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Desordens orais potencialmente malignas

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Desordens orais potencialmente malignas
O carcinoma apesar de ser um câncer de tecido epitelial, enquanto ele está no epitélio, é considerado uma chance de 100% de cura, porque se for diagnosticado ali, com a cirurgia e uma boa margem de segurança, ele consegue eliminar a lesão. Não deixa de ser um câncer, mas é bem localizado, chamado de in situ. Para que ele venha se tornar invasivo, diversos mecanismos de deslocamento e separação ocorrem, migração para o tecido conjuntivo, vascular, nervoso, muscular e etc. 
Lesão cancerizável, pré-maligna, potencialmente maligna, malignizáveis = lesão com tecido morfologicamente alterado com maior risco de se tornar um câncer.
Condição pré-maligna: doença ou hábito que não altera necessariamente a aparência clínica do tecido local, mas que está associada a um risco maior que o normal de desenvolver uma lesão pré-maligna ou um câncer naquele tecido. 
Lesões cancerizáveis/ desordens possivelmente malignas: leucoplasias, eritroplasias, eritroleucoplasias, disceratose congênita, queratose pelo fumo do tabaco, candidíase crônica, lúpus eritematoso discóide, queratose actínica (lábio), queilite actínica, líquen plano, fibrose submucosa oral, glossite sifilítica, fibrose submucosa.
Condições cancerizáveis: tabagismo, etilismo, avitaminoses, síndrome de Plummer Vinson (deficiência de ferro e um conjunto de alterações, inclusive atrofia do epitélio da mucosa, que é uma condição cancerizável).
Leucoplasia
· Mais comum das lesões cancerizáveis - 85% dos casos 
· Sexo masculino (tem haver com o hábito do tabagismo)
· Maior prevalência na 4ª década de vida
· Etiologia indeterminada (mas está intimamente relacionada ao tabaco, álcool, radiação ultravioleta, trauma, HPV 16 e 11
Características clínicas
· Mácula ou pápula branca
· Não destacável
· Superfície lisa, homogênea ou rugosa
· Áreas proliferativas
· Áreas avermelhadas (eritroleucoplasias)
Bruna Costa
Não faz diagnóstico com nenhuma outra lesão conhecida e clinicamente classificada 
As lesões brancas na histopatologia são vistas a partir de uma queratose, o aspecto branco vai se apresentar como uma primeira camada espessa de queratina a nível de epitélio. Na camada mais vermelha pode-se identificar uma erosão no tecido epitelial ou uma úlcera. 
O termo “leucoplasia” não tem conotação histológica, você nunca vai receber um diagnóstico histopatológico de leucoplasia, é um termo puramente clínico e o seu diagnóstico é feito por exclusão. Ferramenta diagnóstica: citologia esfoliativa e biópsia (com ou sem azul de toluidina). 
Diagnóstico diferencial: 
1. Nevo branco esponjoso: é uma lesão congênita bilateral 
2. Leucoplasia pilosa: borda lateral de língua, paciente HIV positivo
3. Trauma friccional por uma área desdentada cujo paciente mastiga em cima do rebordo alveolar. Pedir ao paciente para não mastigar no local por uma semana e o problema se resolve.
4. Candidíase: parece uma nata, ao raspar com espátula de madeira a superfície é destacada
Diagnóstico das leucoplasias: em 80% dos casos leucoplasias são processos benignos
Hiperqueratose e hiperplasia epitelial, com perda de estratificação mas sem nenhuma alteração morfológica que caracterize uma neoplasia 
Hiperqueratose, hiperplasia epitelial, com projeções mais finas para dentro do conjuntivo
Epitélio totalmente desconfigurado com várias camadas, perda de estratificação epitelial, projeção bem larga em forma de gota com hipercromatismo nuclear
Algumas áreas de mitose a nível de superfície intermediária do epitélio = displasia epitelial
Ao terminar o grau mais severo de displasia, passa para o carcinoma in situ e do in situ para o carcinoma invasivo. 
Bruna Costa
*o tecido epitelial normal forma projeções únicas e uniformes para dentro do tecido conjuntivo 
Tratamento e prognóstico: 
80% são benignas
· Acantose (hiperplasia epitelial) c/ ou s/ hiperqueratose 
20% podem se transformar em carcinoma
· Displasias leves (quando ocorre apenas a nível de camada basal)
· Displasias moderadas 
· Displasias severas
· Carcinoma in situ
· Carcinoma invasivo 
Eritroplasia: termo clínico para placa vermelha ou branco avermelhada, tem aspecto elevado, aveludado, se faz uma biópsia excisional 
· Eritroplasia de Queyrat
· Etiologia: relacionadas ao Carcinoma epidermóide
· 90% = displasia epitelial grave, Carcinoma “in situ” ou invasivo
· Homens com + 50 anos 
nessa segunda o diagnóstico clínico seria uma eritroleucoplasia 
Diagnóstico diferencial: 
1. Paciente possivelmente portador de prótese oral que causou um atrito e é um ponto de cultura para a candida 
2. Lesão provocada por trauma a nível de palato
3. Glossite romboidal mediana, que é uma alteração de anomalia de desenvolvimento durante a formação da língua
4. Lesões através de microrganismos, tem característica de lesão inflamatória, sabe-se através de uma raspagem o microrganismo que está provocando essa inflamação
Diagnóstico:
Características histopatológicas
· Ausência da cobertura normal de queratina
· Atrofia epitelial
· 90% = displasia epitelial grave
Carcinoma “in situ” ou Carcinoma epidermóide invasivo 
 
