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ANÁLISE TEXTUAL VERBOS NOMES E TRANSITIVIDADE

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ANÁLISE TEXTUAL – VERBOS, NOMES E TRANSITIVIDADE
REGÊNCIA NOMINAL
 
A seguir alguns substantivos e adjetivos cujas regências merecem atenção:
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Acessível a
Acostumado a ou com
Adequado a
Alheio a
Alusão a
Análogo a
Ansioso por
Apologia de
Apto a ou para
Atenção a ou para
Atento a ou em
Ávido por
Benéfico a
Compatível com
Consulta a
Curioso de
Desacostumado a ou com
Desatento a
Desejoso de
Desfavorável a
Desrespeito a
Equivalente a
Falta a
Favorável a
Fiel a
Grato a
Grudado a
Guerra a
Hábil em
Habituado a
Hostil a
Ida a
Impotente para ou contra
Impróprio para
Inábil para
Inacessível a
Incapaz de ou para
Incompatível com
Ingrato com
Intolerante com
Invasão de
Junto a ou de
Leal a
Maior de
Morador em
Natural de
Necessário a
Necessidade de
Nocivo a
Obediente a
Ódio a ou contra
Odioso a ou para
Oposto a
Parecido a ou com
Paralelo a
Passível de
Preferência a ou por
Preferível a
Prestes a ou para
Pronto para ou em
Propensão para
Próprio de ou para
Próximo a ou de
Querido de ou por
Residente em
Respeito a ou por
Semelhante a
Simpatia por
Simpático a
Sito em
Situado em
Superior a
União com ou entre
Útil a ou para
�
REGÊNCIA VERBAL
ABDICAR. Pode significar renunciar, desistir. Pode ser um verbo intransitivo, transitivo direto ou transitivo indireto. 
Exemplos: 
O rei abdicou. (verbo intransitivo)
Não abdicarei dos meus direitos. (verbo transitivo indireto)
 
AGRADAR. No sentido de contentar, satisfazer é transitivo indireto. 
 
Exemplos: 
O jogo não agradou ao técnico da Seleção Brasileira. 
O convite não lhe agradou. 
 
 
AGRADECER. Pode aparecer como transitivo direto (‘agradecer’ algo), transitivo indireto (‘agradecer’ a alguém’) e transitivo direto e indireto (‘agradecer’ algo a alguém).
 
Exemplos: 
 
Agradeci as flores. (verbo transitivo direto)
 
Agradeci aos diretores. (verbo transitivo indireto)
 
Agradeci o presente ao amigo. (verbo transitivo direto e indireto)
 
AJUDAR. Aparece como transitivo direto (‘ajudar’ alguém) e transitivo direto e indireto (‘ajudar’ alguém em algo; ‘ajudar’ alguém a fazer algo). 
 
Exemplos: 
 
Ela ajudava a meu pai. (verbo transitivo direto)
 
Nós ajudávamos mamãe a arrumar a casa. (verbo transitivo direto e indireto)
 
ASPIRAR. Será transitivo direto quando significar respirar e transitivo indireto no sentido de almejar, pretender, desejar ardentemente.
 
Exemplos: 
Aspirou gás carbônico. 
Muitos aspiram a um mundo melhor. 
 
ASSISTIR. 
Transitivo direto com o significado de prestar assistência, ajudar, acompanhar um doente.
Transitivo indireto com o significado de:
presenciar, ver
caber, pertencer.
Intransitivo com o significado de morar, residir – pouco utilizado atualmente.
Exemplos: 
 
O médico assistiu o doente. 
 
Nós assistimos ao jogo da seleção. 
 
Assiste aos políticos o bem-estar social. 
 
Paulo assiste no Recife desde 2005. 
 
CHAMAR. Será transitivo direto no sentido de convidar, convocar. 
 
Exemplo: Chamei o professor de matemática.
Será transitivo indireto com a preposição ‘por’ com o sentido de ‘invocar’.
Exemplo. Sua mãe chamou por Nossa Senhora naquele momento difícil.
 Chamei por seu pai.
 
