Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Mariana Alves – 6º período Reumatologia Osteoporose Definição Doença esquelética sistêmica que se caracteriza por baixa massa óssea. Além da baixa massa óssea existe uma perda da arquitetura que temos dentro do osso, que faz com que ele seja resistente. Perde a resistência – osso fica poroso Aumento da fragilidade desse osso e susceptibilidade à fratura. A resistência óssea é resultante da integração entre a qualidade do osso e a densidade mineral óssea – quantidade. Através da densitometria podemos ter uma medida aproximada da resistência. Não é 100% confiável, é em torno de 70%. Parte de fora – cortical óssea Parte de dentro – medular óssea (onde tem medula óssea para produzir o sangue) Com a osteoporose perde a arquitetura e osso se torna mais frágil Epidemiologia Multifatorial – 70% fatores genéticos, 30% ambientais Até 30 anos de idade com boa alimentação (queijo, leite) forma osso bom – pico de massa óssea. Se faz pico de massa óssea ruim tem a tendencia de chegar a osteoporose mais rápido. 30 a 40% das mulheres brancas pós menopausa tem osteoporose. Antes perdia 0,3% ao ano, pós menopausa perde 3% ao ano. Remodelamento ósseo Osso maduro é renovado, há troca de osso velho por osso novo. Ocorre em resposta a danos de fadiga, microfraturas que ocorrem diariamente. A remodelação se inicia com o processo de reabsorção óssea pelos osteoclastos e termina com a formação óssea pelos osteoblastos. Mariana Alves – 6º período Reumatologia Fratura por fragilidade ou baixo impacto Não tem sintoma, a fratura é a maior expressão clínica dessa doença. A OMS classifica como uma fratura causada por um trauma que seria insuficiente para fraturar um osso normal, resultado de uma redução da resistência compressiva ou torsional. Tendenciosamente acontecem em 3 locais: - vértebras Pode gerar encunhadura, biconcavidade ou esmagamento. Pode gerar ou não dor. - punho Fratura de Colles - radio distal - fêmur Fraturas por fragilidade não são acidentes, elas são evitáveis. A partir do momento que se sabe quem tem osteoporose, precisa agir nos fatores de risco. Fatores de risco Alguns fatores são modificáveis, outros não. Não modificáveis - idade, raça, história familiar de fratura, de osteoporose. Modificáveis – tabagismo, etilismo, baixa ingesta de cálcio, corticoterapia prolongada. Classificação Primária – idiopática, pós menopausa, senil Secundária – artrite reumatoide, doença celíaca, hipogonadismo Fisiopatologia Remodelamento – osteoblasto está liberando RANKL e osteoprotegerina. O RANKL se ligando no RANK que está Mariana Alves – 6º período Reumatologia expresso na membrana do osteoclasto, ele se matura e começa a reabsorver (está retirando osso velho) A osteoprotegerina se liga ao RANKL impedindo que ele se ligue no RANK. Então o osteoblasto não vai maturar e não vai retirar o osso velho. Estamos querendo que haja mais formação através do osteoblasto do que reabsorção através do osteoclasto. Fisiopatologia Estrogênio – baixa do estrogênio na mulher pós-menopausa Hormônio paratireoidiano (PTH) – ajuda na calcemia do sangue, vai retirar cálcio do osso e colocar na corrente sanguínea. Vitamina D – participa do metabolismo. Quando está muito baixa pode fazer um hiperparatireoidismo secundário e ele retirar mais cálcio do osso. Níveis precisam estar maiores que 30. A ativação dela vem através da luz solar, depois fígado, rim, até chagar a forma ativa que é o calcitriol. No sangue vamos dosar a 25-hidroxi vitamina D Diagnóstico Se observo um raio-x de uma coluna lombar ou torácica com aquele