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Laura Ramires T6 1 BBPM IV - Belini CROMOSSOMOS SEXUAIS EFEITO DO CROMOSSOMO Y NO DESENVOLVIMENTO EMBRIOLÓGICO DOS SISTEMAS REPRODUTORES • Até a sexta semana do desenvolvimento do embrião não tem importância a presença do cromossomo Y → presença de gônada ambipotente formada a partir da migração de células germinativas primordiais + cristas genitais pareadas + cordões sexuais • Genes contidos no Y (SRY/ TDF) • Tecido medular forma testículos típicos (túbulos seminíferos e células Leydig) + gonadotropina coriônica da placenta • Influência de genes na espermatogênese: DAZ (deletado em azoospermia) e AZF (fatores de azoospermia) • Vários genes atuam na diferenciação sexual • Mesmo na ausência do cromossomo y pode ocorrer a formação de testículos CROMOSSOMO Y • Menos do que 100 genes (aproximadamente 20 proteínas diferentes) • Atual (2019): 68 codificam proteína, 126 RNA funcional, 399 pseudogenes • Genes restritos ao desenvolvimento gonodal e genital HERANÇA LIGADA AO SEXO • Herança ligada ao X → herança ligada ao sexo • Herança ligado ao Y = herança a holândrica (homem para homem) CROMOSSOMO X • 1100 genes (800 proteínas e 300 RNA funcional) e 300 ligados às doenças • Atual (2019): 871 codificam proteína, 480 RNA funcional, 886 pseudogenes • Genes não relacionados com a determinação sexual Como as mulheres não apresentam quantidade maior do produto gênico destes genes? Uma forma é o mecanismo de inativação de um X excedente. Laura Ramires T6 2 BBPM IV - Belini INATIVAÇÃO DO X, COMPENSAÇÃO DE DOSE E A EXPRESSÃO DE GENES LIGADOS AO X • Inativação do X (processo fisiológico normal que inativa a maioria dos genes em um dos X) • Compensação de dose = equalização da expressão de genes ligados ao X nos dois sexos • Na primeira semana da embriogênese: escolha aleatória do X a ser inativado – centro de inativação do X • Massa heterocromática (corpúsculo de Barr) • Mantida em cada linhagem clonal (sucessivas mitoses) • Mulheres são mosaicos celular em relação à expressão de genes ligado ao X • Depende do centro de inativação do X (XIC) • Regulador mestre XIST (inactive X (Xi-specific transcript) → centro regulador de transcrição • Existem característica epigenéticas e cromossômicas que distinguem os X e X ativo Característica X ativo X inativo Expressão gênica Semelhante ao X do masculino Maioria dos genes silenciados Estado da cromatina eucromatina heterocromatina RNA funcional Gene XIST silenciado RNAm de XIST expresso Histonas Semelhantes ao X masculino e autososmos Enriquecido para macro H2A Modificação de histonas Semelhantes ao X masculino e autossomos Enriquecido para marcas de heterocromatina • Em pacientes com cromossomos X extra (seja homem ou mulher) o X extra é inativo • Assim, é possível identificar a quantidade de X extras • Se os cromossomos X extras são inativados, por que as pessoas com cromossomo X extra (ou faltando) são fenotipicamente anormais? Isso ocorre porque Laura Ramires T6 3 BBPM IV - Belini aproximadamente 15% dos genes no X escapam da inativação INATIVAÇÃO DO X EM MULHERES COM DOENÇAS LIGADAS AO X TEM IMPORTÂNCIA CLÍNICA • Mosaicismo = proporção de células com alelo mutante o X ativo ou inativo pode ser diferente nos tecidos • Ex: distrofia muscular de duchenne (XLR) • Mulheres homozitoas (XhXh) = afetadas • Mulheres heterozigota (XHXh) = portadoras (heterozitas manifestantes) • Imunomarcação da distrofina amostras musculares GENÓTIPOS E FENÓTIPOS NAS DOENÇAS LIGADAS AO X - RECESSIVA GENÓTIPOS E FENÓTIPOS NAS DOENÇAS LIGADAS AO X – DOMINANTE • O termo recessivo ou dominante é diferente das autossômicas devido as mulheres heterozigotas • Inativação aleatória do X e da proporção de células nos tecidos pertinentes que tenham o alelo mutante no X ativo ou inativo HERANÇA RECESSIVA • Expressa em todos os homens que a recebem