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Governador
Vice Governador
Secretária da Educação
Secretário Adjunto
Secretário Executivo
Assessora Institucional do Gabinete da Seduc
Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC
Cid Ferreira Gomes
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Maurício Holanda Maia
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Cristiane Carvalho Holanda
Andréa Araújo Rocha
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material parcialmente cedido de forma gentil pela 
Associação Brasileira de Manutenção – ABRAMAN-
CE. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 2 
 
Índice 
 
 
Capitulo 1 – Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico 03 
Capitulo 2 – Identificação de Vistas 14 
Capitulo 3 – Supressão de Vistas 38 
Capitulo 4 – Identificação e Leitura de Cotas, Símbolos e Materiais 40 
Capitulo 5 – Regras de Cotagem 41 
Capitulo 6 – Símbolos e Convenções 48 
Capitulo 7 – Indicação de Estado de Superfície 53 
Capitulo 8 – Tolerância 63 
Capitulo 9 – Princípios do AutoCAD 80 
Capitulo 10 – Criando Desenhos 103 
Capitulo 11 – Camadas de Desenho 116 
Capitulo 12 – Editando Objetos 120 
Capitulo 13 – Visualizando o Desenho 138 
Capitulo 14 – Plotagem 141 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 3 
 
Capitulo 1 - Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico 
 
Introdução 
Na indústria, para a execução de uma determinada peça, as informações podem ser 
apresentadas de diversas maneiras: 
A palavra - dificilmente transmite a ideia da forma de uma peça. 
A peça - nem sempre pode servir de modelo. 
A fotografia - não esclarece os detalhes internos da peça. 
O desenho - transmite todas as ideias de forma e dimensões de uma peça, e ainda 
fornece uma série de informações, como:  o material de que é feita a peça 
 o acabamento das superfícies 
 a tolerância de suas medidas, etc. 
O desenho mecânico, como linguagem técnica, tem necessidade fundamental do 
estabelecimento de regras e normas. É evidente que o desenho mecânico de uma determinada 
peça possibilita a todos que intervenham na sua construção, mesmo que em tempos e lugares 
diferentes, interpretar e produzir peças tecnicamente iguais. 
Isso, naturalmente, só é possível quando se têm estabelecidas, de forma fixa e imutável, 
todas as regras necessárias para que o desenho seja uma linguagem técnica própria e 
autêntica, e que possa cumprir a função de transmitir ao executor da peça as ideias do 
desenhista. 
Por essa razão, é fundamental e necessário que o desenhista conheça com segurança 
todas as normas do desenho técnico mecânico. 
Como em outros países, existe no Brasil uma associação (ABNT) que estabelece, 
fundamenta e recomenda as normas do desenho Técnico Mecânico, as quais serão expostas 
gradativamente no desenvolvimento deste curso, como também as normas DIN. 
 
Normas ABNT 
Editadas e distribuídas pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
 
Normas ISO 
Editadas e distribuídas pela ISO - Insternational Organization for Standardization. 
 
Normas DIN 
DIN - Deutsche Normen (antigamente Deutsche Industrie - Normen). 
Editada pelo DIN - Deutsche Institut fur Normung – Instituto Alemão para Normalização. 
Representante no Brasil: ABNT - que possui na sua sede no Rio de Janeiro e na 
Delegacia de São Paulo coleções completas e em dia de todas as normas DIN. 
 
Formatos de papel - NBR - 5984/1980 (DIN 476) 
O formato básico do papel, designado por A0 (A zero), é o retângulo cujos lados medem 
841 mm e 1.189mm, tendo a área de 1m2. Do formato básico, derivam os demais formatos. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 4 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 5 
 
Legenda 
A legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos A3, A2, A1 e A0, ou ao longo 
da largura da folha de desenho no formato A4. 
 
 
A legenda consiste de : 
1 - título do desenho 
2 - número 
3 - escala 
4 - firma 
5 - data e nome 
6 - descrição dos componentes: -quantidade 
-denominação 
-peça 
-material, normas, dimensões 
 
Escala NBR 8196/1983 (DIN 823) 
Escala é a proporção definida existente entre as dimensões de uma peça e as do seu 
respectivo desenho. 
O desenho de um elemento de máquina pode estar em: 
-escala natural 1 : 1 
-escala de redução 1 : 5 
-escala de ampliação 2 : 1 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 6 
 
Medida do desenho 
 
Medida real da peça 
 
Na representação através de desenhos executados em escala natural (1:1), as 
dimensões da peça correspondem em igual valor às apresentadas no desenho. 
Na representação através de desenhos executados em escala de redução, as 
dimensões do desenho se reduzem numa proporção definida em relação às dimensões reais 
das peças. 
 
 
 
Na escala 1 : 2, significa que 1mm no desenho corresponde a 2mm na peça real. 
 
 
Na representação através de desenhos executados em escala de ampliação, as 
dimensões do desenho aumentam numa proporção definida em relação às dimensões reais 
das peças. 
 
 
Na escala 5 : 1, significa dizer que 5mm no desenho correspondem a 1mm na peça real. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 7 
 
 
 
Exercícios 
Complete o quadro abaixo: 
Dimensão do desenho Escala Dimensão da peça 
------------ 1:1 300 
340 ------------ 170 
65 5:1 ------------ 
45 ------------ 90 
32 1:2 ------------ 
125 ------------ 25 
------------ 10:1 1220 
 
Linhas 
As linhas de qualquer desenho devem ser feitas todas a lápis, ou a nanquim, 
uniformemente negras, densas e nítidas. 
São necessárias três espessuras de linhas: grossa, média e fina, a grossa de espessura 
livre, a média de metade da espessura da grossa e a fina com metade da espessura da média. 
A NB-8 de 1950 recomenda que, quando a linha grossa tiver menos de 0,4mm de espessura, 
utiliza-se a linha fina com um terço da grossa ou igual à média. Todos os requisitos do desenho 
de engenharia podem ser obedecidos utilizando-se essas espessuras de linhas. A tabela A1 
mostra os vários tipos de linhas aprovados pela BS308 com sua aplicações, enquanto que a 
tabela A2 mostra as linhas conforme reza a NB-8. 
 
Tabela A1 Tipos de linha aprovadas pela BS308 (Norma Britânica) 
 
Tipo de Linha Descrição Aplicação 
 
 
Grossa, contínua Arestas e contornos 
visíveis 
 
 
Fina, contínua Linhas de cotagem e 
diretrizes 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 8 
 
 
 
Linhas de projeção 
Hachuras 
Contorno de peças 
adjacentes 
Contorno de secções de 
revolução 
 
 
 
Fina, contínua e 
irregular 
Limites de vistas parciais 
ou secções, quando a 
linha não for um eixo. 
 
 
Fina, traços curtos Arestas e contornos não 
visíveis 
 
 
Fina, traço-ponto Linhas de centro 
Posições extremas de 
peças móveis 
 
 
 
Traço-ponto (grossa nas 
pontas e nas mudanças 
de direção, fina no 
restante) 
Planos de corte 
 
Tabela A2 Tipos de linhas segundo a NB-8 
 
Tipo Emprego 
Grossa 1 Arestas e contornos visíveis 
2 Linha de corte 
Média 3 Arestas e contornos não-visíveis 
4 
 
Linha de ruptura curta 
Fina 5 
 
Linhas de cota e de extensão 
Hachuras 
Linhas de chamada6 Eixos de simetria e linhas de centro 
Posições extremas de peças móveis 
7 
 
Linha de ruptura longa 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 9 
 
 
 
Aplicações de linhas. 
 
A. Contorno visível B. Linha de cota 
C. Linha de chamada D. Linha de extensão 
E. Hachurada F. Contorno de peça adjacente 
G. Contorno de secção de revolução H. Limite de vista parcial 
J. Contorno não-visível K. Linha de centro 
L. Posição extrema de peça móvel M. Plano de corte 
 
Tipos e Emprego 
Ao analisarmos um desenho, notamos que ele apresenta linhas de tipos e espessuras 
diferentes. O conhecimento destas linhas é indispensável para a interpretação dos desenhos. 
 
Tipos e Empregos 
Quanto à espessura, as linhas devem ser: 
-grossas 
-médias 
-finas 
A espessura da linha média deve ser a metade da linha grossa e a espessura da linha 
fina, metade da linha média. 
Linhas para arestas e contornos visíveis são de espessura grossa e de traço contínuo. 
 
 
Linhas para arestas e contornos não visíveis são de espessura média e tracejadas. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 10 
 
 
 
Linhas de centro e eixo de simetria são de espessura fina e formadas por traços e 
pontos. 
 
 
Linhas de cota 
São de espessura fina, traço contínuo, limitadas por setas nas extremidades. 
 
 
Linhas de chamada ou extensão 
São de espessura fina e traço contínuo. Não devem tocar o contorno do desenho e 
prolongam-se além da última linha de cota que limitam. 
 
 
Linhas de corte 
São de espessura grossa, formadas por traços e pontos. Servem para indicar cortes e 
seções. 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 11 
 
Linhas para hachuras 
São de espessura fina, traço contínuo ou tracejadas, geralmente inclinadas a 45º e 
mostram as partes cortadas da peça. Servem também para indicar o material de que é feita, de 
acordo com as convenções recomendadas pela ABNT. 
 
