosfato ou pirofosfato e distribuída em todos os tecidos e as mais altas concentrações encontram-se no fígado, cérebro, rim e coração. ↪ Indicações clínicas para a tiamina A descarboxilação oxidativa do piruvato e do α- cetoglutarato, que desempenham um papel importante no metabolismo energético da maioria das células, é especialmente importante no tecido nervoso. Na deficiência da tiamina, a atividade dessas duas reações de desidrogenases está diminuída, resultando na diminuição da produção de ATP e, dessa forma, em prejuízo na função celular. OBS: essa deficiência de tiamina é diagnosticada pelo aumento na atividade da transcetolase em eritrócitos, que é observado pela adição de pirofosfato de tiamina. • Beribéri: Essa é uma grave síndrome de deficiência de tiamina, observadaem áreas onde o arroz polido é o principal componente da dieta. Os sinais de beribéri infantil incluem taquicardia, vômito, convulsões e, se não for tratada, morte. A síndrome de deficiência pode ter um rápido início em lactentes cujas mães são deficientes em tiamina. O beribéri adulto é caracterizado por pele seca, irritabilidade, pensamento desordenado e paralisia progressiva. • Síndrome de Wernicke-Korsakoff: Nos Estados Unidos, a deficiência de tiamina, a qual é encontrada principalmente Vitor Dantas - METABOLISMO em associação com alcoolismo crônico, é devida à insuficiência na dieta ou à diminuição na absorção intestinal da vitamina. Alguns alcoolistas desenvolvem síndrome de Wernicke-Korsakoff - um estado deficiente caracterizado por apatia, perda da memória e um movimento rítmico dos globos oculares. Riboflavina (vitamina B2) A riboflavina foi uma das primeiras vitaminas B identificadas. Originalmente, pensava-se que ela fosse uma fonte de calor estável responsável pela prevenção da pelagra. As duas formas biologicamente ativas são flavina mononucleotídeo (FMN) e flavina adenina dinucleotídeo (FAD), formadas pela transferência de um AMP do ATP para o FMN. Tem a função de coenzima de sistemas que intervêm nas oxidações celulares. Exerce ação promotora do crescimento. Atua na regeneração sanguínea, no fígado, no trabalho cardíaco e no aparelho ocular. Conserva os tecidos. Proteção de corticosteróides, gliconeogênese e atividade reguladora das enzimas tireóideas. Ajuda cicatrizar feridas na boca, lábios e língua. Metaboliza carboidratos, as gorduras e as proteínas. Ajuda o organismo a aproveitar oxigênio e é importante na formação de anticorpos. Niacina (vitamina B3) É um derivado substituído da piridina. As formas biologicamente ativas da coenzima são nicotinamida- adenina-dinucleotídeo (NAD+ ) e seu derivado fosforilado, nicotinamida-adenina-dinucleotídeo-fosfato (NADP+ ). A nicotinamida, um derivado do ácido nicotínico, que contém uma amida substituindo um grupo carboxila, também ocorre na dieta. A nicotinamida é rapidamente desaminada no organismo e, dessa forma, é nutricionalmente equivalente ao ácido nicotínico. O NAD+ e o NADP+ servem como coenzimas nas reações de oxidação-redução nas quais a coenzima sofre redução do anel piridina, pela incorporação de um íon hidreto (átomo de hidrogênio + um elétron). As formas reduzidas do NAD+ e do NADP+ são NADH e NADPH, respectivamente. ↪ Função: Participa nos mecanismos de oxidação celular, intervém no aproveitamento normal dos prótides pelo organismo, influência o metabolismo do enxofre, tem sido usado como agente farmacológico para diminuir o colesterol do plasma. Possibilita o metabolismo das gorduras e carboidratos. Componente de coenzimas relacionadas às enzimas respiratórias e vasodilatadoras. Reduz triglicerídeos, antipelagra. Ajuda a prevenir e aliviar a dor de cabeça provocada por enxaqueca. Estimula a circulação e reduz a pressão sanguínea alta. Importante nas funções cerebrais e revitalização da pele, também na manutenção do sistema nervoso e do aparelho digestivo. Deficiência: causa aparecimento da pelagra, perturbações digestivas, nervosas e mentais. Fraqueza muscular, anorexia, estomatite angular, língua vermelha, lesões dermatológicas. Excesso: causa formigamento e enrubecimnto da pele, sensação de latejamento na cabeça. Ácido pantotênico (vitamina B5) ↪ Função: Auxilia o metabolismo em geral. O Pantenol, forma alcoólica ativa do ácido pantotênico do grupo da coenzima A, e uma substância que apresenta papel dos mais importantes na regulação dos processos de suprimento de energia. Ele acha-se fixado em cada célula viva e, por conseguinte, promovendo o desenvolvimento, função e reprodução dos tecidos endoteliais e epiteliais. Combate as infecções produzindo anticorpos. Evita a fadiga, reduz os efeitos adversos e tóxicos