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IMAGEM - HM I

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Arlinda Marques M. Dourado – Medicina 2021 1 
 
Imagem I – Bases da anatomia radiológica 
 
Reconhecer os principais achados anatômicos das imagens radiográficas do tórax; 
Identificar qualidade das imagens radiológicas de tórax; 
Avaliar uma imagem radiográfica de tórax. 
 
1. Fazendo as verificações iniciais: 
 
Confira o nome do paciente. 
Acima de tudo, verifique se está olhando para o raio X certo. Parece óbvio, porém quando você está estressado e 
sob pressão, pode acabar pulando algumas coisas básicas. Caso esteja com o raio X errado, você desperdiçará tempo 
em vez de economizar. 
 
Verifique o histórico do paciente. 
Quando estiver se preparando para ler um raio X, veja se tem toda a informação sobre o paciente, incluindo a idade, 
o gênero e o histórico médico dele. Lembre-se de comparar os raios X antigos com esse, se houver algum outro. 
 
 
Leia a data da radiografia. Tome nota especialmente da data ao comparar radiografias mais antigas. Sempre 
verifique os exames mais antigos, se estiverem disponíveis. A data da radiografia fornece um contexto importante 
para interpretar descobertas. 
 
2. Avaliando a qualidade da imagem: 
 
Veja se a imagem foi tirada na inspiração completa. 
Os raios X do peito geralmente são tirados quando o paciente está na fase 
inspiratória do ciclo de respiração, ou seja, quando a pessoa puxa o ar. Quando os 
raios X passam pela parte de trás do peito para a imagem, são as costelas mais 
próximas do filme, as posteriores, que ficam mais aparentes. Você deverá ser capaz 
de ver 10 costelas posteriores se a imagem for tirada na inspiração completa. 
*Se você puder ver 6 costelas anteriores, o filme é de um padrão muito alto.* 
 
Verifique a exposição. 
Os filmes expostos demais ficam mais escuros que o normal, e os detalhes ficam 
mais difíceis de ver. Filmes pouco expostos ficam mais claros do que deviam e 
causam a aparência de áreas de opacificação. Procure por corpos intervertebrais 
em um raio X de penetração adequada. 
*Um raio X de penetração inferior não consegue diferenciar os corpos vertebrais 
dos espaços intervertebrais. 
*Ele terá penetração inferior se você não puder ver as vértebras torácicas. 
*Uma imagem com penetração excessiva mostra os espaços intervertebrais de 
maneira muito distinta. 
 
Procure por rotação. Se o paciente não tiver ficado completamente reto contra o chassi, pode haver rotação 
evidente no raio X; nesse caso, o mediastino parecerá muito diferente do normal. É possível saber se há rotação 
olhando para as cabeças claviculares e para os corpos vertebrais torácicos. 
*Veja se a espinha torácica se alinha no centro do esterno e entre as clavículas. 
*Verifique se as clavículas estão alinhadas. 
 
3. Identificando e alinhando o raio X: 
Procure por marcadores. 
Arlinda Marques M. Dourado – Medicina 2021 2 
 
A próxima coisa a fazer é identificar a posição do raio X e alinhá-lo corretamente. 
Procure por marcadores relevantes impressos na radiografia. "L" ou "E" 
representam esquerda. "R" ou "D", direita. "PA" é póstero-anterior; o "AP", antero-
posterior, etc. Observe a posição do paciente: supino (deitado), de pé, lateral, 
decúbito. 
 
 
 
Posicione os raios X póstero-anterior e lateral. 
Um raio X normal consistirá de uma imagem póstero-anterior (PA) e uma lateral que são lidas juntas. Alinhe-as para 
que sejam vistas como se o paciente estivesse de pé na sua frente, de modo que o lado direito dele fique de frente 
para o seu lado esquerdo. 
Se as imagens forem antigas, pendure-as lado a lado. 
O termo póstero-anterior (PA) se refere à direção do raio X, atravessando o paciente da parte de trás para a da 
frente. 
O termo antero-posterior(AP) se refere à direção do raio X, atravessando o paciente 
da parte da frente para a de trás. 
A radiografia de peito lateral é tirada com o lado esquerdo do peito do paciente 
contra o chassi de raio X. 
A visão oblíqua é rotacionada entre a visão frontal padrão e a lateral. Ela é útil para 
localizar lesões e eliminar estruturas superimpostas. 
 
Reconheça um raio X antero-posterior. 
Os raios X AP são tirados às vezes, geralmente apenas para pacientes doentes 
demais para ficarem de pé para um raio X PA. As radiografias AP costumam ser 
tiradas a uma distância mais curta do filme quando comparadas às PA. A 
distância diminui o efeito da divergência do raio e a magnificação das 
estruturas mais próximas do tubo de raio X, como o coração. 
Como as radiografias AP são tiradas de distâncias mais curtas, elas parecem 
mais ampliadas e menos nítidas quando comparadas com as PA padrão. 
Uma imagem AP pode exibir ampliação do coração e alargamento do 
mediastino. 
 
Determine se a posição é decúbito lateral. 
Um raio X dessa visão é tirado com o paciente deitado de lado. Ele ajuda a 
avaliar fluidos suspeitos (efusão pleural) e se a efusão está em pequenas 
cavidades ou se é móvel. Você pode observar o hemitórax não dependente 
para confirmar um pneumotórax. 
O pulmão dependente deverá aumentar de densidade por causa da 
atelectasia, causada pelo peso do mediastino que coloca pressão nele. 
Se isso não acontecer, o raio X indica ar preso. 
 
Alinhe a esquerda e a direita. 
Você precisa garantir que está olhando para o raio X da maneira correta, e pode fazê-lo fácil e rapidamente 
procurando pela bolha gástrica, que deve ficar à esquerda. 
Avalie a quantidade de gás e a localização da bolha gástrica. 
As bolhas gástricas normais também podem ser vistas nas flexuras esplênicas e hepáticas do cólon. 
 