o alelo mutante (geralmente restritos aos homens) • Não se distribui igualmente nos dois sexos (afeta, principalmente os homens) • Não há transmissão direta de pai para filho • Homens afetados geralmente tem filhas e filhos normais • Transmissão de homem afetado a todas as suas filhas e seus netos terão 50% de risco • Mulheres afetadas: quando ocorre, o mais habitual são heterozigotas manifestantes → depende da inativação do X • Muito raro em mulheres (principalmente XhXh): contudo, no daltonismo é possível encontrar mulher homozigota ‘ HERANÇA RECESSIVA – DALTONISMO Na Retina encontramos: • Bastonetes: periféricas e responsáveis pela visão preto e branco • Cones: centrais e responsáveis pelas cores • Distúrbios dicromáticos graves (ausência de cones): protanopia (vermelho), deuteranopia (verde), tritanopia (azul) • Distúrbios tricromátcos moderados (variação do número de cones, percepção enfraquecidas): protanomalia (vermelho), deuteranomalia (verde), tritanomalia (azul) • Frequência: - 8% dos homens tem daltonismo (deuteranomalia 4 a 5%) - 0,5% em mulheres • Genes: protanopia, deuteranopia, protanomalia e deuternaomalia (cromossomo Xq28) • Tritanopia e tritanomalia (genes no cromossomo 7) HEMOFILIA • 1:5000 a 1:10.000 homens • Hemofilia A: Fator VIII, clínica variável dependendo da [fator] Laura Ramires T6 4 BBPM IV - Belini • Graves: fator VIII < 1% (metade dos hemofílicos) • Moderado: fator VIII 1-5% • Leve: 5 a 30% • Hemartroses, hetamonas, hemorragias intracranianas, etc • Hemofilia A é mais frequente, envolve o fator VIII • Hemofilia B é menos frequente, envolve o fato IX DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHNNE • 1: 4000 homens • Miopatia progressiva que resulta em degeneração progressiva e fraqueza muscular (mais comum e grave distrofia muscular) • Início antes dos 6 anos de idade • Confinamento em cadeira de rodas aos 12 anos • Morte aos 20 anos • Herança monogênica recessiva ligada ao X HERANÇA DOMINANTE • Diferença do autossômico dominante: ausência da transmissão pai para filho: pai só transmite o y para o filho • Homens afetados x mulheres normais: filhos normais e filhas afetadas • Mulheres afetadas: 50% dos filhos afetados • Mais mulheres afetadas do que homens • Gravidade: homens (letal) > mulheres (variável) • É muito difícil ter uma mulher afetada homozigota dominante, geralmente é fatal. É mais comum heterozigotos SÍNDROME DE RETT • Parada e regressão de desenvolvimento neurológico 6 a 18 meses • Idade adulta: morte súbita • Condição letal aos homens • Loclaizsdo =: Xq28 • MECP2 (METHYL-CpG-BINDING PROTEIN 2) • Doença que ocorre exclusivamente no sexo feminino e consiste em uma deficiência progressiva no desenvolvimento neurológico • No início da vida, a criança tem desenvolvimento aparentemente normal, porém entre 6 e 18 meses entra em um período de atraso e estagnação do crescimento, O desenvolvimento do crânio se torna lento, podendo resulta em microcefalia. Ocorre perda do uso intencional das mãos, com torção e outros movimentos esterotipados. São comuns irregularidades respiratórias, ataxia e convulsão. Em geral, as pacientes sobrevivem até a idade adulta, porém cedo sofrem morte súbita inexplicável RAQUITISMO RESISTENTE À VITAMINA D • Defeito relacionado com a absorção intestinal do cálcio ou com a reabsorção de fósforo, acarretando baixo níveis sanguíneos e altos níveis urinários de fosfato. A capacidade dos túbulos renais de reabsorverem o fosfato filtrado está comprometida. Os afetados apresentam também metabolismo anormal da 1,25-di-hidroxivitamina D. Em Decorrência desses problemas, apresentam atraso do crescimento, baixa estatura e raquitismo grave, necessitando de grandes doses de vitamina D • O gene responsável por essa doença localiza-se no braço curto do cromossomoX (Xp22.2-p22.1)
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