de muitos antibióticos. A glândula supra renal e o sistema nervoso dependem dele. Auxilia na construção da célula e manutençãonormal do crescimento. Útil no controle do stress físico e mental. A coenzima A apresenta também importância no metabolismo pela liberação de energia dos glicídios, lipídios e proteínas e também na síntese de aminoácidos, ácidos graxos, esteróis e hormônios esteróides, assim como elemento essencial para a formação da porfirina, porção pigmentar da molécula da hemoglobina. ↪ Deficiência Manifesta-se por degeneração muscular, deficiência adrenocortical e hemorragia, dermatite, queratite, parada do crescimento e morte nos animais. No homem, a sua deficiência não tem sido reconhecida com uma dieta comum, presumivelmente por causa da grande ocorrência da vitamina nos alimentos comuns. No homem, apenas a denominada síndrome “ardor nos pés”, caracterizada por formigamento nos pés e parestesias, hiperestesias, e distúrbios circulatórios nas pernas, supõe-se estar ligados à deficiência de ácido pantotênico. Causa fadiga, fraqueza muscular, perturbações nervosas, anorexia, diminuição da pressão sangüínea. Distúrbios cutâneos. Excesso: quando ingeridas em excesso, são facilmente excretadas pela urina e, assim devem ser continuamente supridas na dieta. Piridoxina (vitamina B6) Vitamina B6 é um termo coletivo para piridoxina, piridoxal e piridoxamina, todos derivados da piridina. Eles diferem apenas na natureza do grupo funcional ligado ao anel. A piridoxina ocorre principalmente nas plantas, enquanto que o piridoxal e a piridoxamina são encontrados em alimentos obtidos de animais. Todos os três compostos podem servir como precursores da coenzima biologicamente ativa, o piridoxal-fosfato. ↪ Função: O piridoxal-fosfato funciona como uma coenzima para um grande número de enzimas, particularmente aquelas que Vitor Dantas - METABOLISMO catalisam reações envolvendo aminoácidos. A vitamina B6 esta envolvida como um cofator em percursos que incluem o metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas. A vitamina B6 funciona como coenzima de reações de transaminação, descarboxilação e racemização de aminoácidos. ↪ Indicações clinicas de piridoxina : A isoniazida (hidrazida do ácido isonicotínico), uma droga frequentemente usada para o tratamento da tuberculose, pode induzir uma deficiência de 86 pela formação de um derivado inativo com o piridoxal-fosfato. A suplementação de 86 na dieta é, assim, um adjuvante para o tratamento com isoniazida. Por outro lado, dietas deficientes em pi ridoxina são raras, mas têm sido observadas em recém- nascidos alimentados com leite em pó com baixos níveis de 86, em mulheres que fazem uso de contraceptivos orais e em alcoolistas. ↪Toxidade da piridoxina: Sintomas neurológicos têm sido observados com ingestão superior a 2 g/dia. Uma melhora substancial, mas não a recuperação completa, ocorre quando a vitamina é suspensa. ↪ Deficiência: Pode causar diarréia, alterações da pele, depressão, dormência e também pelagra, anormalidades no sistema nervoso central, retardo mental, convulsões, anemia hipocrônica. Dermatite, inflamação da pele e das mucosas. Distúrbios cutâneos e neurológicos. Biotina (vitamina B7) A biotina é uma coenzima nas reações de carboxilação, nas quais ela serve como carregador do dióxido de carbono ativado. ↪ Função: É uma vitamina sintetizada por bactérias. Ela serve como transportador de dióxido de carbono ativado. A deficiência espontânea de erotina ocorre raramente, se ocorrer em seres humanos à necessidade diária é pequena, e os micróbios intestinais sintetizam quantidades suficientes, que podem ser absorvidas sem fontes nutricionais adicionais. A clara de ovo contém uma proteína chamada de avidina, que se liga a biotina muito fortemente (muito ativamente). O cozimento da clara de ovo desnatura a avidina e abole a atividade de ligação à biotina. A biotina tem a capacidade de neutralizar o efeito tóxico da clara de ovo cru, combinando-se neutralizando o efeito da assim chamada avidina, que é uma secreção da mucosa do oviduto da ave. Funciona no metabolismo das proteínas e dos carboidratos. Ajuda no tratamento preventivo da calvície. Acalma as dores musculares. Alivia a eczema e a dermatite. Mantém a pele e sistema circulatório saudáveis. Quebra gorduras e proteínas. Papel importante no crescimento de cabelos. Ajuda no trabalho das outras vitaminas B, antidermático. Deficiência: depressão, sonolência, dores musculares, anorexia, descamação da pele, distúrbios cutâneos (dermatite esfoliativa). Conjuntivite, lassidão. A síndrome da deficiência expontânea no homem tem sido observada em indivíduos