Linhas de rupturas 
Para rupturas curtas 
São de espessura média, traço contínuo e sinuoso e servem para indicar pequenas 
rupturas e cortes parciais. 
 
 
 
Para rupturas longas 
São de espessura fina, traço contínuo e com zigue-zague, conforme figura abaixo. 
 
 
Linha para representações simplificadas 
São de espessura média, traço contínuo e servem para indicar o fundo de filetes de 
roscas e de dentes de engrenagens. 
 
 
Linha de centro, de simetria, arestas e contornos nãovisíveis 
A aparência de um desenho perfeito pode ser prejudicada por linhas de centro e de 
simetria descuidadamente produzidas. 
Tente observar as seguintes regras simples: 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 12 
 
1. Certifique-se de que os traços e os espaços de uma linha tracejada tenham o mesmo 
comprimento por toda ela. Um traço de cerca de 3mm seguido por um espaço de 2mm 
produzirão um linha tracejada de boa proporção. 
 
LINHA DE BOA PROPORÇÃO 
EVITE ESPAÇAMENTOS IRREGULARES 
2. Onde são definidos centros, então as linhas (de centro) deverão cruzar-se em trechos 
contínuos e não nos espaços. 
 
 
 
3. As linhas de centro não devem estender-se para os espaços entre as vistas e também 
não devem terminar em outra linha do desenho. 
 
 
 
4. Quando um ângulo é formado por linhas de simetria, traços longos devem-se 
interceptar e definir o ângulo. 
 
 
 
5. Geralmente, as linhas tracejadas que representam um detalhe não-visível devem tocar 
uma linha externa sem interrupção, como mostrado abaixo. As tracejadas também se 
encontram e se cruzam, e a junção deve ser arranjada como um “T” ou um “X”. 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 13 
 
 
 
Exercícios 
1) Coloque dentro dos círculos dos desenhos, os números correspondentes aos tipos de 
linhas indicadas na tabela A2. 
 
 
2) Escreva os nomes e tipos de linhas assinaladas por letras 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 14 
 
Capitulo 2- Identificação de Vistas 
Uma peça que estamos observando ou mesmo imaginando, pode ser desenhada 
(representada) num plano. A essa representação gráfica se dá o nome de “Projeção”. 
O plano é denominado “plano de projeção” e a representação da peça recebe, nele, o 
nome de projeção. 
Podemos obter as projeções através de observações feitas em posições determinadas. 
Podemos então ter várias “vistas” da peça. 
 
 
Tomemos por exemplo uma caixa de fósforos. 
Para representar a caixa vista de frente, consideramos um plano vertical e vamos 
representar nele esta vista. 
A vista de frente é, por isso, também denominada projeção vertical e/ou elevação. 
 
 
Reparemos, na figura abaixo, as projeções verticais ou elevações das peças. Elas são 
as vistas de frente das peças para o observador na posição indicada. 
 
 
Voltemos ao exemplo da caixa de fósforos. 
O observador quer representar a caixa, olhando-a por cima. 
Então usará um plano, que denominaremos de plano horizontal, e a projeção que 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 15 
 
representa esta “vista de cima” será denominada projeção horizontal vista de cima ou planta. 
 
A figura abaixo representa a projeção horizontal, vista de cima ou planta das peças, para 
o observador na posição indicada. 
 
 
O observador poderá representar a caixa, olhando-a de lado. 
Teremos uma vista lateral, e a projeção representará uma vista lateral que pode ser da 
direita ou da esquerda. 
 
 
Reparemos que uma peça pode ter, pelo que foi esclarecido, até seus vistas; entretanto, 
uma peça que estamos vendo ou imaginando, deve ser representada por um número de vistas 
que nos dê a ideia completa de peça, um número de vistas essenciais para representá-la a fim 
de que possamos entender qual é a forma e quais as dimensões da peça. Estas vistas são 
chamadas de “vistas principais”. 
Ao selecionar a posição da peça da qual se vai fazer a projeção, escolhe-se para a 
vertical, aquela vista que mais caracteriza ou individualiza a peça; por isso, é comum também 
chamar a projeção vertical (elevação) de vista principal. 
As três vistas, elevação, planta e vista lateral esquerda, dispostas em posições 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 16 
 
normalizadas pela ABNT nos dão as suas projeções. 
A vista de frente (elevação) e a vista de cima (planta) alinham-se verticalmente. 
 
A vista de frente (elevação) e a vista de lado (vista lateral esquerda) alinham-se 
horizontalmente. 
 
Finalmente, temos a caixa de fósforos desenhada em três projeções. 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 17 
 
Por esse processo podemos desenhar qualquer peça. 
 
 
Na vista lateral esquerda das projeções das peças abaixo, existem linhas tracejadas. 
Elas representam as arestas não visíveis. 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 18 
 
Nas projeções abaixo, aparecem linhas de centro. 
 
Nas projeções abaixo, foram empregados eixos de simetria. 
 
 
As projeções desenhadas anteriores apresentaram a vista lateral esquerda, 
representando o que se vê olhando a peça pelo lado esquerdo, apesar de sua projeção estar à 
direitada elevação. 
Nos casos em que o maior número de detalhes estiver colocado no lado direito da peça, 
usa-se a vista lateral direita, projetando-a à esquerda da elevação, conforme exemplos abaixo: 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 19 
 
 
 
Os desenhos abaixo mostram as projeções de várias peças com utilização de apenas 
uma vista lateral. De acordo com os detalhes a serem mostrados, foram utilizadas as laterais 
esquerda ou direita. 
 
Em certos casos, porém, há necessidade de se usar duas laterais para melhor 
esclarecimento de detalhes importantes. 
Quando isso acontece, as linhas tracejadas desnecessárias podem ser omitidas, como 
nos exemplos abaixo. 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 20 
 
 
Exercícios: 
Complete, à mão livre, as projeções das peças apresentadas e coloque nome em cada 
uma das vistas. 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 21 
 
 
 
Complete, à mão livre, as projeções das peças apresentadas e coloque nome em cada 
uma das vistas. 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 22 
 
 
 
Complete, à mão livre, as projeções das peças apresentadas. 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 23 
 
 
 
Desenhe, à mão livre, as plantas e as vistas laterais esquerdas das peças apresentadas. 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 24 
 
 
Complete, à mão livre, as plantas e as vistas laterais esquerdas das peças 
apresentadas. 
 
 
Desenhe a mão livre as projeções das peças apresentadas. 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 25 
 
 
 
Identifique e numere as projeções correspondentes a cada peça apresentada em 
perspectiva. 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 26 
 
Identifique e numere as projeções correspondentes a cada peça apresentada em 
perspectiva. 
 
 
Identifique as vistas de frente, de cima e as laterais esquerda e direita nas projeções 
apresentadas. 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 27 
 
 
 
Identifique as vistas de frente, de cima e as laterais esquerda e direita nas projeções 
apresentadas. 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 28 
 
 
 
Coloque em baixo de cada vista, as iniciais correspondentes: 
 
VF - Vista de Frente 
VS - Vista Superior 
VLE - Vista Lateral Esquerda 
VLD - Vista Lateral Direita 
 
 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 29 
 
 
 
Coloque em baixo de cada vista, as iniciais correspondentes: 
 
VF - Vista de Frente 
VS - Vista Superior 
VLE - Vista Lateral Esquerda 
VLD - Vista Lateral Direita 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 30 
 
 
Desenhe, à mão livre, a terceira vista das projeções apresentadas. 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 31 
 
 
 
 
 
 
Desenhe, à mão livre, a terceira vista das projeções apresentadas. 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 32 
 
 
 
 
 
 
Complete as projeções abaixo. 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 34 
 
Complete as projeções abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 35 
 
 
 
 
 
 
Procure nos desenhos abaixo as vistas que se relacionam entre si, (Elevação e Planta) e 
coloque os números correspondentes como no exemplo nº 1. 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 36 
 
 
 
Procure nos desenhos abaixo as vistas que se relacionam entre si, (Elevação e Planta) e 
coloque os números correspondentes como no exemplo nº 1. 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 37 
 
 
 
Complete as projeções abaixo desenhando a vista lateral direita. 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 38 
 
Capitulo 3 - Supressão de Vistas 
Quando representamos uma peça pelas suas projeções, usamos as vistas que melhor 
identificam suas formas e dimensões. Podemos usar três ou mais vistas, como também 
podemos usar duas vistas e, em alguns casos, até uma única vista. 
Nos exemplos abaixo estão representadas peças com duas vistas. Continuará havendo 
uma vista principal - vista de frente - sendo escolhida como segunda vista aquela que melhor 
complete a representação da peça. 
 
Nos exemplos abaixo estão representadas peças por uma única vista. Neste tipo de 
projeção é indispensável o uso de símbolos. 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 39 
 
 
 
Exercício: 
Empregando duas vistas, desenhe, à mão livre, as peças apresentadas. 
 
