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DESENVOLVIMENTO E A FILOGENIA DO SISTEMA NERVOSO - BMC AULA I

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1 
 Michaella Ribeiro I Medicina I 2021.1 
 BMC – Aula I 
DESENVOLVIMENTO E A FILOGENIA DO SISTEMA NERVOSO 
 A partir de uma única célula geramos um organismo como um todo, as células servem pra 
da estrutura e funcionalidade para os tecidos, e é a partir de uma única célula que o nosso 
organismo se desenvolve e se diferencia em milhares de tipos de células diferentes. 
Células como modelos experimentais para o desenvolvimento – camundongo é um modelo 
grande pra o desenvolvimento em humano (várias patologias nós conseguimos modelar bem o 
código genético do roedor e colocar ele nessa relação de estudo). 
E.coli 
Tanto as células procarióticas como as células eucarióticas tem uma importância no nosso 
desenvolvimento biológico (teoria da endossimbiose), mostrando essa relação evolutiva 
significativa até nós chegarmos aos organismos multicelulares e eles então tomarem conta do 
nosso planeta e passarem a se desenvolver desde organismos mais primitivos até seres 
altamente complexos como nós. 
EVOLUÇÃO FILOGENÉTICA INICIAL DO SNC. 
A análise da evolução filogenética do sistema nervoso permite a compressão da sua morfologia; 
porque observar que organismos unicelulares extremamente primitivos já representavam 
manifestações que demonstravam a presença de células de um sistema nervoso primitivo é o que 
garantiu a capacidade evolutiva das espécies. 
Relações entre os desenvolvimentos e interações das estruturas nervosas e os possíveis 
comportamentos dos seus respectivos seres, e suscita questionamentos sobre a própria noção de 
fenômenos, como a consciência. 
 
ORIGEM DE ALGUNS REFLEXOS: 
Os seres vivos, mesmo os mais primitivos, devem continuamente se ajustar ao meio ambiente 
para sobreviver. Para isso, três propriedades do protoplasma são especialmente importantes: 
irritabilidade, condutibilidade e contratilidade. A irritabilidade ou propriedade de ser sensível a um 
estimulo, permite a uma célula detectar as modificações do meio ambiente. Sabemos que uma 
célula é sensível a um estimulo quando ela reage a ele, por exemplo, dando origem a um impulso 
que é conduzido através do protoplasma (condutibilidade), determinando uma resposta em outra 
parte da célula. Esta resposta pode se manifestar por um encurtamento da célula (contratilidade), 
visando fugir de um estímulo nocivo. 
3 aspectos celulares dados para células do sistema nervoso que garantem a sobrevivência 
celular: 
1- A Capacidade que a célula tem de se irritar; 
2- A capacidade que a célula tem de conduzir os estímulos; 
 
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 Michaella Ribeiro I Medicina I 2021.1 
 BMC – Aula I 
3- A capacidade que a célula ou um organismo multicelular tem de contratilidade 
 (Essas 3 propriedades já observadas nos seres mais primitivos através das suas células 
nervosas é que garantiram a sua adaptação e sua sobrevivência no meio ambiente). 
 
 Amebas: organismo primitivo, unicelular, sensível ao toque, é capaz de reagir ao toque, 
essa capacidade é dada pela presença das estruturas nas superfícies dessa única célula. 
Se tocarmos uma ameba, observa-se do ponto onde foi tocada. Ela é sensível e conduz 
informações sobre o estimulo a outras partes da célula, determinando retração de um lado e 
emissão de pseudópodos do outro. 
 
 Esponjas: seres um pouco mais complexos, parte do citoplasma se especializou para a 
contração e outra, na superfície, desenvolveu as propriedades de irritabilidade e 
condutibilidade. 
Estas células musculares primitivas são encontradas no epitélio que reveste os orifícios que 
permitem a penetração da água no interior das esponjas. Substâncias irritantes colocadas na 
água são detectadas por estas células, que se contraem fechando orifícios. 
 
 Anêmona do mar: nos celenterados é provável que tenha surgido os primeiros neurônios, 
assim no tentáculo de uma anêmona existem células nervosas unipolares, ou seja, com 
um só prolongamento denominado axônio, o qual faz contato com células musculares 
situadas mais internamente. 
 Na extremidade destas células nervosas localizadas na superfície, desenvolveu-se uma 
formação especial denominada receptor, o qual transforma vários tipos de estímulos físicos ou 
químicos em impulsos nervosos, que podem ser transmitidas ao efetuador, músculo ou glândula. 
 
 
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 Michaella Ribeiro I Medicina I 2021.1 
 BMC – Aula I 
 Anelídeos: ocorreu a centralização do sistema nervoso. 
 Os neurônios situados na superfície são especializados em receber os estímulos e conduzir os 
impulsos ao sistema nervoso central. Por isso são denominados neurônios sensitivos ou 
neurônios aferente. Os neurônios situados no gânglio e especializados na condução do impulso 
do sistema nervoso central até o efetuador, no caso, o musculo, denominam-se neurônios 
motores ou eferentes. Aferente refere-se ao que entra no sistema nervoso e eferente ao que sai 
desse sistema. A minhoca é um animal segmentado. 
NEURÔNIO: 
É a unidade fundamental do tecido nervoso. 
 