que consumiram claras de ovo cruas durante longo tempo. Excesso: a biotina é tolerada pelo homem sem efeitos colaterais, mesmo em doses altas. Ácido fólico (vitamina B9) Desempenha um papel chave no metabolismo dos grupos de um carbono, é essencial para a biossíntese de vários compostos. ↪ Função: Transferência de unidades de um carbono, síntese de metionina, purinas e timina. O tetraidrofolato recebe um fragmento de um carbono de doadores como a serina, a glicina e a histidina, e os transfere para intermediários na síntese de aminoácidos, purinas e timina. ↪ B9 e anemia: Níveis inadequados de ácido fólico podem ser causados por: • Aumento na demanda (ex.: durante a gestação e a lactação) • Absorção deficiente (causada por patologia do intestino delgado) • Alcoolismo ou tratamento com drogas que que inibem a diidrofolato-redutase, que é a enzima responsável pela reação que forma o estado ativo do ácido fólico, o ácido tetraidrofólico. • Uma dieta sem folato pode causar uma deficiência em poucas semanas. Sua deficiência é causada pela ingestão inadequada, necessidade aumentada, absorção deficiente, demanda aumentada e metabolismo deficiente. • O principal resultado da deficiência de ácido fólico é a anemia megaloblástica, causada pela diminuição na síntese de purinas e timidina, o que leva a uma incapacidade da célula em produzir DNA e, assim sendo, essas células não podem se dividir. Obs.: É importante avaliar a causa da anemia megaloblástica antes de instituir a terapia, porque a deficiência de vitamina B12 causa indiretamente sintomas dessa doença. ↪ Papel do ácido fólico no metabolismo dos aminoácidos Algumas vias biossintéticas precisam da adição de grupos de um carbono. Essas unidades de um carbono podem ser transferidas a partir de compostos carregadores como o ácido tetraidrofólico para estruturas específicas que estejam sendo sintetizadas ou modificadas. A forma ativa do ácido fólico, o ácido tetraidrofólico (THF), é produzida a partir do folato pela diidrofolato-redutase, em uma reação requer dois NADPH. O grupo de um carbono carregado pelo THF liga-se ao nitrogênio N5 ou N10, ou a ambos, N5 e N10. O THF permite que compostos de um carbono sejam reconhecidos e manipulados por enzimas biossintéticas. Vitor Dantas - METABOLISMO Cobalamina (vitamina B12) • É necessária para duas reações enzimáticas essenciais: a síntese da metionina e a isomerização da metilmalonil-CoA, que é produzida durante a degradação de alguns aminoácidos e de ácidos graxos com número ímpar de átomos de carbono. • Quando a vitamina é deficiente, ácidos graxos anormais acumulam-se e são incorporados nas membranas celulares, incluindo as do sistema nervoso. Isso pode contribuir para algumas manifestações neurológicas da deficiência da vitamina B12 ↪ Indicações clinicas de cobalamina : Ao contrário de outras vitaminas hidrossolúveis, quantidades significativas (4 a 5 mg) de vitamina B12 são armazenadas no organismo. Assim, podem ser necessários vários anos para que se desenvolvam sintomas clínicos de deficiência de B12 em indivíduos que tenham sofrido gastrectomia total ou parcial (os quais, portanto, tornam-se deficientes no fator intrínseco) e não possam mais absorver a vitamina. OBS: É importante dizer que, nos indivíduos submetidos à gastrectomia total, a vitamina B12 tem que ser injetadaporque, não tendo estômago para produzir o fator intrínseco, não ocorrerá a absorção da vitamina B12 no intestino delgado • Excesso: Interfere na ação farmacológica de drogas anticonvulsivas. Ácido ascórbico (vitamina C) A principal função do ascorbato é como agente redutor em diversas reações diferentes. A vitamina C tem um papel muito bem documentado como coenzima nas reações de hidroxilação, como por exemplo, na hidroxilação dos resíduos prolil-elisil do colágeno. A vitamina C é, dessa forma, necessária para a manutenção normal do tecido conectivo, assim como para recompor tecidos danificados. Essa vitamina também facilita a absorção do ferro da dieta no intestino. ↪ Função: Antiescorbútica, previne o escorbuto, facilita a circulação sanguínea, favorece a boa dentição, forma tecido osteóide, auxilia na defesa contra infecções, aumenta a resistência a infecções, protege o sistema vascular, principalmente os capilares, colabora com o ferro na formação da hemoglobina, ajuda na absorção do ferro, auxilia a função glandular, sobretudo na supra-renal, contribui para o desenvolvimento dos ossos, tem papel significativo no tecido conjuntivo, favorece a cicatrização das feridas, queimaduras e gengivas que sangram, proteção e manutenção do colágeno (integridade celular). Antioxidante e anticâncer, fortalece