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Prisão temporária

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1.3 Prisão temporária 
1.3.1 Definição. Requisitos. 
A prisão temporária tem prazo de 05 dias prorrogáveis por mais 05 dias. Se o 
crime for hediondo o prazo será de 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias. Vejamos: 
Art. 2° da Lei 7.960/89: A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em 
face da representação da autoridade policial ou de requerimento do 
Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
 
Art. 2º da Lei 8.072/90: Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: 
 I - anistia, graça e indulto; 
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de 
dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 
(trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade. 
 
 A prisão temporária será decretada pelo juiz mediante representação da 
autoridade policial ou de membro do Ministério Público para que não viole o sistema 
acusatório. Destaca-se que é uma prisão provisória e tem natureza cautelar, bem como é 
um ato de reserva de jurisdição. 
Os requisitos da prisão temporária estão previstos no art.1º da Lei 7.960/89. 
 Os requisitos da prisão temporária são alternativos ou cumulativos? Para uma 
primeira corrente, minoritária, são alternativos, contudo, esse entendimento viola a CF, 
pois reestabelece a já banida prisão obrigatória (se fosse alternativo e o juiz pudesse a 
decretar na hipótese de imprescindibilidade das investigações, por que elencaria um rol 
de crimes?!). Já para uma segunda corrente, são cumulativos, ou seja, devem estar 
presentes as situações dos três incisos, contudo, ninguém seria preso provisoriamente. 
Assim, uma terceira corrente diz que para decretação da prisão em questão, deve-se ter 
o periculum libertatis (incisos I ou II) e o fumus comissi delicti (inciso III > 
obrigatório). Por fim, uma quarta corrente, majoritária, diz que o fato de o agente estar 
em situação de rua, por si só, não autoriza a prisão temporária ou preventiva, 
funcionando, assim, o inciso II como regra de reforço. Logo, deverão estar presentes as 
situações dos incisos I e III (STF). 
Obs: a prisão temporária será cabível somente no curso do inquérito. 
 O juiz pode fixar a prisão temporária em tempo menor? Sim! Quem pode o 
mais, pode o menos. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm
A renovação da prisão temporária não será automática, havendo necessidade de 
nova representação da autoridade policial ou do MP demonstrando a necessidade da 
prorrogação e um novo decreto de prisão com o consequente mandado de prisão. 
 O delegado de polícia pode ordenar a soltura do preso antes do término do 
prazo? Não! Ele não pode descumprir a ordem do juiz. Se o delegado se convence da 
inocência do preso, ele deverá comunicar o fato ao juiz e este, certamente, revogará a 
prisão temporária. 
Expirado o prazo, o preso será imediatamente colocado em liberdade 
independentemente de ordem do juiz, salvo se comunicado sobre a prorrogação da 
prisão, conforme art. 2º, §7º da lei 7.960/89.

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