Queilite actínica 
· Provocada pelos raios ultravioletas, o lábio inferior é o mais exposto 
· Vermelhão labial
· Queratose opacificadora, enrugamento
· Enrijecimento à palpação (elastose solar)
· Redução da definição anatômica do vermelhão labial 
Diagnóstico diferencial: 
· Outros tipos de queilite (qualquer inflamação no lábio é chamada de queilite), líquen plano e lúpus eritematoso crônico discóide.
Bruna Costa
Diagnóstico: clínico e biópsia
Tratamento: 
· Prevenção com fotoproteção
· Compressa de antibiótico e corticóide
· Quimioterapia local com ATA
· Vermelectomia
· Ablação a laser (laser de Érbio, CO2)
Prognóstico: depende do diagnóstico histopatológico e tem potencial para transformação maligna. 
Líquen Plano Oral
· Doença mucocutânea mediada por células T
· Após 30 anos
· Sexo feminino (60%)
· Prevalência
· Características clínicas: padrão reticular, atrófico, erosivo 
Diagnóstico: clínico + biópsia
Diagnóstico diferencial: leucoplasias com candidíase, lúpus eritematoso, pênfigo 
Tratamento: 
· Oncilon A em Orabase 
· Bochechos com solução de corticóide
· Manter higiene bucal
Prognóstico: 
· Lesões crônicas de longa duração
· Lesões sintomáticas
· Potencial de transformação maligna 
Prática
Displasia epitelial = alteração no crescimento e na diferenciação de um grupo de células. É um termo generalista utilizado para designar a ocorrência de anomalias, relacionadas ao desenvolvimento de um órgão ou tecido, intimamente relacionadas à leitura do código genético. Pode se tornar um tumor maligno. É caracterizada por alterações arquitetônicas. Alto número de mitoses na camada basal, hiperplasia da camada basal, papilas epiteliais em forma de gota, arredondadas.
mudança de orientação do núcleo das células
presença do aumento de mitose nos estratos superficiais do epitélio, onde a célula devia está perdendo o núcleo para se transformar em queratina e mesmo na camada basal a mitose não deve acontecer ao mesmo tempo em todas as células
alteração na qualidade da mitose
queratina formada fora da superfície
Uma displasia epitelial é leve quando todas essas alterações existem mas estão restritas à camada basal, se todo o epitélio está displásico é uma lesão com um carcinoma in situ. 
Carcinoma in situ = quando a lesão epitelial já é maligna mas não ultrapassou ainda a linha da camada basal do epitélio em direção ao tecido conjuntivo subjacente.
Principais lesões com potencial de malignidade: leucoplasia, eritroplasia e queilite actínica.

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