o sistema imunológico. ↪ Deficiência do ácido ascórbico A deficiência de ácido ascórbico resulta no escorbuto, uma doença caracterizada por gengivas doloridas e esponjosas, dentes frouxos, fragilidade dos vasos sanguíneos, edemas nas articulações e anemi. A maioria dos sintomas da doença pode ser explicada por uma deficiência na hidroxilação do colágeno, resultando em tecido conectivo defeituoso. ↪ Excesso Nenhuma toxicidade foi observada no excesso de vitamina C mas sabe-se que a forma oxidada do ácido ascórbico, o ácidodesidroascórbico, é tóxico. Então, altas de vitamina C podem favorecer o acúmulo de ácido desidroascóbico, principalmente em indivíduos que podem Ter uma deficiência no sistema enzimático que reoxida o ácido desidroascórbico. Vitaminas l ipossolúveis As vitaminas lipossolúveis são compostos constituídos de isopreno, que desempenham papéis essenciais no metabolismo ou na fisiologia. A vitamina D é precursora de um hormônio que regula o metabolismo do cálcio. A vitamina A fornece o pigmento fotossensível do olho dos vertebrados e é um regulador de expressão gênica durante o crescimento das células epiteliais. A vitamina E funciona na proteção dos lipídeos de membrana contra o dano oxidativo, e a vitamina K é essencial no processo de coagulação sanguínea. • São compostos não sintetizados pelo corpo e por isso devem ser supridos pela dieta • Executam funções celulares específicas como o de percussores de coenzimas no metabolismo (vitamina K) • Agem como hormônios como no caso da vitamina A e D • São compostos armazenados no fígado e no tecido adiposo. Ao contrário das hidrossolúveis que são facilmente absorvidas e excretadas, as lipossolúveis são armazenadas no fígado e no tecido adiposo e não são facilmente excretadas na urina. Por isso que o consumos de vitaminas como A e D em excesso pode levar ao acúmulo de quantidade tóxicas desses compostos. Para essas vitaminas serem absorvidas é necessária a presença de lipídeos, bile e suco pancreático. Após a absorção no intestino, elas são transportadas através do sistema linfático até os tecidos onde serão armazenadas. As vitaminas A e D são armazenadas principalmente no fígado e a vitamina E nos tecidos adiposos e em menor quantidade nos órgãos reprodutores. Vitamina A A vitamina A é um grupo de hidrocarbonetos insaturados com atividade nutricional, incluindo retinol e compostos relacionados, bem como alguns carotenoides. A atividade da vitamina A em tecidos animais é encontrada predominantemente sob a forma de retinol ou de seus ésteres, de retinal e, em menor quantidade, como ácido retinoico. A concentração dessa vitamina é maior no fígado, principal órgão armazenador do corpo, no qual o retinol e seus ésteres são as principais formas presentes. http://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina_B12 http://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino_delgado Vitor Dantas - METABOLISMO Os carotenoides contribuem significativamente para a atividade da vitamina A em alimentos tanto de origem animal como vegetal. De aproximadamente 600 carotenóides conhecidos, cerca de 50 apresentam alguma atividade de pró-vitamina A (são convertidos em vitamina A in vivo, de forma parcial). Alimentos de origem vegetal contêm β-caroteno, que pode ser clivado oxidativamente no intestino em duas moléculas de retinal. Obs.:É produzida por plantas (especificamente vegetais verdes escuros e amarelos) como os caratenoides, que são clivados em retinol e convertidos (raramente atinge 100%) em outros metabólitos no corpo. Os retinóides e os carotenoides pró-vitamínicos A são muito lipofílicos, em decorrência de suas estruturas apolares. Em consequência disso, eles se associam a componentes lipídicos, organelas específicas ou proteínas transportadoras nos alimentos e nas células vivas. Em muitos sistemas alimentares, os retinoides e os carotenoides são encontrados em associação a gotículas de lipídeos ou micelas dispersas, em meios aquosos. As ligações duplas conjugadas do sistema dos retinoides proporcionam uma absorção forte e características no espectro ultravioleta, enquanto o acréscimo de ligações duplas conjugadas ao sistema de carotenoides causa mais absorção no espectro visível e na cor amarelo-laranja desses compostos. A vitamina A tem participação em diversas etapas de formação do organismo. É importante para formação e manutenção de dentes, ossos, mucosas, pele, para a visão e para o bom funcionamento do sistema imune. ↪ Estrutura Vitamina A é um termo usado como coletivo para várias moléculas relacionadas. Suas formas ativas são: Retinol: que é um álcool primário encontrado nos