 
 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 40 
 
Capitulo 4 - Identificação e Leitura de Cotas, Símbolos e Materiais 
Para execução de uma peça, torna-se necessário que se coloque no desenho, além das 
projeções que nos dão ideia da forma da peça, também as suas medidas e outras informações 
complementar. A isto chamamos Dimensionamento ou Cotagem. 
A Cotagem dos desenhos tem por objetivos principais determinar o tamanho e localizar 
exatamente os detalhes da peça. Por exemplo, para execução da peça ao lado necessitamos 
saber as suas dimensões e a exata localização do furo. 
 
A Anotação - “ESP. 8” - Refere-se à Espessura da Peça. 
Para a Cotagem de um desenho são necessários três elementos: 
 
Linhas de Cota 
Linhas de Extensão 
Valor Numérico da Cota 
 
Como vemos na figura acima, as Linhas de Cota são de espessura fina, traço contínuo, 
limitadas por setas nas extremidades. As linhas de extensão são de espessura fina, traço 
contínuo, não devem tocar o contorno do desenho da peça e prolongam-se um pouco além da 
última linha de cota que abrangem.  o número que exprime o valor numérico da cota pode ser escrito: 
 acima da linha de cota, equidistante dos extremos; 
 em intervalo aberto pela interrupção da linha de cota. 
 
No mesmo desenho devemosempregar apenas uma destas duas modalidades. O valor 
numérico colocado acima da linha de cota é mais fácil e evita a possibilidade de erros. 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 41 
 
Capitulo 5 - Regras de Cotagem 
Em desenho técnico, normalmente, a unidade de medida é o milímetro, sendo 
dispensada a colocação do símbolo junto ao valor numérico da cota. 
Se houver o emprego de outra unidade, coloca-se o respectivo símbolo ao lado do valor 
numérico, conforme figura ao lado. 
 
As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda para a 
direita e de baixo para cima paralelamente à dimensão cotada. 
 
Cada cota deve ser indicada na vista que mais claramente representar a forma do 
elemento cotado. Deve-se evitar a repetição de cotas. 
 
As cotas podem ser colocadas dentro ou fora dos elementos que representam, 
atendendo aos melhores requisitos de clareza e facilidade de execução. 
 
Nas transferências de cotas para locais mais convenientes, devemos evitar o 
cruzamento das linhas de extensão com linhas de cota. 
As linhas de extensão são traçadas perpendicularmente à dimensão cotada ou, em caso 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 42 
 
de necessidade, obliquamente, porém paralelas entre si. 
 
 
Evite a colocação de cotas inclinadas no espaço hachurado a 30º 
 
Não utilize as linhas de centro e eixos de simetria como linhas de cota. Elas substituem 
as linhas de extensão. 
 
 
Cotagem por meio de faces de referência (Fase A e B) 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 43 
 
 
 
Cotagem de elementos esféricos 
 
 
 
 
Exercício: 
Localize as cotas necessárias para execução das peças abaixo representadas. Não 
coloque o valor numérico das cotas. Trace, à mão livre, apenas as linhas de cota e de 
extensão. 
 
Localize as cotas necessárias para execução das peças abaixo representadas. Não 
coloque o valor numérico das cotas. Trace, à mão livre, apenas as linhas de cota e de 
extensão. 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 44 
 
 
 
 
Localize as cotas necessárias para execução das peças abaixo representadas. Não 
coloque o valor numérico das cotas. Trace, à mão livre, apenas as linhas de cota e de 
extensão. 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 45 
 
 
Faça, à mão livre, a cotagem completa dos desenhos abaixo. 
 
 
 
 
Cotagem de Detalhes 
As linhas de cota de raios de arcos levam setas apenas na extremidade que toca o arco. 
 
Conforme o espaço disponível no desenho, os ângulos podem ser cotados assim: 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 46 
 
 
A Cotagem de Chanfros se faz como indicam as figuras abaixo. 
Quando o chanfro for de 45º, podemos simplificar a cotagem usando um dos sistemas 
apresentados na figura abaixo. 
 
A Cotagem de Círculos se faz indicando o valor de seu diâmetro por meio dos recursos 
apresentados nas figuras abaixo, que são adotados conforme o espaço disponível no desenho. 
 
Para cotar em espaços reduzidos, colocamos as cotas como nas figuras abaixo: 
 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 47 
 
Capitulo 6 - Símbolos e Convenções 
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), em suas Normas NB-8 e NB-
13, recomenda a utilização dos símbolos abaixo, que devem ser colocados sempre antes dos 
valores numéricos das cotas.  Indicativo de Diâmetro 
฀ Indicativo de Quadrado 
 R Indicativo de Raio 
 
 
Estas duas linhas finas cruzadas indicam que se trata de superfície plana. 
Quando, nas vista cotada, for evidente que se trata de diâmetro ou quadrado, os 
respectivos símbolos podem ser dispensados. 
Exemplos: 
 
Símbolos em Materiais Perfilados 
Os símbolos abaixo, devem ser colocados sempre antes da designação da bitola do 
material. 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 48 
 
 
SÍMBOLOS INDICATIVO DE EXEMPLO DE 
LEITURA 
 Redondo 
 
Barra chata de 1/4” de 
 
espessura por 1” de 
largura 
 
e 85 mm de 
comprimento 
 Quadrado 
 Chato 
 Cantoneira 
 “Te” 
 Duplo “T” 
 “U” 
 Número de Bitolas em 
Chagas, Fios, etc 
 
 
Convenções para Acabamento de Superfícies 
 Superfícies em bruto, porém limpas de rebarbas e saliências. 
 Superfícies apenas desbastadas. 
 
 Superfícies alisadas. 
 Superfícies polidas 
 
Para outros graus de acabamento, devendo ser indicada a maneira 
de obtê-los. 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 49 
 
Superfícies sujeitas a tratamento especial, indicado sobre a linha 
horizontal. Ex.: cromado, niquelado, pintado, etc. 
 
 
Quando todas as superfícies de uma peça tiverem o mesmo acabamento, o respectivo 
sinal deve ficar em destaque. 
 
Se, na mesma peça, houver superfícies com graus de acabamento diferentes dos da 
maioria, os sinais correspondentes serão colocados nas respectivas superfícies e também 
indicados entre parênteses, ao lado do sinal em destaque. 
 
Exemplo de aplicação dos símbolos e convenções 
Exemplo de aplicação dos 
Símbolos e Convenções 
 
Exercício: 
Localize as cotas necessárias para execução das peças abaixo representadas. Não 
coloque o valor numérico das cotas. Tracem, à mão livre, apenas as linhas de cota, de 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 50 
 
extensão e os símbolos necessários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Qual o tipo de acabamento utilizado nas superfícies indicadas pelas letras: 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 51 
 
 
A - ______________________ D -_______________________ 
B - ______________________ E -_______________________ 
C - ______________________ F -_______________________ 
 
Qual o tipo de acabamento geral da peça abaixo? 
Resp.: _____________________ 
 
Qual o tipo de acabamento para as partes torneadas com 25 
mm de diâmetro? 
Resp.: ______________________ 
 
 
Para cada material há uma hachura determinada 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 52 
 
 
 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 53 
 
Capitulo 7 - Indicação de Estado de Superfície 
O desenho técnico, além de mostrar as formas e as dimensões das peças, precisa 
conter outras informações para representa-las fielmente. Uma dessas informações é a 
indicação dos estados das superfícies das peças. 
 
Acabamento 
Acabamento é o grau de rugosidade observado na superfície da peça. As superfícies 
apresentam-se sob diversos aspectos, a saber: em bruto, desbastadas, alisadas e polidas. 
Superfície em bruto é aquela que não é usinada, mas limpa com a eliminação de 
rebarbas e saliências. 
Superfície desbastada é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são 
bastante visíveis, ou seja, a rugosidade é facilmente percebida. 
Superfície alisada é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são pouco 
visíveis, sendoa rugosidade pouco percebida. 
Superfície polida é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são 
imperceptíveis, sendo a rugosidade detectada somente por meio de aparelhos. 
Os graus de acabamento das superfícies são representados pelos símbolos indicativos 
de rugosidade da superfície, normalizados pela norma NBR 8404 da ABNT, baseada na norma 
ISO 1302. 
Os graus de acabamento são obtidos por diversos processos de trabalho e dependem 
das modalidades de operações e das características dos materiais adotados. 
 
Rugosidade 
Com a evolução tecnológica houve a necessidade de se aprimorarem as indicações dos 
graus de acabamento de superfícies. Com a criação de aparelhos capazes de medir a 
rugosidade superficial em μm (micrometro; 1μm = 0,001mm), as indicações dos acabamentos 
de superfícies passaram a ser representadas por classes de rugosidade. 
Rugosidade são erros microgeométricos existentes nas superfícies das peças. 
 
 
A norma ABNT NBR 8404 normaliza a indicação do estado de superfície em desenho 
técnico por meio de símbolos. 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 54 
 
 
 
Símbolo sem indicação de rugosidade 
 
Símbolo 
 
Significado 
 
 
Símbolo básico. Só pode ser usado quando seu significado for 
complementado por uma indicação. 
 
