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Teorias do Desenvolvimento Moral
Immanuel Kant
A moral Kantiana é centrada no sujeito, homem esse
que é um agente autônomo e racional.
Moral do dever: “age de tal forma que sua ação possa
ser considerada como uma norma universal”. Ser
autonomo e livre é reconhecer a lei moral dentro de si
e aderir a mesma de forma incondicional. O homem
deve agir por DEVER.
Apesar disso, não há evidências de um sujeito moral
que se desenvolva. O sujeito moral Kantiano já vem
pronto, e isso talvez seja um problema.
Jean Piaget
Caracteriza-se como kantismo evolutivo. Estudou
sobre o desenvolvimento cognitivo das crianças no
âmbito lógico formal e também seu desenvolvimento
moral, levantando a hipótese de que a heteronomia é
sucedida pela autonomia.
Epistemologia genética: Estudo dos mecanismos de
formação do conhecimento lógico. Para ele, o
comportamento dos seres vivos não é inato, nem
resultado de condicionamentos, é construído numa
interação entre meio e indivíduo, com uma visão
interacionista.
Construtivismo sequencial: a construção desse
indivíduo se dá em etapas ou estágios sucessivos,
com complexidade crescente e encadeada.
Epistemologia genética:
● Sensório Motor (0-2 anos): estágio motor, não
fazem uso de regras.
● Pré-operatório (2-7 anos): estágio egocêntrico
onde há imitação das regras por coerção.
● Operatório-concreto (7-12 anos): estágio de
cooperação, observação das variações das
regras e compreensão delas.
● Operatório Lógico-Formal (12-16 anos):
compreensão total das regras, domínio delas e
possíveis mudanças delas.
O Paget vê a compreensão dos jogos de regras como
um campo propício para estudar uma das dimensões
do desenvolvimento moral como bolinha de gude e
amarelinha. Ele busca compreender de que forma os
indivíduos se ajustam às regras, quais entendimentos
possuem de acordo com sua idade e desenvolvimento
mental e como adquirem consciência do domínio da
regra, observando a evolução da heteronomia e a
autonomia.
Em sua obra “O Juízo Moral na Criança”, vem com a
proposta de entender o juízo moral do ponto de vista
dela e como o amadurecimento cognitivo é essencial
para o amadurecimento moral, indo da coerção à
cooperação.
Lawrence Kohlberg
Psicólogo americano. Iniciou seus trabalhos sobre
julgamento moral com a defesa de sua tese de
doutorado em 1958, na Universidade de Chicago ("o
desenvolvimento dos modos de pensamento e opção
moral entre dez e dezesseis anos”). Ele propõe que o
crescimento moral é um processo:
→ Ñão é automático
→ É evolutivo
→ É lento e gradual
→ Ocorre em graus sucessivos
→ Necessita de reestruturação cognitiva
Portanto, ela necessita de transformações na forma,
tipo e assimilação dessas regras, sendo resultado da
interação entre estruturas-ambiente-organismo.
Tem uma relação com a idade e raciocínio cognitivo,
mas não é necessariamente governado por ela. A moral
se constrói na prática, na interação.
Todos, independente da cultura ou de outros fatores
passam pelos mesmos estágios, mas nem todos
atingem os estágios mais elevados e autônomos.
Kohlberg dividia o desenvolvimento moral em 3
estágios:
1. Pré-convencional: orientação para punição e
obediência, por temor físico ou mental
(crianças menores de 9 anos,ou até adultos e
adolescentes).
2. Convencional: necessidade por aprovação, com
a autoridade mantendo a moralidade (maioria
de adolescentes e adultos).
3. Pós-convencional: conduta moral pautada nos
contratos democráticos da sociedade e
princípios individuais de consciência (minoria).
Carol Gilligan
Segundo os estudos de Gilligan, há duas perspectivas
de compreensão moral: a masculina, que é diretamente
descrita por Kohlberg, pautada nas leis e na justiça e a
feminina, mais pautada no cuidado e baseada menos
na cognição e mais na conexão com o outro. Ambas
resultam da inserção da criança na sociedade e do
modo que isso se dá de acordo com diversos fatores
como gênero, cultura e etc. Além disso, a Gilligan
aparece justamente fundamentando uma crítica à
Kohlberg, que acreditava que as mulheres possuíam
uma moral inferior à dos homens, portanto, não as
descrevia ou incluía.
Jurgen Habermas
As ações devem ser tomadas a partir de um consenso
democratico levando em consideração também as
minorias. Para ela, é importante cultivar a troca de
idéias, opiniões e informações entre os sujeitos,
estabelecendo o diálogo.

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