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* * * Osteoartrite Profa Denise da Veiga 2012 * * * Conceito: insuficiência/defeitos da integridade da cartilagem articular associada a alterações do osso subcondral. * * * Epidemiologia Incidência aumenta após 4ª e 5ª décadas; Acomete 25% da população mundial acima dos 65 anos; Locais da osteartrite primária: mãos (interfalangeanas distais e proximais, primeira carpometacarpiana), joelhos, quadris e coluna vertebral; Osteoartrite de joelhos: mais em mulheres, mais severa em afro-descendentes; Fatores de risco: idade, sexo, lesão articular, e obesidade. * * * OBESIDADE E OSTEOARTRITE Fator independente para progressão da OA em joelho. Mulheres com IMC>30-35 kg/m² - 4x risco de OA. Aumento da carga, varismo e fraqueza dos quadríceps. Hiperinsulinemia- aumento da insulina em pacientes obesos e com alterações radiológicas. Citoquinas inflamatórias (leptina)- aumentadas nos individuos obesos com osteoartrite. obesity reviews (2006)7,323-331 Curr Opinion in Rheumatol 2010, 22:000-000 Arthritis Care and Research Vol. 13, No. 6, December 2000 * * * Metabolismo normal da cartilagem IGF-1,TGF-b IL-1, IL-6, TNF-a REMODELAÇÃO Acta Ortopédica Brasileira, abril/junho, 2000/vol.8,nº2 * * * Fisiopatologia da osteoartrite Síntese aumentada de metaloproteinases (colagenase, estromelisina e gelatinase): degradação dos agregados e proteglicanos da matriz; clivagem do ácido hialurônico e condroitina 6-sulfato; degradação colágeno tipo II; degradação do arcabouço proteico da proteglicana; ativação de outras enzimas que degradam o colágeno. Acta Ortopédica Brasileira, abril/junho, 2000/vol.8,nº2 * * * Inervação da articulação Duas inervações: aferente (sensorial) – fibras tipo C amielínicas, lentas – dor difusa. Marcadores dos nervos sensoriais: substância P (proliferação sinovial e colagenases). eferente (motora) – fibras tipo A mielínicas, rápidas – propriocepção e detecção do movimento articular. * * * Mecanismo da dor na osteoartrite Sensibilização periférica Nociceptores silenciosos Bradicicinas, prostaglandinas Hiperalgesia, dor espontânea e dor ao movimento normal. Atividade aumentada do sistema nervoso simpático: facilitam a transmissão dos estímulos nóxicos. * * * Sensibilização central a nível de medula espinhal e cérebro regulação da sensação de dor estímulo nociceptivo continuo e intenso Na OA de joelhos: hiperalgesia, área de dor referida maior Controle inibitório reduzido Fatores psicológicos Arthritis Care and Research Vol. 13, No. 6, December 2000 PAIN 149 (2010) 573–581 * * * * * * * * * Características clínicas da dor na Osteoartrite Dor articular protocinética e aos esforços; Rigidez matinal breve e autolimitada; Assimétrico; Monoarticular ou oligoarticular; Prejuízo funcional. * * * Características clínicas da dor na Osteoartrite Crepitação Aumento ósseo na margem articular Dor à palpação articular VHS e PCR normais FAN e FR negativos RX com estreitamento do espaço articular, osteófitos, cistos sucondrais e esclerose óssea. * * * * * * * * * Objetivos do tratamento na Osteoartrite Reduzir a dor Melhorar a função articular Preservar a estrutura articular Melhorar a qualidade de vida * * * Tratamento Não farmacológico Farmacológico Cirúrgico * * * Tratamento não farmacológico Educação do paciente: , motivação, esclarecimento sobre a doença, mudanças no estilo de vida: Diminuição do peso: melhora no alivio da dor e ganho funcional, mais acentuado em mulheres. Dimimuição de peso de 10% - alivio da dor em torno de 12-28%. Reeducação alimentar, sob orientação de nutricionista Iniciar perda de peso antes do programa de exercícios. Arthritis Care and Research Vol. 13, No. 6, December 2000 obesity reviews (2006)7,323-331 * * * Tratamento não farmacológico Exercícios: individualizados conforme idade e nível funcional, acompanhados por fisioterapeutas. Fortalecimento – ganho de massa muscular Aeróbicos – condicionamento físico Alongamento – flexibilidade Hidroterapia – AO de joelhos e quadris Órteses e equipamentos: bengalas, andadores, joelheiras, palmilhas com cunha plantar lateral. * * * Tratamento farmacológico