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EXAME NEUROLÓGICO

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Roteiro do exame neurológico 
1. Consciência 
2. Nervos cranianos 
3. Sistema motor 
4. Sistema sensitivo 
5. Cerebelo 
6. Marcha 
Consciência 
Busca-se o nível e o conteúdo da consciência. O nível 
de consciência refere-se ao estado de alerta do 
paciente. O paciente pode estar: alerta, sonolento, 
obnubilado, torpor e coma. 
Hoje em dia utiliza-se escalas para avaliação do nível de 
consciência, entre elas a escala de coma da Glasgow e 
escala da RASS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Linguagem: capacidade de compreender e falar. 
Alterações da linguagem são chamadas de afasias, 
que podem ter diferentes origens. 
A afasia de Broca é causada por uma lesão na área 
de Bronca, no lobo frontal (área responsável pela 
motricidade da fala). O paciente compreende a 
fala, mas não consegue articular a sua fala (afasia 
não fluente). A “falta” de palavras é chamada de 
“logopenia”, o paciente tem ciência do seu déficit. 
Afasia de Wernicke: causada por lesão no giro supra 
marginal, é uma afasia fluente, o paciente tem 
dificuldade na compreensão da fala. O indivíduo 
consegue falar, mas fala frases sem sentido. O paciente 
não tem ciência de seu déficit, não entende o que ele 
fala nem o que é falado a ele. 
Habilidade visuoespaciais 
 Capacidade de reconhecer as cores, objeto, 
localização no espaço 
 As principais áreas responsáveis por elas são: lobo 
parietal, occipital e temporal 
 A imagem primeiro chega nos lobos occipitais – 
lesão = distúrbio do campo visual 
 Depois do córtex occipital, a informação visual vai 
para o temporal e parietal. 
 Córtex temporal = utiliza a informação visual para 
tentar identificar o que é o que está sendo visto 
(identificação do objeto e depois “para que 
serve”). A lesão provoca alexia (incapacidade de 
ler), agnosia de objetos (incapacidade de 
reconhecer objetos) 
 Córtex parietal = “onde” está o objeto/informação 
que está sendo recebida. Constrói a relação de 
localização dos objetos com o indivíduo. Lesões 
extensas causam heminegligência, que leva a 
perda de noção da metade contralateral ao lesado. 
Personalidade 
 Alterações agudas 
 Mudanças buscas após adolescência 
 A área responsável por isso é o lobo frontal 
Função executiva 
 Capacidade de planejar, executar e corrigir tarefas 
 Capacidade de reagir a novas 
situações/flexibilidade cognitiva 
 Autocontrole 
 Integração de todo o córtex, principalmente o lobo 
frontal 
 Alterações de personalidade e função executiva = 
lesão clássica do lobo frontal 
Memória 
 Localizada no sistema líbico: hipocampo, 
amigdalas, córtex pré-frontal (dentro do lobo 
temporal) 
 As alterações são chamadas de amnésias. A função 
pode ser testada através da própria anamnese. A 
memória curta pode ser testada ao dizer três 
nomes e pedir para o paciente repetir pouco 
tempo depois. 
Nervos cranianos 
NC I (olfatório) 
 Responsável pela sensibilidade do olfato 
 É testado através do teste vendado com substância 
de odores comuns, café, por exemplo 
NC II (óptico) 
 Responsável pela transmissão da informação 
visual. É a via aferente do reflexo pupilar, campo 
visual e responsável pela acuidade visual. 
 O teste do reflexo pupilar é feito através da 
iluminação das pupilas, que devem contrair 
(midríase) 
 O campo visual é testado através da campimetria 
por confrontação 
 A acuidade visual é testada pela tabela de Snellen 
e pela visualização direta (fundoscopia) 
Anisocoria – pupilas de tamanhos diferentes. Lesão do 
n óptico ou oculomotor. Deve-se testar o reflexo 
fotomotor direto e o consensual (se o lado oposto 
contrai normalmente, a lesão está no III NC do lado 
ipsilateral à iluminação) 
Campimetria com confrontação 
 
 
 
 
 
 
 
Lesões da via óptica 
NC III, IV e VI 
 teste das posições do olhar = fazer o H com o dedo 
no ar e pedir para o paciente acompanhar 
diploplia – duas imagens. Imagens dos dois olhos não 
coincidem 
NC V (trigêmeo) 
Teste 
 V1: oftálmico 
 V2: maxilar 
 V3: mandibular 
Realizam a sensibilidade da face. V3 faz a motricidade 
do masseter e temporal. O teste ocorre através do tátil 
nos locais de inervação e palpação do masseter e do 
temporal durante a contração. 
Reflexo cornopalpebral – encostar um algodão na 
pálpebra (o normal é o paciente piscar) 
NV VII (facial) 
 
 
 
 
 
 
Teste da motricidade da face 
Paralisia facial 
 Periférica: ocorre lesão no nervo facial. A paralisia 
ocorre na parte superior e inferior da face 
 Central: ocorre lesão no sistema nervoso central. A 
paralisia acomete apenas a parte inferior da face 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A boca é desviada para o lado oposto ao da 
paralisia 
NC VIII (vestibulococlear) 
 
 
 
 
 
Teste de Rinne: diapasão com frequecia alta. 
Instrumento é colocado no mastoide até que pare de 
vibrar, então, sem fazer vibrar novamente, colocar ao 
lado da orelha do paciente. É normal quando a 
condutividade aérea for maior que a óssea. Caso 
contrário, indica perda auditiva por condução. 
 
Teste de Weber: diapasão no centro da testa. A 
reposta normal é que a vibração se distribuía 
igualmente em ambos os lados (ouvidos) ou que o 
paciente não sinta a vibração. Em caso de alterações, a 
vibração desvia para o lado alterado. 
 