tecidos animais. Retinal: É o derivado aldeído da oxidação do retinol. Ácido retinóico: É o derivado da oxidação do retinal e medeia a maioria das ações dos retinóides, com exceção das reações da visão, que dependemdo retinal. Beta-caroteno: Que é presente nos vegetais, e pode ser clivado no intestino em duas moléculas de retinal. Antioxidante, diminui câncer de pulmão em não fumantes, quando obtidos da dieta. Contudo a suplementação artificial pode aumentar a incidência de câncer de pulmão em fumantes. Tambem diminui doenças cardíacas, pele, catarata e degeneração macular (olho) Obs.: Os retinoides são essenciais para a visão, reprodução, crescimento e manutenção dos tecidos epiteliais. ↪ Função: • Antioxidantes: Reduzem o risco de certos tipos de câncer, iniciados por radicais livres. • Crescimento: Tanto o retinol como ácido retinóico ligam- se a receptores intracelulares que, depois, ligam-se ao DNA afetando a síntese de proteínas envolvidas na regulação do crescimento e da diferenciação celulares. Crescimento ósseo, por exemplo e consequentemente lesão nervosa por causa da compressão do tecido em crescimento em um esqueleto que parou de crescer. • Ciclo visual: Componentes dos cones e bastonetes. Na retina, sob a forma 11-cis-retinal, a vitamina A fica associada às proteínas visuais (as opsinas). Rodopsina: pigmento dos bastonetes. Quando a luz atinge a retina, várias modificações bioquímicas (isomerização fotoquímica: desbotamento do pigmento visual) ocorrem, resultando na conversão do retinal à forma toda- trans e sua dissociação da proteína visual. Depois, a isomerização de volta à forma 11-cis- retinal da vitamina A faz com que os pigmentos visuais funcionais sejam regenerados. Luz atinge a retina-modificacoes-geracao de impulso nervoso-conversao de cis para trans- dissociação da proteína visual. •Reprodução: O retinol e o retinal são essenciais para a reprodução normal, mantendoa espermatogênese nos machos e prevenindo a reabsorção fetal nas fêmeas. Problemas dermatológicos, como acne e psoríase (queratinizacao exacerbada) são tratadas com acido retinoico e seus derivados. Menos graves: toda trans. Mais graves: cis trans. Isotretinoina: usada no tratamento de acne severa. Tratamento prolongado aumenta LDL/HDL: maior risco de doença cardiovascular. • Manutenção das células epitelial: O retinil fosfato é necessário para a síntese de glicoproteínas(importante componente do muco secretado por muitos tecidos epiteliais). A falta de secreção mucosa leva a uma desidratação dessas células, e o excesso de síntese de queratina leva a uma superfície queratinizada córnea em lugar do epitélio normal úmido e flexível. • Retinol e ou acido retinoico controlam a síntese de queratina. ↪ Deficiência: A deficiência prolongada leva à perda irreversível do número de células visuais. A deficiência grave leva à xeroftalmia, o ressecamento patológico da conjuntiva e da córnea. Se não for tratada, a xeroftalmia resulta em ulceração da córnea e, por fim, cegueira devido à formação de tecido de cicatrização opaco. A Xeroftalmia (cegueira noturna) é um dos primeiros sinais de deficiência em vitamina A. Nela, há a dificuldade de visão em ambientes com pouca luminosidade. A deficiência grave de vitamina A leva ao ressecamento patológico do olho. Se não for tratada, a xeroftalmia resulta em ulceração da córnea e, por fim, em cegueira, devido à formação de tecido de Vitor Dantas - METABOLISMO cicatrização opaco. Uma deficiência prolongada: perda no numero de células visuais. Além disso, a carência de vitamina A resulta em uma diminuição na taxa de crescimento e no desenvolvimento ósseo em animais jovens, somando-se a isso, em aves essa deficiência pode levar a aumento da taxa de mortalidade. Condições patológicas que influenciam a obtenção de vitamina A pelo indivíduo incluem a má absorção (insuficiência pancreática e colestase), fibrose cística, doenças hepáticas e doenças renais. Obs.: Relação com o ferro: anemia ferropriva: diminui o numero de glóbulos vermelhos saudáveis: diminui o2, uma vez que a vitamina induz a produção de transferina, responsável pelo transporte do ferro. Se há ausência a produção de transferina fica comprometida e pode levar a anemia. ↪ Excesso Hipervitaminose A: acumulo de vitamina A no fígado. - Aumento da pressão intracraniana - Pele prurítica - Aumento do fígado, podendo se tornar cirrótico - Evitar exceder 7,5mg/dia de retinol A toxicidade da vitamina A pode ser classificada sob três categorias: aguda, crônica e teratogênica. • Gestantes, especialmente, não devem ingerir quantidades excessivas de vitamina A, em função da potencial possibilidade de