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Tomada de Decisão em Bioética

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Tomada de Decisão em Bioética
Introdução
A tomada de decisão é um dos aspectos centrais da
prática clínica, envolvendo frequentemente aspectos
de natureza técnica e ética, dentre outras.
A tomada de decisão é um processo que requer muito
treinamento, fundamentos, vivências, teorias e
princípios adequados. É um processo cognitivo de
avaliação e julgamento a fim de selecionar entre
opções, chegando em uma decisão que procura ser
ética e a melhor para aquela situação.
Agir ou não agir gera responsabilidade e o ato de não
agir também é um ato.
A tomada de uma decisão, em muitas circunstâncias,
envolve a dimensão clínica e a dimensão de saúde
pública e devem ser tomadas, por via de regra, com
participação ativa dos envolvidos. São situações muito
frequentes na prática médica.
Fatores a se considerar:
- Todas as alternativas possíveis;
- Uso de todas as informações disponíveis;
- Avaliação cuidados de riscos e benefícios;
- Ser capaz de justificar sua decisão baseado
nos fatores e em todos os envolvidos.
Fundamentos da tomada de decisão
As teorias éticas são aspectos relevantes na tomada
de decisão para o embasamento e razão da ação
tomada. Para se lidar com casos que apresentem
questões conflituosas concretas faz-se necessária
uma abordagem aberta e pensada, não sendo
dogmática. A partir disso, surgem argumentos que
fundamentam as ações concretas que sejam sensatas
e razoáveis, além de aceitas pelos sujeitos morais
envolvidos.
A argumentação em bioética pressupõe:
→ Delineação do problema com clareza e
compreensão, de forma descritiva e com informações.
→ Abordar de forma dedutiva e pragmática o raciocínio
que pretende legitimar uma decisão, tendo sempre em
vista a vida e bem-estar dos envolvidos.
Raciocínio em bioética: processo que visa tirar
conclusões a partir de princípios e evidências, sendo
dividido em dedutivo e indutivo.
→ Dedutivo: parte do geral para o específico.
→ Indutivo: parte dos casos reais, de fatos, do
empírico e geração de conclusão que explique. Pode
ter falhas, mas é muito utilizada.
Requisitos úteis para a razão:
1. Intuição: útil no início do raciocínio moral,
identificando situações contraintuitivas (o que
não fazer).
2. Razoabilidade: ser uma decisão razoável, que
tenha sentido.
3. Exemplificação: busca de exemplos concretos
que possam proporcionar maior objetividade ao
argumento.
4. Analogias: servem para reforçar argumentos de
situações similares, tornando-a um paradigma.
5. Argumento da “ladeira escorregadia”: usado
para identificar possíveis consequências de
determinada decisão.
6. Interlocutor “advogado do diabo”: refletir e
buscar os prós e contras daquilo.
7. A busca pelo compromisso: tomar a melhor
decisão possível levando em conta os
princípios éticos, a participação dos sujeitos
afetados e aquilo que trará menor dano.
NENHUMA DECISÃO É BOA SE EU NÃO PUDER CONTAR
ELA PUBLICAMENTE, ou pra minha vó.
Abordagem prática
Enfermo autônomo:
● Ponto de vista do paciente é fundamental
● Avaliação sobre a razoabilidade
● Ética e ilegalidade
Enfermo não está em plena posse de sua autonomia:
● Crianças são consideradas incapazes
(consentimentos versus assentimento)
● Doentes mentais são relativamente incapazes
● Pessoas com deficiência POSSUEM autonomia.
● Paciente inconsciente a decisão é de
terceiros, observando o conflito de interesses.
● Solicitação da não comunicação ao paciente,
mas exige MUITA ponderação.
● Atendimento na emergência: critérios técnicos
para priorizar a atenção.
● Para Testemunhas de Jeová, a hemotransfusão
deve ser justificada.
Como aprimorar a tomada de decisão?
- Conscientizando-se de que problemas éticos
são realmente importantes na prática clínica
- Buscando adquirir fundamentos teóricos para a
tomada de decisão
- Analisando e ponderando acerca da situação e
agindo de acordo com o raciocínio moral
estabelecido.
BUSCAR FUNDAMENTAÇÃO É ESSENCIAL.

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