 
Caracterização de uma superfície usinada sem maiores 
detalhes. 
 
 
Caracteriza uma superfície na qual a remoção de material não é 
permitida e indica que a superfície deve permanecer no estado 
resultante de um processo de fabricação anterior, mesmo se 
esta tiver 
sido obtida por usinagem ou outro processo qualquer. 
 
Símbolos com indicação da característica principal da rugosidade Ra 
 
Símbolo 
A remoção do material 
 
Significado 
é facultativa é exigida não é permitida 
 
Superfície com 
uma rugosidade 
de um valor 
máximo: Ra = 
3,2μm 
 
Superfície com 
uma rugosidade 
de um 
valor: 
máximo: Ra = 
6,3μm mínimo: 
Ra = 1,6μm 
 
Símbolos com indicações complementares 
Estes símbolos podem ser combinados entre si ou com os símbolos apropriados. 
 
Símbolo Significado 
 
 
Processo de fabricação: fresar 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 55 
 
 
 
Comprimento de amostragem: 2,5 mm 
 
 
Direção das estrias: perpendicular ao plano de projeção da 
vista. 
 
 
Sobremetal para usinagem: 2mm 
 
Indicação (entre parênteses) de um outro parâmetro de 
rugosidade diferente de Ra, por exemplo Rt = 0,4μm. 
 
Símbolos para direção das estrias 
Quando houver necessidade de definir a direção das estrias, isto é, a direção 
predominante das irregularidades da superfície, deve ser utilizado um símbolo adicional ao 
símbolo do estado de superfície. 
A tabela seguinte caracteriza as direções das estrias e os símbolos correspondentes. 
 
Símbolos para direção das estrias 
Símbolo Interpretação 
 Paralela ao plano de projeção da vista sobre o qual o símbolo é 
aplicado. 
 
 
Perpendicular ao plano de projeção da vista sobre o qual o símbolo 
é aplicado. 
 
 
Cruzadas em duas direções oblíquas em relação ao plano de 
projeção da vista sobre o qual o símbolo é aplicado. 
 
 
Muitas direções 
 
 Aproximadamente central em relação ao ponto médio da superfície 
ao qual o símbolo é referido. 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 56 
 
 
 
Aproximadamente radial em relação ao ponto médio da superfície 
ao qual o símbolo é referido. 
 
 
A ABNT adota o desvio médio aritmético (Ra) para determinar os valores da rugosidade, 
que são representados por classes de rugosidade N1 a N12, correspondendo cada classe a 
valor máximo em μm, como se observa na tabela seguinte. 
 
Tabela - Característica da rugosidade Ra 
 
 
Classe de 
rugosidade 
 
Desvio médio aritmético 
(Ra) 
N1 50 
N11 25 
N10 12,5 
N 9 6,3 
N 8 3,2 
N 7 1,6 
N 6 0,8 
N 5 0,4 
N 4 0,2 
N 3 0,1 
N 2 0,05 
N 1 0,025 
 
Exemplos de aplicação 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 57 
 
 
 
Interpretação do exemplo a 
1 é o número da peça. 
 ao lado do número da peça, representa o acabamento geral, com retirada de 
material, válido para todas as superfícies. 
N8 indica que a rugosidade máxima permitida no acabamento é de 3,2μm (0,0032mm). 
 
Interpretação do exemplo b 
2 é o número da peça. 
 o acabamento geral não deve ser indicado nas superfícies. 
O símbolo significa que a peça deve manter-se sem a retirada de material. 
 dentro dos parênteses devem ser indicados nas respectivas superfícies. 
N6 corresponde a um desvio aritmético máximo de 0,8μm (0,0008mm) e N9 corresponde 
a um desvio aritmético máximo de 6,3μm (0,0063mm). 
Os símbolos e inscrições devem estar orientados de maneira que possam ser lidos tanto 
com o desenho na posição normal, como pelo lado direito. 
Se necessário, o símbolo pode ser interligado por meio de uma linha de indicação. 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 58 
 
 
O símbolo deve ser indicado uma vez para cada superfície e, se possível, na vista que 
leva a cota ou representa a superfície. 
 
 
 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 59 
 
Qualidade da superfície de acabamento 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 60 
 
Informações complementares 
 
Interpretação 
4 é o número da peça. 
 
 ao lado do número da peça, representa o acabamento geral, válido para todas as 
superfícies sem indicação. 
N11 indica que a rugosidade máxima permitida no acabamento é de 25μm (0,025mm). 
representado dentro dos parênteses e nas superfícies que deverão ser usinadas, 
indica rugosidade máxima permitida de 6,3μm (0,0063mm). 
indica superfície usinada com rugosidade máxima permitida de 0,4μm (0,0004mm). 
 
O símbolo dentro dos parênteses representa, de forma simplificada, todos os símbolos 
de rugosidade indicados nas projeções. 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 61 
 
Disposição das indicações do estado de superfície no Símbolo 
 
Exercícios 
1) Escreva, nas linhas indicadas, a rugosidade das peças em sua grandeza máxima, 
conforme o exemplo a. 
 a. N8 = 3,2μm 
b. ____________ ,_____________ 
c. ____________ ,_____________ 
 
2) Analise o desenho técnico e responda às perguntas a seguir. 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 62 
 
a) Que classe de rugosidade a maioria das superfícies da peça deverá receber? 
 
___________________________________________ 
 
b) Que outras classes de rugosidade a peça deverá receber? 
___________________________________________ 
 
c) Que tratamento a peça deverá receber? 
 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 63 
 
Capitulo 8 - Tolerância 
Tolerância é o valor da variação permitida na dimensão de uma peça. Em termos 
práticos é a diferença tolerada entre as dimensões máxima e mínima de uma dimensão 
nominal. 
 
A tolerância é aplicada na execução de peças em série e possibilita a 
intercambiabilidade delas. 
 
Conceitos na aplicação de medidas com tolerância 
Medida nominal: é a medida representada no desenho. 
 
Medida com tolerância: é a medida com afastamento paramais ou para menos da 
medida nominal. 
 
Medida efetiva: é a medida real da peça fabricada. 
 
Ex. 30,024 
 
Dimensão máxima: é a medida máxima permitida. 
30,2 
Dimensão mínima: é a medida mínima permitida. 
29,9 
Afastamento superior: é a diferença entre a dimensão máxima permitida e a medida 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 64 
 
nominal. 
30,2 - 30 = 0,2 
Afastamento inferior: é a diferença entre a dimensão mínima permitida e a medida 
nominal. 
29,9 - 30 = -0,1 
Campo de tolerância: é a diferença entre a medida máxima e a medida mínima 
permitida. 
30,2 - 29,9 = 0,3 
 
Indicações de Tolerância 
Afastamentos, indicados junto das cotas nominais. 
 
 
 
Afastamentos gerais, indicados abaixo do desenho. 
 
 
As tolerâncias podem ser representadas por afastamentos ou pela norma ISSO adotada 
pela ABNT. 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 65 
 
 
Tolerância ISO (International Organization for Standardization) 
O sistema de tolerância ISO adotado pela ABNT, conhecido como sistema internacional 
de tolerância, consiste numa série de princípios, regras e tabelas que permitem a escolha 
racional de tolerâncias na produção de peças. A unidade de medida para tolerância ISO é o 
micrômetro (m = 0,001mm). 
A tolerância ISO é representada normalmente por uma letra e um numeral colocados à 
direita da cota. A letra indica a posição do campo de tolerância e o numeral, a qualidade de 
trabalho. 
 
 
Campo de tolerância 
É o conjunto dos valores compreendidos entre as dimensões máxima e mínima. O 
sistema ISO prevê 28 campos representados por letras, sendo as maiúsculas para furos e as 
minúsculas para eixos: 
 
Furos 
A, B, C, CD, D, E, EF, F, FG, G, H, J, JS, K, M, N, P, R, S, T, U, V, X, Y, Z, ZA, ZB, ZC 
 
Eixos 
a, b, c, cd, d, e, ef, f, fg, g, h, j, js, k, m, n, p, r, s, t, u, v, x, y, z, za, zb, zc 
 
Qualidade de trabalho 
A qualidade de trabalho (grau de tolerância e acabamento das peças) varia de acordo 
com a função que as peças desempenham nos conjuntos. 
O sistema ISO estabelece dezoito qualidades de trabalho, que podem ser adaptadas a 
qualquer tipo de produção mecânica. 
Essas qualidades são designadas por IT 01, IT 0, IT 1, IT 2... IT 1.6 (I - ISO e T = 
tolerância). 
 
Grupos de dimensões 
O sistema de tolerância ISO foi criado para produção de peças intercambiáveis com 
dimensões compreendidas entre 1 e 500mm. Para simplificar o sistema e facilitar sua 
utilização, esses valores foram reunidos em treze grupos de dimensões em milímetros. 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 66 
 
Grupos de dimensões em milímetros 
 
 
 
Ajustes 
O ajuste é a condição ideal para fixação ou funcionamento entre peças executadas 
dentro de um limite. São determinados de acordo com a posição do campo de tolerância. 
 