malformações congênitas no feto em desenvolvimento. anomalias no trato urinario. Vitamina D A atividade da vitamina D nos alimentos está associada a vários análogos de esteróis em lipídeos, incluindo o colecalciferol, de fontes animais, e o ergocalciferol, que é uma forma exclusivamente sintética de vitamina D, a qual é formada pela irradiação comercial do fitoesterol (um esterol vegetal), com luz ultravioleta (UV), e é comumente adicionada ao leite e manteiga como um suplemento alimentar para humanos. A estrutura hidroxilada 1,25-di-hidroxi de colecalciferol (vitamina D3) é a principal forma fisiologicamente ativa da vitamina D e está envolvida na regulação da absorção e do metabolismo de cálcio. A forma 25-hidroxicolecalciferol é a forma predominante de vitamina D presente no plasma e é a sua principal forma de armazenamento. A vitamina D é suscetível à degradação pela luz. A vitamina D é suscetível à degradação pela luz. Durante a exposição da pele à luz do Sol, o corpo é capaz de ativar vias de síntese de colecalciferol, o principal vitâmero da vitamina D no organismo. Poucos alimentos são fontes de vitamina D. Apenas os peixes atum, salmão e também alimentos como gema do ovo, fígado e queijo, porem a quantidade contida neles é pequena e melhor forma de obtenção da vitamina D é através da luz solar. Sendo a vitamina D uma vitamina lipossolúvel, sua ação se dá principalmente no intestino ajudando na absorção de ferro, cálcio, fosfato, magnésio e zinco. Estes elementos circulam pelo sangue e tem função de favorecer a formação e manutenção de ossos, bem como favorecer algumas funções neuromusculares e também imunes. ↪ Função: A função geral do 1,25-diidroxicolecalciferol é a manutenção de níveis plasmáticos adequados de cálcio. Esse composto realiza essa função por: 1) aumentar a captação de cálcio pelo intestino; 2) minimizar a perda de cálcio pelo rim; 3) estimular a reabsorção óssea quando necessário. • Efeito da vitamina D sobre o intestino. O 1,25-diidroxicolecalciferol entra na célula intestinal e liga- se a um receptor. O complexo 1 ,25-diOH-03- receptor vai para o núcleo, onde interage com o DNA. aumentando a síntese de uma proteína ligadora de cálcio específica e consequentemente a captação de cálcio. • Efeito da vitamina D sobre os ossos. O 1,25-diidroxicolecalciferol estimula a mobilização do cálcio e do fosfato a partir dos ossos por um processo que necessita de síntese protéica e da presença de PTH. O resultado é um aumento no cálcio e no fosfato plasmáticos. ↪ Deficiência: Raquitismo nutricional: A deficiência de vitamina D causa desmineralização dos ossos, resultando em raquitismo em crianças e em osteomalacia em adultos. O raquitismo caracteriza-se pela formação contínua da matriz de colágeno dos ossos, mas mineralização incompleta, resultando em ossos flexíveis e maleáveis. Na osteomalacia, a desmineralização de ossos preexistentes aumenta a suscetibilidade a fraturas. ↪ Excesso: É a mais tóxica de todas as vitaminas. Como as demais vitaminas lipossolúveis, a vitamina D pode ser armazenada no organismo e é apenas vagarosamente metabolizada. Doses altas {100.000 UI por semanasou meses) podem causar perda do apetite, náusea, sede e estupor. Aumento na absorção de cálcio e reabsorção óssea resultam em hipercalcemia, que pode levar à deposição de cálcio em muitos órgãos, especialmente nas artérias e nos rins. Vitamina E Os tocoferóis, que normalmente são os principais compostos com atividade de vitamina E em alimentos, são derivados do composto original tocol, apresentado um ou mais grupos metil nas posições 5,7 ou 8 da estrutura do anel. As vitaminas E consistem em 8 tocoferóis de ocorrência natural, dos quaiso alfa-tocoferol é o mais ativo. A principal função da vitamina E écomo antioxidante na prevenção da oxidação não-enzimática de componentes celulares (por exemplo, ácidos graxos polinsaturados) pelo oxigênio molecular e por radicais livres. Vitor Dantas - METABOLISMO ↪ Função: Os tocoferóis são os únicos, dentre as vitaminas, que agem primariamente como antioxidantes, ou seja, eles não servem como cofatores e não estão envolvidos diretamente como fatores específicos na regulação celular. Primariamente, essa vitamina protege os ácidos graxos insaturados da camada fosfolipídica da membrana celular. A fração quinona dos tocoferóis é capaz de desativar radicais livres, como os radicais de hidrogênio (H·), radicais superóxido (O2·), radicais hidroxila (OH·) e outros radicais derivados de lipídeos (LOO·). Membranas celulares contém vitamina E na concentração de 1 mg a cada 5-10 g de lipídeos de membrana, uma concentração suficiente para