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Linha do tempo História da Loucura O “louco” era considerado uma pessoa com poderes diversos. A loucura era tida como uma manifestação dos deuses, reconhecida e valorizada socialmente. Grécia Antiga Início da Idade Média A loucura era vista como expressão das forças da natureza. Mais tarde, era tida como possessão por espíritos maus, que deveriam ser eliminados por práticas inquisitoriais, sob o controle da Igreja. Racionalismo A loucura passa a assumir status de desrazão, sendo o “louco” aquele que transgride ou ignora a moral racional. A loucura ganha um caráter moral, passando a ser algo desqualificante, e que traz consigo um conjunto de vícios, como preguiça e irresponsabilidade. Mercantilismo Toda população que não servia de mão-de- obra, era descartada, como velhos, crianças abandonadas, aleijados, mendigos, portadores de doenças venéreas e os loucos. Revolução Francesa (1789) Ideais de ‘Liberdade, Igualdade e Fraternidade’: inicia-se um processo de reabsorção dos excluídos. Hospitais Gerais se constituíam, ao mesmo tempo, num espaço de assistência pública, acolhimento, correção e reclusão, ou seja, onde cuidado e segregação se confundem. Final do séc. XVIII Pinel define a apropriação da loucura pelo saber médico. A partir de então, loucura passa a ser sinônimo de doença mental. Por um lado, tal iniciativa cria um campo de possibilidades terapêuticas, por outro, define um estatuto patológico e negativo para a loucura. Após as Guerras Mundiais do séc XX Surge o Aconselhamento psicológico que retoma a inserção do homem no mundo, resgatando a sua condição humana. Iniciam-se em diferentes lugares, movimentos para humanização de asilos. Anos 50 Começa-se a promoção restauração do aspecto terapêutico do hospital psiquiátrico e a recuperação da função terapêutica da Psiquiatria. Década de 50 É na Itália que surge o movimento que promove a maior ruptura epistemológica e metodológica entre o saber/prática psiquiátrico. A Psiquiatria Democrática Italiana propõe que a loucura seja algo inerente à condição humana. Nas décadas de 60 e 70, Franco Basaglia, na Itália, busca a desconstrução do aparato manicomial, assim como de toda a lógica de segregação que lhe é implícita, com objetivo de reinserção social do sujeito. Ele parte da ideia de que a loucura deveria se desvincular de conceitos de periculosidade, preguiça, incapacidade. Essas ideias influenciaram vários outros países, inclusive o Brasil. Linha do tempo História da Reforma Psiquiátrica Em 1808, com a chegada da Familia Real à recolhe-se desempregados, mendigos, órfãos, marginais e loucos em prisões, ruas ou celas da Santa Casa de Misericórdia do RJ. Em 1830: inicia-se o processo de medicalização da loucura, com a construção de um hospício aos moldes europeus, substituindo as alas insalubres dos hospitais e dos castigos corporais, por asilos higiênicos. Entre as décadas de 30 e 50: a Psiquiatria parece acreditar ter a cura da doença mental, com a descoberta da Eletroconvulsoterapia, da Lobotomia e com o surgimento dos primeiros neurolépticos. ELETROCONVUSOTERAPIA Provocam alterações na atividade elétrica do cérebro induzidas por meio de passagem de corrente elétrica, sob condição de anestesia geral. LOBOTOMIA Intervenção cirúrgica no cérebro em que são seccionadas as vias que ligam os lobos frontais ao tálamo e outras vias frontais associadas. Utilizada no passado em casos graves de esquizofrenia. 1852: o imperador Pedro II cria o primeiro hospital psiquiátrico. O tratamento era com base na "moral", retirando o sujeito da ordem social e isolando-o da sociedade. Muitas fazendas se transformaram em hospitais psiquiátricos, onde os loucos viviam em condições insalubres. Nas déc de 70 e 80: ocorreu o movimento da reforma psiquiátrica, com base nos princípios humanos. Também nessa época surge o Sistema de Saúde (SUS), promulgado na constituição de 88. 1989: surge o Projeto de Lei 3657/89 do Deputado Federal Paulo Delgado, que dispõe acerca da extinção progressiva dos manicômios. Movimento Luta Antimanicomial: busca a desconstrução da lógica manicomial como sinônimo de exclusão e violência institucional, com objetivo de reinserção social. 1992 - 2000: Implantação da rede extra-hospitalar. 2001: LEI No 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. (1905-1999) foi uma psiquiatra brasileira reconhecida por transformar o tratamento de saúde mental no Brasil em meados do século XX. Atuante no Rio de Janeiro, Nise da Silveira se voltou contra os métodos agressivos normalmente usados em pacientes, como eletrochoques e lobotomia (retirada de parte do cérebro).Nascida em Maceió (Alagoas) em 15 de fevereiro de 1905, desenvolveu e aplicou tratamentos humanos como a arteterapia e a interação com animais. Nise da SilveiraNise da Silveira Antes:Antes: Depois:Depois: CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC ATENÇÃO INTEGRAL EM SAÚDE MENTAL PROFESSORA: Vívian Silva ALUNA: Cristina de Fatima Pinheiro Barros Curso de Enfermagem 4° período
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