- Tem propriedade semelhante a todas as nossas células. 
 Os neurônios vêm em diferentes formas e tamanhos, alguns dos menores neurônios têm 
corpos celulares com apenas 4 mícrons de largura, enquanto alguns dos maiores 
neurônios têm corpos celulares com 100 mícrons de largura. 
- Os neurônios são semelhantes a outras células do corpo em alguns aspectos, como: 
1- Os neurônios são cercados por uma membrana celular. 
2- Os neurônios tem um núcleo que contem genes. 
3- Os neurônios contêm citoplasma, mitocôndrias e outras “organelas”. 
4- Os neurônios realizam processos celulares básicos, como síntese de proteínas e produção 
de energia. 
- No entanto, os neurônios diferem de outras células do corpo porque: 
1- Os neurônios têm extensão especializadas chamadas dendritos e axônios. Os dendritos 
trazem informações para o corpo celular e os axônios tiram informações do corpo celular. 
2- Os neurônios se comunicam entre si por meio de um processo eletroquímico chamado 
sinapse podendo ser química ou elétrica 
3- Os neurônios contêm algumas estruturas especializadas (por exemplo, sinapses) e 
produtos químicos (por exemplo, neurotransmissores). 
 
 
 
 
 
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 Michaella Ribeiro I Medicina I 2021.1 
 BMC – Aula I 
- QUAL A APARÊNCIA DOS NEURÔNIOS? 
 
Corpo celular e dendritos cheios de ribossomos e mitocôndrias, e um prolongamento liso sem 
ribossomos e mitocôndrias, e os axônios terminamno terminal pré sinápticos. O axônio pode ou 
não ser revestido por uma camada adicional chamada de bainha de mielina. 
Conceito de polarização: direção do fluxo de informação – potencial de ação gerado na 
membrana dos dendritos que é recebido pelo corpo celular, gera um impulso, e estimula as 
estruturas do corpo celular a produzirem os seus neurotransmissores e vão viajar pelo 
prolongamento axonal até serem ecxocitados na fenda sináptica. Em relação a mielina, os 
neurônios desmielinizados não são totalmente desencapados, possui regiões que tem mielina e 
outras não. 
O QUE HÁ DENTRO DO CORPO CELULAR? 
Um neurônio tem muitas das mesmas 
“organelas” que outras células do corpo. 
Núcleo: contém material genético 
(cromossomos), incluindo informações para o 
desenvolvimento celular e a síntese de proteínas 
necessárias para a manutenção e sobrevivência 
celular. Coberto por uma membrana. 
Nucléolos: produz ribossomos necessários para 
a tradução de informação genética em proteínas. 
Corpos Nissle: grupo de ribossomos usados 
para a síntese de proteínas. 
Reticulo endoplasmático (RE): sistema de 
tubos para transporte de materiais dentro do 
citoplasma. Pode ter ribossomos (ER rugoso) ou 
nenhum ribossomo (ER liso). Com ribossomos, o 
ER é importante para a síntese de proteínas. 
Aparelho de Golgi: estrutura ligada à membrana 
importante no empacotamento de peptídeos e 
proteínas (incluindo neurotransmissores) em 
vesículas. 
Microfilamentos/Neurotúbulos: sistema de 
transporte de materiais dentro de um neurônio e 
pode ser usado para suporte estrutural. 
Mitocôndrias: produzem energia para abastecer 
as atividades celulares. 
 
 
 
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 BMC – Aula I 
AXÔNIO E DENDRITOS: 
Axônio: componente eferente (leva informações); para que a comunicação entre os neurônios ocorra, um 
impulso elétrico deve primeiro viajar por um axônio até o terminal sináptico. 
Dendritos: componente aferente. São projeções de um neurônio (célula nervosa) que recebe sinais 
(informações) de outros neurônios. A transferência de informação de um neurônio para outro é alcançada 
através de sinais químicos e impulsos elétricos, isto é, sinais eletroquímicos; 
 A unidade integrativa do neurônio; 
 Contém a maioria das sinapses; 
 Contêm altas concentrações de canais iônicos e receptores de membrana celular; 
 Axônios: 
 Retiram informações do corpo celular; 
 Superfície lisa; 
 Geralmente, apenas 1 axônio por célula; 
 Sem ribossomos; pode ter mielina. 
 Dendritos: 
 Trazem informações para o corpo celular; 
 Superfície áspera (espinhos dendríticos); 
 Normalmente, muitos dendritos por célula; 
 Tem ribossomos, mitocôndrias; sem 
isolamento de mielina; 
 
APARÊNCIA REAL DOS NEURÔNIOS: 
A aparência real dos neurônios através da microscopia eletrônica só consegue ver os dendritos. 
 
Quem dá esse formato pra o neurônio é uma estrutura celular que está abaixo da membrana dos dendritos 
chamada de: Citoesqueleto; 
 
O citoesqueleto é formado por proteínas filamentares (actina e miosina). 
 
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 Michaella Ribeiro I Medicina I 2021.1 
 BMC – Aula I 
PRINCÍPIOS DE POLARIZAÇÃO DINÂMICA: 
As informações (geralmente) fluem em uma única direção. 
Neurônio pré-sináptico: gera um potencial de ação que chega ao terminal pré-sináptico, 
causando a liberação do neurotransmissor. 
Neurônio pós-sináptico: o neurotransmissor ativa o terminal pós-sináptico nos dendritos, que 
transmitem um sinal ao corpo celular. 
 
TERMINOLOGIA: 
Aferente = “indo para”. 
- Refere-se a sinais que alcançam o corpo da célula neuronal (por exemplo, via os dendritos). 
Eferente = “saindo de”. 
- Refere-se a sinais que deixam o corpo celular (por exemplo, através do axônio).

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