No sentido de ‘denominar’ há construções como�: 
 
Chamei João de bobo. (Transitivo direto + predicativo do objeto)
Chamei a João de bobo. (Transitivo indireto + predicativo do objeto)
Caso o complemento (objeto direto ou indireto) esteja representado por um pronome oblíquo átono, teremos as seguintes construções:
Chamei-o de bobo.   (‘O’ é o objeto direto; ‘de bobo’ é o predicativo desse objeto)
Chamei-lhe de bobo. (‘Lhe’ é o objeto indireto; ‘de bobo’ é o predicativo desse objeto)
Chamei-o covarde.                                 Chamei-lhe bobo.
 
CHEGAR, IR, VIR, SAIR. São intransitivos quando seguidos de lugar com a preposição ‘a’ (e não em) na indicação de destino e ‘de’ na indicação de procedência.
Pedem objeto indireto quando significam ‘chegar, ir, vir, sair’ de um lugar a, para, até outro lugar.
Exemplos:
Eles chegaram cedo.
Ele ainda não chegou.
Ele chegou de Brasília. (Transitivo indireto)
Vou a São Paulo. 
Fui de São Paulo para a França. (Transitivo indireto)
CUSTAR. Quando significa ‘ser custoso, ser difícil’ é transitivo indireto com a preposição ‘a’. No sentido de acarretar será transitivo direto e indireto. 
Exemplos:
Aquele novo escândalo custou ao político. (‘Custar’ a alguém)
 
O escândalo custou-lhe a carreira. 
ENCONTRAR. 
É transitivo direto quando significa "achar, avistar". 
Exemplos: Ele encontrou a casa que tanto procurava. 
	 Encontrei uma solução para o seu problema.
É transitivo indireto, regido pela preposição ‘com’, no sentido de "deparar com alguém, ter ou marcar um encontro". 
Exemplo: Encontramos com ele no cinema. 
c) É pronominal com o sentido de "estar, achar-se em";
c1) Também é pronominal, mas com complemento preposicionado com o sentido de “reunir-se com alguém”.
Exemplos: O gerente disse que se encontrava em reunião. 
 Ele vai se encontrar com o diretor amanhã. 
ENSINAR. Na norma culta, esse verbo é considerado transitivo direto e indireto, regido pela preposição ‘a’. 
Exemplo: Ensinei português aos alunos.
 
ESQUECER/ LEMBRAR. São transitivos diretos quando não são pronominais e aparecerem nos sentidos de cair no esquecimento e vir à lembrança. 
 
Exemplos:
Ele esqueceu a carteira.
Ele esqueceu que tinha trabalho. / Ele lembrou que tinha trabalho.
A casa lembrava uma casa de campo.
Serão transitivos indiretos se forem pronominais. 
Exemplos: 
Esqueci o nome da rua. / Esqueci-me do nome da rua. 
Lembrei um caso antigo. / Lembrei-me de um caso antigo. / 
Esqueceu-se de que tinha um livro em casa.
Lembrou-me de que tinha um caso antigo.
Cunha e Cintra (1985:514) afirmam que do cruzamento da estrutura do verbo transitivo indireto com o verbo pronominal, transitivo indireto, surgiu uma terceira construção, condenada pela norma culta.
‘Ele esqueceu a carteira’ + ‘Ele se esqueceu da carteira’= ‘Ele esqueceu da carteira.’
  
 
IMPLICAR. 
Transitivo direto no sentido de 'trazer como consequência', 'acarretar';
Transitivo indireto com o sentido de 'mostrar-se impaciente', 'demonstrar antipatia'. 
Com o sentido de "comprometer" ou "envolver", é transitivo direto e indireto com a preposição ‘em’.
Exemplos:
Sua decisão implicou mudanças no texto final do trabalho.
Ele implicava com todas as crianças.
O senador implicou o empresário no crime. (Implicar alguém em alguma coisa)
INFORMAR. Normalmente, é usado com dois complementos: um sem preposição (objeto direto) e outro com preposição (objeto indireto). Admite duas construções: informar alguma coisa ‘a’ alguém ou informar alguém ‘de’ (ou ‘sobre’) alguma coisa.
Exemplos:
Eles informaram o preço do carro ao cliente.
Eles informaram o cliente sobre o preço do carro.
Esta regra a respeito do verbo INFORMAR aplica-se também aos verbos AVISAR, CERTIFICAR, CIENTIFICAR, NOTIFICAR e PREVENIR.
OBEDECER / DESOBEDECER. São transitivos indiretos e regidos pela preposição ‘a’.
 