padrão vertebral mostrado anteriormente já é a expressão máxima necessária para diagnosticar. Exames: metabolismo ósseo no exame de sangue, densitometria, raio-x da coluna (fraturas podem ser assintomáticas) Existem alguns parâmetros que podem estar associados a essas fraturas: - Idosa que perdeu altura – se perdeu mais de 4cm com relação a idade dela aos 25 anos (ex.: 25 anos tinha 1,64, agora com 68 anos tem 1,60) ou perdeu mais de 2,5cm em 1 ano. - Se faz encunhadura a coluna pode ficar mais cifótica. Fazer raio-x AP e perfil da coluna torácica e lombar. Laboratório Monitorização através da fosfatase alcalina, fosfatase alcalina óssea, CTx Radiologia Mariana Alves – 6º período Reumatologia Densitometria óssea Cada aparelho possui uma calibração. Sempre pedir para o paciente fazer no mesmo aparelho para comparar resultados. Geralmente escolhemos dois locais: coluna lombar e fêmur Se tiver prótese nos dois fêmurs fazer do radio 33%, radio distal. Paciente indicado para fazer densitometria: - mulher na pós-menopausa (fazer anualmente) - homem (hipogonadismo, álcool e tabaco) 70 anos ou mais - se adulto já teve alguma fratura por fragilidade - paciente em uso de corticoterapia por 6 meses - paciente com doença celíaca, artrite reumatoide, lúpus Classificação OMS Na densitometria olhar o T-score. Ele é um parâmetro que compara a densidade óssea daquele indivíduo com uma média de valor de um indivíduo jovem normal. Compara em desvio padrão. -Se tem um T-score que chega até -1 (ex.: -0,8, -0,2, 1, 0,5) está dentro da normalidade -Se tem um T-score que está entre -1 e - 2,5 tem osteopenia, estágio anterior da osteoporose. Já tem risco de queda com fratura -Se tem um T-score menor que -2,5 (-2,6 , -2,7, -2,8) Se tem osteoporose na coluna tem osteoporose no fêmur. Não pode ter osteoporose em um e osteopenia em outro. É uma doença sistêmica, esquelética. No fêmur olhar o colo e o total. Tratamento Prevenir é tratar. Se tem fragilidade óssea maior fazer com que caia menos. Mudança de hábitos de vida (atividade física, ingestão adequada de cálcio, evitar tabagismo e etilismo), lâmpada perto da cama, tirar tapete Mariana Alves – 6º período Reumatologia Medicações Anti-reabsortivas: alendronato, risedronato, ibandronato, ácido oledrônico Pró-formadoras ou anabólicos: teriparatida, ranelato de estrôncio Nutrição - suplementação: se a pessoa não ingere cálcio, se tem tolerância a lactose por exemplo, precisa fornecer cálcio através de comprimido. Chegar a mais ou menos 1000mg ao dia. Vitamina D – mais difícil de conseguir pela alimentação. Alguns tipos de peixe: sardinha, atum, salmão. Melhor suplementar, de 1000 a 2000 ui dia. Exercícios - com impacto tem benefício mas com cuidado. Melhor alguma atividade física do que nenhuma. Bisfosfonatos – medicações anti- reabsortivas que paciente precisa ser educado a forma de uso. No máximo de 5 a 6 anos. Tomar em jejum, copo cheio de água e evitar se deitar ou abaixar o tronco nos próximos 30 a 40 minutos. Não queremos que o conteúdo gástrico reflua até o esôfago, pois pode fazer esofagite. Se utilizar por mais de 6 anos pode causar fraturas. Terapia hormonal – redução de fratura, mas quem avalia é a ginecologista Denosumabe – anticorpo monoclonal. Prolia (denosumabe), ele é anti RANK-L. vai servir como se fosse uma osteoprotegenina, vai proteger o osso da ligação RANK e RANK- L. então, ele reduz a diferenciação, atividade e sobrevida dos osteoclastos. Osteopenia – cálcio e vit D Osteoporose – além de suplementar precisa usar anti-reabsortivo ou osteo formador pra evitar a fratura
Compartilhar