Agentes tópicos Analgésicos e antiinflamatórios Analgésicos opióides Tramadol Drogas sintomáticas de ação duradoura Infiltração articular com corticóide e hialuronato * * * Agentes tópicos Capsaicina – causa liberação da substancia P nas fibras aferentes amielínicas. Uso prolongado – esgotamento reversível do depósito de substância P nas terminações nervosas e diminui a transmissão dos estímulos dolorosos periféricos para os centros superiores. Aplicar 3-4x ao dia, nas exacerbações agudas. * * * Analgésicos Acetaminofeno – primeira escolha nos casos de dor leve. Dose de 4g/dia = 750mg de Naproxeno. Perfil de segurança trato gastrointestinal. Efeitos colaterais: elevação de transaminases e hipersensibilidade. * * * Antiinflamatórios Usados na falha do acetaminofeno. Quadro inflamatório evidente. Inibidores seletivos de COX-2 ou AINE não-seletivos em dose plena associados a inibidores da bomba de prótons ou famotidina. * * * Ação dos AINES * * * Antiinflamatórios (AINES) Toxicidade gastrointestinal com AINE não-seletivo – cuidar fatores de risco: doença péptica anterior idade de 65 anos uso de tabaco e álcool uso de corticoide ou anticoagulante infecção H. pilori COX-2 – elevação de 1,5 a 2 vezes o risco de eventos cardiovasculares. * * * Tramadol Estimulador fraco dos receptores opóides e inibidor da recaptação da norepinefrina e serotonina. Dor moderada a severa Dose: até 300-400mg/dia Constipação, sonolência, náusea e vômitos Abstinência é pequena. * * * Opióides Dor severa Intolerância ao tramadol Benefícios limitados pelos efeitos colaterais: náusea, vômito, tontura, constipação e sonolência. Codeina, propoxifeno – mais fracos Oxicodona, fentanil, morfina – mais fortes * * * Injeções intra-articulares Corticóides: metilprednisolona e triancinolona. Agudização com formação de derrame articular. Três a quatro infiltrações ao ano. Complicações: infecções, degradação da cartilagem, necrose avascular. Não tem efeito na rigidez ou na função articular. * * * Injeções intra-articulares Viscossuplementação: hialuronato de sódio Indicado na artrose de joelho. Efeito analgésico a partir da 3ª semana, com efeito prolongado por até 8 semanas após o tratamento. Ainda controverso. * * * Drogas sintomáticas de ação duradoura Ação prolongada na melhora da dor após a sua suspensão. Ainda é controverso um possível efeito sobre a modificação da evolução natural da OA. Sulfato de glucosamina – 1,5g/dia Diacereína – 50 a 100mg/dia Hidroxicloroquina – 200 a 400mg Arthroscopy: The Journal of Arthroscopic and Related Surgery, Vol 25, No 1 (January), 2009: pp 86-94 * * * Tratamento cirúrgico Osteotomias Desbridamentos artroscópicos Artroplastias Artrodeses * * * Comentar: é a patologia osteoarticular mais frequente e que causa grande incapacidade funcional, pela dor e restrição dos movimentos, principalmente em individuos idosos. PREVALENCIA AUMENTA COM A IDADE/ MULHERES MAIS VELHAS=AO MAÕS E JOELHOS. INFLUENCIA GENETICA NA AO DE QUADRIL E MÃOS, MENOS FREQ NO JOELHO (SOBRECARGA E LESÃO ex: ruptura do ligamento cruzado anterior ou menisco, aumento risco de OA). HIPERINSUlinemia-patogenese da AO (aumenta). LEPTINA TEM AÇÃO PROINFLAMATORIA E CATABOLICA DIRETA SOBRE O METABOLISMO DA CARTILAGEM. Condrocito-regula a reciclagem dos componentes da matriz para realizar remodelação. No condrócito. IGF- ESTIMULA PRODUÇÃO DE PROTEGLICANOS E COLAGENO. IL-1 ESTIMULA DEGRADAÇÃO ATRAVES DE PROTEASES ACIDAS. Em art não inflamat, os nervos não respondem ao movimento articular de amplitude normal. Fatores psicologicos- menos dor nos pacientes que foram acompanhados com ligações telefonicas seguidas. Dor piora associado a incapacidade funcional, a medida que a doença progride. Ate mesmo em repouso. Dor piora associado a incapacidade funcional, a medida que a doença progride. Ate mesmo em repouso. Estudo demonstrou redução da dor em 27% com caminhadas, alongamento e fortalecimento, por 30min, 3x/sem. Doses menores 4g efeito analgesico é menor q aine. Eficacia modesta e vieses, sugerindo aumento da estimativa da eficácia por parte dos estudos publicados.
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