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Leishmaniose: Transmissão e Manifestações

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LEISHMANIOSE
A	leishmaniose	é	uma	infecção	parasitária	
não	contagiosa	causada	por	protozoários	
do	gênero	Leishmania	e	transmitida	ao	ser	
humano	 através	 da	 picada	 do	 mosquito	
flebotomíneo	 fêmea.	 Além	 disso,	 essa	
doença	apresenta	duas	formas:	
• Leishmaniose	tegumentar		
o Cutânea			
o Mucosa		 	
• Leishmaniose	visceral	
A	 leishmania	 possui	 como	 hospedeiro	
invertebrado	 e,	 os	 hospedeiros	
vertebrados	são	os	seres	humanos,	cães	e	
animais	 silvestres	 (principalmente	
roedores).			
CICLO DE TRANSMISSÃO 
O	parasita	se	apresenta	sob	duas	formas:	
• Promastigota	 →	 forma	 flagelada	
que	 se	 multiplica	 por	 divisão	
binária	 no	 intestino	 do	 vetor	
(mosquito).	
• Amastigota	 →	 forma	 aflagelada,	
encontrada	 no	 interior	 dos	
macrófagos	 humanos	 e	 dos	
mamíferos	reservatórios.	
NO SER HUMANO 
1. Mosquito-fêmea	infectado	com	os	
promastigotas	pica	o	ser	humano	
e	 inocula	os	parasitas	na	pele	do	
hospedeiro.	
2. Os	 promastigotas	 penetram	
rapidamente	 em	 macrófagos	
locais,	e	posteriormente,	em	casos	
de	 leishmaniose	 visceral,	
penetram	 em	 macrófagos	
viscerais.	
3. Os	promastigotas	se	transformam	
em	 amastigotas	 dentro	 do	
fagossomo.	
4. Em	 seguida,	 os	 amastigotas	 se	
multiplicam	 por	 divisão	 binária,	
até	 o	 rompimento	 da	 célula,	
liberando	 os	 parasitas	 para	
infectar	outras	células.	
NO MOSQUITO 
1. Ao	picar	o	hospedeiro	vertebrado	
contaminado,	 o	 mosquito	 ingere	
sangue	 com	 macrófagos	
infectados.	
2. No	 tubo	 digestório	 do	 mosquito,	
os	 amastigotas	 se	 transformam	
em	promastigotas.	
3. Os	 promastigotas,	 por	 sua	 vez,	
aderem	 ao	 epitélio	 intestinal	 do	
inseto,	 multiplicam-se	 e	
diferenciam-se	em	promastigotas	
metacíclicos	 (paramastigotas	
prontas	para	causar	infecção).			
	
Nº	1	–	estágio	infectante	
Nº	3	e	4	–	estágio	diagnóstico				
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR 
A	 leishmaniose	 tegumentar	 é	 causada	
principalmente	 pelo	 Leishmania	
braziliensis,	 Leishmania	 guyanensis	 e	
Leishmania	amazonenses.	
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
A	lesão	inicial	ocorre	no	local	da	picada	do	
mosquito,	surgindo	entre	duas	semanas	a	
dois	meses	após	a	inoculação	do	parasita.	
	
Inicialmente,	 a	 lesão	 inicia-se	 com	 uma	
mácula,	a	qual	evolui	para	um	pápula	que	
aumenta	 progressivamente	 produzindo,	
geralmente,	 uma	 úlcera.	 Além	 disso,	
muitas	 vezes	 os	 linfonodos	 satélites	 são	
envolvidos.	Essa	lesão	geralmente	possui:	
• Aspecto	circular	ou	ovalado	
• Bordas	elevadas	
• Fundo	granuloso	
• Indolor		
• Coloração	avermelhada	com	pouca	
secreção	serossanguinolenta	
• Halo	eritematovioláceo	envolta	da	
lesão	
Outras	formas	de	apresentação	da	doença	
incluem	 vários	 tipos	 de	 lesões	
dermatológicas,	 tais	 como:	 vegetantes,	
verrucosas,	sarcoídicas,	noduloulceradas,	
ulcerovegetantes,	 e	 linfangíticas	
nodulares.	
Além	disso,	a	leishmaniose	cutânea	pode	
ser	 classificada	 conforme	 as	 seguintes	
apresentações	clínicas:	
–	Leishmaniose	cutânea	localizada	
Ela	é	caracterizada	pela	formação	de	uma	
pápula	 a	 qual	 evolui	 para	 placa	 e	 úlcera	
indolor,	 com	 bordas	 endurecidas.	 Essas	
úlceras	 podem	 evoluir	 para	 formas	
vegetantes	 verrucosas	 ou	
framboesiformes.		
–	Leishmaniose	cutaneomucosa		
Ela	 apresenta	 lesões	 destrutivas	
secundarias	 envolvendo	 mucosas	 e	
cartilagens,	sendo	as	regiões	mais	afetas	a	
boca,	 faringe	 e	 laringe.	 As	 lesões	
costumam	aparecer	após	um	período	da	
lesão	primária.	
Na	 sua	 fase	 inicial	 ocorre	 hiperemia	 e	
infiltração	 inflamatória	 local,	 e	 com	 a	
evolução	 da	 doença,	 as	 lesões	 assumem	
um	caráter	ulcerativo	e	mutilante.		
–	Leishmaniose	cutânea	difusa	
Ela	é	caracterizada	por	lesões	difusas	não	
ulceradas	por	toda	a	pele.	
DIAGNÓSTICO 
O	 diagnostico	 de	 leishmaniose	
tegumentar	 pode	 clínico,	 baseado	 nas	
características	 da	 lesão,	 história	 do	
paciente	e	dados	epidemiológicos.	
Para	 obter	 um	 diagnóstico	 definitivo	 é	
necessário	 uma	 amostra	 do	 parasita,	 a	
qual	pode	ser	obtida	por:	
• Exame	direto	do	esfregaço		
• Exame	histopatológico	
• Cultura		
• PCR	
• Teste	intradérmico	de	Montenegro	
• IFI	
• ELISA	
LEISHMANIOSE VISCERAL 
É	 uma	 doença	 crônica	 e	 sistêmica,	
causada	principalmente	pelo	Leishmania	
donovani,	 Leishmania	 infantum	 e	
Leishmania	 chagasi.	 Ela	 é	 caracterizada	
por:	
• Febre	de	longa	duração		
• Perda	de	peso	
• Astenia	e	adinamia	
• Hepatoesplenomegalia	
• Aumento	do	volume	abdominal	
• Anemia	
DIAGNÓSTICO 
O	 diagnostico	 de	 leishmaniose	 visceral	
pode	 clínico,	 baseado	nas	 características	
da	 lesão,	 história	 do	 paciente	 e	 dados	
epidemiológicos.	
Para	 obter	 um	 diagnóstico	 definitivo	 é	
necessário	 uma	 amostra	 do	 parasita,	 a	
qual	pode	ser	obtida	por:	
• Material	 aspirado	 de	 medula	 óssea,	
fígado,	baço	e	linfonodo	
• RIFI	
• Testes	rápidos	imunocromatográficos	
• ELISA

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