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1 Sanndy Emannuelly – 4° Período 2020.1 iesc- saúde da mulher na aps HISTÓRIA - Historicamente, não se tinha preocupação específica da saúde da mulher, apenas no sentido reprodutivo. 1984- Criado o programa integral à saúde da mulher (através de lutas femininas e sanitárias) Mulher vista em sua integralidade Ações voltadas para promoção à saúde e prevenção, para as mulheres. 2004 – Política nacional integral a saúde da mulher Onde perceberu-se que as mulheres necessitavam de cuidados em todos os ciclos de vida Necessidades específicas para cada faixa etária Distintos grupos populacionais: negras, deficiência, gênero, opção sexual. 2004 – Pacto nacional pela redução da mortalidade materna e neonatal 2005- Política nacional de direitos sexuais e reprodutivos 2007- Política nacional de planejamento familiar 2008- Política nacional pelo parto natural e contra as cesáreas desnecessárias em parceria com a ANS. QUEIXAS MAIS COMUNS EM SAÚDE DA MULHER AMENORRÉIA - Ausência do sangramento menstrual - Classificada: Primária – até os 16 anos (normal). Secundária – ausência pelo período mínimo de 3 ciclos em mulher com pelo menos um ciclo menstrual anterior. Indício de distúrbio hormonal, patologia – necessita de maior investigação: avaliar gestação (causa mais frequente), tempo de contracepção hormonal, causas ovarianas (40%-mioma), disfunção hipotalâmica, doença hipofisária, causas uterinas, outras. - Avaliar: Primária - Entre 14 e 16 anos sem traços sexuais, aguardar a menarca, fisiológico. - Entre 14 e 16 com traços sexuais ou maior de 16 anos encaminhar para ginecologista. Secundária - Gestação (causa mais frequente) - Tempo de contracepção hormonal - Causas ovarianas (40%-mioma) - Disfunção hipotalâmica - Doença hipofisária - Causas uterinas ANAMNESE - Sinais e sintomas de gestação: perguntar se utiliza algum tipo de anticoncepcional. - Antecedentes obstétricos: se é a primeira gestação - Aborto/curetagem - Uso de medicações (que podem afetar o ciclo) - Presença de galactorreia - Cefaléia - Hipogestrogenismo (calor excessivo, sudorese excessiva- nível reduzido de estrogênio na mulher) - Alterações acentuadas de peso - Presença de acne - Hirsutismo: pelos em locais que são comuns nos homens. - Cirurgias ginecológicas prévias – histerectomia - Idade da menopausa - Estresse situacional EXAME FÍSICO - Peso e altura (IMC): medir - PA: avaliar se é hipertensa - Distribuição de pelos - Acne - Acantose nigricans: relacionado a distúrbios hormonais, diabetes. - Galactorreia (faz palpação/expressão da mama para observar a presença de leite- pensar sobre aumento de prolactina) - Trofismo genital (atrofia da região genital- comum na menopausa, causa ressecamento vaginal, menor lubrificação, incontinência urinária, prurido) - Toque bimanual: verifica a presença de tumor palpável (coloca-se os dedos indicador e médio na vagina da mulher e ao mesmo tempo palpa a região infrapúbica) CONDUTAS - Suspeita de Gestação: beta-HCG positivo (amenorreia devido a gestação). - Suspeita de Menopausa ou climatério 2 Sanndy Emannuelly – 4° Período 2020.1 Dosagem de TSH sugere: falência de ovário, hiperprolactinemia, hipotireoidismo, neoplasia de ovário ou adrenal, TU do SNC, fator uterino (obstrução do trato genital). SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL - Normal: intervalo entre 21 a 35 dias Duração: 3 a 7 dias Volume: 20 a 80 ml - Como suspeitar de sangramento anormal? História (anamnese) – Como é a menstruação, volume, duração, intervalo, presença de cólica. - Mulher com intervalo reduzido de sangramento, duração alta e com grande volume, deve ser dividido em 2 causas: orgânica e funcional, pois não é um sangramento da menstruação, é fora do ciclo menstrual/intermenstrual. Sangramento de origem orgânica: - DST (realizar o Papanicolau, perguntar o número de parceiros, sobre o uso de preservativos, avaliar presença de lesões na genitália). - Miomas (causa mais frequente) - Pólipos - Cistos ovarianos (rompe e sangra) - Abortamento - Gravidez ectópica - Câncer de colo - Adenomiose - Alterações sistêmicas - Hipotireoidismo - Coagulopatias (deficiência de protrombina, disfunção plaquetária). Sangramento de origem hormonal - Anovulação - Imaturidade hipotalâmica - Insuficiência lútea - Estresse. - Diagnóstico: anamnese/exame físico - Exames laboratoriais: dosagens hormonais, hemoglobina, plaquetas. - Imagem (US transvaginal, RM, histeroscopia) - Invasivos (última opção, quando ainda não se conseguiu o diagnóstico da paciente – laparoscopia) - Tratamento: Controlar o sangramento, prevenir a recorrência, preservar a fertilidade, corrigir distúrbios associados- repor hormônios. - Casos mais graves encaminhar para especialista. DOR PÉLVICA - Dor não cíclica (fora do ciclo menstrual) que persiste por 6 meses ou mais, localizada na pelve, parede abdominal infraumbilical anterior, coluna lombossacra, ou nas nádegas, e que leva a graus de incompatibilidade funcional. - Classificação: quanto ao tempo de dor Aguda – menos de 3 meses Crônica – maior que 6 meses - Dor pélvica cíclica: associada ao ciclo menstrual. DOR PÉLVICA AGUDA - Causas Ginecológicas: doença inflamatória pélvica (comum em jovens, que tenham atividades sexuais intensas, constantes), dismenorreia, torção/ruptura de cisto ovariano, endometrite pós parto. Não ginecológicas: apendicite, litíase urinária, constipação (distensão de alça- dor pélvica), violência sexual, vasculopatia abdominal (infarto intestinal). DOR PÉLVICA CRÔNICA - Causas Ginecológicas: endometriose, aderência pélvica. Não ginecológicas: constipação intestinal (fecaloma), síndrome do intestino irritável, síndrome de bexiga dolorosa, lombalgia, história de violência. - Características da dor: contínua, intermitente, piora na relação sexual - Exame físico: Avaliação abdominal - Imagem (US- primeiro a ser pedido por ser mais barato, RM, TC) - Diagnóstico: histórico obstétrico, cirúrgico (aderência) e psicossocial (pode ser dor psicológica, violência sexual). - Tratamento: terapias medicamentosas (analgésicos, antibióticos), Cirurgias (dependendo da causa), Terapias holísticas, psicoterapias, fisioterapias, bloqueio nervoso periférico (principalmente se for biopsicossocial).
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