retardar a oxidação dessas membranas. Lipídeos de membrana estão constantemente envolvidos nos processos de turnover e reparação. A vitamina E permite à célula tempo para regenerar a membrana lipídica de um dano através do processo normal de turnover celular. ↪Distribuição: Vários fatores podem influenciar a concentração de tocoferóis na célula. A vitamina E está na última linha de defesa contra oxidação lipídica. Consequentemente, enzimas como superóxido dismutases,catalase, glutation peroxidase e outros sistemas de defesa contra oxidação podem moderar a necessidade por vitamina E. Alta ingestão de ácidos graxos poliinsaturados aumenta o requerimento de vitamina E, devido a seu eventual depósito nas membranas celulares e aumenta da suscetibilidade à oxidação. A principal fonte dietética de tocoferol são óleos vegetais, ao passo que, o fígado e ovos contêm quantidades moderadas dessa vitamina. ↪ Deficiência: A deficiência de vitamina E está quase inteiramente restrita a prematuros. Quando observada em adultos, normalmente está associada com defeitos na absorção ou no transporte de lipídeos. Os sinais de deficiência de vitamina E incluem a sensibilidade dos eritrócitos a peróxidos e o aparecimento de membranas celulares anormais. ↪ Excesso: A vitamina E é a menos tóxica das vitaminas lipossolúveis e não tem sido observada qualquer toxicidade em doses de 300 mg/dia. Altos níveis podem potencializar os efeitos de medicações que inibem a coagulação do sangue, como dicumarol. Vitamina K O principal papel da vitamina K é exercido na modificação pós-traducional de vários fatores de coagulação sanguínea, quando essa vitamina serve comouma coenzima na carboxilação de certos resíduos de ácido glutâmico presentes nessas proteínas. A vitamina K existe em diversas formas. Por exemplo, nas plantas ela existe como filoquinona (ou vitamina K1) e nas bactérias da floraintestinal como menaquinona (ou vitamina K2). Para a terapia, está disponívelum derivado sintético da vitamina K, a menadiona. A vitamina K é encontrada no repolho, na couve-flor, no espinafre, na clara dos ovos e no fígado. Há também intensa síntese dessa vitamina pelas bactérias intestinais. Não existe uma QDR para a vitamina K, mas 70 a 140 mg/dia é recomendável como um nível adequado. O nível inferior presume que metade das necessidades estimadas provenham da síntese bacteriana, enquanto o nível superior presume não haver síntese bacteriana. ↪ Função: A vitamina K é necessária para a síntese de protrombina (inativa: trombinogenio) e dos fatores de coagulação sanguínea 11, VIl, IX e X. A formação dos fatores de coagulação requer a carboxilação de resíduos de ácido glutâmico. Com isso, forma-se um fator de coagulação maduro, que contém y-carboxiglutamato. A reação requer O2, C02 e a forma hidroquinona da vitamina K. Sua função na coagulação é atuar como cofator enzimático da reação de carboxilação, ou seja, introdução de um radical carboxila em resíduos de aminoácidos, especialmente o ácido glutâmico, formando o ácido gama carboxiglutâmico precursor de fatores de coagulação. ↪ Deficiência: A deficiência de vitamina K é incomum, pois quantidades adequadas são produzidas pelas bactérias intestinais ou obtidas pela dieta sob a forma K2 (menaquinona). Se a população bacteriana diminui, por exemplo, pelo uso de antibióticos, a quantidade de vitamina formada endogenamente diminui e pode levar à hipoprotrombinemia em indivíduos subnutridos. Certas cefalosporinas de segunda geração podem causar hipoprotrombinemia. Em função disso, seu uso geralmente é associado à suplementação de vitamina K. A deficiência de vitamina K costuma estar associada a síndromes de má absorção ou ao uso de anticoagulantes farmacológicos. Recém-nascidos possuem intestinos estéreis e, inicialmente, não possuem as bactérias que sintetizam a vitamina K. Profilaticamente, a administração intramuscular de vitamina K pode ser indicada contra doenças hemorrágicas. (Deficiência da vitamina K no recém-nascido) ↪ Excesso: Poucos perigos são atribuídos à ingestão de vitamina K por longo tempo e em doses de 10- 100 mg por kg na dieta sob a forma filoquinona. Porém, a menadiona em doses de 10- 100 μg por kg na dieta podem agir como pró-oxidantes, e sua alta concentração na dieta pode produzir hemólise. A administração prolongada pode produzir anemia hemolítica e icterícia em filhotes, devido a efeitos tóxicos na membrana dos eritrócitos. A administração prolongada de doses elevadas de vitamina K pode produzir anemia hemolítica e icterícia no bebê, devido a efeitos tóxicos na membrana dos eritrócitos. Vitor Dantas - METABOLISMO ↪ Explicar a desnutrição e seus