 
Ajuste móvel Ajuste incerto Ajuste fixo 
 
Para não haver diversificação exagerada de tipos de ajustes, a tolerância do furo ou do 
eixo é padronizada. Geralmente, padroniza-se o furo em H7. 
A origem dos termos furo e eixo provém da importância que as peças cilíndricas têm nas 
construções mecânicas. Na prática, porém, os termos furo e eixo são entendidos como medida 
interna e medida externa, respectivamente. 
Para estabelecer a tolerância, usa-se a tabela a seguir: 
 
AJUSTES RECOMENDAÇÕES 
TIPO 
DE 
AJUS-
TE 
EXEMPLO 
DE 
AJUSTE 
EXTRA 
PRECISO 
MECÂ-
NICA 
PRECI-
SA 
MECÂ-
NICA 
MÉDIA 
MECÂ-
NICA 
ORDIN-
ÁRIA 
EXEMPLO 
DE 
APLICAÇÃO 
 
 
 
LIVRE 
Montagem à 
mão, com 
facilidade. 
 
 
 
H6 e7 
 
 
H7 e7 
H7 e8 
 
 
 
H8 e9 
 
 
 
H11 a11 
 
Peças cujos 
funcionamentos 
necessitam de 
folga por força de 
dilatação, mau 
alinhamento, etc. 
 
 
ROTA-
TIVO 
Montagem à 
 
 
 
H6 f6 
 
 
 
H7 f7 
 
 
 
H8 f8 
 
 
H10 d10 
H11 d11 
 
Peças que giram 
ou deslizam com 
boa lubrificação. 
Ex.: eixos, 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 67 
 
mão podendo 
girar sem 
esforço. 
mancais, etc. 
 
 
DESLI-
ZANTE Montagem à 
mão com leve 
pressão. 
 
 
 
H6 g5 
 
 
 
H7 g6 
 
 
 
H8 g8 
H8 h8 
 
 
 
H10 h10 
H11 h11 
Peças que 
deslizam ou 
giram com 
grande precisão. 
Ex.: anéis de 
rolamentos, 
corrediças, etc. 
 
 
DESLI
ZANTE 
 
JUSTO 
Montagem à 
mão, porém, 
necessitando 
de algum 
esforço. 
 
 
 
H6 h5 
 
 
 
H7 h6 
 
Encaixes fixos de 
precisão, órgãos 
lubrificados 
deslocáveis à 
mão. 
Ex.: punções, 
guias, etc. 
 
ADE-
RENTE 
FOR-
ÇADO 
LEVE 
Montagem com 
auxílio de 
martelo. 
 
 
 
H6 j5 
 
 
 
H7 j6 
 Órgãos que 
necessitam de 
frequentes 
desmontagens. 
Ex.: polias, 
engrenagens, 
rolamentos, etc. 
 
 
FOR-
ÇADO 
DURO Montagem com 
auxílio de 
martelo 
pesado. 
 
 
 
 
H6 m5 
 
 
 
 
H7 m6 
 
Órgão possíveis 
de montagens e 
desmontagens 
sem deformação 
das peças. 
 
À 
PRES-
SÃO 
COM 
 
ES-
FOR-
ÇO 
Montagem com 
auxílio de 
balancim ou 
por dilatção 
 
 
 
 
H6 p5 
 
 
 
 
H7 p6 
 Peças 
impossíveis de 
serem 
desmontadas 
Sem deformação. 
Ex.: buchas à 
pressão, 
etc. 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 68 
 
Cotagem com Indicação de Tolerância 
Peças em geral. 
 
 
Peças que serão montadas 
 
Nos desenhos de conjuntos, onde as peças aparecem montadas, a indicação da 
tolerância poderá ser feita do seguinte modo: 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 69 
 
Tolerância de forma e posição Símbolos, inscritos e interpretação sobre o desenho 
Este é um resumo da norma proposta pela ABNT. As tolerâncias de forma e posição 
podem ser adicionadas às tolerâncias de dimensões para assegurar melhor função e 
intercambiabilidade das peças. 
As tolerâncias de forma limitam os afastamentos de um dado elemento em relação à 
sua forma geométrica ideal. 
As tolerâncias de posição limitam os afastamentos da posição mútua de dois ou mais 
elementos por razões funcionais ou para assegurar uma interpretação inequívoca. Geralmente 
um deles é usado como referência para a indicação das tolerâncias. Se for necessário, pode 
ser tomada mais de uma referência. 
O elemento de referência deve ser suficientemente exato e, quando necessário, indica-
se também uma tolerância de forma. 
As tolerâncias estão relacionadas à dimensão total dos elementos, a não ser no caso de 
exceções, indicadas no desenho (por exemplo: 0,02/100 significa que a tolerância de 0,02mm é 
aplicada numa extensão de 100mm de comprimento, medida em posição conveniente no 
elemento controlado). Se a indicação ou o triângulo de referência devem ser colocados sobre a 
linha de cota. 
 
Caso a identificação esteja relacionada como uma superfície ou linha de contorno, a seta 
de identificação ou o triângulo de referência não devem ser colocados sobre a linha de cota. 
 
Exercícios 
1) Escreva, junto às cotas dos desenhos abaixo, as tolerâncias ISO-ABNT de acordo 
com os tipos de ajuste indicados. 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 70 
 
 
 
 
Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico 
 
AutoAvaliação 
1) Em qual dos três desenhos a colocação das cotas está de acordo coma as normas? 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 71 
 
 
2) Em qual dos três desenhos a colocação das cotas está de acordo com as normas?Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 72 
 
3) Em qual dos três desenhos a colocação das cotas está de acordo com as normas? 
 
4) Em qual dos quatro desenhos a cotagem está correta? 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 73 
 
5) Em qual dos quatro desenhos a cotagem está correta em função da face de 
referência? 
 
 
6) Qual das cinco figuras representa a elevação correta da perspectiva abaixo 
desenhada? 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 74 
 
7) Qual das cinco figuras representa a planta correta da perspectiva abaixo desenhada? 
 
8) Qual das cinco figuras representa a elevação correta da perspectiva abaixo 
desenhada? 
 
9) Qual das cinco figuras representa a planta correta da perspectiva abaixo desenhada? 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 75 
 
10) Qual das cinco figuras representa corretamente a vista indicada pela seta na 
perspectiva abaixo desenhada? 
 
11) Qual das cinco figuras representa corretamente a vista indicada pela seta na 
perspectiva abaixo desenhada? 
 
12) Qual das cinco figuras representa corretamente a vista indicada pela seta na 
perspectiva abaixo desenhada? 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 76 
 
13) Qual das cinco figuras corresponde à planta correta das duas vistas (elevação e 
lateral) abaixo desenhadas? 
 
14) Qual das cinco figuras corresponde à planta correta das duas vistas (elevação e 
lateral) abaixo desenhadas? 
 
 
15) Qual das cinco figuras corresponde à planta correta das duas vistas (elevação e 
lateral) abaixo desenhadas? 
 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 77 
 
16) A tolerância, conforme a norma ISO, está representada corretamente na figura: 
 
17) As tolerâncias, conforme a norma ISO, estão representadas corretamente na figura: 
 
18) A tolerância, conforme a norma ISO, está representada corretamente na figura: 
 
 
19) Em qual figura a medida máxima é menor que a medida nominal? 
 
 
20) O que significa a representação no desenho abaixo? 
 
a) Elemento de referência 
b) Tolerância de forma 
c) Tolerância de posição 
d) Campo de tolerância 
e) Elemento tolerado 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 78 
 
21) A seta indica o/a: 
 
a) Elemento de referência 
b) Tolerância de forma 
c) Tolerância de posição 
d) Campo de tolerância 
e) Elemento tolerado 
 
22) Qual o símbolo que deve ser colocado na indicação de tolerância? 
 
a) 
b) 
c) 
d) 
e) 
 
23) Qual o símbolo que deve ser colocado na indicação de tolerância? 
 
a) 
b) 
c) 
d) 
e) 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 79 
 
24) A peça representada pelo desenho abaixo, é produzida em série e o diâmetro de 20 
foi trefilado a frio. Qual é símbolo que deve ser colocado no lugar de “x” e que indica o estado 
superficial do diâmetro de 20? 
 
 
 
25) Em qual superfície é permitida uma maior rugosidade ? 
 
 
 
a) Superfície cilíndrica 20 
b) Superfície cilíndrica 25 
c) Superfície cilíndrica 40 
d) Superfície da face 20 
e) Superfície da face 25 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 80 
 
Capitulo 9 - Princípios do AutoCAD 
Este capítulo introduz conceitos básicos do AutoCAD. O primeiro exercício faz uma mostra 
dos menus, caixas de diálogos e métodos para acionamento dos comandos. O segundo exercício 
mostra os métodos de desenho básicos usados no AutoCAD. O terceiro exercício mostra como 
editar entidades e trabalhar com grupos de objetos selecionados chamados selection sets 
(conjuntos de seleção). Completando este capítulo, você terá fundamentos importantes para o bom 
uso do AutoCAD. 
 