 
 
 
 
 
Teste do impulso da cabeça: segurar a cabeça do 
paciente e rápida movimentação da cabeça, com o 
paciente olhando para o nariz do examinador. O 
normal: paciente mantém o foco; alterado: sacada de 
correção (movimento ocular rápido). Normalmente 
indica lesão da parte vestibular, nervo ou do labirinto 
do lado ipsilateral à sacada 
 
 
NC e X (glossofaríngeo e vago) 
 
 
 
 
 A lesão desses nervos costuma cursar junto com 
disfonia (voz anasalada) 
 Teste: oroscopia – pedir para paciente falar “A” e 
ver se o palato mole se levanta (e simetria do 
movimento). Além disso, deve-se encostar na 
orofaringe, para incitar o reflexo de vômito. 
NC XI (acessório) 
 Nervo exclusivamente motor, faz a elevação do 
ombro (trapézio) e a rotação do pescoço (ECM) 
 O teste ocorre através do teste de força: 
 
NC XII (hipoglosso) 
 Nervo que realiza a motricidade da língua 
 Língua para fora: movimentação em diferentes 
direções 
Sistema motor 
Sempre ocorre a busca por tônus, força e reflexos 
tendinosos. 
Em pacientes com perda de força, deve-se sempre 
buscar saber se a perda de força é causada por lesão 
do 1º neurônio motor/superior ou do 2º neurônio 
motor/inferior 
 
Fasciculação: inferior (+); superior (-) 
Sinal de Babisnki: extensão dos dedos do pé ao tocar a 
planta do pé 
Tônus 
 Estado de contração basal do músculo (grau 
normal de contração). 
 Hipotonia – tônus normal – hipertonia (rigidez) 
 Teste: movimentos rápidos dos membros com 
paciente em repouo 
 Sd do neurônio motor superior: aumentado 
 Sd do neurônio motor inferior: diminuído 
Força 
 Teste através do desvio pronador/Mingazzini e por 
gradação da força por movimento contra 
resistência 
Hemiplegia – perda do movimento em metade do 
corpo 
Paresia – perda da força 
 
*desvio pronador = de olhos fechado. Se positivo, 
indicar paresia (perda de força) no membro 
 
 
 
 
 
 
 
 
*paresia = perda de força 
 
 
 
Reflexos 
Reflexos tendinosos profundos 
Gradação: 
• 0 – Arreflexia 
• 1 – Hiporreflexia 
• 2 – Reflexo normal 
• 3 – hiperreflexia 
• 4 – clônus (múltiplas contrações – mm continua a 
contrair) 
 
 
 
 
 
 Paciente deve estar relaxado para facilitar a 
contração. Manobra de Jendrassik (segurar as 
duas mãos), serrar os dentes – ajudam a relaxar e 
facilitam a possível aparecer o reflexo 
Reflexo cutâneo plantar 
• Ausente 
• Indiferente – flexão plantar dos dedos 
• Positivo (Sinal de Babinski) – flexão dorsal dos 
dedos e abdução. Sinal caracterísitico de lesão do 
1º neurônio motor 
 
 
 
 
 
Fasciculação – pequenas contraçõesaleatórias do 
músculo. Sinal característico de lesão do 2º neurônio 
motor (ocorre por perda da inervação) 
Sistema sensitivo 
 O sistema sensitivo possui alta subjetividade, por 
isso, pequenas alterações não devem ser 
valorizadas 
 Deve-se testar as sensibilidades superficiais e 
profundas 
 O exame deve sempre ser feito comparativo 
(proximal x distal e lateralidade) 
 
Sensibilidade superficial: conduzida por nervos de 
menores diâmetros. Exemplo: dor, sensação térmica e 
toque leve 
 Incitar a sensibilidade dolorosa/tátil em locais do 
corpo. Pedir para discriminar o objeto usar, etc 
Sensibilidade profunda: conduzida por nervo de 
grandes diâmetros. Exemplo: vibração e posição. 
 Teste da artresia: Examinador mexe o dedo para 
cima e para baixo. Depois para e pergunta ao 
paciente se o dedo parou para baixo ou para cima 
(capacidade de localizar o corpo no espaço; caso 
esteja ausente: anortrestesia) 
 Sensibilidade vibratória (palestesia): diapasão na 
extremidade distal do dedo, sobre uma 
proeminência óssea, com o dedo do examinar em 
baixo. Pedir para o paciente dizer o que está 
sentindo e dizer quando parar de vibrar (se o 
paciente disser que parou de vibrar antes que você 
perceber = perda da sensibilidade vibratória) 
 Teste de Romberg: pés juntos, braços ao lado do 
corpo -> fechar os olhos. Anormal: oscilação 
excessiva ou queda. 
Cerebelo 
 a principal função do cerebelo é fazer com que os 
movimentos 
ocorram de 
forma 
harmônica 
 Sinais de 
uma lesão 
no cerebelo 
se 
assemelham 
com uma 
pessoa 
bêbada 
 
Testes: 
• Teste indicador-nariz 
A alteração nesse teste é chamada de dismetria 
• Execução de movimentos rápidos e alternados 
Anormal: disdiadococinecisa 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marcha (atáxica) 
• Base alargada, tendencia a desviar para o lado da 
lesão 
Marchas 
 
• Hemiplégica (ceifante): arrasta o membro 
parético, ocorre perda do balanço do braço no lado 
afetado 
• Marcha festinante (petit-pas): passos curtos e 
lentos, postura curvada, perda do balanço normal 
dos braços. 
• Marcha Anserina (miopática): desvio da palve para 
frente, queda da pelve a retirar o pé do chão, 
oscilação

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