 
 
 
4. Analisando a imagem: 
Arlinda Marques M. Dourado – Medicina 2021 3 
 
 
Comece com um panorama. 
Antes de se concentrar nos detalhes específicos, é bom observar a imagem como 
um todo. Os aspectos principais que você pode ter pulado talvez mudem o que 
adotar como pontos de referência. Começar com esse panorama também pode 
sensibilizar você para observar coisas em particular. 
 
Veja se há instrumentos como tubos, linhas 
de intravenosa, guias de eletrocardiograma, 
marcapassos, clipes cirúrgicos ou drenos. 
 
 
Verifique as vias aéreas. 
Veja se a via aérea está patente e mediana. Por exemplo, em um pneumotórax 
hipertensivo, a via aérea é desviada do lado afetado. Procure pela carina, onde 
a traqueia se bifurca (divide) nos brônquios direito e esquerdo do tronco 
principal. 
 
Ossos: 
Verifique os ossos procurando por fraturas, lesões ou defeitos. Note o tamanho, o formato e o contorno gerais de 
cada osso, a densidade ou a mineralização (os ossos osteopênicos parecem finos 
e menos opacos), a espessura cortical em comparação com a cavidade medular, 
o padrão trabecular e a presença de erosões, fraturas, áreas líticas ou blásticas. 
Procure também por lesões lucentes e escleróticas. 
*Uma lesão lucente é uma área com densidade diminuída (parecendo mais 
escura); ela pode parecer perfurada em relação ao osso que a cerca. 
*Uma lesão esclerótica é uma área do osso com densidade aumentada 
(parecendo mais clara). 
*Nas juntas, procure por espaços se estreitando ou alargando, calcificação das 
cartilagens, ar no espaço da junta e pedaços de gordura anormais. 
 
Procure pelo sinal de silhueta. 
Trata-se basicamente da eliminação da silhueta ou da perda de interface entre 
pulmão e tecido mole que ocorre depois de uma massa ou transbordamento no 
pulmão. Observe o tamanho da silhueta cardíaca, o espaço branco que 
representa o coração entre os pulmões. *Quando normal, ela ocupa menos da 
metade da largura do peito. 
*O coração em formato de garrafa plástica no filme do PA sugere efusão 
pericardial. Faça um ultrassom ou uma tomografia computadorizada do peito 
para confirmar. 
 
Verifique o diafragma. 
Procure por um diafragma reto ou elevado; o primeiro pode indicar enfisema. O 
segundo pode ser sinal de uma área de consolidação, como na pneumonia, 
deixando o campo do pulmão inferior impossível de se distinguir em densidade 
tecidual quando comparado com o abdômen. 
O diafragma direito normalmente é mais alto que o esquerdopor causa da 
presença do fígado abaixo dele. 
Observe também o ângulo costofrênico (que deve ser agudo) para ver se há 
algum arredondamento, que pode indicar efusão (conforme o fluido se assenta). 
 
Cheque o coração. 
Arlinda Marques M. Dourado – Medicina 2021 4 
 
Examine as bordas do órgão; as margens da silhueta devem ser nítidas. Observe se a radiopacidade está 
obscurecendo a borda do coração no lóbulo médio direito e na língula esquerda, sinal de pneumonia, por exemplo. 
Veja também se há anormalidades nos tecidos moles externos. 
*Um coração com um diâmetro maior do que metade do diâmetro torácico está 
alargado. 
Observe os nódulos da linfa e procure por enfisema subcutâneo (densidade do ar 
abaixo da pele) e outras lesões. 
 
Veja os campos dos pulmões. 
Comece observando a simetria e procurando por áreas principais de lucência ou 
densidade anormais. Tente treinar os olhos para passar pelo coração e o 
abdômen superior até o pulmão posterior. Você também deve examinar a 
vascularidade e a presença de massas ou nódulos. 
*Examine os campos dos pulmões procurando por infiltração, fluidos ou broncogramas de ar. 
*Caso fluidos, muco ou tumores e outros preencham os sacos de ar, os pulmões parecerão radiodensos (brilhantes), 
com marcas intersticiais menos visíveis. 
 
Observe os hilos. 
Procure por nódulos e massas nos hilos dos dois pulmões. Na visão frontal, a maioria das sombras dos hilos 
representa as artérias pulmonares direita e esquerda. A última sempre fica mais para cima, elevando o hilo 
esquerdo. 
*Procure por nódulos de linfa calcificados nos hilos, que podem ser causados por uma infecção de tuberculose 
antiga. 
 
 
 
 
TECNICA A B C D E A: 
 
AIRWAYS – (TRAQUEIA): olhar para traqueia, siga a traqueia – desvio traqueal ou centrada. Opacidade + 
branco + perda de volume: atelectasia 
B: Breath – (Borda dos pulmões): atente para a transparência pulmonar, percorra as margens, verifique se os 
pulmões estão simétricos. 
C: Coração – calcular o Índice cardiotorácico (margens do coração e as margens interna do tórax), olhe o 
centro – vasos da base, hilos, mediastino, cavidades. 0,5 ou mais cm o índice está aumentado. Centro o 
mediastino (vasos) se o mediastino está alargado 8 cm o normal. Olhar os vasos, linfonodos 
D: Diafragma – olhe as cúpulas, os seios, vá em busca de derrames e hérnia. 
Arlinda Marques M. Dourado – Medicina 2021 5 
 
 E: Esqueletos e esquecidas – procure fraturas, calos ósseos, ar fora do lugar (pneumo’s, enfisemas), corpos 
estranhos e zonas esquecidas.

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