A interface do AutoCAD 
Neste exercício, aprenda a inicializar o AutoCAD, abrir arquivos existentes, manipular os 
menus e a acionar os comandos. 
 
Inicializando o AutoCAD e abrindo um arquivo 
Ao abrir o AutoCAD, será aberto um novo arquivo, em branco. 
Para abrir um arquivo existente, mova o cursor para o topo da tela, acionando o menu 
File. 
Selecione o comando Open. Clique duas vezes sobre a pasta Treinamento. Selecione o 
arquivo Planta - T05.dwg e clique em Abrir. 
 
 
 
Você irá trabalhar com uma cópia do arquivo Planta - T05.dwg. Para isso, abra o menu 
File novamente e acione o comando Save as. Surgirá um quadro de diálogo semelhante ao 
comando Open. No campo Nome do arquivo, digite “Cópia Planta - T05.dwg” e pressione 
Salvar. O AutoCAD cria um outro arquivo com o nome especificado e com o mesmo conteúdo 
do Planta - T05.dwg original. Todas as operações e alterações surtirão efeito sobre a cópia 
criada. 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 81 
 
A tela do AutoCAD 
 
 
 
A tela do AutoCAD tem seis elementos principais: 
• A área gráfica 
• O ícone do sistema de coordenadas 
• A linha de comando 
• A linha de status 
• Os menus superiores 
• As Barras de Ferramentas (Toolbars) 
 
Área Gráfica 
É a maior porção da tela. Todos os desenhos criados são feitos dentro da área gráfica. É 
nesta região da tela que serão feitos os projetos. Note que o cursor em forma de cruz aparece 
quando está sobre esta região. Fora dela (sobre os menus), o cursor assume o formato padrão 
do sistema. O ponto de pick é a intersecção da cruz, marcada em forma de “mira” por um 
pequeno quadrado. 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 82 
 
Ícone Do Sistema De Coordenadas 
 
No canto esquerdo inferior da tela está o ícone do sistema de coordenadas. Esta 
imagem auxilia na compreensão de como está orientado o sistema de coordenadas, que pode 
variar, principalmente em projetos tridimensionais. Aprenda mais sobre seu comportamento nos 
próximos exercícios. 
 
Linha de Comando 
 
A linha de comando é a região de texto, na parte inferior da tela. Nesta região poderão 
ser digitados os comandos e opções do AutoCAD bem como visualizadas as operações que o 
próprio AutoCAD executa durante um comando. Preste especial atenção a esta parte da tela, 
pois é através dela que muitas mensagens são mostradas ao usuário. 
O formato inicial da linha de comando é a presença constante da mensagem Command:. 
Isto indica que o AutoCAD está pronto para receber comandos. Caso a última linha não 
contenha exclusivamente a palavra Command:, é sinal de que o AutoCAD está ocupado 
executando um comando. No exemplo abaixo, o AutoCAD está pronto (última mensagem 
Command está livre), além de registrar que o comando OPEN foi recém executado. 
Pressione a tecla F2 para obter uma versão ampliada da linha de comando. Neste caso, 
note que a janela contém registradas todas as ações e mensagens ocorridas no AutoCAD 
desde o início da seção. Para fechar esta janela, pressione F2 novamente. 
A menos que se especifique o contrário, a linha de comando do AutoCAD sempre aceita 
a tecla de espaço como sinônimo de Enter. Por isso, tente executar, a título de curiosidade, o 
mesmo comando Open digitando Open e teclando espaço ou [↵]. 
Sempre que a linha de comandoestiver livre para a entrada de novos comandos e for 
pressionada a tecla [↵] ou espaço, o último comando executado será automaticamente 
repetido. 
Para cancelar um determinado comando durante sua execução, pressione a tecla Esc. A 
mensagem *Cancel* surge para cada vez que for pressionada a tecla Esc. 
Para desfazer o último comando executado, basta digitar U (undo) seguido de ___ (ou 
espaço). Sucessivas execuções deste comando desfazem sequencialmente os comandos 
anteriores, até alcançar o ponto onde o arquivo foi iniciado ou aberto. 
 
Linha de Status 
A linha de status, que se encontra logo abaixo da linha de comando, monitora o valor 
das coordenadas do cursor na área gráfica e de algumas variáveis de ambiente do AutoCAD. 
Bem à esquerda, encontra-se o valor das coordenadas atuais do cursor sobre a área 
gráfica. Movendo-se o cursor sobre a região de trabalho, atualizam-se automaticamente os 
valores de suas coordenadas X e Y. 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 83 
 
 
Mais à direita, estão algumas variáveis que controlam o comportamento de aspectos do 
projeto. Estas variáveis podem assumir os estados Ligado/Desligado. Se o nome da variável 
não estiver pressionado, seu estado será “desligado” (no exemplo, SNAP, GRID, POLAR, 
OSNAP e LWT). Do contrário, indica que ela está ativa ou “ligada”(no exemplo, ORTHO, 
OTRACK e PAPER). 
O significado e o funcionamento destas variáveis serão discutidos nos próximos 
capítulos. 
 
Barras de Ferramentas 
As barras de ferramentas são formas alternativas de acionar os comandos do AutoCAD. 
Cada barra de ferramenta é um conjunto de ícones, agrupados em torno de comandos 
semelhantes ou que mantém alguma relação. O AutoCAD possui uma boa quantidade de 
barras de ferramentas, motivo pelo qual é possível configurar a área de trabalho para conter 
apenas as mais usadas. 
Para habilitar a visualização das barras de ferramentas, clique com o botão direito sobre 
uma barra de ferramentas qualquer, escolha a opção ACAD, será mostra a lista das barras de 
ferramentas, basta selecionar a barra de ferramenta que deseja exibir. 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 84 
 
Clique sobre a opção Draw, automaticamente, a barra de ferramentas com os ícones 
referentes a desenho surgirá. Uma barra de ferramentas pode ser movida e ter seu formato 
alterado de forma interativa, bastando utilizar o cursor da forma padrão do Windows. 
Além de poder posicionar uma barra de ferramentas em qualquer lugar na área de 
trabalho, é possível fixá-la de forma organizada junto à um dos quatro lados da tela. Para isso, 
basta mover a barra para próximo do lugar desejado, sobre as laterais da tela e ela se ajustará 
automaticamente. 
Experimente, arrastando a barra de Draw para o lado direito da tela até ela se ajustar. Os 
ícones que se encontram logo abaixo dos menus superiores nada mais são do que barras de 
ferramentas com comandos básicos e padronizados, ajustados na parte superior. Estas barras 
também podem ser reorganizadas ou eliminadas (não recomendado). 
Note que cada botão possui um ícone indicativo do comando que ele aciona. Para 
certificar-se do significado de um determinado botão, mova o cursor sobre ele (sem clicar) e 
aguarde aproximadamente 1 segundo. Surgirá uma mensagem junto ao cursor do mouse, 
indicando o significado deste botão. 
 
MÉTODOS DE DESENHO 
Com o AutoCAD, pode-se desenhar objetos em quaisquer escalas. É possível, inclusive, 
examinar a geometria e características de determinados objetos em situações onde isso seria 
difícil, ou até mesmo impossível, se fossem usadas ferramentas convencionais de desenho. 
Isso é possível pois usa-se um sistema de coordenadas retangular, que permite 
posicionar objetos através de uma localização com coordenadas X, Y e Z exatas. Para utilizar o 
AutoCAD efetivamente, você deverá compreender os fundamentos deste sistema de 
coordenadas. 
Para iniciar este exercício, tenha o AutoCAD aberto, com o desenho Exercício1 
carregado (conforme descrito nas instruções anteriores). 
Quando estiver desenhando no AutoCAD, você será frequentemente perguntado por 
pontos, para informar a localização dos objetos (início e fim de uma linha, centro de um círculo, 
etc.) ou ao selecionar objetos para edição. Muitas vezes, em casos onde a precisão não é 
necessária, poderá ser usado o cursor do sistema. Porém, quando houver a necessidade de se 
informar um ponto conhecido em particular, não poderemos utilizar um simples clique com o 
cursor, sob risco de cometermos imprecisões indesejadas. 
Estes são os modos de se especificar coordenadas no AutoCAD: 
• Clicando um ponto na tela com o mouse (impreciso). 
• Clicando um ponto na tela, utilizando as características Ortho, Snap, Grid ou grips de 
seleção (para maiores detalhes, veja os próximos exercícios). 
• Usando modos de snap de objetos (object snaps, ou, simplesmente, osnaps), para 
especificar pontos baseados em uma geometria existente. 
• Digitando o valor das coordenadas desejadas no próprio teclado. Método 1 
 
Método 1 - Desenho à mão livre 
O arquivo contendo o projeto Exercício1 é bastante simples, mas servirá para aplicar 
algumas técnicas nos próximos exercícios. 
Suponha que se queira traçar uma linha vertical, que divida este retângulo em duas 
partes, partindo do topo e indo até a base, como mostra a figura abaixo. É possível realizar esta 
tarefa de várias formas, dependendo das necessidades de cada caso. O primeiro método 
consiste em desenhar a linha “à mão livre”, sem o auxílio de nenhuma ferramenta de precisão. 
Para isso, será necessário acionar o comando Line. 
1. Clique sobre o menu Draw (parte superior da tela) e escolha o comando Line (o 
primeiro da lista). 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 85 
 
2. Indique os dois pontos, definindo o início e o fim da linha conforme a figura: 
 
Command: _line From point: Clique próximo ao ponto P1 
To point: Clique próximo ao ponto P2 
To point: Pressione [↵] 
 
1. Antes de continuar, elimine a linha recém feita simplesmente digitando U seguido de 
[↵]. O comando U desfaz o último comando realizado, no caso o Line. 
 