Exemplos: 
 
O motorista desobedeceu ao regulamento. 
 
Os juristas obedecem ao Código Civil. 
Apesar de serem verbos transitivos indiretos, segundo Cunha e Cintra (idem: 520).
Exemplo. As leis são obedecidas.
PAGAR / PERDOAR. Se o complemento denota coisa, deve ir sem preposição (objeto direto); mas se o complemento denota pessoa, deve vir regido pela preposição 'a' (objeto indireto).
Exemplos:
Paguei o carro ao gerente da loja. Pagar algo (=objeto direto) ‘a’ alguém (objeto indireto)
Paguei o carro.
Paguei ao gerente da loja.
Perdoei as ofensas a meus ofensores.
Perdoei as ofensas.
Perdoei a meus ofensores.
 
PRECISAR. É transitivo direto quando significa ‘marcar com precisão’; é transitivo indireto com o significado de ‘necessitar’ e regido pela preposição ‘de’. 
 
Exemplos: 
 
O professorprecisou a hora e o local da aula de reposição. 
 
O Brasil precisa de políticos mais atuantes. 
 
PREFERIR. É um verbo transitivo direto e indireto: pede objeto direto para aquilo que se gosta mais e objeto indireto para aquilo que menos se gosta, regido pela preposição ‘a’. 
 
Exemplos: 
Preferia o caderno ao computador. 
Preferia o vinho à cerveja
 
Observação: 
Como nesse verbo já existe a noção de comparação não se deve usar mais, muito mais, antes, que ou do que, ou seja, o uso da expressão "do que" no lugar da preposição "a" é incorreto. Assim, é errado dizer: "Eu prefiro comer bolo do que torta gelada".
PROCEDER. É intransitivo com o sentido de 'ter fundamento', 'mostrar-se verdadeiro'; é transitivo indireto com complemento regido pela preposição a quando significa ‘levar a efeito’, ‘executar’.
Exemplos:
O advogado teve sua petição negada, pois a mesma não procedia.
O detetive procederá a uma investigação criteriosa.
QUERER. É transitivo direto quando significa 'desejar', 'ter vontade de'; é transitivo indireto com complemento regido pela preposição a quando significa ‘estimar’.
Exemplos:
As crianças queriam uma nova chance.
As crianças querem a seus pais.
RESPONDER. 
É transitivo direto e indireto quando significa ‘responder algo a alguém’.
Exemplo:
Ele respondeu o questionário ao professor.
É transitivo indireto quando significa ‘dar resposta’, ‘replicar’.
Exemplo:
A menina respondeu ao pai.
Observação. Com o significado de "ser submetido a", o emprego do artigo definido é facultativo. 
Exemplos: 
Ele responderá a inquérito (a inquéritos) 
Ele responderá ao inquérito (aos inquéritos) 
VISAR. É transitivo direto com o sentido de 'mirar' (=apontar) e de 'dar visto'; com o sentido de 'ter vista', 'objetivar', é transitivo indireto com complemento regido pela preposição a.
Exemplos: 
O policial visou o alvo e atirou.
O gerente mandou visar o cheque.
Ele sempre visou o cargo de gerente.
Referência Bibliográfica
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed. Revista e ampliada. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999.
CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. 
LUFT, Celso Pedro. Dicionário prático de regência nominal. 7ª ed. São Paulo: Ática, 1999.
______. Dicionário prático de regência verbal. 7ª ed. São Paulo: Ática, 1999.
SILVA, Sérgio Nogueira da. O português do dia-a-dia: como falar e escrever melhor. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009.
� É curioso que a sintaxe original seja ‘Chamei João bobo’ e ‘Chamei a João bobo’. No entanto, o português culto do Brasil prefere as formas presentes nas letras (a) e (b).

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