efeitos metabólicos A desnutrição é definida como uma condição clínica que decorre de uma deficiência, relativa ou total, de um ou mais nutrientes essenciais. O problema acontece quando o organismo não recebe os nutrientes necessários para o metabolismo funcionar de forma adequada. A desnutrição ocorre devido a uma falta crônica de calorias e nutrientes no organismo, que pode ser tanto pela ausência de alimentos quanto pela impossibilidade de se alimentar de forma adequada, como é o caso de doenças graves como o câncer. • Refere-se a um estado patológico causado pela falta de ingestão ou absorção de nutrientes como proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e sais minerais. Em suma, é a deficiência energética crônica. Tipos de desnutrição ↪Marasmo: • falta de calorias, diminuição da quantidade total de alimentos, também chamada de desnutrição energética total. • Sem receber os nutrientes necessários para manter as funções vitais o corpo passa a buscar energia nas reservas de gordura e nos músculos. • Quem tem marasmo fica extremamente emagrecida e os músculos atrofiados. • É a forma mais comum de desnutrição. ↪Kwashiorkor: • Ingestão inadequada de proteínas. • Diferente do marasmo, a significativa privação de proteínas está associada com a perda de proteína visceral. • O kwashiorkor é freqüentemente visto em crianças após o desmame, quando a dieta consiste predominantemente em carboidratos. • O edema resulta da falta de proteína plasmática adequada para manter a distribuição de água entre o sangue e os tecidos. Uma criança com kwashiorkor freqüentemente apresenta uma barriga protrusa como resultado do edema. ↪Kwashiorkor marasmático • Forma mista: existe desnutrição energética e protéica de maneira desequilibrada. • Apresenta sintomas comuns a ambas, com riscos de desenvolver diarréias, infecções e multiplas deficiencias de nutrientes. • Há a presença de edema. ↪ Alterações fisiopatológicas na desnutrição energético-protéica • O organismo utiliza vários mecanismos para regular o metabolismo e manter o seu equilíbrio. • Para que isso aconteça, ele necessita da ação dos hormônios, que são substancias químicas produzidas pelo próprio organismo e que têm várias funções, entre elas, a de manter o equilíbrio interno do mesmo. •Por exemplo, a taxa de glicose no sangue é controlada pela insulina, glucagon, hormônio do crescimento, etc. Se o nível de glicose no sangue se eleva porque se ingeriu algum alimento, ou cai porque uma pessoa está muitas horas sem comer, esses hormônios vão ser produzidos e liberados de forma a restabelecer os níveis normais de glicose. • Esses hormônios acabam sofrendo muita influencia da desnutrição. ↪ Alterações hormonais na desnutrição Eixo hormônio de crescimento-somatomedina-C • A ação do hormônio de crescimento (GH) (mais em kwashiokor), produzido pela hipófise, é mediada por peptídeos conhecidos como somatomedinas, dos quais o mais importante no estímulo do crescimento é a somatomedina-c que é produzida no fígado, por estímulo do GH. • Em crianças desnutridas, apesar dos níveis de GH estarem elevados, a somatomedina-c está reduzida. • Por esse motivo a criança desnutrida não cresce adequadamente. Somatomedina-C como marcador do estado nutricional A dosagem dos níveis sanguíneos de somatomedina-c e de sua proteína carregadora (IGFBP-3) é utilizada como indicador do estado nutricional em crianças desnutridas. Hormônios tireoidianos • Na desnutrição, a atividade dos hormônios tireoidianos está diminuída. • Essa diminuição é um potente mecanismo de economia de energia porque desacelera o metabolismo Metabolismo da glicose e insulina • No geral, os indivíduos desnutridospossuem níveis baixos de glicemia de jejum acompanhados por insulina baixa. • Função adrenocortical (mais em marasmo) • O cortisol é o principal hormônio responsável pelo controle do stress no organismo. • A fome e as infecções são potentes fatores de stress, por isso os níveis de cortisol estão aumentados nas crianças desnutridas em geral. • Níveis elevados de cortisol favorecem a neoglicogênese (produção de glicose pelo fígado) e a liberação de ácidos graxos do tecido adiposo (pela quebra de lipídios) e inibem as ações do GH dependentes de somatomedina-c no crescimento. • Tudo isso para favorecer a economia de substratos Hormônios reprodutivos • As mudanças que ocorrem na desnutrição são: - atraso da menarca (primeira menstruação); - atraso no aumento dos hormônios gonadotróficos (FSH e LH) na puberdade; - em adultos ocorre deficiência da função das gônadas. https://posfg.com.br/nutrologia-pediatrica/
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