Método 2 – Modos Ortho e Snap 
O modo Ortho força o comportamento do cursor do AutoCAD a informar apenas linhas e 
pontos ortogonais (múltiplos de 90o). Para ativar/desativar o modo Ortho, há duas alternativas 
básicas: 
• Teclando F8. 
• Pressionando o botão na barra de status (parte inferior da tela) sobre a palavra 
ORTHO. 
Em ambos os casos, sempre que se estiver ligando o Ortho, surgirá a mensagem <Ortho 
on> na linha de comando. Caso se esteja desligando, surgirá <Ortho off>. 
1. Repita o exercício anterior, agora com o modo ORTHO ativado, e note que a linha não 
pode ser desenhada de forma inclinada. Ela fica perfeitamente vertical, independendo da 
precisão dada pelo usuário ao informar o segundo ponto. Este é o resultado que pode ser 
obtido: 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 86 
 
 
Note, no entanto, que a linha ainda não está perfeita. Não conseguimos informar com 
precisão o início e o fim da linha para coincidir com os limites do retângulo. A linha pode, 
eventualmente, ultrapassar ou não alcançar os limites em ambas as pontas. Além disso, caso 
quiséssemos dividir o retângulo em duas partes iguais, teríamos que informar os pontos inicial 
e final coincidindo com o ponto médio das arestas inferior e superior do retângulo. 
1. Para desligar o Ortho, repita o mesmo procedimento utilizado para ativá-lo. 
2. Acione novamente o comando U e desfaça a linha construída neste exercício. 
Acionando o modo Snap, o cursor do AutoCAD podeocupar apenas algumas posição na 
área gráfica. Ou seja, podemos especificar um determinado espaçamento, sobre o qual irá 
“caminhar” o cursor. Neste caso, sua movimentação se dá em “saltos” e não de forma livre e 
linear. Há duas formas básicas para se acionar o modo Snap: 
• Teclando F9. 
• Pressionando o botão SNAP na barra de status (parte inferior da tela) 
Neste caso, torna-se mais fácil a tentativa de desenhar a linha de forma vertical. 
1. Acione o modo SNAP 
2. Repita o desenho da linha conforme o caso anterior. 
Se o retângulo estiver desenhado de tal forma que seus limites coincidam com o 
espaçamento do modo Snap, será possível, além de desenhar a linha de modo reto, informar 
os pontos sobre os limites, sem que haja excessos ou faltas. Caso contrário, o modo Snap não 
poderá ser útil para resolver este problema. 
1. Após verificar o comportamento do cursor e resultado obtido com o modo Snap, 
desfaça a linha recém feita e passe para o próximo exercício. 
 
Método 3 – Snap de Objetos e AutoSnap 
Suponha que se queira desenhar a linha em questão de modo que ela inicie exatamente 
no ponto médio da linha superior e termine também no ponto médio da linha de baixo, cortando 
o retângulo de forma perfeita. As ferramentas utilizadas para este tipo de informação de pontos 
são chamadas Snaps de objeto, Objetc Snaps ou, simplesmente, osnaps. 
Em suma, os Snaps de objetos são ferramentas utilizadas para informar pontos de tal 
forma que eles se “agarrem” a outro ponto já existente em algum objeto. 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 87 
 
Com o desenho original do exercício, siga os passos: 
1. Acione o comando Line. Note que o quadrado que identifica a “mira” do cursor de 
desenho, no centro da cruz, desaparece. 
2. Quando surgir a pergunta From point:, pressione e segure a tecla Shift e pressione o 
botão direito do mouse. Surgirá um menu flutuante com várias opções, todas elas referentes a 
snaps de objetos. 
3. Clique sobre a opção Midpoint. 
4. Aproxime o cursor da linha horizontal superior, surgirá um pequeno triângulo 
exatamente na metade da linha do retângulo. Isso indica que o ponto a ser clicado será 
sensível ao snap especificado (Endpoint) 
5. Clique sobre a linha horizontal superior, quando o triângulo de Osnap estiver 
aparecendo. 
1. Durante a pergunta To point:, repita o acionamento do snap Midpoint e clique sobre a 
linha inferior. 
2. Pressione [↵]. 
Command: line 
From point: _mid of Linha superior 
To point: _mid of Linha inferior 
To point: Pressione [↵] 
 
Agora o retângulo está dividido, com a linha desenhada de forma matematicamente 
precisa. 
 
É importante notar que o osnap Midpoint é sensível até um certo ponto. Se o ponto 
clicado for longe o suficiente do objeto, o AutoCAD não saberá sobre que objeto se agarrará 
para identificar um ponto, não reconhecendo o osnap. Esse limite é determinado pelo tamanho 
do quadrado que surge no centro da mira do cursor. Para fazer valer o osnap, o quadrado da 
mira deve pelo menos tocar o objeto alvo. 
Observe os exemplos nas figuras acima. No primeiro caso, o cursor não toca a linha. 
Logo o osnap Endpoint não é identificado. No segundo caso, o AutoCAD identifica o Endpoint 
da linha pois o quadrado no centro da mira toca o objeto. 
Para o segundo exemplo, será necessário desenhar um círculo dentro do retângulo. 
1. Digite circle na linha de comando ou, no menu Draw, acione a opção Circle, comando 
Center,Radius. 
2. Clique próximo ao ponto P1, indicando o centro do círculo. 
3. Clique um segundo ponto próximo a P2 para indicar o raio do círculo. 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 88 
 
 
A intenção do exercício é desenhar um quadrado inscrito neste círculo, sendo que seus 
vértices coincidam com os quatro quadrantes da circunferência. 
1. Acione o comando Line. 
2. Na pergunta From point:, mantenha pressionada a tecla Shift do teclado e clique com 
o botão direito do mouse. Escolha o osnap Quadrant, que permitirá capturar um dos quatro 
quadrantes do círculo. 
3. Clique sobre o círculo, procurando aproximar-se mais do quadrante de topo do que 
dos laterais (P1). 
4. Repita o processo do passo 2, acionando o osnap Quadrant para os pontos P2, P3 e 
P4, conforme mostra a figura. 
5. Digite close [↵], ao invés de simplesmente pressionar ___. Isso fará com que o 
comando Line se encerre, fechando automaticamente uma aresta do último ponto (P4) até o 
primeiro (P1). 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 89 
 
Lembre-se que, a essas alturas, caso você tenha acompanhado os passos dos 
exercícios propostos nesta apostila, já deve ter acumulado algum trabalho. Caso aconteça 
algum problema com o computador ou com o fornecimento de energia elétrica, você perderá 
tudo. 
Para efetivar as alterações feitas até então, acione o comando Save, no menu File. 
Acostume-se a salvar periodicamente seus trabalhos, mesmo que ele ainda não tenha 
sido concluído. 
Continuamos os exercícios observando mais três osnaps. Dos mais úteis e importantes, 
restam-nos o Midpoint, o Intersection e o Center. Permaneça alterando o mesmo desenho. 
1. Acione novamente o comando Line. 
2. Na pergunta From point:, mantenha pressionada a tecla Shift do teclado e clique com 
o botão direito do mouse. Escolha o osnap Intersection, que permitirá capturar a intersecção 
de linhas. Clique próximo do ponto P1, procurando manter a intersecção do local dentro do 
quadrado da mira. 
3. Para o segundo ponto, abra novamente o menu flutuante (Shift + botão direito do 
mouse) e escolha o osnap Midpoint. Clique sobre a linha indicada por P2, em qualquer ponto 
de sua extensão. Este filtro “agarra” o ponto médio de qualquer aresta. 
4. Acionando novamente o osnap Intersection, clique próximo do ponto P3 
5. Acione, agora, o osnap Center e clique em qualquer ponto sobre a circunferência, 
como, por exemplo, no ponto P4. O osnap Center captura o centro de círculos e arcos. 
 
1. Encerre o comando digitando closed. O comando Line automaticamente se encerrará 
fechando o polígono, incluindo a última aresta. 
O resultado deve ser o seguinte: 
 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 90 
 
Agora que os mais importantes métodos de informação de pontos através dos Object 
Snaps foram testados e foram compreendidas a sua importância e o quão precisos eles podem 
ser, você está pronto para aprender o próximo método de desenho, a entrada de coordenadas. 
Para seguir adiante, digite o comando UNDO. O comando UNDO é semelhante ao comando U, 
contando com mais opções. As linhas desenhadas não serão mais necessárias. 
Command: undo 
Auto/Control/BEgin/End/Mark/Back/<Number>: 3[↵] 
 (desfaz os últimos 3 comandos) 
Isto deverá apagar o desenho feito nos últimos exercícios. 
 
O AutoSnap 
O AutoSnap é uma característica do AutoCAD capaz de automatizar os Osnaps. Sempre 
que for perguntado um ponto e nos aproximarmos com o cursor de uma situação de object 
snap, o AutoCAD automaticamente reconhece a necessidade. 
Para configurar o AutoSnap, abra o comando no menu Tools e acione o comando 
Drafting Settings. Surgirá uma caixa de diálogo entitulada Drafting Settings. 
 
 
Mantenha marcada as opções de AutoSnap desejadas (no exemplo, Endpoint, Midpoint 
e Intersection). Clique sobre o tab Snap and Grid, a seguir clique sobre o botão Options. 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 91 
 
Deverá surgir o seguinte quadro de diálogo: 
 
 
Certifique-se de que as opções Marker e Display Auto Snap tooltip estão acionadas.A 
opção Marker ligada faz com que surja a marca de cada osnap durante a sua identificação no 
projeto. Cada osnap possui um pequeno ícone, que é mostrado sobre o cursor, avisando que o 
AutoCAD está sensível a ele naquele instante. Display AutoSnap tooltip é um pequeno texto 
que surge indicando também que tipo de osnap está sendo identificado em cada momento. 
Clique OK para fechar a caixa de diálogo Options e OK novamente para fechar a caixa de 
diálogo Drafting Settings 
 
Método 4 – Entrada de coordenadas 
A entrada de coordenadas é o método mais preciso e exato de todos. Sua produtividade, 
porém, não é a melhor, visto que seu instrumento é o teclado. Ou seja, é preciso que se digitem 
os valores. Portanto, a utilização deste método é aconselhada apenas em casos especiais, 
quando desejamos especificar distâncias e coordenadas conhecidas. 
O AutoCAD usa um sistema denominado WCS (World Coordinate System, ou Sistema 
de Coordenadas do Universo) para localizar os pontos no projeto. O WCS é baseado no 
sistema de coordenadas Cartesiano. O sistema cartesiano é baseado em dois eixos, X e Y, 
cada um deles com valores teoricamente infinitos. Qualquer ponto no plano bidimensional é 
identificado por um valor no eixo X (horizontal) e outro no eixo Y (vertical), formando um par 
X,Y. 
As coordenadas 0,0 indicam o ponto do universo chamado de Origem. Este é o ponto 
onde os dois eixos se cruzam e serve de base para todo o sistema. O ponto de origem se 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 92 
 
localiza, por convenção, usualmente no canto esquerdo inferior dos projetos. Nada impede que 
se utilize qualquer ponto do espaço, mesmo onde os valores das coordenadas possam ser 
negativos. A figura a seguir descreve os eixos e para que sentido os valores crescem: o eixo X 
(horizontal) cresce para a direita e o eixo Y (vertical), para cima. Um terceiro eixo (Z) é utilizado 
em desenhos tridimensionais. 
 
O WCS é absoluto, ou seja, não pode ser modificado. Existe a possibilidade, no entanto, 
de se especificar outros sistemas de coordenadas, com o ponto de origem em outro lugar e 
com uma inclinação diferente (sempre em relação ao WCS, que é absoluto). Estes sistemas 
cartesianos criados pelo usuário são chamados UCS (User Coordinate System). 
 
O ícone da UCS 
 
O ícone da UCS é mostrado no canto esquerdo inferior da área gráfica. Ele indica o 
sentido para o qual crescem as coordenadas. Lembre-se que, no caso de se especificar um 
novo sistema de coordenadas (UCS), podemos ter uma inclinação e/ou um ponto de origem 
diferentes. Para orientar o usuário, este ícone geralmente segue pelo menos a inclinação do 
sistema corrente, mantendo-se normalmente no canto esquerdo inferior, não importando o 
posicionamento do ponto de origem. 
O ícone da UCS pode assumir as seguintes formas, por exemplo: 
 
Entrada de Coordenadas Absolutas 
Você pode informar pontos digitando explicitamente os valores de X e Y, separados por 
uma vírgula. 
Nota: Este é o motivo pelo qual o ponto decimal no AutoCAD é sempre o próprio 
ponto, e nunca a vírgula. A vírgula é utilizada sempre como separador de eixos em 
coordenadas. 
Neste exercício, você desenhará uma figura geométrica dentro do retângulo. Para isso, 
acione o comando LINE e digite os valores descritos. 
Command: line 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 93 
 
From point: 253,75 [↵] 
To point: 253,135 [↵] 
To point: 266,135 [↵] 
To point: Pressione [↵] para sair do comando Line 
 
Entrada de coordenada a partir do último ponto 
Para continuar a linha a partir do último ponto especificado, mesmo que se tenha 
encerrado o comando LINE, faça o seguinte: acione o comando LINE e, no primeiro ponto, 
digite 
 
 
simplesmente @. 
Command: line 
From point: @ [↵] 
To point: 266,155 [↵] 
To point: Antes de encerrar o comando, continue seguindo as instruções na 
próxima seção 
 
Entrada de coordenadas relativas 
Às vezes, é necessário informar segmentos com comprimento conhecido a partir do 
último ponto. Neste caso, suponha que desejamos construir uma linha que descreva 13 
unidades para a esquerda. Assim, teremos uma variação em X negativa (voltaremos para a 
esquerda) e uma variação em Y igual a zero (a linha é horizontal, não se modifica em Y). 
Assim, a coordenada deste novo ponto, em relação ao anterior seria –13,0. 
No comando do AutoCAD, isso deve ser informado precedendo-se com um sinal de @: 
To point: @-13,0 [↵] 
 
Lembre-se: o sinal @ sempre faz alusão ao ponto anterior e serve para informarmos 
coordenadas com base nele. 
 
Prossiga: 
To point: @0,51 [↵] 
A linha deve mover-se 51 unidades para cima (sentido positivo do eixo Y vertical é para 
cima) e nenhuma no eixo horizontal. 
 
To point: @75,0 [↵] 
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Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 94 
 
A linha move-se 75 unidades para a direita (sentido positivo do eixo X) e nenhuma no 
sentido vertical. 
 
To point: Permaneça no comando, prosseguindo com os exemplos da próxima seção. 
 
Entrada de Coordenadas Polares 
Outra forma de se informar coordenadas é informando coordenadas no sistema polar. 
Uma coordenada polar é especificada quase sempre com base no último ponto (de forma 
relativa, com @ no início) e consiste em uma distância e um ângulo a partir deste ponto anterior 
em questão. 
O formato utilizado é distância<ângulo, onde distância é um valor numérico qualquer, 
indicando uma distância; ângulo é o valor de um ângulo, sempre tomando como referência o 
eixo X. 
No AutoCAD, os ângulos são normalmente medidos no sentido anti-horário. A figura a 
seguir mostra a orientação dos ângulos: 
Para estender a linha para baixo por 35 unidades num ângulo de 270o, faça o seguinte: 
To point: @35<270 
A linha se move para baixo, na direção do eixo Y, por 35 unidades. 
To point: @30<0 
To point: @72<270 
To point: @34<192 
To point: Não encerre o comando ainda. Aguarde o restante do exercício. 
Até este ponto seu exercício deverá estar com esta aparência: 
 
Lembre-se: se, por acaso, for esquecido o sinal de @ na frente da expressão de 
distância, as coordenadas estarão sendo informadas de forma absoluta, ou seja, em 
relação ao ponto origem (0,0). Assim, o ponto anterior é desconsiderado e acaba não 
servindo como base para o próximo. 
 
Método 5 – Filtros De Coordenadas 
Em alguns casos, pode ser necessário informar um ponto que seja composto por partes 
que são originadas de outros pontos. Por exemplo, um determinado ponto pode ter o seu valor 
em X derivado de um ponto e o seu componente Y derivado de outro. 
No caso do exercício, queremos fazer uma linha para baixo (270o) que se encerre 
exatamente na mesma “altura” que o início da primeira linha. Para utilizarmos este método, 
devemos ter em mente que o ponto a ser informado tem suas duas componentes definidas da 
seguinte forma: ° 
• O seu valor em X é o mesmo do ponto anterior (P1) 
• O valor em Y é o mesmo do ponto final da primeira linha (P2). 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Fabricação Mecânica – Desenho Técnico e CAD 95 
 
Veja a figura: 
 
Agora, atente para o que deverá ser especificado. O ponto desejado será informado em 
dois momentos. Primeiro informaremos o ponto do qual se deriva o valor X. Por isso, antes de 
qualquer coisa, digita-se o seguinte: 
To point: .x[↵] 
of @[↵] 
Aqui, leia-se .x of @ como “x do ponto anterior”. Como o ponto só foi informado em sua 
componente X, ficam faltando suas componentes Y e Z. Por isso, surge o seguinte: (need YZ): 
Acione o osnap Endpoint e clique sobre o ponto P2 
Aqui, leia-se (need YZ): end of <clique em P2> como “(preciso de YZ): <resposta> fim 
da linha em P2”. Aqui ele captura o componente

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